Questões de Concurso
Comentadas para intérprete de libras - médio
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A Libras é considerada inferior em termos de complexidade linguística em comparação com as línguas orais, uma vez que não possui estrutura gramatical própria e depende da língua portuguesa para expressar conceitos abstratos.
As línguas de sinais, incluindo a Libras, são reconhecidas como línguas naturais com todas as características linguísticas, tais como flexibilidade, versatilidade, arbitrariedade, descontinuidade, criatividade, produtividade, dupla articulação e dependência estrutural, desafiando a visão tradicional, que as considerava meras mímicas gestuais.
A teoria de Vygotsky, desenvolvida na década de 1930 e ainda relevante nos dias atuais, propõe uma abordagem educacional para surdos fundamentada na poliglossia, que enfatiza o bilinguismo através do uso da Libras como primeira língua e da língua portuguesa escrita como segunda língua. Essa abordagem critica pedagogias centradas na deficiência, destacando a importância de reconhecer e promover as potencialidades individuais por meio de recursos e mediações adequadas.
A questão do movimento nas línguas de sinais sugere que as alterações perceptuais associadas à aquisição de um sistema linguístico formal, como a Língua de Sinais, são independentes do modo de transmissão da linguagem. Isso significa que a experiência linguística, seja ela adquirida através de uma língua falada ou sinalizada, tem um impacto significativo na percepção dos elementos da linguagem, destacando a plasticidade do cérebro humano em adaptar-se às diferentes modalidades linguísticas.
Julgue o item subsequente.
A utilização de técnicas de neurolinguística e estimulação magnética transcraniana eliminou a necessidade de intérpretes de Libras, pois essas tecnologias são suficientes para mediar a comunicação e aprendizagem dos alunos surdos no ambiente educacional.
Julgue o item subsequente.
O desempenho linguístico de ouvintes aprendizes de Libras como segunda língua (L2) é significativamente influenciado pela capacidade de utilizar adequadamente as expressões faciais e corporais que acompanham os sinais.
Julgue o item subsequente.
A inclusão da Língua de Sinais nas escolas brasileiras
sempre foi garantida e promovida desde a fundação do
Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) no
século XIX.
Julgue o item subsequente.
A simultaneidade na articulação dos sinais em Libras inviabiliza sua análise segundo os mesmos princípios fonológicos das línguas orais, conforme os postulados saussurianos, devido à sua natureza gestual-visual distinta que desafia a aplicação de conceitos tradicionais de fonologia desenvolvidos para linguagens auditivoorais.
Julgue o item subsequente.
A história da educação de surdos no Brasil é marcada por
períodos de repressão ao uso da Língua de Sinais, como
a imposição do oralismo pelo Instituto Nacional de
Educação dos Surdos (INES), que proibiu o uso da Libras
e punia os alunos que a utilizavam.
Julgue o item subsequente.
A formação dos professores de Libras deve incorporar
uma compreensão profunda dos aspectos psicológicos
da educação de alunos surdos, incluindo as teorias do
desenvolvimento cognitivo e emocional, para criar um
ambiente de aprendizagem acolhedor e eficaz.
A precisão na configuração das mãos é dispensável para a interpretação de sinais em Libras por parte dos intérpretes, sendo uma escolha meramente estética que não afeta a compreensão semântica ou sintática dos sinais. Por exemplo, um intérprete pode optar por qualquer configuração ao sinalizar termos técnicos em uma aula de biologia, sem comprometer a clareza e a exatidão do conteúdo transmitido aos alunos surdos.
O intérprete de Libras no contexto educacional enfrenta desafios específicos relacionados à transposição de conteúdos metafóricos e culturais da Língua Portuguesa para a Libras, o que exige não apenas fluência linguística, mas também uma profunda compreensão intercultural para garantir a equivalência de significados e a manutenção da integridade educativa.
A formação contínua dos intérpretes de Libras é dispensável após a obtenção da certificação inicial, considerando que as habilidades de interpretação são inalteráveis e não requerem atualização, mesmo diante das constantes inovações nas metodologias pedagógicas, dos avanços nas tecnologias de comunicação assistiva, e das dinâmicas culturais e linguísticas que permeiam o ambiente educacional inclusivo.
A formação de professores de Libras deve incluir uma compreensão aprofundada da fonologia, morfologia e sintaxe da Libras, assim como um conhecimento robusto sobre as estratégias de ensino que favorecem a aprendizagem visual-espacial dos alunos surdos.
A atuação do intérprete de Libras é essencial para garantir a acessibilidade e a compreensão dos conteúdos acadêmicos pelos alunos surdos, especialmente em um contexto histórico marcado por décadas de políticas educacionais oralistas, que negligenciaram a Língua de Sinais e impuseram significativas barreiras linguísticas e culturais, perpetuando a exclusão educacional dos surdos até as recentes mudanças legislativas.
As expressões faciais e corporais em Libras são elementos redundantes e ornamentais, sem exercer influência substancial na estrutura sintática ou semântica dos sinais, sendo meramente acessórios que não alteram o significado ou a gramática da comunicação em língua de sinais.
A formação continuada dos intérpretes de Libras não deve incluir o desenvolvimento de competências interculturais que permitam a mediação eficaz entre culturas surda e ouvinte, visando a uma comunicação inclusiva e contextualizada no ambiente escolar.
A Libras, por ser uma língua visual-espacial, não compartilha princípios linguísticos subjacentes com as línguas orais sendo considerada inferior em termos de complexidade gramatical, refletindo uma estrutura rudimentar e limitada em comparação com as línguas faladas.
A abordagem comunicativa no ensino de Libras, complementada pela abordagem direta, é eficaz na promoção da competência comunicativa dos alunos, possibilitando uma aprendizagem mais contextualizada e significativa.
Julgue o item subsequente.
A eficácia da inclusão escolar de alunos surdos não
depende exclusivamente da presença do intérprete de
Libras, mas também de adaptações curriculares e
materiais didáticos específicos que atendam às
necessidades linguísticas e culturais dos alunos surdos.
A ausência dessas adaptações compromete a qualidade
do ensino e impede uma verdadeira inclusão educacional,
destacando a necessidade de uma abordagem
pedagógica abrangente que inclua formação continuada
de professores e desenvolvimento de recursos
acessíveis.