Questões de Concurso Comentadas para supervisor pedagógico

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Q2493157 Pedagogia

A gestão da escola pública trata-se de uma maneira de organizar o funcionamento da escola pública quanto aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos e pedagógicos, com a finalidade de dar transparência às suas ações e atos e possibilitar à comunidade escolar e local a aquisição de conhecimentos, saberes, ideias e sonhos, em um processo de aprender, inventar, criar, dialogar, construir, transformar e ensinar.


(BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Gestão da educação escolar. Brasília: UnB/CEAD, 2004.)


Segundo Lück (2005),foi no ano de 1980 que o movimento em favor da descentralização e da democratização da gestão das escolas públicas foi iniciado. A partir de então surgem várias reformas educacionais e proposições legislativas, reconhecendo e fortalecendo o movimento de democratização da gestão escolar e aprimoramento da qualidade educacional. Acerca da mudança de paradigma de administração para gestão, são pressupostos e entendimentos de uma gestão democrática na escola:


I. A realidade é considerada como dinâmica em movimento e, portanto, imprevisível.

II. A importação de modelos que deram certo em outras organizações é considerada como a base para a realização de mudanças.

III. Crise, ambiguidade, contradições e incertezas são consideradas disfunções e, portanto, forças negativas a serem evitadas, por impedirem ou cercearem o seu desenvolvimento.

IV. Os processos sociais, marcados pelas contínuas interações de seus elementos plurais e diversificados, constituem-se na energia mobilizadora para a realização de objetivos da organização.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q2493156 Pedagogia

As tendências pedagógicas no Brasil estão diretamente ligadas às questões sociais e políticas, enquanto um reflexo dos propósitos estabelecidos pela escola e pela sociedade. Os principais aspectos que definem cada corrente pedagógica são os conteúdos abordados, os métodos de ensino, as motivações no processo de aprendizagem, suas manifestações e a relação estabelecida entre o professor e o aluno. Segundo Dias (2007), a educação sempre passou por processos de transformação, muitas vezes influenciados pelo momento político e histórico de cada época. Estes momentos originaram as tendências pedagógicas que são a união das práticas didático-pedagógicas com os desejos e aspirações da sociedade de forma a favorecer o conhecimento. Sobre o exposto e considerando as duas vertentes principais no contexto das tendências pedagógicas brasileiras, relacione adequadamente as colunas a seguir.


1. Tendência pedagógica liberal.

2. Tendência pedagogia progressista.


( ) Contempla quatro correntes: a tradicional; a renovadora progressiva; a renovadora não diretiva; e, a tecnicista.

( ) Divide-se em três correntes: a libertadora; a libertária; e, a crítico-social dos conteúdos.

( ) Possui uma essência sociopolítica, propondo que o sujeito desenvolva uma visão crítica do meio em que vive e do contexto social, a fim de que ele seja um agente transformador da realidade.

( ) É pautada na preparação do indivíduo para desempenhar papéis sociais, com base nas suas aptidões individuais. Promover valores e normas da sociedade de classes, alinhados ao ideário capitalista.


A sequência está correta em 

Alternativas
Q2493155 Pedagogia
A gestão de pessoas implica tecer comentários sobre o clima organizacional, tendo em vista que este ingrediente poderá determinar a vontade dos membros da equipe de participar (em diversos níveis) ou adotar a opção política de alienar-se do processo educacional, com uma postura aparentemente neutra. 
(Mansano, 2010.) 
Acerca do exposto, para se estabelecer um ambiente na escola em que as pessoas gostem do que fazem e sintam prazer em ali estar, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A direção de um grupo ser concebida como a coordenação das alteridades. ( ) As responsabilidades e ações de cada um claramente atribuídas pelo coletivo. ( ) A finalidade e os objetivos perfeitamente definidos e conhecidos de toda a comunidade escolar e participantes externos. ( ) Os conflitos sejam negados, pois são desnecessários e destroem valores, causando prejuízo para as escolas e naqueles que nela trabalham.
A sequência está correta em
Alternativas
Q2493154 Pedagogia
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) deve considerar os três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados. Os educandos da EJA trazem consigo um legado cultural – conhecimentos construídos a partir do senso comum e um saber popular, não-científico, constituído no cotidiano, em suas relações com o outro e com o meio – os quais devem ser considerados na dialogicidade das práticas educativas. Conforme Freire (1996, p. 38), a educação emancipatória valoriza o “saber de experiência feito”, o saber popular, e parte dele para a construção de um saber que ajude homens e mulheres na formação de sua consciência política. Para tanto, é preciso entender que a proposta fundamental é reconhecer que nossos alunos são marcados por diferenças individuais e, na perspectiva andragógica, a aprendizagem se diferencia das crianças, uma vez que os estudantes da EJA são automotivados, possuem uma vivência rica em experiências, tanto na sua vida pessoal quanto profissional;são capazes de agir e tomar decisões de forma autônoma. NÃO é um critério para selecionar os conteúdos e as práticas educativas na perspectiva andragógica: 
Alternativas
Q2493153 Pedagogia

A diversidade cultural brasileira se deu pelo processo de miscigenação entre brancos, índios e negros e foi marcada por uma série de crenças, hábitos, costumes e conceitos contraditórios, alimentando, assim, uma discussão permanente a respeito dos direitos e deveres dos seres humanos, principalmente no combate aos preconceitos remanescentes e oriundos dessa relação que perdurou por séculos, trazendo sérias consequências a uma imensa população de oprimidos, incluindo negros, índios, pobres, portadores de algum tipo de deficiência, relações e diferenças sexuais, doenças crônicas, dentre outras formas de relações consideradas por boa parte da sociedade como algo fora da normalidade e, por esse motivo, não aceitáveis.


(Barbosa, 2014, p. 3.)


Tendo em vista a necessidade de um conhecimento mais amplo no que se refere às condições de aprendizagem da criança acerca da diversidade cultural, é importante que o professor encontre maneiras que possam transmitir tais conhecimentos. Sobre o exposto, são consideradas ações corretas, EXCETO:


Alternativas
Q2493152 Pedagogia

O planejamento enquanto construção-transformação de representações é uma mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer, concretizar, e, para isso, é necessário estabelecer as condições objetivas e subjetivas prevendo o desenvolvimento da ação no tempo.


(Vasconcelos, 2000, p. 79 apud Gama e Figueiredo, p. 3.)


Na aula se criam, se desenvolvem e se transformam as condições necessárias para que os alunos assimilem conhecimento, habilidade, atitudes e convicções e, assim, desenvolvem suas capacidades cognoscitivas.


(Libâneo, 2013, p. 195.)


Sobre o exposto e considerando o planejamento das aulas, está INCORRETO o que se afirma em: 

Alternativas
Q2493151 Pedagogia
Os projetos de trabalho não se configuram como método ou pedagogia sistematizada, mas como uma concepção de educação e escola.
(Hernández, 1998.) 
Sobre os projetos de trabalho na sala de aula, o professor deve considerar, EXCETO: 
Alternativas
Q2473872 Pedagogia
A gestão educacional é o pilar que sustenta o sucesso de uma comunidade escolar. Nesse contexto, promover uma administração eficaz é essencial para criar ambientes propícios ao aprendizado, onde a colaboração, a inovação e o respeito moldam a jornada educativa. A gestão educacional transcende números e processos, almejando cultivar valores que inspiram a excelência acadêmica e o crescimento integral dos alunos. Considerando as distintas concepções de gestão escolar, notadamente a administração técnico-científica e a gestão simbólico-interpretativa, analise as afirmativas a seguir.

I. Na perspectiva da administração técnico-científica, a ênfase recai na eficiência operacional, destacando a divisão racional do trabalho e a busca constante por padronização de processos.
II. A gestão simbólico-interpretativa reconhece a importância dos métodos científicos na otimização dos processos educacionais, priorizando a mensuração quantitativa como indicador de sucesso escolar.
III. Na abordagem da administração técnico-científica, a cultura organizacional e as relações interpessoais são consideradas aspectos secundários diante da prioridade dada à eficiência operacional.
IV. A gestão simbólico-interpretativa destaca a complexidade do ambiente escolar, enfatizando a construção de significados compartilhados e a importância da interpretação subjetiva.

Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2473871 Pedagogia
Ao longo do tempo, a função social da escola passou por transformações significativas, refletindo as mudanças na sociedade e nas abordagens educacionais. Inicialmente voltada para a transmissão de conhecimentos, evoluiu para valorizar a interação entre diferentes gerações, promovendo a troca de saberes. Mais recentemente, as escolas têm se adaptado para reconhecer e atender às diversas singularidades dos alunos, priorizando a equidade e inclusão. Essas mudanças evidenciam a busca constante por uma educação que vá além do simples repasse de informações, visando preparar os indivíduos para desafios contemporâneos e promover uma participação ativa na sociedade. A fase em que o alcance da escola é ampliado constantemente e o aprender a aprender acontece diariamente nas carreiras e na evolução humana corresponde à escola:
Alternativas
Q2473870 Pedagogia
Um grupo de professores de uma escola decide realizar uma pesquisa colaborativa com investigação qualitativa para averiguar estratégias eficazes no ensino de matemática para alunos do 6º ano. Cada professor traz sua experiência e perspectiva para contribuir com o projeto. Eles definem objetivos claros, elaboram um plano de ação, coletam dados durante as aulas e realizam análises conjuntas para identificar práticas pedagógicas mais bem-sucedidas. Considerando a situação apresentada, analise as afirmativas a seguir.

I. A pesquisa colaborativa permite que os professores compartilhem suas experiências e conhecimentos, promovendo uma abordagem mais rica e diversificada na análise dos resultados.
II. O processo de trabalho de uma pesquisa qualitativa é maior que o produto, ou seja, o resultado é sempre associado ao contexto no qual ocorreu a investigação.
III. A coleta de dados durante as aulas possibilita a obtenção de informações concretas e contextualizadas sobre o impacto das práticas pedagógicas, contribuindo para uma análise mais fundamentada.
IV. O contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação investigada interfere negativamente na investigação qualitativa.
V. A análise conjunta dos resultados é uma etapa crucial, pois permite que os professores identifiquem práticas mais eficazes, promovam melhorias contínuas e compartilhem aprendizados.

Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2473869 Pedagogia
Em um ambiente escolar, diferentes abordagens pedagógicas podem ser aplicadas para orientar a prática educativa. Três perspectivas amplamente discutidas são a pedagogia relacional; a pedagogia diretiva; e, a pedagogia não diretiva. Essas abordagens têm influências significativas na maneira como os educadores conduzem o processo de ensino e aprendizagem. Considerando as abordagens pedagógicas mencionadas, assinale a alternativa correta que descreve características distintivas da pedagogia relacional; pedagogia diretiva; e, pedagogia não diretiva. 
Alternativas
Q2473867 Pedagogia
Uma dificuldade para se penetrar na problemática do multiculturalismo está referida à polissemia do termo. A necessidade de adjetivá-lo evidencia tal realidade. Expressões como multiculturalismo conservador, liberal, celebratório, crítico, emancipador, revolucionário podem ser encontradas na produção sobre o tema e se multiplicam continuamente. Para tal questão, vamos distinguir duas abordagens fundamentais: uma descritiva e outra propositiva. Na perspectiva propositiva, falamos de um projeto político-cultural, de um modo de trabalhar as relações culturais numa determinada sociedade, de conceber políticas públicas na perspectiva da radicalização da democracia, assim como construir estratégias pedagógicas. Nessa perspectiva, considere três abordagens fundamentais e que estão na base das diversas propostas: o multiculturalismo assimilacionista; o multiculturalismo diferencialista ou monoculturalismo plural; e, o multiculturalismo interativo, também denominado interculturalidade. No multiculturalismo diferencialista:
Alternativas
Q2473866 Pedagogia
Na Primeira República ou República Velha, ocorreram dois grandes movimentos de ideias que clamavam pela necessidade de abertura e aperfeiçoamento de escolas, identificados “o entusiasmo pela educação” e o “otimismo pedagógico” que, categoricamente, defendiam a bandeira da educação, mas por dois vieses que se complementavam: ao primeiro, a defesa que solicitava a criação e abertura de mais escolas, ao passo que o segundo defendia uma nova dinâmica aos métodos e conteúdos de ensino. Nesse contexto, o fato que marcou uma das políticas importantes da época foi:
Alternativas
Q2473865 Pedagogia
A professora de uma turma de 4º ano do ensino fundamental percebeu que uma das crianças está sendo alvo de discriminação por parte de alguns colegas de classe devido à sua religião, que é a umbanda. Os colegas fazem comentários desrespeitosos sobre as práticas religiosas de Lucas, o que está afetando emocionalmente o aluno. Diante dessa situação, a professora conversou individualmente com Lucas, buscando compreender melhor a situação e oferecendo apoio emocional, repreendendo energicamente os colegas discriminadores na frente da turma para desencorajar comportamentos inadequados. Além disso, estabeleceu uma semana de aulas sobre o tema “religiões”. Analise as medidas adotadas de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

I. A professora agiu corretamente ao buscar entender a situação de Lucas e oferecer apoio emocional. Isso está alinhado com os princípios de proteção dos direitos fundamentais da criança e considera o Art. 53, que estabelece que a criança tem o direito de ser respeitada por seus educadores e colegas.
II. A repreensão dos colegas discriminadores demonstra a preocupação da professora em intervir e desencorajar comportamentos inadequados, promovendo um ambiente escolar saudável. É fundamental que a repreensão seja educativa e focada na conscientização, sem utilizar métodos que possam causar constrangimento ou violência psicológica. Está alinhado ao Art. 5º, que prevê o direito à igualdade, proibindo qualquer discriminação.
III. A promoção do conhecimento sobre diferentes religiões pode ser uma prática educativa enriquecedora, desde que realizada de forma inclusiva, respeitando a individualidade de cada aluno e, ainda, evitando qualquer abordagem que possa gerar desconforto ou discriminação. Tal atitude está alinhada ao Art. 16, que garante à criança e ao adolescente o direito à liberdade de crença e prática religiosa.

Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2473864 Pedagogia
As diversas teorias do desenvolvimento proporcionam insights sobre como os alunos aprendem e se desenvolvem em diferentes idades. Elas orientam estratégias pedagógicas, permitindo aos educadores adaptarem métodos de ensino de acordo com as necessidades cognitivas, emocionais e sociais dos alunos. Particularmente, as contribuições da psicologia à compreensão do processo de aprendizagem são vastas e refletir sobre as diversas teorias psicológicas, seus conceitos e métodos, sua compreensão de homem e educação, nos aspectos que interessam aos processos de ensino e aprendizagem, nos coloca inevitavelmente diante das contribuições de Jean Piaget, Lev Vygotsky e Henri Wallon. Apesar das diferenças em suas abordagens teóricas, Jean Piaget, Lev Vygotskye Henri Wallon compartilham alguns pontos comuns em relação ao desenvolvimento infantil; analise-os.

I. Ênfase na importância do ambiente: os três reconhecem a influência do ambiente no desenvolvimento da criança. Eles concordam que as experiências e interações com o ambiente desempenham um papel significativo na formação de habilidades cognitivas e sociais.
II. Reconhecimento da fase sensório-motora: Piaget e Wallon valorizam a fase sensório-motora do desenvolvimento, na qual as crianças exploram o mundo por meio dos sentidos e do movimento. Vygotsky, embora não tenha uma fase específica equivalente, também reconhece a importância da experiência sensorial no desenvolvimento cognitivo.
III. Ênfase na interconexão de aspectos do desenvolvimento: os três teóricos reconhecem a interconexão entre os aspectos emocionais, cognitivos e sociais do desenvolvimento. Wallon, especialmente, destaca essa interdependência ao integrar emoções, cognição e socialização em sua teoria.
IV. Valorização do papel ativo da criança: Piaget, Vygotsky e Wallon concordam que a criança desempenha um papel ativo em seu próprio desenvolvimento. Eles reconhecem que a criança é um agente ativo na construção de seu conhecimento e na participação em atividades que promovem o aprendizado.
V. Importância do jogo no desenvolvimento infantil: todos valorizam o papel do jogo no desenvolvimento infantil, embora com abordagens diferentes. Piaget destaca o jogo como uma atividade que reflete o desenvolvimento cognitivo; Vygotsky enfatiza o jogo como uma zona proximal de desenvolvimento; e, Wallon considera o jogo simbólico como uma expressão do pensamento simbólico na infância.

Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2473863 Pedagogia
Uma equipe pedagógica realiza reflexões sobre o impacto do construtivismo no engajamento dos alunos e na qualidade da aprendizagem. Em uma discussão sobre as bases teóricas dessa abordagem nasce um debate sobre a influência de Piaget e Vygotsky na concepção construtivista. Os educadores, ao explorarem esses fundamentos teóricos, buscam otimizar suas práticas pedagógicas para potencializar o processo ativo de construção de conhecimento pelos alunos. Na oportunidade, surgiram duas colocações realizadas por docentes amplamente debatidas acerca de sua veracidade: 

Assertiva (A): o construtivismo, enquanto abordagem pedagógica, destaca-se por promover a construção ativa do conhecimento pelo aluno, considerando suas experiências prévias como elemento fundamental para a aprendizagem, refletindo uma visão epistemológica centrada na autonomia do aprendiz.
Razão (R): a perspectiva construtivista, fundamentada nas contribuições de Piaget e Vygotsky, argumenta que a aprendizagem é um processo dinâmico e participativo, no qual os alunos constroem significados a partir de suas interações complexas com o ambiente, fomentando uma visão mais intrincada e engajada do fenômeno educacional.

Assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2473852 Português
Incontáveis nas ruas

Com 227 mil em cadastro, população sem teto deve ser mais bem apurada e atendida.

        O aumento da população de rua nos últimos anos é fenômeno que tem sido observado e mensurado em metrópoles brasileiras, mas suas dimensões precisas são difíceis de apurar – por motivos óbvios.
        Trata-se, em grande parte dos casos, de pessoas sem rotina definida, que podem estar num bairro hoje e noutro amanhã; muitas analfabetas, sem documentos e em estado precário de saúde física ou mental para responder sobre sua situação. Elas estão fora, ademais, do censo oficial do IBGE, que procura por cidadãos domiciliados.
      São importantes, nesse contexto, os dados reunidos pelo pesquisador Marco Antônio Carvalho Natalino, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea, ligado à administração federal). Com base em informações no cadastro governamental de famílias de baixa renda, o trabalho encontrou 227,1 mil moradores de rua no país neste ano.
       O número está possivelmente subestimado, já que nem todas as pessoas em tal situação estão nos registros. A quantidade sobe ano a ano, o que em alguma medida pode ser explicado pela ampliação do cadastro, sobretudo quando se consideram prazos mais longos. Mas há evidências do aumento e causas plausíveis a considerar.
      Na cidade de São Paulo, por exemplo, um censo encomendado pela prefeitura constatou que a população de rua teve um salto de 31% durante a pandemia de Covid-19, crescendo de 24,3 mil em 2019 para 31,9 mil em 2021.
      A crise sanitária gerou um dos momentos econômicos dramáticos dos últimos anos. Antes dela, a profunda recessão de 2014-16 elevou o desemprego e a pobreza. A recuperação posterior ainda se mostra incipiente e acidentada.
        Falta de oportunidades no mercado de trabalho é, como se pode intuir, um dos principais motivos que levam indivíduos a morar nas ruas – apontado por 40,5%, em declarações ao cadastro oficial.
       A causa mais citada, no entanto, são problemas familiares, com 47,3%, enquanto o consumo de álcool e outras drogas é mencionado por 30,4% (os cadastrados podem citar mais de um fator).
       Está-se diante de um fenômeno multifatorial, que vai além da questão econômica e demanda ações de diferentes esferas de governo.
         A contagem e a identificação mais completa dos moradores ainda desafiam a política pública. É preciso viabilizar que tais pessoas tenham acesso aos benefícios sociais do Estado, sobretudo o Bolsa Família. No âmbito local, há que buscar desde alternativas habitacionais a segurança e cuidados com dependentes químicos.
    Não existe, infelizmente, solução rápida, muito menos fácil. O melhor começo, de todo modo, é um diagnóstico mais preciso.

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/. Acesso em: 20/01/2024.)
Dentre as muitas funções da palavra “que”, uma delas é a função de pronome relativo. No trecho “Trata-se, em grande parte dos casos, de pessoas sem rotina definida, que podem estar num bairro hoje e noutro amanhã [...](2º§), a palavra “que” exerce a função de:
Alternativas
Q2473851 Português
Incontáveis nas ruas

Com 227 mil em cadastro, população sem teto deve ser mais bem apurada e atendida.

        O aumento da população de rua nos últimos anos é fenômeno que tem sido observado e mensurado em metrópoles brasileiras, mas suas dimensões precisas são difíceis de apurar – por motivos óbvios.
        Trata-se, em grande parte dos casos, de pessoas sem rotina definida, que podem estar num bairro hoje e noutro amanhã; muitas analfabetas, sem documentos e em estado precário de saúde física ou mental para responder sobre sua situação. Elas estão fora, ademais, do censo oficial do IBGE, que procura por cidadãos domiciliados.
      São importantes, nesse contexto, os dados reunidos pelo pesquisador Marco Antônio Carvalho Natalino, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea, ligado à administração federal). Com base em informações no cadastro governamental de famílias de baixa renda, o trabalho encontrou 227,1 mil moradores de rua no país neste ano.
       O número está possivelmente subestimado, já que nem todas as pessoas em tal situação estão nos registros. A quantidade sobe ano a ano, o que em alguma medida pode ser explicado pela ampliação do cadastro, sobretudo quando se consideram prazos mais longos. Mas há evidências do aumento e causas plausíveis a considerar.
      Na cidade de São Paulo, por exemplo, um censo encomendado pela prefeitura constatou que a população de rua teve um salto de 31% durante a pandemia de Covid-19, crescendo de 24,3 mil em 2019 para 31,9 mil em 2021.
      A crise sanitária gerou um dos momentos econômicos dramáticos dos últimos anos. Antes dela, a profunda recessão de 2014-16 elevou o desemprego e a pobreza. A recuperação posterior ainda se mostra incipiente e acidentada.
        Falta de oportunidades no mercado de trabalho é, como se pode intuir, um dos principais motivos que levam indivíduos a morar nas ruas – apontado por 40,5%, em declarações ao cadastro oficial.
       A causa mais citada, no entanto, são problemas familiares, com 47,3%, enquanto o consumo de álcool e outras drogas é mencionado por 30,4% (os cadastrados podem citar mais de um fator).
       Está-se diante de um fenômeno multifatorial, que vai além da questão econômica e demanda ações de diferentes esferas de governo.
         A contagem e a identificação mais completa dos moradores ainda desafiam a política pública. É preciso viabilizar que tais pessoas tenham acesso aos benefícios sociais do Estado, sobretudo o Bolsa Família. No âmbito local, há que buscar desde alternativas habitacionais a segurança e cuidados com dependentes químicos.
    Não existe, infelizmente, solução rápida, muito menos fácil. O melhor começo, de todo modo, é um diagnóstico mais preciso.

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/. Acesso em: 20/01/2024.)
“Na cidade de São Paulo, por exemplo, um censo encomendado pela prefeitura constatou que a população de rua teve um salto de 31% durante a pandemia de Covid-19 [...] (5º§). No trecho, a vírgula foi empregada em dois momentos para separar
Alternativas
Q2473850 Português
Incontáveis nas ruas

Com 227 mil em cadastro, população sem teto deve ser mais bem apurada e atendida.

        O aumento da população de rua nos últimos anos é fenômeno que tem sido observado e mensurado em metrópoles brasileiras, mas suas dimensões precisas são difíceis de apurar – por motivos óbvios.
        Trata-se, em grande parte dos casos, de pessoas sem rotina definida, que podem estar num bairro hoje e noutro amanhã; muitas analfabetas, sem documentos e em estado precário de saúde física ou mental para responder sobre sua situação. Elas estão fora, ademais, do censo oficial do IBGE, que procura por cidadãos domiciliados.
      São importantes, nesse contexto, os dados reunidos pelo pesquisador Marco Antônio Carvalho Natalino, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea, ligado à administração federal). Com base em informações no cadastro governamental de famílias de baixa renda, o trabalho encontrou 227,1 mil moradores de rua no país neste ano.
       O número está possivelmente subestimado, já que nem todas as pessoas em tal situação estão nos registros. A quantidade sobe ano a ano, o que em alguma medida pode ser explicado pela ampliação do cadastro, sobretudo quando se consideram prazos mais longos. Mas há evidências do aumento e causas plausíveis a considerar.
      Na cidade de São Paulo, por exemplo, um censo encomendado pela prefeitura constatou que a população de rua teve um salto de 31% durante a pandemia de Covid-19, crescendo de 24,3 mil em 2019 para 31,9 mil em 2021.
      A crise sanitária gerou um dos momentos econômicos dramáticos dos últimos anos. Antes dela, a profunda recessão de 2014-16 elevou o desemprego e a pobreza. A recuperação posterior ainda se mostra incipiente e acidentada.
        Falta de oportunidades no mercado de trabalho é, como se pode intuir, um dos principais motivos que levam indivíduos a morar nas ruas – apontado por 40,5%, em declarações ao cadastro oficial.
       A causa mais citada, no entanto, são problemas familiares, com 47,3%, enquanto o consumo de álcool e outras drogas é mencionado por 30,4% (os cadastrados podem citar mais de um fator).
       Está-se diante de um fenômeno multifatorial, que vai além da questão econômica e demanda ações de diferentes esferas de governo.
         A contagem e a identificação mais completa dos moradores ainda desafiam a política pública. É preciso viabilizar que tais pessoas tenham acesso aos benefícios sociais do Estado, sobretudo o Bolsa Família. No âmbito local, há que buscar desde alternativas habitacionais a segurança e cuidados com dependentes químicos.
    Não existe, infelizmente, solução rápida, muito menos fácil. O melhor começo, de todo modo, é um diagnóstico mais preciso.

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/. Acesso em: 20/01/2024.)
Do ponto de vista da regência verbal, assinale a alternativa cujo verbo sublinhado apresenta regência diferente dos demais.
Alternativas
Q2473844 Português
Trabalho é dignidade, e não exploração

Número de denúncias de trabalho análogo à escravidão bate recorde em 2023. O próximo passo é punir com rigor uma das práticas mais cruéis da história da humanidade.

       O Brasil registrou o maior número de denúncias de trabalho análogo à escravidão da história em 2023. A quantidade de notificações cresce a cada ano, à medida que mais pessoas se conscientizam sobre esse crime e os canais de denúncia são difundidos. O passo seguinte deve ser a maior fiscalização e a punição severa dos autores.
          Foram 3.422 denúncias em 12 meses em todo o país, 61% a mais do que em 2022. Minas Gerais é o segundo Estado com o maior número de pessoas resgatadas no ano passado, com 632 vítimas.
         O trabalho análogo à escravidão é objetivamente definido pelo Código Penal brasileiro, em seu artigo 149. Caracteriza-se pela condição degradante de trabalho, em que há a restrição da locomoção do indivíduo em razão de dívida contraída com seu empregador.
        Mesmo com a clara tipificação legal, os perpetradores aproveitam do desconhecimento de grande parte dos cidadãos sobre seus direitos trabalhistas. A falta de instrução aliada à condição de pobreza e fome contribuem para que milhares de pessoas se tornem presas fáceis para os chamados “gatos”, responsáveis por aliciar as vítimas.
       A prática é facilitada ainda pelas brechas na fiscalização. Auditores denunciam constantemente a falta de estrutura, de valorização e de articulação entre os órgãos no combate ao trabalho análogo à escravidão.
      Por fim, deve haver avanço na punição dos infratores. Nada repara a dignidade nem devolve o tempo perdido por uma vítima que teve a liberdade cerceada. Porém, é preciso fazer doer no bolso dos autores. Lamentavelmente, as multas aplicadas muitas vezes não correspondem à gravidade do trabalho análogo à escravidão, uma das práticas mais bárbaras da humanidade.
      Há casos em que as indenizações são menores do que as pagas a um passageiro que teve a mala extraviada por uma companhia aérea.
       Cabe ainda debater a expropriação de terras onde for comprovado esse tipo de exploração. Acima de tudo, o combate ao trabalho análogo à escravidão passa por uma mudança de mentalidade colonial, que persiste no país.

(Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/editorial/. Acesso em: 20/01/2024.)
Analise a regência nominal de “análogo” em “O Brasil registrou o maior número de denúncias de trabalho análogo à escravidão da história em 2023.” (1º§). Assinale a alternativa que apresenta regência nominal diferente a “análogo”.
Alternativas
Respostas
181: B
182: B
183: A
184: D
185: C
186: D
187: D
188: B
189: B
190: D
191: D
192: A
193: D
194: A
195: A
196: D
197: A
198: D
199: A
200: B