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Q2316442 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
Em “São quase antípodas, o cinema e o totó.” (4º parágrafo), a palavra destacada funciona morfologicamente na frase como: 
Alternativas
Q2316440 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
 Em “Bob Wolfenson no meio da maior discussão...” (4º parágrafo) a palavra destacada foi grafada corretamente com SS da mesma forma que deve ser:
Alternativas
Q2307337 Pedagogia
As instituições de educação infantil devem criar procedimentos para o acompanhamento do trabalho pedagógico e para a avaliação do desenvolvimento das crianças, garantindo:
Alternativas
Q2307336 Pedagogia
Para registrar os interesses e as experiências das crianças na educação infantil, é preciso escutá-las. Essa escuta se faz por meio de observações e registros do que a criança faz, de seus desenhos, de suas produções e de suas falas. Ao conjunto de registros selecionados e organizados para indicar o processo de aprendizagem de cada criança dá-se o nome de:
Alternativas
Q2307335 Pedagogia
Considerando a criança como ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos, o profissional que atua na educação infantil precisa imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. Essa intencionalidade consiste em:
Alternativas
Q2307334 Pedagogia
A passagem da educação infantil para o ensino fundamental representa um marco significativo para a criança, podendo criar ansiedades e inseguranças. Desse modo, os profissionais que atuam na educação infantil devem considerar esse fato desde o início do ano, estando disponíveis e atentos para as questões e atitudes que as crianças possam manifestar. Tais preocupações podem ser aproveitadas para a realização de:
Alternativas
Q2307333 Pedagogia
Para o desenvolvimento infantil, a saúde, a nutrição e o bem-estar são condições indispensáveis, que exigem relação de cooperação e corresponsabilidade da gestão e dos profissionais com as famílias e outros setores da sociedade. Sendo assim, o Gestor da Secretaria Municipal de Educação deve:
Alternativas
Q2307332 Pedagogia
Nas últimas décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo. Nesse contexto, atendendo ao que prevê a Base Nacional Comum Curricular, as creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua comunidade e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo de:
Alternativas
Q2307331 Pedagogia
De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil, garantida a autonomia dos povos indígenas na escolha dos modos de educação de suas crianças de 0 a 5 anos de idade, as propostas pedagógicas para os povos que optarem pela educação infantil devem:
Alternativas
Q2307330 Pedagogia
O período de adaptação, composto pelos primeiros dias da criança na instituição de educação infantil, deve ser muito bem planejado para garantir o devido acolhimento. Para ajudar nesse processo, é recomendável:
Alternativas
Q2307329 Pedagogia
Os espaços, os materiais, os brinquedos e os mobiliários são itens potencializadores de aprendizagem e desenvolvimento quando atraem as crianças para brincar e interagir, quando proporcionam simultaneamente multiplicidade de experiências e vivência de múltiplas linguagens. Portanto, cabe aos profissionais da educação que lidam com as crianças:
Alternativas
Q2307328 Pedagogia
Contextos significativos possibilitam experiências ricas para as crianças no conhecimento do mundo social, matemático, artístico etc. Como indica o “Manual Brinquedos e brincadeiras de creche” (2012), os bebês experimentam imersão no mundo matemático:
Alternativas
Q2307327 Pedagogia
Para a promoção de aprendizagens essenciais que compreendem comportamentos, habilidades, conhecimentos e vivências, os documentos oficiais indicam dois eixos estruturantes das práticas pedagógicas na educação infantil. São eles:
Alternativas
Q2307326 Pedagogia
O conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade, é chamado de:
Alternativas
Q2307325 Pedagogia
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é uma proposta flexível, que pode subsidiar os sistemas educacionais na elaboração ou implementação de:
Alternativas
Q2307324 Pedagogia
As relações cooperativas e colaborativas entre as instituições de educação infantil e as famílias contribui com as crianças, pois reforça seu sentimento de pertencimento, sua segurança e, consequentemente, sua aprendizagem e seu desenvolvimento. Para tanto, é fundamental prever no projeto pedagógico e nas jornadas de trabalho espaços e tempos para a:
Alternativas
Q2307323 Pedagogia
Nos dias atuais, a tecnologia faz parte do mundo, porém a interação com ela se dá de um modo mais intenso nos centros urbanos e de modo mais complexo na zona rural. Senso assim, cabe à creche e à pré-escola:
Alternativas
Q2307322 Pedagogia
Na primeira etapa da Educação Básica, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), devem ser assegurados seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, que podem ser identificados pelos seguintes verbos:
Alternativas
Q2307321 Pedagogia
Na observância das Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil, a proposta pedagógica das instituições que atendem crianças pequenas e bebês deve garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica, assumindo a responsabilidade de: 
Alternativas
Q2307320 Pedagogia
As diferenças que caracterizam cada fase de desenvolvimento das crianças são grandes, o que leva grande parte das instituições de educação infantil a organizarem os agrupamentos homogêneos por faixa etária. Se, de um lado, isso facilita a organização de algumas atividades e o melhor aproveitamento do espaço físico disponível, de outro, dificulta a possibilidade de interação que um grupo heterogêneo oferece. Assim, tendo em vista o que orienta o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, é importante prever:
Alternativas
Respostas
421: D
422: E
423: B
424: A
425: C
426: A
427: D
428: C
429: B
430: D
431: A
432: C
433: B
434: A
435: D
436: A
437: B
438: D
439: C
440: B