Questões de Concurso Comentadas para instrutor de iniciação musical

Foram encontradas 37 questões

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Q3181743 Pedagogia
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, a alternativa que melhor representa o papel da Educação Musical na formação integral do estudante deve ser:
Alternativas
Q3181741 Pedagogia
Em relação aos currículos dos cursos da EJA – Educação de Jovens e Adultos, pode-se afirmar corretamente que:
Alternativas
Q3181738 Pedagogia
Pode-se apontar como método amplamente utilizado no ensino de música para crianças, enfatizando o ritmo, movimento e improvisação o:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Nova Mutum - MT Provas: SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Assistente Social | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Dentista/Odontólogo | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Veterinário | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Técnico de Desenvolvimento Educacional | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Instrutor Desportivo Nível Superior - Judô | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Fisioterapeuta | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Fonoaudiólogo | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Instrutor de Música | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Instrutor Desportivo | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Instrutor Desportivo Nível Superior - Futsal | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Instrutor Desportivo Nível Superior - Ginástica de Condicionamento Físico | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Instrutor Desportivo Nível Superior - Taekwondo | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Instrutor Desportivo Nível Superior - Tênis | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Médico | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Médico Especialista - (Ginecologista) | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Médico Especialista - (Obstetra) | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Médico Especialista - (Pediatria) | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Médico Especialista - (Ultrassonografista) | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Medico Especialista em Medicina do Trabalho | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Professor Nível Superior – Educação Física | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Professor Nível Superior – Inglês | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Professor Nível Superior – Letras | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Professor Nível Superior – Pedagogia | SELECON - 2024 - Prefeitura de Nova Mutum - MT - Psicólogo |
Q3135659 Raciocínio Lógico
Na tabela a seguir, os números das duas primeiras linhas seguem padrões lógicos em sua formação, sendo um padrão para cada linha. Os números da terceira linha são obtidos a partir de uma operação matemática efetuada com os dois números da mesma coluna acima dele.
Imagem associada para resolução da questão
O valor da soma (X + Y + Z) é igual a:
Alternativas
Q3045965 Conhecimentos Gerais
Japão divulga foto inédita de sonda na Lua em pouso histórico
Uma imagem inédita do solo lunar, capturada por sua sonda não-tripulada “SLIM”, foi divulgada pelo Japão. O módulo pousou na Lua no sábado este ano, tornando o Japão como o 5º país do mundo a conseguir tal feito. De acordo com a Agência Espacial Japonesa (Jaxa), a sonda conseguiu fotografar e transmitir dados por meio de um robô ejetável. Mesmo com um problema em seu sistema de baterias solares, a nave apelidada de “Moon Sniper” (franco-atirador lunar), depois de 20 minutos de descida, pousou na superfície do satélite natural da Terra e conseguiu fazer comunicação. A SLIM é uma das muitas novas missões lunares que foram lançadas por países e empresas privadas 50 anos depois de Neil Armstrong pisar na superfície da Lua.
(Disponível em: https://www.otempo.com.br/mundo/japao-divulga-foto-inedita. Acesso em: junho de 2024.)

Os demais países que completaram esse intento foram:
Alternativas
Q3045964 Conhecimentos Gerais
Janeiro roxo: Secretaria de Saúde alerta sobre a prevenção da hanseníase
A hanseníase, uma das doenças mais antigas da humanidade, é ainda considerada um problema de saúde pública no país. Por isso, o movimento “janeiro roxo” foi criado em 2016 pelo Ministério da Saúde (MS). O Brasil ocupa a segunda posição entre os países que mais registram casos novos no mundo. Em 2022, o país registrou um total de 19.635 casos novos de hanseníase na população geral (taxa de detecção de 9,67 casos por 100 mil habitantes) e o Ministério da Saúde anunciou R$ 55 milhões em ações de prevenção e tratamento da hanseníase.
(Disponível em: https://www.saude.sc.gov.br/index.php/noticias-geral. Acesso em: junho de 2024.)
Campanhas como o “janeiro roxo” são importantes para que a população tenha mais informações sobre a doença e para que ocorra uma intensificação de busca ativa de doentes, com o tratamento oportuno e interrupção da cadeia de transmissão da mesma, uma vez que: 
Alternativas
Q3045963 Conhecimentos Gerais
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou que a conta de luz terá acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos no mês de julho. A cobrança adicional irá ocorrer por causa do acionamento da bandeira tarifária amarela. Segundo a agência, a previsão de chuva abaixo de média e a expectativa de aumento do consumo de energia justificam a tarifa extra. O alerta foi publicado na sexta-feira.
(Disponível em: https://www.otempo.com.br/Acesso em: junho de 2024.)
“O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. Nesse sistema, as bandeiras tarifárias funcionam da seguinte maneira: a bandeira ______________ é a que tem um custo ________________, a ________________, médio e a _____________, ______________.” Assinale a afirmativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
Alternativas
Q3045962 Conhecimentos Gerais
Gilberto Gil anuncia aposentadoria dos palcos após turnê em 2025 Gilberto Gil se despedirá dos palcos em 2025.
A aposentadoria em shows foi confirmada pela assessoria de imprensa de Gil ao Estadão na tarde deste sábado, 29. Gil, de 82 anos, deverá fazer apresentações no Brasil, Estados Unidos e Europa para depois, a exemplo do que já fez Milton Nascimento, continuar na música, mas longe dos shows. O cantor começou a carreira na Bahia, nos anos 1960. A partir de 1965, projetou-se para o Brasil por meio dos festivais de música.
(Disponível em: https://www.folhavitoria.com.br/entretenimento/noticia. Acesso em: junho de 2024.)
Ao longo de mais de 50 anos de carreira, Gilberto Gil lançou discos fundamentais para a música brasileira, entre eles, “Expresso 2222”, “Refavela”, “Refazenda” e “Realce”. Seu último trabalho com músicas inéditas, “Ok, Ok, Ok” foi lançado em 2018. Ao lado de Caetano Veloso, Gal Costa, Tom Zé e Os Mutantes, foi um dos cérebros:
Alternativas
Q3045961 Conhecimentos Gerais
A campanha “Remédio: não usou, descartou”, iniciada em 7 de abril deste ano, visa conscientizar a população sobre a importância de descartar medicamentos de maneira adequada. Promovida pelo Grupo Mulheres do Brasil e Ciência na Saúde, a iniciativa conta com a liderança de Luiza Trajano, fundadora do Magazine Luiza, e o apoio de embaixadores como Xuxa e Drauzio Varella. Juan Carlos Becerra, coordenador do Grupo Técnico de Trabalho de Logística Reversa, Resíduos e Gestão Ambiental do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), alerta que o descarte inadequado de medicamentos contamina solo e água, prejudicando o meio ambiente e a saúde humana. Além disso, medicamentos descartados de forma errada podem retornar ao consumo, especialmente entre populações vulneráveis, sem prescrição e, muitas vezes, vencidos.
(Disponível em: https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia. Acesso em: junho de 2024.)
Considerando as maneiras adequadas de descartar medicamentos, assinale a única alternativa correta, com base nos casos práticos a seguir: 
Alternativas
Q3045960 Conhecimentos Gerais
Analise o caso hipotético a seguir:
Joana e Sérgio, brasileiros, casados, moradores de um bairro de classe média em São Paulo, capital; pais de duas crianças, com seis e onze anos, respectivamente, muito insatisfeitos com as metodologias e pedagogias escolares que têm encontrado para seus filhos, resolveram educá-los por conta própria. A partir de então, eles próprios serão os preceptores de seus filhos, ensinando--lhes o que acharem mais adequado à sua concepção de ensino.
Tendo em vista a realidade educacional brasileira atual, podemos inferir, no caso anteriormente citado, que:
Alternativas
Q3045959 Conhecimentos Gerais
Depois de carros elétricos, painéis solares e baterias, agora é a energia nuclear da China que entra na mira de Washington. O ITIF (sigla em inglês para Fundação de Tecnologia da Informação e Inovação), think tank da capital americana, produziu um relatório alertando que “a China é a líder mundial de fato em tecnologia nuclear” e propondo alternativas para uma reação dos EUA.
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente. Acesso em: junho de 2024.)
Segundo informações, o avanço chinês se deve à prioridade estatal à transição energética, ou seja, substituir ao máximo suas fontes energéticas atuais. Para implementar a energia nuclear, os chineses devem investir, prioritariamente, em:
Alternativas
Q3045958 Conhecimentos Gerais
Veículos criam séries e documentários pelos 30 anos do Real
Na segunda-feira, 1º de julho, completaram-se 30 anos do início da circulação do Real. A moeda brasileira, no entanto, começou a ser planejada bem antes, como parte do Plano Real, estratégia do Ministério da Fazenda da época para tentar controlar a hiperinflação e aumentar o poder de compra no país. O sucesso do plano e a estabilização da moeda brasileira faz com que os 30 anos do Real sejam alvo de conteúdos especiais por parte de veículos nacionais de mídia. Além da cobertura a respeito das três décadas da moeda, alguns veículos produziram especiais sobre a história do plano que estabilizou a economia brasileira, contextualizando a situação econômica da época e seus desdobramentos posteriores.
(Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/midia. Acesso em: junho de 2024.)
A moeda real fazia parte do “Plano Real”, criado por Fernando Henrique Cardoso, na época ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco. Lançado em fevereiro de 1994, o programa tinha o objetivo de, entre outros fatores:
Alternativas
Q3045957 Conhecimentos Gerais
Ministério da Saúde amplia faixa etária de vacina da dengue em doses prestes a vencer
Estados e municípios poderão aumentar o público-alvo do imunizante para pessoas de 4 a 59 anos. Estratégia será adotada em localidades que tenham vacinas armazenadas com vencimento em 30 de junho e 31 de julho. O Ministério da Saúde autorizou estados e municípios a ampliarem o público-alvo da campanha de vacinação contra a dengue. A medida valerá para as localidades que tenham lotes com vencimento em 30 de junho e 31 de julho. A pasta recomendou que os governos locais liberem, de forma preferencial, a aplicação dessas doses para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Atualmente, a campanha de imunização é voltada para pessoas de 10 a 14 anos.
(Disponível em: https://g1.globo.com/saude/Acesso em: junho de 2024.)
A vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan (Butantan-DV), mostrou uma eficácia considerável para evitar a doença, de acordo com o estudo clínico. Os dados são de um acompanhamento de dois anos com mais de 16 mil indivíduos de todo o Brasil. Essa vacina: 
Alternativas
Q3045948 Matemática
A praça de uma cidade tem o formato de um hexágono regular com um poste de energia localizado em cada um dos vértices dessa figura da geometria plana, em que os postes estão representados por pontos:

Imagem associada para resolução da questão


A praça precisa ser decorada com bandeirolas que devem ser amarradas sempre entre dois postes que não sejam adjacentes, ou seja, não poderão amarrar as bandeirolas entre dois postes vizinhos. Cada um dos postes será conectado a quantos outros postes pelas bandeirolas?
Alternativas
Q3045946 Português
A última receita

        A viúva Lemos adoecera; uns dizem que dos nervos, outros que de saudades do marido. Fosse o que fosse, a verdade é que adoecera, em certa noite de setembro, ao regressar de um baile. Morava então no Andaraí, em companhia de uma tia surda e devota. A doença não parecia coisa de cuidado; todavia era necessário fazer alguma coisa. Que coisa seria? Na opinião da tia um cozimento de alteia e um rosário a não sei que santo do céu eram remédios infalíveis. D. Paula (a viúva) não contestava a eficácia dos remédios da tia, mas opinava por um médico. Chamou-se um médico.
      Havia justamente na vizinhança um médico, formado de pouco, e recente morador na localidade. Era o dr. Avelar, sujeito de boa presença, assaz elegante e médico feliz. Veio o dr. Avelar na manhã seguinte, pouco depois das oito horas. Examinou a doente e reconheceu que a moléstia não passava de uma constipação grave.
      Uma única razão haveria para que ela aborrecesse o mundo: era se tivesse realmente saudades do marido. Mas não tinha. O casamento fora um arranjo de família e dele próprio; Paula aceitou o arranjo sem murmurar. Honrou o casamento, mas não deu ao marido nem estima nem amor. A ideia de morrer seria para ela não só a maior de todas as calamidades, mas também a mais desastrada de todas as tolices.
       Não quis morrer nem o caso era de morte.
     A tia era surda, como sabemos, não ouvia nada da conversa entre os dois. Mas não era tola; começou a reparar que a sobrinha ficava mais doente quando se aproximava a chegada do médico. Além disso nutria dúvidas sérias acerca da aplicação exata dos remédios. O certo é porém que Paula, tão amiga de bailes e passeios, parecia realmente doente porque não saía de casa.
      Choviam convites de jantares e bailes. A viuvinha recusava-os todos por causa do seu mau estado de saúde.
     Foi uma verdadeira calamidade.
     Três meses correram assim, sem que a doença de Paula cedesse uma linha aos esforços do médico. Os esforços do médico não podiam ser maiores; de dois em dois dias uma receita. Se a doente se esquecia do seu estado e entrava a falar e a corar como quem tinha saúde, o médico era o primeiro a lembrar-lhe o perigo, e ela obedecia logo entregando-se à mais prudente inação.
    Gostavam um do outro sem se atreverem a dizer a verdade, simplesmente pelo receio de se enganarem. O meio de se falarem todos os dias era aquele.
     Casaram-se os dois daí a quarenta dias.
     Tal é a história da última receita.

(Texto-fonte: Obra Completa, Machado de Assis, vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Publicado originalmente em Jornal das Famílias. Em: setembro de 1875.)
No trecho “A ideia de morrer seria para ela não só a maior de todas as calamidades, mas também a mais desastrada de todas as tolices.” (3º§), a expressão “mas também” indica:
Alternativas
Q3045944 Português
A última receita

        A viúva Lemos adoecera; uns dizem que dos nervos, outros que de saudades do marido. Fosse o que fosse, a verdade é que adoecera, em certa noite de setembro, ao regressar de um baile. Morava então no Andaraí, em companhia de uma tia surda e devota. A doença não parecia coisa de cuidado; todavia era necessário fazer alguma coisa. Que coisa seria? Na opinião da tia um cozimento de alteia e um rosário a não sei que santo do céu eram remédios infalíveis. D. Paula (a viúva) não contestava a eficácia dos remédios da tia, mas opinava por um médico. Chamou-se um médico.
      Havia justamente na vizinhança um médico, formado de pouco, e recente morador na localidade. Era o dr. Avelar, sujeito de boa presença, assaz elegante e médico feliz. Veio o dr. Avelar na manhã seguinte, pouco depois das oito horas. Examinou a doente e reconheceu que a moléstia não passava de uma constipação grave.
      Uma única razão haveria para que ela aborrecesse o mundo: era se tivesse realmente saudades do marido. Mas não tinha. O casamento fora um arranjo de família e dele próprio; Paula aceitou o arranjo sem murmurar. Honrou o casamento, mas não deu ao marido nem estima nem amor. A ideia de morrer seria para ela não só a maior de todas as calamidades, mas também a mais desastrada de todas as tolices.
       Não quis morrer nem o caso era de morte.
     A tia era surda, como sabemos, não ouvia nada da conversa entre os dois. Mas não era tola; começou a reparar que a sobrinha ficava mais doente quando se aproximava a chegada do médico. Além disso nutria dúvidas sérias acerca da aplicação exata dos remédios. O certo é porém que Paula, tão amiga de bailes e passeios, parecia realmente doente porque não saía de casa.
      Choviam convites de jantares e bailes. A viuvinha recusava-os todos por causa do seu mau estado de saúde.
     Foi uma verdadeira calamidade.
     Três meses correram assim, sem que a doença de Paula cedesse uma linha aos esforços do médico. Os esforços do médico não podiam ser maiores; de dois em dois dias uma receita. Se a doente se esquecia do seu estado e entrava a falar e a corar como quem tinha saúde, o médico era o primeiro a lembrar-lhe o perigo, e ela obedecia logo entregando-se à mais prudente inação.
    Gostavam um do outro sem se atreverem a dizer a verdade, simplesmente pelo receio de se enganarem. O meio de se falarem todos os dias era aquele.
     Casaram-se os dois daí a quarenta dias.
     Tal é a história da última receita.

(Texto-fonte: Obra Completa, Machado de Assis, vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Publicado originalmente em Jornal das Famílias. Em: setembro de 1875.)
Quanto às ideias do texto e estruturas linguísticas, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3045942 Português
A última receita

        A viúva Lemos adoecera; uns dizem que dos nervos, outros que de saudades do marido. Fosse o que fosse, a verdade é que adoecera, em certa noite de setembro, ao regressar de um baile. Morava então no Andaraí, em companhia de uma tia surda e devota. A doença não parecia coisa de cuidado; todavia era necessário fazer alguma coisa. Que coisa seria? Na opinião da tia um cozimento de alteia e um rosário a não sei que santo do céu eram remédios infalíveis. D. Paula (a viúva) não contestava a eficácia dos remédios da tia, mas opinava por um médico. Chamou-se um médico.
      Havia justamente na vizinhança um médico, formado de pouco, e recente morador na localidade. Era o dr. Avelar, sujeito de boa presença, assaz elegante e médico feliz. Veio o dr. Avelar na manhã seguinte, pouco depois das oito horas. Examinou a doente e reconheceu que a moléstia não passava de uma constipação grave.
      Uma única razão haveria para que ela aborrecesse o mundo: era se tivesse realmente saudades do marido. Mas não tinha. O casamento fora um arranjo de família e dele próprio; Paula aceitou o arranjo sem murmurar. Honrou o casamento, mas não deu ao marido nem estima nem amor. A ideia de morrer seria para ela não só a maior de todas as calamidades, mas também a mais desastrada de todas as tolices.
       Não quis morrer nem o caso era de morte.
     A tia era surda, como sabemos, não ouvia nada da conversa entre os dois. Mas não era tola; começou a reparar que a sobrinha ficava mais doente quando se aproximava a chegada do médico. Além disso nutria dúvidas sérias acerca da aplicação exata dos remédios. O certo é porém que Paula, tão amiga de bailes e passeios, parecia realmente doente porque não saía de casa.
      Choviam convites de jantares e bailes. A viuvinha recusava-os todos por causa do seu mau estado de saúde.
     Foi uma verdadeira calamidade.
     Três meses correram assim, sem que a doença de Paula cedesse uma linha aos esforços do médico. Os esforços do médico não podiam ser maiores; de dois em dois dias uma receita. Se a doente se esquecia do seu estado e entrava a falar e a corar como quem tinha saúde, o médico era o primeiro a lembrar-lhe o perigo, e ela obedecia logo entregando-se à mais prudente inação.
    Gostavam um do outro sem se atreverem a dizer a verdade, simplesmente pelo receio de se enganarem. O meio de se falarem todos os dias era aquele.
     Casaram-se os dois daí a quarenta dias.
     Tal é a história da última receita.

(Texto-fonte: Obra Completa, Machado de Assis, vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Publicado originalmente em Jornal das Famílias. Em: setembro de 1875.)
No trecho “Uma única razão haveria para que ela aborrecesse o mundo: [...] (3º§), o vocábulo destacado retoma:
Alternativas
Q2379947 Educação Artística
Com base nos ideais iluministas é possível destacar algumas características gerais da música no período Clássico, como, EXCETO:
Alternativas
Q2379942 Educação Artística
A música Aquarela do Brasil (1939), composição de Ary Barroso e Aloysio Oliveira é o mais famoso exemplo de:
Alternativas
Q2379941 Educação Artística
O choro surge no Rio de Janeiro também nos anos 1870, concebido inicialmente não como um gênero musical, mas sim como um jeito de tocar os gêneros musicais estrangeiros da época, como, EXCETO:
Alternativas
Respostas
1: B
2: D
3: C
4: A
5: D
6: A
7: C
8: B
9: D
10: D
11: D
12: A
13: D
14: C
15: A
16: C
17: A
18: D
19: E
20: C