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“É a diversidade que deve ser salva. É necessário, pois, encorajar as potencialidades secretas, despertar todas as vocações para a vida em comum que a história tem de reserva; é necessário também estar pronto para encarar, sem surpresa, sem repugnância e sem revolta, o que estas novas formas sociais de expressão poderão oferecer de desusado. A tolerância não é uma posição contemplativa dispensando indulgências ao que foi e ao que é. É uma atitude dinâmica, que consiste em prever, em compreender e em promover o que se quer ser.” (LÉVI-STRAUSS, C. “Raça e História”. In: Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1993.)
Lévi-Strauss escreveu “Raça e História”, a pedido
da UNESCO no contexto pós-Segunda Guerra
Mundial, defendendo a diversidade cultural como
um grande patrimônio e para pôr fim à ideia de
superioridade por parte de alguns povos. Nesse
sentido, o estudo das culturas e povos diferentes
que a antropologia fez ao longo de sua história é de
fundamental importância. E o entendimento desses
povos e/ou culturas diferentes só é possível graças
ao desenvolvimento de um método muito típico da
antropologia. Este método é o:
“Se houve alguma transformação na economia política do capitalismo do final do século XX, cabe-nos estabelecer quão profunda e fundamental pode ter sido a mudança. São abundantes os sinais e marcas de modificações radicais em processos de trabalho, hábitos de consumo, configurações geográficas e geopolíticas, poderes e práticas do Estado etc.” (HARVEY, David. “Condição Pós-Moderna”. São Paulo: Ed. Loyola, 2001. pg.118) Como estratégia de adaptação a essas mudanças, vários países adotaram conjuntos de politicas econômicas sob a égide do chamado Neoliberalismo. No Brasil, essa influência pode ser percebida em diversas decisões governamentais a partir, principalmente, do governo Collor (1990- 1992).
Nesse sentido, destacam-se:
I. Um maior controle do mercado financeiro por parte do Estado e pouca autonomia para os bancos, sejam eles privados ou estatais;
II. Privatização de grande parte das Empresas Estatais e abertura do mercado para o Capital estrangeiro;
III. Fortalecimento das leis trabalhistas, além de garantias consolidadas, como um sistema previdenciário mais forte;
IV. Diminuição do papel do Estado em todas as áreas, inclusive na Educação com a expansão do setor privado.
Sobre a forma como o Neoliberalismo foi
absorvido pelo Estado brasileiro nos últimos
governos, é correto no que se afirma nos itens:
Apesar de não recente, a adoção de ações afirmativas tem se intensificado no Brasil nos últimos anos. Tais ações não devem se confundir com políticas públicas de uma forma geral, já que elas a (ações afirmativas), embora muitas vezes se constituam de um conjunto de políticas públicas, têm objetivos muito mais específicos e o caráter de afirmação de grupos que passaram por discriminação e/ou enfrentaram barreiras históricas no processo de inclusão social. Nesse sentido, podemos afirmar que são exemplos de políticas de ações afirmativas:
I. A expansão das Universidades públicas e gratuitas;
II. O sistema de cotas para estudantes indígenas e afrodescendentes nas Universidades;
III. A concessão de bolsas de estudos em universidades privadas através do Programa Universidade para Todos (PROUNI)
Portanto, está correto o que se afirma em:
O sociólogo Imannuel Wallerstein argumenta que “o discurso do liberal tende assim a ser temeroso da maioria, temeroso dos sujos, dos ignorantes, das massas. Não há dúvidas, o discurso do liberal tece sempre imensos louvores ao potencial de integração dos excluídos, mas é sempre de uma integração controlada que está falando, de uma integração nos valores e estruturas dos já incluídos. Contra a maioria, o liberal está sempre defendendo a minoria. Mas não é o grupo minoritário que ele defende, é sim a minoria simbólica, o indivíduo racional heroico contra a multidão – isto é, ele mesmo.” (WALLERSTEIN, I. “Ciência Social e Sociedade contemporânea. As garantias evanescentes de racionalidade” In: O Fim do Mundo como o concebemos. Ciência Social para o século XXI. Rio de Janeiro: Revan, 2002.)
Já o cientista político italiano Norberto Bobbio diz que os “ideais liberais e o método democrático vieram, gradualmente, se combinando num modo tal que, se é verdade que os direitos de liberdade foram desde o início a condição necessária para a direta aplicação das regras do jogo democrático, é igualmente verdadeiro que, em seguida, o desenvolvimento da democracia se tornou o principal instrumento para a defesa dos direitos a liberdade.” (BOBBIO, N. “Liberalismo e Democracia”. São Paulo: Brasiliense, 1994.)
Apesar das diferentes visões sobre o Liberalismo e a Democracia apresentadas acima, analise as seguintes afirmações:
I. Os ideais liberais e democráticos, a despeito de suas origens, influenciam o ordenamento político das sociedades ocidentais;
II. Liberalismo e Democracia, doutrinas políticas que surgiram em momentos diferentes da História, são bases para o que se chama de Pensamento Liberal Democrático;
III. Liberalismo é uma doutrina política incongruente com o ideal igualitário, que caracteriza a tradição democrática.
Nesse sentido, é correto que se afirma em:
“Hoje em dia, tudo parece levar em seu seio sua própria contradição. Vemos que as máquinas, dotadas da propriedade maravilhosa de encurtar e fazer mais frutífero o trabalho humano, provocam a fome e o esgotamento do trabalhador. As fontes de riqueza recém-descobertas convertem-se, por arte de um estranho malefício, em fonte de privações”. MARX, K. People´s paper,p. 369.
Karl Marx se insere entre os pensadores que utilizam a dialética na maneira de analisar a realidade. Nesse sentido, a realidade social pode ser reconhecida como:
“Não só os intelectuais transformaram política em racionalidade, mas a proclamação das virtudes da racionalidade constituiu uma expressão de seu otimismo e serviu para alimentar o otimismo de todos. Seu credo era: à medida que avançamos na direção de uma compreensão mais verdadeira da realidade, avançamos consequentemente na direção de uma melhor governança da sociedade real e, assim, da realização mais plena do potencial humano. Como modo de construção do saber, a ciência não se limitou a construir-se sobre essa premissa; ela se propôs como método mais seguro de realizar a busca racional.” (WALLERSTEIN, I. “Ciência Social e Sociedade contemporânea. As garantias evanescentes de racionalidade” In: O Fim do Mundo como o concebemos. Ciência Social para o século XXI. Rio de Janeiro: Revan, 2002.)
Na passagem acima, o sociólogo contemporâneo
Immanuel Wallerstein faz referências ao otimismo
que o fortalecimento da ciências, de um modo
geral, bem como o surgimento das Ciências
Sociais, de modo mais específico, propiciaram no
contexto da consolidação da sociedade capitalista.
Nesse sentido, qual, ou quais, das correntes
sociológicas que surgiram entre os séculos XIX e
XX seria, ou seriam exemplos desse otimismo?
Chantal Mouffe (2015), cientista política belga, uma das representantes do pós-marxismo, critica a definição antagonista entre esquerda e direita. Para ela,
I- a abordagem racionalista e individualista do liberalismo contribui para o reconhecimento da natureza das identidades coletivas e é capaz de compreender a natureza pluralista e os conflitos acarretados pela pluralidade do mundo social.
II- a negação do antagonismo revela absoluta falta de compreensão da dinâmica de constituição de identidades políticas e do que está em jogo na política democrática, contribuindo para exacerbar o potencial de antagonismos na sociedade.
III- é necessária uma abordagem alternativa da política democrática, na qual a questão crucial é demonstrar como transformar o antagonismo numa forma de oposição que seja compatível com a democracia pluralista.
IV- existe distinção entre “político” e “política”, sendo que o “político” pode ser definido como a dimensão de antagonismo que constitui as sociedades humanas e “política” como o conjunto de práticas e instituições por meio das quais uma ordem é criada, organizando a coexistência humana no contexto conflituoso produzido pelo político.
V- a política democrática deve ter ascendência real sobre os desejos e fantasias das pessoas e oferecer formas de identificação que contribuam para as práticas democráticas.
Estão corretas apenas as afirmativas
Gaudêncio Frigotto (2001), sustenta em “Teoria e educação no labirinto do capital”, que, em contextos de crise e hegemonia do capital, as categorias fundamentais do materialismo histórico dialético, tornam-se instrumentos fundamentais para revelar as contradições do sistema capitalista. Ainda, na mesma obra, Francisco de Oliveira analisa a nova hegemonia da burguesia no Brasil a partir dos anos 1990, assim como os desafios de uma alternativa democrática.
Analise as afirmativas abaixo, sob o prisma de Francisco de Oliveira, e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso:
( ) Durante o período de 1930 a 1990, 30 anos foram de Ditadura e nos outros trinta anos tivemos, em média, um golpe institucional a cada 3 anos, o que demonstra a falta de hegemonia da burguesia brasileira.
( ) As eleições de 1989, que elegeram Fernando Collor, foram articuladas em torno de um projeto neoliberal.
( ) As forças de que compunham o governo de Collor não conseguiram fazer as mudanças necessárias aos interesses da burguesia nacional e criaram tensões entre a burguesia brasileira que acabaram culminando no impeachment de Collor.
( ) Cabe à direita brasileira penetrar nas fissuras e nas contradições do projeto neoliberal e propor a construção de uma alternativa realmente democrática.
( ) Faz-se necessária a formulação de um programa político que altere a estrutura do Estado a exemplo de movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que pedem a desapropriação da propriedade privada das terras improdutivas.
A sequência correta é
Hoje no Brasil, vêm se articulando ações e debates para estruturar políticas públicas de juventudes, reconhecendo-se, assim, os jovens como sujeitos de direitos. Desde 2004, registram-se diversas iniciativas de fôlego em instâncias dos governos federal, estaduais e municipais. No entanto, muitos problemas ainda permeiam a situação das e dos jovens no país:
I- Os jovens negros apresentam as mais baixas taxas de atividade e mais altas taxas de desemprego.
II- Os programas existentes no país funcionam como políticas isoladas, políticas setoriais de ação local no âmbito dos Estados e Municípios, mas que não contemplam a diversidade dos beneficiários em termos de geração e não possuem orientação universalista.
III- Mais da metade dos jovens entre 15 e 17 anos, segundo dados do IBGE de 2014, não completaram o ensino fundamental.
IV- As políticas existentes, na maioria das vezes, são políticas elaboradas para os jovens, porém os jovens não são consultados e nem participam da formulação das mesmas.
V- Menos de ¼ dos jovens entre 15 e 29 anos só estudam, enquanto a porcentagem dos jovens na mesma faixa etária que só trabalham é de quase 50%.
Estão corretas as afirmativas
De acordo com José de Souza Martins (2002), o sistema econômico atual transfere para o grupo familiar parte de suas irracionalidades, isto é, ele não se sente obrigado a pagar pelos problemas sociais que cria. A categoria exclusão (e excluído) se nutre politicamente dessa contradição mal compreendida e mal resolvida. E se nutre, também, de um aparato ideológico referido à condição operária.
Diante dessas condições, analise as afirmativas abaixo, referentes à definição do que é ser operário, e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso:
( ) O operário é, como trabalhador coletivo, portador de uma possibilidade histórica, isto é, possibilidade de transformação social porque ele personifica a (e é agente da) contradição entre o caráter social da produção e a apropriação privada dos resultados da produção.
( ) O operário é o agente não só da produção da mais-valia, mas é também produto e expressão da realização desigual da riqueza criada e, portanto, da realização da mais-valia, do modo como a mais-valia se realiza.
( ) O operário está incluído, isto é, ele não só produz, e se reproduz no processo de reprodução ampliada do capital, como também se apropria igualmente da riqueza criada, eliminando a contradição com o capital.
( ) O operário é uma categoria sociológica substantiva, relativa ao efetivo e objetivo sujeito social e histórico, sujeito de contradições que personifica possibilidades históricas e que é o trabalhador assalariado.
( ) Independente de sua vontade subjetiva, o operário tem uma realidade objetiva, ele é um produto histórico e, teoricamente, agente privilegiado da História no momento histórico que lhe corresponde.
A sequência correta é