Questões de Concurso
Comentadas para professor - atividades
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I. Na defesa de projetos curriculares integrados, Santomé (in Globalização e interdisciplinaridade - o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998) afirma que a utilidade social do currículo está em permitir aos alunos compreender a sociedade em que vivem, favorecendo, para tal, o desenvolvimento de aptidões, tanto técnicas como sociais, que os ajudem em sua localização na comunidade de forma autônoma, crítica e solidária. Para que tal objetivo seja alcançado, há temas, questões e problemas que precisam ser trabalhados e que não se enquadram, na maioria das vezes, nas áreas de conhecimento tradicionais.
II. As propostas de integração, que se constituíram ao longo da história do currículo, de modo geral, tiveram em comum a crítica à organização disciplinar. Isso coloca outro aspecto a ser considerado nessa discussão: a concepção de currículo disciplinar. Lopes (in Políticas de integração curricular. Rio de Janeiro: Ed. da UERJ, 2008) sinaliza uma tendência de as interpretações dos processos de disciplinarização na escola derivarem da análise dos processos de disciplinarização no campo científico.
III. O currículo integrado sob diferentes modalidades passou a fazer parte das reformas educacionais de vários países, sob distintos enfoques e modalidades. No Brasil, entre as mudanças introduzidas nas diretrizes previstas para a formação docente, assumiu centralidade o desenvolvimento de competências e habilidades. A denominação currículo integrado muitas vezes incorpora perspectivas epistemológicas, pedagógicas e mesmo políticas extremamente distintas e, em alguns casos, antagônicas. Diferentes perspectivas de integração curricular vêm sendo defendidas em contraposição à compartimentação e à fragmentação do conhecimento. Essa dicotomização inclui-se entre os aspectos mais criticados por pesquisadores ao longo da história do currículo, seja nas concepções tradicionais, seja nas críticas e pós-críticas (Lopes, Políticas de integração curricular. Rio de Janeiro: Ed. da UERJ, 2008).
É correto o que se afirma em:
I. Apesar das teorias de Piaget, Vigotsky e seus seguidores, que defenderam a aprendizagem baseada na interação com o ambiente, os objetos do cotidiano, a cultura socio-histórica e principalmente com outros indivíduos, a cultura escolar ainda contempla uma série de tradições que privilegiam determinados padrões de aprendizagem, que têm sido questionados e exigem mudanças com o objetivo de alcançar um processo mais abrangente, plural e que atenda as diversidades de cultura, comportamento, e características próprias de cada aluno de uma sala de aula.
II. Atualmente, o movimento da Escola Nova tem fornecido subsídios para uma pedagogia estática, centrada na criatividade e na atividade discentes, numa perspectiva de construção do conhecimento pela transmissão dos conhecimentos pelo professor. O Método de Projetos de Dewey (Vida e Educação. São Paulo: Nacional, 1959) passa a ser visto como uma postura pedagógica. A aprendizagem passa a ser vista como um processo complexo e global, onde teoria e prática se dissociam. A aprendizagem é desencadeada a partir de um problema que surge e que conduz à investigação, à busca de informações, à construção de novos conceitos, à seleção de procedimentos.
III. A rigor, um projeto se supõe desenvolvido por “fases” ou “etapas”. Para Dewey (in Vida e Educação. São Paulo: Nacional, 1959), as fases devem ser rígidas. Mas, como todo trabalho pedagógico, o projeto deve ser planejado: o planejamento exprime a intencionalidade educativa. Sem que se tornem uma camisa de força, três grandes etapas se delineam para se levara cabo um projeto pedagógico: a problematização, o desenvolvimento e a conclusão/síntese do projeto.
São corretas as sentenças:
I. Existem diferentes abordagens sobre o assunto. Tais abordagens se diferenciam pela forma como tratam a temática, todavia se afinam quantos aos seus elementos constitutivos. Assim considerado, pode-se afirmar que o planejamento do ensino significa pensar a ação docente refletindo sobre os objetivos, os conteúdos, os procedimentos metodológicos, a avaliação do aluno e do professor. O que diferencia é o tratamento que cada abordagem explica o processo a partir de vários fatores: o político, o técnico, o social, o cultural e o educacional. Tais abordagens são definidas no Parecer CNB/ CEB 7/2010 do Ministério da Educação.
II. O Planejamento é a principal ferramenta de trabalho do professor, é o fio condutor da ação educativa. As concepções do planejamento são funcionalistas ou dialéticas. A concepção funcionalista tem no planejamento a práxis que surge da realidade, e nele são congregados aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos. Já a concepção dialética é a tradicional no ensino, sendo um instrumento de poder e focada na atuação do profissional em sala de aula.
III. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n°. 9394/96 prevê dimensões de planos para a área educacional que se repartem conforme sua abrangência, em: Plano Político Pedagógico, Plano de Ensino, Plano de aula. O Plano Político pedagógico diz respeito aos pressupostos filosóficos, sociológicos e políticos que norteiam a instituição. Deve ser construído coletivamente, envolvendo todos do universo educativo: diretores, especialistas, professores, alunos e pais. Deve estimular o processo de autoconhecimento da realidade escolar, possibilitando o envolvimento de toda a comunidade na definição do Projeto Político Pedagógico - PPP e no Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE. O Plano Político pedagógico se caracteriza como trabalho coletivo, isto é, trabalho com e não trabalho para os envolvidos no processo educativo. O enfrentamento de saberes e práticas de todos os componentes do grupo acaba dando margem à instauração de um sistema de trocas que resulta na essência desse projeto e no seu caráter crítico-pedagógico.
São corretas as afirmativas:
I. A interação entre professor-aluno dirige o processo educativo, embora sendo limitada por programas, conteúdos, tempo, normas e infraestrutura. Para Ricoeur (in Reconstruir a Universidade, Revista Paz e Terra, n.9, Rio de Janeiro: 1969), o ensino é um ato comum do professor e do aluno e a relação professor-aluno é marcada pela assimetria, em que a carga da experiência dá licença, da parte do ensinante, ao exercício de um facilmente consagrado nos meios de instituições hierárquicas e coercitivas. Contudo, o contrato que liga o professor ao aluno comporta uma reciprocidade essencial, que é o princípio e a base de uma colaboração. Por isso, segundo este autor, o ensino é ato comum do professor e do aluno.
II. Para Rogers (in Liberdade para Aprender, Belo Horizonte: Interlivros, 1972), o processo educacional ideal deve porem foco o ensino do professor, e a relação professor-aluno é compreendida como o estabelecimento de um clima que facilita a aprendizagem, a partir de determinadas características do comportamento do professor. Representante de um nova linha de pesquisas em psicologia educacional, este autor demonstra que são as características de personalidade do professor que exercerão maior influência na aprendizagem dos alunos.
III. Como o ensino não deve ser algo estático e unidirecional, a sala de aula não deve ser tomada apenas como um lugar para transmitir conteúdos teóricos; pois é, também, local de aprendizado de valores e comportamentos, de aquisição de mentalidade lógica e participativa.
É correto o que se afirma em:
I. As contribuições da teoria construtivista de Piaget, sobre a construção do conhecimento e os mecanismos de influência educativa, têm chamado a atenção para os processos sociais e coletivos, que têm lugar em um contexto exclusivamente focado no âmbito interpessoal e que procuram analisar como os alunos aprendem, estabelecendo uma estreita relação com os processos de ensino em que estão conectados.
II. Segundo Piaget, o pensamento é a base em que se assenta a aprendizagem, é o modo pelo qual a inteligência se manifesta, e a inteligência é fenômeno biológico condicionado pela base neurônica do cérebro e do corpo, sujeito ao processo de maturação do organismo. A inteligência desenvolve uma estrutura e um funcionamento, sendo a estrutura, de acordo com o autor, fixa e acabada.
III. Piaget destacou a importância de uma hierarquia de tipos de aprendizagem que vão desde a simples associação de estímulos à complexidade da solução de problemas. Para este autor, a classificação de tipos de aprendizagem indica a necessidade de utilização de diferentes estratégias de ensino.
IV. Toda aprendizagem precisa ser significativa para o aluno, de forma não mecanizada, e deve estar relacionada com os conhecimentos, experiências, vivências do aluno. Toda aprendizagem é pessoal, precisa visar objetivos realísticos, necessita ser processo contínuo e estar embasada em um bom relacionamento entre os elementos do processo (aluno, professor, colegas).
É correto o que se afirma em: