Questões de Concurso
Comentadas para analista cultural - música
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Ele deve utilizar a função:
Atente para o seguinte enunciado: “Ora, os projetos culturais, exatamente pela sua complexidade, demandam um conhecimento profundo dos arranjos produtivos das artes e da cultura, da lógica própria dos bens e serviços culturais, enfim, é tarefa para experts, indivíduos capazes de compreender as relações entre cultura e mercado, as contribuições do marketing cultural, a gestão administrativo-financeira, de pessoas etc.”.
Plano Estadual de Cultura 2003-2006, Secretaria de Cultura do Governo de Estado do Ceará.
No texto encontra-se uma crítica àqueles que pensam
que
No Dicionário critico de política cultural organizado por Teixeira Coelho, esforço único feito no Brasil de elaboração de um amplo quadro conceitual na área, a política cultural pode ser entendida como:
“[...] um programa de intervenções realizadas pelo Estado, entidades privadas ou grupos comunitários com o objetivo de satisfazer as necessidades culturais da população e promover o desenvolvimento de suas representações simbólicas. Sob este entendimento imediato, a política cultural apresenta-se assim como um conjunto de iniciativas, tomadas por esses agentes, visando promover a produção, distribuição e o uso da cultura, a preservação e a divulgação do patrimônio histórico e o ordenamento do aparelho burocrático por elas responsável”.
COELHO, T. Dicionário crítico de política cultural: cultura e imaginário. São Paulo: Ed. Iluminuras, 1997, p.203.
O sociólogo Alexandre Barbalho, no entanto, critica a forma proposta,
I. porque estaria muito próxima do conceito de gestão cultural. Para o autor, a política cultural é o pensamento da estratégia, e a gestão é o cuidado na sua execução.
II. porque se refere ao conjunto de técnicas, de instrumentos — oriundo dos saberes administrativos, gerenciais — aplicado ao setor da cultura.
III. porque qualquer política cultural
necessariamente implica lutas institucionais e
relações de poder na produção e circulação de
bens simbólicos.
Leia atentamente o seguinte excerto: “O tema da mediação cultural readquiriu, nas três últimas décadas, muita relevância nos discursos políticos e programáticos que apelam à formação e atração de públicos para as artes e a cultura. Esse apelo, muito associado ainda aos princípios da ‘democratização cultural’, traduz igualmente as preocupações de sustentabilidade sentidas por agentes e instituições culturais, em um contexto em que o poder público tende a desvincular-se do financiamento à cultura”.
Théberge, Paul (2004). The Network Studio: Historical and technological paths to a new ideal in music making. Social Studies of Science, 34/5, 759-781.
Considerando os mecanismos de mediação cultural, na generalidade dos programas de divulgação e formação de públicos para a cultura, propostos pelas organizações culturais, escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir:
( ) O recital didático, desde que contenha um repertório diversificado e ações pedagógico-musicais complementares, é um mecanismo eficaz para ampliar o acesso à diversidade musical e, por consequência, promover a escuta musical ativa.
( ) No concerto didático, a apreciação musical está associada a atividades de manipulação de materiais sonoros, expressão e forma, aliadas à literatura e a transformação de valores atribuídos à música.
( ) A atividade musical básica na formação de plateia é a apreciação musical orientada, onde a interação entre público e músicos pode acontecer de diversas formas, tornando a plateia mais consciente e capaz de compreender os diversos estilos musicais.
( ) Em workshops, o papel da tecnologia tem-se
mostrado um elemento-chave no
processo de intermediação cultural, que
possibilita a determinados segmentos da
população o acesso a momentos de
criação, produção e fruição musical.
A questão da sustentabilidade na cultura surgiu a partir das discussões sobre meio ambiente, iniciadas na década de 1970, quando a sustentabilidade cultural surgiu associada ao respeito às diferentes culturas, passando pelas relações entre cultura e desenvolvimento, para chegar à visão de sustentabilidade relacionada aos sistemas e mecanismos de financiamento da cultura.
Considerando os conceitos atuais de sustentabilidade cultural, atente para as a seguintes afirmações:
I. O conceito de sustentabilidade cultural refere-se às mudanças no interior da continuidade — equilíbrio entre respeito à tradição e inovação — e à capacidade de autonomia para elaboração de um projeto nacional integrado e endógeno — em oposição à cópia de modelos do exterior.
II. Sustentabilidade na cultura relaciona-se às políticas culturais voltadas para a sustentabilidade por meio de mecanismos de financiamento da cultura, outrora tidos como obstáculos para o crescimento econômico; os Pontos de Cultura conseguiram cumprir a meta de autossustentabilidade prevista no Programa Cultura Viva pelo apoio do poder público.
III. A autossustentabilidade, ou a sustentabilidade de suas ações, decorre das contrapartidas que os projetos podem oferecer: quanto maior a capacidade de oferta de serviços e saberes, mais possibilidades de troca a entidade terá; a cultura passa a ser entendida como condição e contexto social do desenvolvimento.
IV. A simplicidade do conceito de sustentabilidade
obscurece complexidades e contradições
subjacentes ao tema: não há clareza em torno
do objeto a ser sustentado – por vezes, a
sustentabilidade se refere aos recursos
propriamente ditos; por outras, aos bens
derivados desses recursos; alguns autores se
referem à sustentabilidade dos níveis de
produção, outros enfatizam a sustentabilidade
dos níveis de consumo.
Atente para o seguinte excerto: “A premissa da estratégia de territorialização da gestão é considerar a identidade territorial como alicerce para a elaboração e execução das estratégias de gestão do equipamento cultural. Trata-se, portanto, de um convite aos gestores para adotar, como ponto de partida, não a ação cultural, mas o diálogo que esta e os demais aspectos da gestão podem estabelecer com os potenciais identitários percebidos no território”.
SANTOS, F.; DAVEL, E. Gestão de Equipamentos Culturais e Identidade Territorial: Potencialidades e Desafios, 2017.
Considerando o texto acima, que propõe um modelo de gestão que confronta a problematização do isolamento dos equipamentos culturais em relação ao seu entorno e aos demais atores sociais que o compartilham, analise as seguintes afirmações:
I. A gestão territorializada fomenta a criação de um processo dialógico entre equipamentos (ação cultural) e território (identidade), permitindo-lhes sair da condição de cidadelas fechadas para converterem-se em verdadeiras extensões do espaço público.
II. A gestão territorializada está fortemente vinculada à ideia de proteção e/ou distribuição da produção cultural, concepção típica dos processos de democratização cultural que constitui o coração da ação de qualquer equipamento cultural.
III. Na gestão territorializada, o vetor de ação
parte de fora para dentro, e torna o
equipamento permeável a dinâmicas, pautas,
identidades e interesses que estão para além
de seus muros, propiciando novos contextos
de atuação.
Fonte: CALABRE, Lia. Políticas culturais no Brasil: balanço & perspectivas. In: BARBALHO, A.; RUBIM, A. (org) Políticas culturais no Brasil. Salvador: Ufba, 2007.
Diante do exposto, é correto afirmar que
Fonte: CUNHA FILHO, Francisco Humberto. Direitos Culturais no Brasil. Revista Observatório Itaú Cultural / OIC – n. 11 (jan./abr. 2011).
Isso implica que
A faculdade que tem o Estado de limitar e/ou condicionar o exercício dos direitos individuais, a liberdade e a propriedade, tendo como objetivo o interesse público, denomina-se poder
Sabendo que o sufixo é um elemento formador de novas palavras, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) –mento, de “aproveitamento” (linha 14), é um sufixo formador de substantivo.
( ) –ção, de “licitação” (linha 18), é um sufixo formador de substantivo derivado de verbo.
( ) –dor, de “pescador” (linha 34), é um sufixo de adjetivo que exprime o agente.
( ) –vel, de “imprestável” (linha 42), é um sufixo formador de substantivo que exprime negação.
A sequência correta, de cima para baixo, é: