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“Havia muitos pontos de contato entre as opiniões de Keynes e de Franklin Roosevelt a respeito das insuficiências e limitações das economias capitalistas modernas. Em particular, ambos viam na falta de poder de compra para sustentar a demanda local do país a causa maior da crise pela qual passaram as principais economias do mundo no início da década de 1930. Ambos também concordavam que a raiz mais profunda do problema estava na falta de instrumentos para lidar com a insegurança fundamental que cercava o comportamento de agentes privados”.
(DE CARVALHO, Fernando J.C. Keynes, FDR e a Grande Depressão. In: LIMONCIC, F. e MARTINHO, F.C.P. A Grande Depressão: política e economia na década de 1930: Europa, Américas, África e Ásia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.)
O parágrafo acima faz referência ao renomado economista John Maynard Keynes e ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, ao tempo da chamada Grande Depressão e das medidas pensadas e tomadas para tentar solucionar os efeitos desta. Muitas das medidas foram sistematizadas no New Deal, especialmente entre 1933 e 1937. Considerando que Keynes e Roosevelt tinham também divergências quanto aos impactos da insegurança sobre a dinâmica econômica, marque a alternativa correta
“O Norte era visto como vazio demográfico, por seus baixos índices populacionais, e já vinha recebendo incentivos da Sudam (Pin, Poloamazônia e Proterra), por compor a denominada Amazônia Legal, acima do Paralelo 16. O sul, por seu turno, já estava incorporado ao Centro-Sul e obteve a elaboração de programas como o Polocentro (Cerrados) e Prodegran (Grande Dourados) e o Prodoeste, que incluíram áreas não alcançadas pela Amazônia Legal, como sul de Goiás e Mato Grosso, e o entorno de Brasília”.
(ARAÚJO, Vinícius de Carvalho. Divisão de opiniões: a saga do divisionismo sulista e Mato Grosso. In: RODRIGUES, C.; JOANONI NETO, V. Nova História do Mato Grosso Contemporâneo. Cuiabá: EdUFMT, 2018.)
O parágrafo acima faz referência à política nacional da ditadura militar (1964-1985) de integração espacial do desenvolvimento nacional brasileiro. Considerando a história de Mato Grosso no referido período, marque a alternativa correta a respeito da especialização das políticas regionais de desenvolvimento por parte do governo militar, no tocante ao aspecto econômico deste estado:
“Novas engrenagens internacionais transformam a economia mundial, as grandes potências hegemônicas descobrem, nas áreas periféricas — inclusive no Brasil —, um mercado lucrativo para aplicações financeiras e passam a investir fortemente ali, onde a mão de obra é barata, os direitos sociais estão longe de serem conquistados e a matéria-prima é farta e disponível. O capitalismo financeiro complementa as conquistas dos países industrializados e os trustes e cartéis darão novas formas às políticas monopolistas”.
(NEVES, Margarida de Souza. Os cenários da República. O Brasil na virada do século XIX para o século XX. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de A.N. (Orgs.) O Brasil Republicano. O tempo do liberalismo excludente. Da Proclamação da República à Revolução de 1930. 4.ed.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.)
Considerando que o fragmento acima faz referência ao processo de consolidação e expansão do capitalismo em fins do século XIX, dentro de um constructo de ideal moderno de civilização e progresso, e que neste momento o Brasil passa por mudanças importantes com a instauração da República e os impactos daí decorrentes, marque a alternativa correta acerca do Brasil:
“Após a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos assumem o papel internacional de guardiães do chamado mundo livre contra o avanço do comunismo, a América Latina e o Caribe passam a sofrer crescentes interferências sob o argumento do combate ao expansionismo soviético.[...] O exemplo emblemático que sustenta esse tipo de preocupação é a Revolução Cubana, considerada fator catalisador de novos movimentos similares”.
(AYERBE, Luis Fernando. A Revolução Cubana. São Paulo, UNESP, 2004.)
A partir do texto acima, marque a alternativa correta a respeito do desencadeamento da Revolução Cubana:
“Tive a sorte de lecionar em uma faculdade que proporcionava proteção interna e espontânea contra as pressões externas da Guerra Fria. No entanto, a situação acadêmica não era boa. Tanto quanto eu podia saber, todos os comunistas que haviam sido nomeados para cargos acadêmicos antes do verão de 1948 permaneceram em seus lugares e tampouco houve tentativas de demiti-los. Por outro lado, pelo que eu soube, nenhum comunista conhecido foi nomeado para cargos em universidades durante cerca de dez anos a partir de 1948, tampouco foram promovidos, se já estivessem em posição docente”.
(HOBSBAWM, E. Tempos interessantes: uma vida no século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 206).
No excerto, o autor, ao tratar do contexto da Guerra Fria, faz uma referência:
“No século XVIII, a exploração do ouro e diamantes determinou uma reorientação da política colonial. A Coroa portuguesa viu-se obrigada a ampliar o controle e a fiscalização para evitar os descaminhos do ouro, multiplicando os quadros burocrático e policial, limitando a autonomia dos poderes locais. De outro modo, embora a mão de obra utilizada fosse ainda essencialmente escrava, o trabalho livre encontrava melhores possibilidades nas zonas mineiras do que nas áreas onde prevalecia a economia agrária. A especialização das áreas de mineração que tendiam a se dedicar quase exclusivamente à indústria extrativa motivou o desenvolvimento das regiões periféricas, que passaram a cultivar gêneros de primeira necessidade e a criar gado com o objetivo de abastecer as minas. O mercado interno cresceu, estimulando o comércio e a urbanização”.
(COSTA, E. V. da. Da monarquia à república: momentos decisivos. 9. ed. São Paulo: Editora da Unesp, 2010. p. 239-240).
Sobre a mineração na América portuguesa do século XVIII e sua relação com a mão de obra escrava, é possível afirmar apenas que:
“[Esta foi] de longe a maior de todas as revoluções da década de 1970, e que entrará para a história como uma das grandes revoluções sociais do século XX (...) a novidade dessa revolução era ideológica”.
(HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 440).
A revolução mencionada pelo autor é:
Os movimentos sociais que ocorreram no campo, durante o período da Primeira República, podem ser divididos em três grupos distintos: 1. Os que combinaram conteúdo religioso com carência social; 2. Os que combinaram conteúdo religioso com reivindicações sociais; 3. Os que expressaram reivindicações sociais sem conteúdo religioso.
(FAUSTO, B. História do Brasil. 2.ed. São Paulo: Edusp,1995. p. 295-296. Adaptado).
O segundo grupo, citado no excerto, pode ser exemplificado em:
Na História do futuro, livro milenarista ex-cogitado nos matos do Maranhão, o Padre Antônio Vieira dá o seu palpite sobre o assunto. Sem se embaraçar no paradoxo – porquanto para ele e seu século nada havia de paradoxal na aliança entre negreiros e missionários – Vieira define os fundamentos da reconquista de Luanda. “O Brasil vive e se sustenta de Angola, podendo-se com muita razão dizer que o Brasil tem o corpo na América e a alma na África”.
(ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 232).
O paradoxo mencionado pelo autor está relacionado:
“Um inglês que não se sinta cheio de estima e admiração pela maneira sublime com que está agora se efetuando uma das mais importantes revoluções que o mundo jamais viu deve estar morto para todos os sentidos da virtude e da liberdade; nenhum de meus patrícios que tenham tido a sorte de presenciar as ocorrências dos últimos três dias nesta grande cidade fará mais que testemunhar que minha linguagem não é hiperbólica”.
(The Morning Post (21 de julho de 1789) sobre a queda da Bastilha. In: HOBSBAWM, E. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 71).
Sobre a tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789:
Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome é democracia, pois a administração serve aos interesses da maioria e não de uma minoria.
(Trecho do discurso de Péricles, século V a. C. In: TUCÍDIDES. A guerra do Peloponeso. Adaptado).
Por esse discurso, é possível afirmar que o autor:
Disponível em http://movimentossociaisde1970. blogspot.com/2013/11/lei-da-anistia.html. Acesso em 17dez2018
Sobre a promulgação da Lei da Anistia, em 1979,
podemos concluir que:
“Ficava cada dia mais explícito entre intelectuais, industriais e defensores da racionalização do trabalho que a única maneira de aumentar o controle sobre o processo de trabalho era a simplificação das tarefas e a desqualificação da força de trabalho, o que iria permitir a rápida substituição dos trabalhadores não especializados e combativos, que recebiam altos salários, por trabalhadores não especializados”.
(WEINSTEIN, B. (Re)Formação da classe trabalhadora no Brasil (1920-1964). São Paulo: Cortez/CDAPH-IFAN/Universidade São Francisco, 2000. p. 36).
A década de 1930, no Brasil, testemunhou importantes mudanças nos setores econômico, político e, consequentemente, educacional, que se estenderam até 1945. Sobre a educação profissional do período, podemos afirmar que:
“É das tensões internas da economia cafeeira, em sua etapa de crise, que surgirão os elementos de um sistema econômico autônomo, capaz de gerar o seu próprio impulso de crescimento, concluindo-se então definitivamente a etapa colonial da economia brasileira”.
(FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 32. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2005. p. 48).
Segundo o autor, na história nacional, a transição da economia colonial para formas mais modernas de desenvolvimento foi concretizada durante
Por mais dignas de atenção que tenham sido as rebeliões nordestinas, o fato é que os rumos do país foram traçados, com menores sobressaltos e mudanças, a partir da capital e das províncias à sua volta. Foi assim na independência e seria assim no episódio da queda do primeiro imperador. Em março de 1824, Dom Pedro I dominava a cena, tendo condições políticas para dissolver a Constituinte e baixar uma Constituição. Sete anos depois, foi obrigado a abandonar o trono.
(FAUSTO, B. História do Brasil. 2.ed. São Paulo: Edusp,1995. p. 154).
Dentre os episódios ocorridos nesse intervalo de tempo, podemos apontar: