Questões de Concurso
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Ao término do primeiro ano de determinada legislatura, apurou-se que as Casas do Legislativo federal adotaram ou deliberaram, entre outras, sobre as seguintes medidas:
I. Julgamento das contas anuais prestadas pelo Presidente da República.
II. Aprovação, após arguição pública, da escolha de Ministro do Tribunal de Contas da União indicado pelo Presidente da República.
III. Autorização de operação externa de natureza financeira de interesse do Distrito Federal.
IV. Extinção de Ministérios.
À luz da Constituição Federal, são de competência do Congresso Nacional
Considere que, por meio de decisões judiciais, tenham sido determinadas as seguintes providências:
I. Suspensão das atividades de associação de torcedores de agremiação esportiva cujos dirigentes estejam envolvidos na prática reiterada de atos ilícitos.
II. Realização de busca e apreensão de aparelhos celulares e microcomputadores na casa de suspeito investigado pela prática de crime contra a vida.
III. Interceptação das comunicações telefônicas de servidores públicos supostamente envolvidos na prática de atos de improbidade administrativa, para produção de provas no curso de processo administrativo disciplinar.
São compatíveis com a Constituição Federal APENAS as decisões judiciais referidas em
Uma palavra sobre cultura e Constituição
Todas as Constituições brasileiras foram lacônicas e genéricas ao tratar das relações entre cultura e Estado. Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior. Ao Estado cumpre realizar uma tarefa social de base cujo vetor é sempre a melhor distribuição da renda nacional. Na esfera dos bens simbólicos, esse objetivo se alcança, em primeiro e principal lugar, construindo o suporte de um sistema educacional sólido conjugado com um programa de apoio à pesquisa igualmente coeso e contínuo.
A sociedade brasileira não tem uma “cultura” já determinada. O Brasil é, ao mesmo tempo, um povo mestiço, com raízes indígenas, africanas, europeias e asiáticas, um país onde o ensino médio e universitário tem alcançado, em alguns setores, níveis internacionais de qualidade e um vasto território cruzado por uma rede de comunicações de massa portadora de uma indústria cultural cada vez mais presente.
O que se chama, portanto, de “cultura brasileira” nada tem de homogêneo ou de uniforme. A sua forma complexa e mutante resulta de interpenetrações da cultura erudita, da cultura popular e da cultura de massas. Se algum valor deve presidir à ação do Poder Público no trato com a “cultura”, este não será outro que o da liberdade e o do respeito pelas manifestações espirituais as mais diversas que se vêm gestando no cotidiano do nosso povo. Em face dessa corrente de experiências e de significados tão díspares, a nossa Lei Maior deveria abster-se de propor normas incisivas, que soariam estranhas, porque exteriores à dialética das “culturas” brasileiras. Ao contrário, um certo grau de indeterminação no estilo de seus artigos e parágrafos é, aqui, recomendável.
(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Entre a Literatura e a História. São Paulo: Editora 34, 2013, p. 393-394)
Juventude de hoje, de ontem e de amanhã
A juventude é estranha porque é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo. Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões. O jovem é o mais velho exemplar da humanidade. Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.
No encontro de duas gerações, a que murcha e a que floresce, há uma irrisão dramática, um momento de culpas, apreensões e incertezas. As duas figuras se contemplam: o jovem é o passado do velho, e este é o futuro que o jovem contempla com horror. Assim, o momento desse encontro é um espelho cujas imagens o tempo deforma, sem que se desfaça, para o moço e para o velho, a sinistra impressão de que as duas figuras são uma coisa só, um homem só, uma tragédia só.
O poeta romântico inglês Shelley poderia ser o padrão do adolescente de todas as épocas: nasceu de família respeitável e rica, foi bonito, sincero, revoltado, idealista, violento, amoroso, apaixonado pela vida e pela morte, inteligente, confuso e, sobretudo, de uma sensibilidade crispada. Não era um monstro: seus atos eram a consequência lógica de suas ideias, da lealdade às suas crenças. E enquanto escrevia versos musicais, fecundados de amor cósmico, esperança e idealismo social, atirava-se feroz contra o conformismo do clero, a monarquia, as leis vigentes, o farisaísmo universal.
(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 135-136)
Juventude de hoje, de ontem e de amanhã
A juventude é estranha porque é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo. Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões. O jovem é o mais velho exemplar da humanidade. Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.
No encontro de duas gerações, a que murcha e a que floresce, há uma irrisão dramática, um momento de culpas, apreensões e incertezas. As duas figuras se contemplam: o jovem é o passado do velho, e este é o futuro que o jovem contempla com horror. Assim, o momento desse encontro é um espelho cujas imagens o tempo deforma, sem que se desfaça, para o moço e para o velho, a sinistra impressão de que as duas figuras são uma coisa só, um homem só, uma tragédia só.
O poeta romântico inglês Shelley poderia ser o padrão do adolescente de todas as épocas: nasceu de família respeitável e rica, foi bonito, sincero, revoltado, idealista, violento, amoroso, apaixonado pela vida e pela morte, inteligente, confuso e, sobretudo, de uma sensibilidade crispada. Não era um monstro: seus atos eram a consequência lógica de suas ideias, da lealdade às suas crenças. E enquanto escrevia versos musicais, fecundados de amor cósmico, esperança e idealismo social, atirava-se feroz contra o conformismo do clero, a monarquia, as leis vigentes, o farisaísmo universal.
(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 135-136)
Juventude de hoje, de ontem e de amanhã
A juventude é estranha porque é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo. Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões. O jovem é o mais velho exemplar da humanidade. Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.
No encontro de duas gerações, a que murcha e a que floresce, há uma irrisão dramática, um momento de culpas, apreensões e incertezas. As duas figuras se contemplam: o jovem é o passado do velho, e este é o futuro que o jovem contempla com horror. Assim, o momento desse encontro é um espelho cujas imagens o tempo deforma, sem que se desfaça, para o moço e para o velho, a sinistra impressão de que as duas figuras são uma coisa só, um homem só, uma tragédia só.
O poeta romântico inglês Shelley poderia ser o padrão do adolescente de todas as épocas: nasceu de família respeitável e rica, foi bonito, sincero, revoltado, idealista, violento, amoroso, apaixonado pela vida e pela morte, inteligente, confuso e, sobretudo, de uma sensibilidade crispada. Não era um monstro: seus atos eram a consequência lógica de suas ideias, da lealdade às suas crenças. E enquanto escrevia versos musicais, fecundados de amor cósmico, esperança e idealismo social, atirava-se feroz contra o conformismo do clero, a monarquia, as leis vigentes, o farisaísmo universal.
(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 135-136)
Cada vez mais a administração, dentro das organizações, tem seu trabalho voltado ao patrimônio humano, isto é, ao comportamento do indivíduo no trabalho, tanto individual, quanto em equipe.
A partir das observações, o que se verifica, na prática, é que a vida cotidiana apresenta uma certa caracterização. Que resposta melhor representa essa caracterização?
O fim do artigo científico
Um pilar da ciência transformou-se em zumbi à espera de um verdugo que abrevie sua agonia e da troca por algo melhor
Um teste para o leitor: quais destes títulos correspondem a artigos verdadeiros? 1. Desenvolvendo redes ativas usando algoritmos randomizados; 2. Re-representação (sic) como projeto de trabalho em terceirização: uma visão semiótica; 3. As dinâmicas de intersubjetividade e os imperativos monológicos em Dick e Jane: um estudo sobre modos de gêneros transrelacionais; 4. Atalhos e jornadas interiores: construindo identidades portáteis para carreiras contemporâneas.
Parabéns a quem respondeu 2 e 4. O artigo 2 foi publicado em MIS Quarterly, um dos principais periódicos da área de Gestão da Informação; e o 4 saiu na prestigiosa revista Administrative Science Quarterly. Os demais são falsos. O título 1 foi obra de um software criado por estudantes do MIT, que gera artigos completos, totalmente falsos e absurdos; e o 3 foi retirado de um cartoon de Calvin, no qual o personagem, depois de criá-lo, exclama: “Academia, aqui vou eu!”
De fato, não falta ironia contra a linguagem adotada em textos científicos. Alguns parecem ter sido criados para inflar achados menores e intimidar leitores com uma linguagem empolada e turva.
Ocorre que o artigo científico é um dos pilares de desenvolvimento da ciência. Antes de seu surgimento, os resultados de experimentos e novos conhecimentos eram informados em apresentações e por meio de cartas. O artigo científico facilitou a comunicação e acelerou a evolução do conhecimento.
Hoje, o sistema de publicações científicas compreende milhares de revistas e está estruturado em castas. Grandes grupos editoriais estão por detrás do lucrativo negócio. No topo encontram-se os periódicos mais seletivos e reputados. Publicar nesses veículos requer passar pelo duro escrutínio de exigentes avaliadores. Provê status e reconhecimento dos pares. Facilita o acesso a financiamentos e pode acelerar a carreira acadêmica.
Nos últimos anos, o sistema passou a ser criticado. As universidades, preocupadas com rankings e sob pressão para justificar gastos, passaram a pressionar pesquisadores a publicar mais. Muitos deles mudaram de rumo: em lugar de gerar novo conhecimento, passaram a orientar seus esforços para gerar mais publicações.
Assim, o foco na ciência foi trocado pelo foco nos indicadores de desempenho e na própria carreira. Do outro lado do balcão, a própria comunidade científica multiplicou o número de periódicos, ampliando o espaço para textos de qualidade duvidosa.
Mesmo no topo, a situação é preocupante. Textos científicos de eras anteriores eram menos especializados e formais. Eram também mais curtos e diretos. E não havia ainda o fetiche da estatística. A superespecialização da ciência tornou os artigos mais longos, herméticos e cheios de jargão.
O modelo tornou-se anacrônico e precisa de reformas. Artigos científicos deveriam ser mais simples de escrever e mais rápidos de ler. A forma deveria ceder espaço ao conteúdo. Escapar da forma papel (ou pdf) é o primeiro passo. Em seu lugar, poderíamos ter módulos de conhecimento, curtos e objetivos, especializados e rigorosos, porém também atraentes e interessantes.
Este sucedâneo deveria se distanciar do hermetismo estatístico tanto quanto das caudalosas digressões textuais. Hiperlinks e recursos interativos poderiam prover acesso direto a bases de dados, textos de apoio, imagens, simulações e outros recursos de interesse dos leitores. Entretanto, mudar somente a forma não é suficiente. Em muitos campos a superespecialização levou à fragmentação, com a multiplicação de pequenos grupos de pesquisa orientados por interesses próprios e pouco dispostos a esforços cooperativos. É preciso reverter essa tendência e fomentar pesquisa em torno de temas aglutinadores, convergentes com as necessidades e demandas da sociedade.
Recentemente, o editor do periódico Academy of Management Journal, um dos principais do campo da Administração, exortou a comunidade científica a orientar esforços de pesquisa na busca de soluções para problemas críticos que afetam o planeta: pobreza, desigualdade, crise ambiental e muitos outros. Não há escassez de problemas e não temos um planeta de reserva. A ciência deveria fazer mais.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/revista/1002/o-fim-do-artigo-cientifico. Acesso em: 21/05/18
INSTRUCTION: Read the abstract and answer to the question.
Abstract
Scientists know greenhouse gas emissions cause climate change, but what causes greenhouse gas emissions in the first place? We assessed how many greenhouse gases are released to support the lifestyles of people living in different parts of Europe – in other words, we figured out people’s carbon footprint. We found that different lifestyle choices resulted in very different carbon footprints. In general, people with higher incomes (_____ bought more things and traveled more) had much higher carbon footprints than people ______ lived more modestly.
Understanding how our purchases affect greenhouse gas emissions is an important step to designing policies and guidelines for cutting emissions and addressing climate change.
Available at: <http://www.sciencejournalforkids.org/ uploads/5/4/2/8/54289603/footprint_article.pdf>.
Accessed on: Dec 7th, 2017.
INSTRUCTION: Read the abstract and answer to the question.
Abstract
Scientists know greenhouse gas emissions cause climate change, but what causes greenhouse gas emissions in the first place? We assessed how many greenhouse gases are released to support the lifestyles of people living in different parts of Europe – in other words, we figured out people’s carbon footprint. We found that different lifestyle choices resulted in very different carbon footprints. In general, people with higher incomes (_____ bought more things and traveled more) had much higher carbon footprints than people ______ lived more modestly.
Understanding how our purchases affect greenhouse gas emissions is an important step to designing policies and guidelines for cutting emissions and addressing climate change.
Available at: <http://www.sciencejournalforkids.org/ uploads/5/4/2/8/54289603/footprint_article.pdf>.
Accessed on: Dec 7th, 2017.
The expression rather than means:
INSTRUCTION: Read the text and answer to the question.
Marie & Pierre Curie
• Marie Curie was a chemist and physicist famous for becoming the first person to be awarded two Nobel Prizes. She was brought up in Poland before eventually moving to France and obtaining French citizenship.
Write true (T) or false (F), according to the text.
( ) Marie Curie claimed that people should do research that is useful for humankind.
( ) Marie and Pierre Curie were both originally French.
( ) The institution founded by Marie Curie develops cancer research.
( ) Pierre Curie achievements include The Curie Point and Curie’s Law.
The correct sequence is:
INSTRUCTION: Read the text and answer to the question.
Marie & Pierre Curie
• Marie Curie was a chemist and physicist famous for becoming the first person to be awarded two Nobel Prizes. She was brought up in Poland before eventually moving to France and obtaining French citizenship.
Uma empresa tem seu sistema de gestão da qualidade certificado conforme a ABNT NBR ISO 9001:2015. Em um determinado momento, ela recebeu uma reclamação de cliente sobre seu produto, que não apresentou a performance esperada no seu uso habitual. Na análise da reclamação, a organização descobriu que a performance insuficiente estava ligada a uma característica de qualidade não solicitada pelo cliente na negociação do contrato relativa ao produto reclamado.
A esse respeito, avalie as afirmativas a seguir.
I. Uma vez que a característica em questão não estava especificada em contrato, a empresa deveria considerar a reclamação como improcedente, mas pode considerar aceitar a devolução para manter as boas relações com o cliente. II. Independentemente da característica em questão estar ou não especificada em contrato, a organização deve considerar a reclamação como procedente, pois cabe à empresa assegurar que todos os requisitos de produtos sejam identificados antes de se comprometer a fornecê-los. III. Independentemente de a característica em questão estar ou não especificada em contrato, a organização deve considerar a reclamação como procedente, pois a empresa deve assegurar que o seu produto atenda ao uso especificado ou pretendido (no caso, uso habitual). IV. Se a reclamação for classificada como procedente, a empresa é obrigada pela norma ABNT NBR ISO 9001:2015 a analisar a causa do problema e a tomar uma ação corretiva, independentemente de normas internas e de solicitação do cliente.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):