Questões de Concurso

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Q2577383 Geografia
No âmbito do desenvolvimento urbano no século XIX na Paraíba, qual fenômeno econômico foi preponderante para a expansão e formação das cidades do interior, impulsionando a urbanização e crescimento econômico através de sua cadeia produtiva e comercialização?
Alternativas
Q2577319 Geografia
Quais das seguintes regiões são consideradas as principais produtoras de gás natural a nível global, responsáveis por uma grande parte da produção mundial, e desempenham um papel estratégico no fornecimento de energia para mercados internacionais? 
Alternativas
Q2576733 Geografia
Em relação ao fenômeno das monções, assinale a alternativa correta: 
Alternativas
Q2572940 Geografia
Considere o texto sobre o espaço agrário brasileiro.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), puxando o crescimento da economia do país, a agropecuária brasileira cresceu 15,1% em 2023, com um total de R$ 677,6 bilhões. O setor teve a maior alta entre as atividades e refletiu diretamente no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. “Mais uma vez a agropecuária puxou a atividade econômica brasileira, mesmo com as intempéries climáticas e o achatamento de preço das commodities. O Governo Federal trabalhou muito para adotar medidas de apoio ao setor. Ampliamos linha de crédito, abrimos mercados e geramos empregos”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária. “Teremos mais desafios em 2024, mas continuaremos trabalhando e gerando oportunidades”, completou.

Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/ptbr/assuntos/noticias/crescimento-da-economia-brasileira-eimpulsionado-pela-alta-de-15-da-agropecuaria-em-2023. Acesso em: 10 abr. 2024. Adaptado.

Esse incremento do setor agropecuário decorreu principalmente dos seguintes fatores:
Alternativas
Q2572939 Geografia

Considere a imagem e o texto sobre a urbanização no Brasil.


Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: https://www.abrainc.org.br/sustentabilidade-eurbanismo/2023/01/04/urbanizacao-no-brasil-areas-comcidades-crescem-19-entre-2015-e-2019. Acesso em: 10 abr. 2024.


A noção de cidade ou de centro urbano na pesquisa do IBGE (2018) sobre regiões de influência das cidades, utilizada para análise dos dados, é operacionalizada por meio de duas unidades territoriais: os municípios e os arranjos populacionais. Os últimos são constituídos por agrupamentos de municípios muito integrados por possuírem deslocamentos frequentes de populações para trabalho e estudo, segundo os critérios de pesquisa específica.


Desse modo, as cidades brasileiras foram classificadas, hierarquicamente, [...] considerando tanto seu papel de comando em atividades empresariais quanto de gestão pública, e, ainda, em função da sua atratividade para suprir bens e serviços para outras cidades. São os 15 principais centros urbanos, dos quais todas as cidades existentes no País recebem influência direta, seja de uma ou mais metrópoles simultaneamente. A região de influência dessas centralidades é ampla e cobre toda a extensão territorial do País, com áreas de sobreposição em determinados contatos. Nessa classificação, as metrópoles se subdividem em três níveis: metrópole, metrópole nacional e grande metrópole nacional.


Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/ index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101728. Acesso em: 10 abr. 2024. Adaptado.


Nesse estudo do IBGE, são classificados, respectivamente, como metrópole, metrópole nacional e grande metrópole nacional os seguintes arranjos populacionais: 

Alternativas
Q2572935 Geografia

Considere as informações da imagem e do texto abaixo.


Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/ comunidades-quilombolas. Acesso em: 04 abr. 2024. Adaptado.


 A população quilombola do país é de 1.327.802 pessoas, ou 0,65% do total de habitantes. Os dados são do Censo 2022, que investigou pela primeira vez esse grupo, integrante dos povos e comunidades tradicionais reconhecidos pela Constituição de 1988. Foram identificados 473.970 domicílios onde residia pelo menos uma pessoa quilombola, espalhados por 1.696 municípios brasileiros. [...] O Censo também mostrou que os Territórios Quilombolas oficialmente delimitados abrigam 203.518 pessoas, sendo 167.202 quilombolas, ou 12,6% do total de quilombolas do país. Destaca-se, ainda, que apenas 4,3% da população quilombola reside em territórios já titulados no processo de regularização fundiária.


Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencianoticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37464-brasil-tem-1-3- milhao-de-quilombolas-em-1-696-municipios. Acesso em: 04 abr. 2024


Com base na imagem e nos dados do Censo Demográfico de 2022 sobre a situação da população quilombola no Brasil, conclui-se que:

Alternativas
Q2572934 Geografia

Considere a imagem e os textos sobre o complexo regional amazônico.


Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/ geografia/complexo-regional-amazonia.htm. Acesso em: 04 abr. 2024.


Texto I


Os conflitos que ocorrem no processo de ocupação da Amazônia são intrínsecos à sociedade brasileira, mas aí assumem especial violência, generalização e transparência. [...] A generalização dos conflitos evidencia que eles não são um dado circunstancial, mas sim estrutural, essencial ao tipo de desenvolvimento capitalista do país, pois ocorrem tanto em períodos ditatoriais como na “transição à democracia”. A ação desigual do Estado, favorecendo grupos empresariais e se omitindo em relação à violência, não elimina os conflitos; pelo contrário, os agrava. No processo de remanejamento e nova apropriação do espaço, agudiza-se a disputa pela terra. [...] A resistência dos camponeses passa a ser preocupação para o governo, que a partir de 1980 tenta solucionar os conflitos com os militares.


BECKER, Bertha. Amazônia. São Paulo: Ática, 1990, p. 38. Adaptado.


Texto II


Registremos que a geografia da violência na Amazônia indica sua maior intensidade exatamente na sub-região que pioneiramente foi povoada e onde mais efetivamente se fizeram presentes as ações do novo modelo de desenvolvimento capitalista, ou seja, ali onde maior foi a extensão de estradas construídas, de hidrelétricas e de grandes empresas de exploração mineral, além de maior número de fazendas pecuaristas e de empresas do setor madeireiro. [...] É que a maior acessibilidade às terras dessa sub-região começou a fechar o cerco para que as famílias camponesas pudessem se reproduzir por meio de migrações sucessivas para áreas mais afastadas. [...] Não é de se estranhar, portanto, que a questão fundiária tenha se tornado particularmente uma questão militar, como o demonstra o Grupo Executivo do Araguaia-Tocantins – GETAT.


PORTO-GONÇALVES, Carlos. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2001, p. 109. Adaptado.


De acordo com os Textos I e II, a violência estrutural amazônica ocorre com maior intensidade na seguinte sub-região:

Alternativas
Q2572933 Geografia
Na preparação de uma aula para o 7º ano, atendendo à unidade temática “natureza, ambientes e qualidade de vida”, o objeto de conhecimento “biodiversidade brasileira” e a habilidade “caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária)” da BNCC, o/a professor/a consulta o seguinte texto sobre um bioma brasileiro:

Considerado como um dos hotspots mundiais de biodiversidade, o bioma apresenta extrema abundância de espécies endêmicas e sofre uma excepcional perda de habitat. [...] Nele, existe uma grande diversidade de habitats, que determinam uma notável alternância de espécies entre diferentes fitofisionomias. [...] Cerca de 199 espécies de mamíferos são conhecidas, e a rica avifauna compreende cerca de 837 espécies. Os números de peixes, répteis e anfíbios são elevados. [...] Além dos aspectos ambientais, o bioma tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade. [...] Apesar do reconhecimento de sua importância biológica, de todos os hotspots mundiais, esse bioma é o que possui a menor porcentagem de áreas sob proteção integral. Ele apresenta 8,21% de seu território legalmente protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável.

Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/biomas[...].html. Acesso em: 04 abr. 2024. Adaptado.

Com base no texto, o bioma abordado nessa aula do Ensino Fundamental é o seguinte:
Alternativas
Q2572932 Geografia

Observe a imagem abaixo.


Imagem associada para resolução da questão


SILVA, Telma (2022). Médio curso do rio Bananal (Minas Gerais)


Na imagem, no primeiro plano, registra-se um nível sedimentar indicado pela seta, que origina a unidade denominada:

Alternativas
Q2572931 Geografia
Considere as informações sobre condições climáticas atuais.

Relatório do IPCC de 2023: Já com 1,1°C de aumento na temperatura terrestre, mudanças no sistema climático sem precedentes por séculos e até milênios hoje ocorrem em todas as regiões do mundo – do aumento do nível do mar a eventos extremos e o gelo marinho diminuindo cada vez mais. [..] Ondas de calor, que acontecem em média uma vez a cada dez anos em climas pouco influenciados pela atividade humana, tendem a se tornar mais frequentes. E a intensidade dessas ondas de calor também vai aumentar: em até 5,1°C.

Disponível em: https://www.wribrasil.org.br/noticias/10- conclusoes-do-relatorio-do-ipcc-sobre-mudancas-climaticas-de2023#:~:text=Dia%2020%20de%20mar%C3%A7o%20marcou,d o%20mundo%20sobre%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1 ticas. Acesso em: 04 abr. 2024. Adaptado.

Notícia do dia 15 de março de 2024: o fim de semana no Rio de Janeiro deve ser de forte calor, com sensação térmica superior aos 50 ºC. A previsão é do Sistema Alerta Rio, serviço de meteorologia da prefeitura. [...] Nove estados estão sendo afetados pela atual onda  de calor. No caso do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, há “potencial perigo” para elevação de temperaturas. No Paraná, em São Paulo, Mato grosso do Sul, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a classificação é de “grande perigo”.

Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ geral/noticia/2024-03/sensacao-termica-no-rio-pode-passar-de50o-c-no-fim-de-semana. Acesso em: 04 abr. 2024. Adaptado.

Informações sobre as condições climáticas atuais, como a notícia meteorológica acima, levam a comunidade científica à reflexão sobre o processo de aquecimento global. Nos ecossistemas aquáticos, dentre as evidências que comprovam a ocorrência desse processo climático, encontra-se a:
Alternativas
Q2572930 Geografia

Observe a imagem a seguir.


Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: https://agenciaeconordeste.com.br/sertaomonumental[...]de-quixada-e-quixeramobim-no-ceara/. Acesso em: 04 abr. 2024.


O tipo de relevo mais elevado, destacado no centro da imagem, é descrito como: 

Alternativas
Q2572929 Geografia
Considere o texto sobre um bioma específico.

Trata-se de um bioma exclusivamente brasileiro que compreende cerca de 11% do território nacional, apresentando grande biodiversidade e diversas particularidades, principalmente em relação à adaptação climática das plantas e animais. A vegetação é adaptada à irregularidade pluviométrica, comportando elevado número de espécies cujas folhas caem no período mais seco. Assim, a vegetação desenvolve mecanismos de sobrevivência em razão da pouca disponibilidade de água, apresentando estratos com indivíduos arbóreos, arbustivos e herbáceos. A fauna é bastante diversificada e marcada pelas adaptações ao clima, como as recorrentes migrações nos períodos de estiagem.

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/[...].htm. Acesso em: 10 abr. 2024.

O bioma descrito abrange prevalentemente a área do seguinte tipo climático:
Alternativas
Q2572927 Geografia
Considere o texto sobre a metropolização.

O processo de metropolização, ou, simplesmente, metropolização, embora produza grandes regiões, cujo território parece uma “colcha de retalhos”, não pode ser compreendido como só afeito às grandes cidades ou às metrópoles e nem considerado como se dando da mesma forma em todos os países. Há condições históricas que contam, como a vida cultural, política e territorial de cada lugar, grau de desenvolvimento...Também não pode ser reduzido a uma questão de forma, em geral por levar à constituição de uma região de significativa dimensão territorial com uma urbanização expressiva mesclada com outros usos do território. A metropolização deve ser vista como um processo relacionado às mudanças recentes das últimas décadas, assentadas em dois parâmetros, sendo um deles a globalização.

LENCIONI, Sandra. Metropolização do espaço. In. Carlos, A.; Cruz, R. (Org.). A Necessidade da Geografia. São Paulo: Contexto, 2019, p. 136. Adaptado.

Relacionado ao processo de metropolização, além da globalização, outro parâmetro no qual se assentam as mudanças recentes das últimas décadas é: 
Alternativas
Q2572926 Geografia
Considere o texto sobre a geografia cultural.

A ideia de que existe mais simbolismo nos objetos e nas coisas do que a aparência indica sugere reconhecer tanto o valor mercantil como o valor cultural de um bem simbólico, isto é, a mercadoria e o símbolo. Assim, incialmente se dedica atenção à dimensão econômica do sagrado ao privilegiar os bens simbólicos, mercados e redes. O conceito de sagrado e sua representação simbólica remete-nos, inevitavelmente, à perspectiva do poder mantido e reproduzido pela comunidade em suas territorialidades religiosas ou quase-sagradas. De fato, “é pela existência de uma cultura que se cria um território, e é pelo território que se fortalece e se exprime a relação simbólica existente entre a cultura e o espaço”, de acordo com Joël Bonnemaison.

ROSENDAHL, Zeny. Espaço, cultura e religião: dimensões de análise. In. Corrêa, R.; Rosendahl, Z. (Org.). Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 187. Adaptado.

No Ensino Fundamental, considere a preparação de uma aula para o 6º ano, utilizando o argumento do texto acima como conteúdo motivador. Nesse caso, o/a docente deve referir o conteúdo à unidade temática e ao objeto de conhecimento da Base Nacional Comum Curricular seguintes:
Alternativas
Q2572924 Geografia

Considere a imagem e os textos sobre o conceito de paisagem.


Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: https://www.marica.rj.gov.br/noticia/marica-e-aterceira-cidade-com-melhor-indice-relativo-de-empregos-nopais/. Acesso em: 02 abr. 2024.


Texto I


Provavelmente, o conceito de paisagem merece ser bem mais valorizado (e integrado com outros conceitos, tais como território e lugar) do que tem sido. É óbvio que ele possui certos limites, mas isso não é “privilégio” seu: toda ferramenta conceitual possui potencialidades e limitações. A questão é que, por enquanto, parece que as limitações do referido conceito têm sido mais sublinhadas que as suas potencialidades, que não são pequenas. Uma última potencialidade nos remete aliás, para o mundo das possibilidades oferecidas pelo exame dos aspectos mais fortemente (inter)subjetivos) da paisagem.


SOUZA, Marcelo. Os Conceitos Fundamentais da Pesquisa Sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013, p. 61.


Texto II


O geógrafo John B. Jackson introduz a hodologia como a ciência dos caminhos, das estradas e das viagens. A principal questão legada por Jackson é a da potência estruturante dos caminhos para a paisagem. Uma reflexão sobre a potência dos caminhos e das viagens desdobra-se nas perguntas: como caminhos e viagens contribuem a estruturar objetivamente, concretamente as paisagens e os espaços? Como contribuem a estruturar a percepção e a representação das paisagens e dos espaços? O que significa pensar o caminho e a viagem não apenas como objetos de estudo, mas como pontos de vista sobre as coisas, as ideias e o mundo em geral?


BESSE, Jean-Marc. O Gosto do Mundo. Exercícios de paisagem. Rio de Janeiro: UERJ, 2014, p. 184 e 185. Adaptado.


A leitura articulada da imagem com os Textos I e II conduz à reflexão sobre a potencialidade do conceito de paisagem. Com base nessa leitura, a paisagem é definida como:

Alternativas
Q2572923 Geografia
Considere o texto sobre uma modalidade de territorialização.

Identifica-se um tipo de territorialização humana pelo qual o indivíduo é capaz de produzir e habitar mais de um território. Essa territorialização resulta não apenas da sobreposição ou da imbricação entre tipos territoriais diversos (o que inclui territórios-zona e territórios-rede), mas também de sua experimentação/reconstrução de forma singular pelo indivíduo, grupo social ou instituição. Trata-se de uma reterritorialização complexa, em rede e com fortes conotações rizomáticas, ou seja, não-hierárquicas. As condições para a sua realização incluiriam a maior diversidade territorial, uma grande disponibilidade de e/ou acessibilidade a redes-conexões, a natureza rizomática menos centralizada dessas redes e, anteriores a tudo isto, a situação socioeconômica, a liberdade e, em parte, também a abertura cultural para efetivamente usufruir e/ou construir essa modalidade de territorialização. Essa territorialização específica implica a possibilidade de acessar ou conectar diversos territórios, através de uma mobilidade, no sentido de um deslocamento físico ou do ciberespaço.

HAESBAERT, Rogério. O Mito da Desterritorialização. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. p. 343 e 344. Adaptado.

Com base nas ideias do autor, a modalidade de territorialização descrita é especificamente denominada: 
Alternativas
Q2572922 Geografia
Considere o texto sobre o conceito de região.

Na nova geografia, fundamentada no positivismo lógico, formula-se uma divisão regional concebida pela objetividade máxima, implicando a ausência de subjetividade por parte do pesquisador. As regiões são definidas estatisticamente. No contexto dessa divisão regional, há dois enfoques que não se excluem mutuamente. O primeiro considera as regiões simples ou complexas. O segundo enfoque reconhece duas categorias de regiões, sendo uma delas definida de acordo com o movimento das pessoas, mercadorias, informações, decisões e ideias sobre a superfície da Terra. Identificam-se, assim, regiões de tráfego rodoviário, fluxos telefônicos ou matérias-primas industriais, migrações diárias para o trabalho, influência comercial das cidades etc.

CORRÊA, Roberto. Região e Organização Espacial. São Paulo: Ática: 1986, p. 34 e 25. Adaptado.

Nessa divisão regional, a região definida descritivamente no segundo enfoque é denominada:
Alternativas
Q2572921 Geografia
Considere os textos sobre o conceito de lugar.

Texto I
A globalização materializa-se concretamente no lugar, aqui se lê/percebe/entende o mundo moderno em suas múltiplas dimensões, numa perspectiva mais ampla, o que significa dizer que no lugar se vive, se realiza o cotidiano e é aí que ganha expressão o mundial. O mundial que existe no local, redefine seu conteúdo, sem todavia anularem-se as particularidades. A sociedade urbana que, hoje, se produz em parte de modo real e concreto, em parte virtual e possível, constitui-se enquanto mundialidade, apresentando tendência à homogeneização ao mesmo tempo em que permite a diferenciação. O lugar permite pensar a articulação do local com o espaço urbano que se manifesta como horizonte.

CARLOS, Ana. O Lugar no/do Mundo. São Paulo: Hucitec, 1996, p. 15

Texto II
Lugar é o sentido do pertencimento, a identidade biográfica do homem com os elementos do seu espaço vivido. No lugar, cada objeto ou coisa tem uma história que se confunde com a história de seus habitantes, assim compreendidos justamente por não terem com a ambiência uma relação de estrangeiros. E, reversivamente, cada momento da história de vida do homem está contada e datada na trajetória ocorrida de cada coisa e objeto, homens e objetos se identificando reciprocamente. A globalização não extingue, antes impõe que se refaça o sentido do pertencimento em face da nova forma que cria de espaço vivido.

MOREIRA, Ruy. Para Onde vai o Pensamento Geográfico? São Paulo: Contexto, 2006, p. 164.

A leitura comparada entre os Textos I e II conduz à seguinte conclusão:
Alternativas
Q2572920 Geografia
Considere os textos sobre prática espacial.

Texto I
No processo de organização de seu espaço, o homem decide sobre um determinado lugar segundo este apresente atributos julgados de interesse de acordo com os diversos projetos estabelecidos. A fertilidade do solo, um sítio defensivo, a proximidade da matéria-prima, o acesso ao mercado consumidor ou a presença de um porto, de uma força de trabalho não qualificada e sindicalmente pouco ativa, são alguns dos atributos que podem levar a localizações específicas. Os atributos indicados, encontrados de forma isolada ou combinada, variam de lugar para lugar e são avaliados e reavaliados sistematicamente.

CORRÊA, Roberto. Espaço, um conceito-chave da geografia. In. Castro, I. et al. (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 36. Adaptado.

Texto II
Na organização espacial da sociedade, há uma espécie de ponte entre a história natural e a história social se expressando já em termos de espaço: um processo de eleição do local com que a sociedade inicia a montagem da sua estrutura geográfica. Esse processo é uma expressão direta e combinada dos princípios da localização e da distribuição. Por meio da localização, o homem elege a melhor possibilidade de fixação espacial de suas ações. A distribuição compõe o sistema de localizações e transforma o processo de eleição numa configuração de pontos e o todo numa extensão.

MOREIRA, Ruy. Pensar e Ser em Geografia. São Paulo: Contexto, 2007, p. 82. Adaptado.

Nos Textos I e II, define-se descritivamente a seguinte prática espacial:
Alternativas
Q2572919 Geografia
Considere os Textos I e II sobre empobrecimento de populações

Texto I
Desde o começo dos anos 1980, os programas de “estabilização macroeconômica” e de “ajuste estrutural” impostos pelo FMI e pelo Banco Mundial aos países em desenvolvimento (como condição para negociação da dívida externa) têm levado centenas de milhões de pessoas ao empobrecimento. Contrariando o espírito do acordo de Bretton Woods, cuja intenção era a “reconstrução econômica” e a estabilidade das principais taxas de câmbio, o programa de ajuste estrutural tem contribuído amplamente para desestabilizar moedas nacionais e arruinar as economias dos países em desenvolvimento. O poder de compra interno entrou em colapso, a fome eclodiu, hospitais e escolas foram fechados, centenas de milhões de crianças viram negado seu direito à educação primária. Embora a missão do Banco Mundial seja “combater a pobreza” e proteger o meio ambiente, seu patrocínio para projetos hidrelétricos e agroindustriais em grande escala também tem acelerado o processo de desmatamento e destruição do meio ambiente.

CHOSSUDOVSKY, Michel. A Globalização da Pobreza. São Paulo: Moderna, 1999, p. 26. 

Texto II
O período no qual nos encontramos revela uma pobreza de novo tipo, uma pobreza estrutural globalizada, resultante de um sistema de ação deliberada. Examinado o processo pelo qual o desemprego é gerado e a remuneração do emprego se torna cada vez pior, ao mesmo tempo em que o poder público se retira das tarefas de proteção social, é lícito considerar que a atual divisão “administrativa” do trabalho e a ausência deliberada do Estado de sua missão social de regulação estejam contribuindo para uma produção científica, globalizada e voluntária da pobreza. [...] Essa produção da pobreza aparece como um fenômeno banal. [...] Mas é uma pobreza produzida politicamente pelas empresas e instituições globais. Estas, de um lado, pagam para criar soluções localizadas, parcializadas, segmentadas, como é o caso do Banco Mundial, que, em diferentes partes do mundo, financia programas de atenção aos pobres, querendo passar a impressão de se interessar pelos desvalidos, quando, estruturalmente, é o grande produtor da pobreza.

SANTOS, Milton. Por Uma Outra Globalização. São Paulo: Record, 2000, p. 72 e 73.

A leitura comparada entre os Textos I e II leva à seguinte conclusão:
Alternativas
Respostas
1801: C
1802: D
1803: C
1804: D
1805: E
1806: C
1807: D
1808: C
1809: C
1810: A
1811: E
1812: B
1813: D
1814: A
1815: E
1816: C
1817: D
1818: D
1819: C
1820: E