Questões de Concurso
Comentadas sobre estrutura das palavras: radical, desinência, prefixo e sufixo em português
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I. “[...] dei uma trelinha para compensar o tempo [...]” (2º§)
II. “Ele preferiu matar o assunto rapidinho,” (4º§)
III. “Que se dedique um pouquinho [...]” (7º§)
A presença do sufixo -inh(o/a), nos termos destacados, tem a finalidade de indicar:
Quanto à estrutura das palavras, assinale (C) correto ou (I) incorreto e marque a alternativa devida.
( ) Radical é o morfema originário e irredutível que contém o núcleo significativo comum a uma família linguística.
( ) Raiz é o morfema que funciona como o segmento lexical da palavra, opondo-se ao segmento que lhe assinala (por meio de outros morfemas) as flexões e a derivação.
( ) Desinência é o morfema indicativo das flexões das palavras, isto é, das variações por que elas passam para expressar as categorias gramaticais de gênero e número (nos nomes) e de pessoa, número, modo e tempo (nos verbos).
( ) Vogal temática é o morfema que caracteriza nomes e verbos portugueses, reunindo-os em classes morfológicas estanques.
( ) Tema é o radical ampliado por uma vogal temática. Assim, do radical ros- obter-se-á, pela adjunção da vogal temática nominal a, o tema rosa-; identicamente, o radical trabalh-, acrescido da vogal temática da 1ª conjugação, dar-nos-á o tema trabalha-.
( ) Afixos são morfemas destinados à formação de derivados.
SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html
O prefixo 'in' da palavra 'inesgotável' representa sentido contrário.
Em uma das alternativas a seguir o prefixo NÃO está de acordo com o seu significado. Identifique-o.
Modo Avião
Por Pedro Guerra
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/pedro-guerra/noticia/2024/12/modoaviao-cm4mwzdin019r0126jgaqd169.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
O texto seguinte servirá de base para responder à questão,
A fila do mineiro
Um comportamento é digno de atenção aqui. Mineiro não forma fila. Ele faz um semicírculo. Um paredão que avança lentamente, ocupando a extensão inteira da calçada. Jamais vi uma fila indiana em Minas, um atrás do outro, como no padrão internacional.
O conjunto irradia espontaneamente para os cantos e laterais. Não se dispõe de maneira uniformizada, em linha reta, como acontece nos demais Estados do país.
Rompe-se com aquele sentimento de rebanho, conduzido pelo vaqueiro em fileira devido às trilhas estreitas e obstáculos das pastagens. É uma fila livre da fila. Todos sabem quando é a sua vez, não há desrespeito ao espaço alheio, à preferência do antecessor.
De modo nenhum, esse movimento de se espalhar é um jeito criativo de furar fila. Existe em cada um a consciência do momento em que se chegou ali e a fixação mental de seu lugar.
A fila se distribui horizontalmente em qualquer ambiente. Pode ser numa unidade de saúde, numa entrevista de emprego, numa balada, na entrada de um restaurante, para realizar algum concurso, para ingressar na escola, para colher autógrafos de um autor, para entrar num estádio ou teatro.
Todo mineiro dá um passo à frente antes da hora, transgredindo a delimitação prévia. Pensei primeiramente que era um recurso para ampliar o campo de visão e espiar o quanto faltava para o final. Até que reparei que tem mais a ver com o afeto: ele reencontra amigos e colegas na fila e puxa assunto lado a lado. Arruma um grupo. Arruma uma panelinha. Arruma um bando. Arruma um clube da esquina.
Tanto que é o único povo no Brasil que conversa no elevador. Fila, então, é sua chance de começar um comício.
É impressionante a sua capacidade de criar raízes nas casualidades. Mesmo quando não conhece ninguém, resgata algum parentesco ou afinidade perguntando onde a pessoa mora, onde nasceu, onde estudou, com o que trabalha. O sobrenome desperta uma família que desemboca num laço remoto, ou uma cidade lembra um parente que resulta numa observação espirituosa, e se estabelece a magia. O mineiro vai questionando exaustivamente, rodeando, numa investigação da intimidade sem precedentes. Sempre acaba achando um ponto em cruz para tricotar coincidências, para firmar convergências.
É o que batizo de "visita de rua". Mineiro não realiza visitas unicamente em casa, mas também efetua abordagens no meio de seu trajeto, pescando colóquios e audiências.
Assim o tempo passa mais rapidamente, o desconforto se transforma em prazer, e nem parece que você estava aguardando algo. Fica, inclusive, com o gosto amargo de ter que se despedir das amizades. É comum se mostrar contrariado ao ser chamado para o guichê ou balcão. Só em Minas, a fila é melhor do que o atendimento.
Fabrício Carpinejar
https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/2024/9/27/a-fila-do-mineiro
"Todos sabem quando é a sua vez, não há desrespeito ao espaço alheio, à preferência do antecessor."
Qual das alternativas abaixo classifica corretamente os elementos morfológicos da palavra "desrespeito"?
Os vocábulos destacados são formados pelos processos de, respectivamente:
I. “Incorporação” é uma palavra formada pelo processo denominado derivação parassintética.
II. O vocábulo “éticos” é formado por raiz, vogal temática e desinência de número.
III. Em “infância”, não temos a presença da vogal temática.
IV. “Incorporação” sofreu um processo de formação conhecido como derivação pré-sufixal.
V. Ocorreu uma derivação prefixal na palavra “infância”.
Com base nos itens acima, assinale a alternativa correta.
Uma Festa
Uma alegria contagiante no ar As luzes coloridas a brilhar Uma música da moda a tocar Todos animados a dançar Pelo jeito ninguém quer parar Esse momento mágico, querem aproveitar Ruim é saber que isso uma hora vai acabar A magia vai cessar A música vai se calar A luz vai desligar O sol vai raiar Um dia normal vai começar!
Clarice Pacheco. Disponível em: https://www.pensador.com/alegria_contagiante/. Acesso em 14 de nov. de 2024.
A análise morfológica do poema leva à identificação de diferentes processos de formação de palavras. Com relação à formação do adjetivo "contagiante", assinale a alternativa CORRETA.
Ainda em relação ao texto III, julgue (C ou E) o item a seguir.
Os prefixos presentes nas palavras que designam as correntes “monogenista” e “poligenista” remetem às distintas hipóteses sobre a gênese da humanidade, que contrapõem a unidade da espécie à diversidade racial.
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda a questão que a ele se refere.
Texto 01
“Tô péssima, mas tô linda”: quando a aparência atropela a saúde mental
Karla Dunder
“Tô péssima, mas tô linda: quando a aparência atropela a saúde mental” foi o tema da palestra da psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Dra. Carmita Abdo, uma das palestrantes do 22.º Brain, Behavior and Emotions, congresso científico na área da Neurociência. A professora chamou a atenção para o impacto das redes sociais para a formação da autoimagem e da aceitação – ou não – da aparência.
No Brasil, 13% dos jovens de 12 a 17 anos relatam sofrer de depressão e 32% ansiedade. Para a professora, o número elevado pode estar associado ao uso das redes sociais. “A depressão está aumentando, particularmente entre as meninas. Pesquisadores sugerem que o aumento de doenças mentais está, pelo menos em parte, relacionado ao crescimento do uso de mídias sociais entre adolescentes e jovens adultos”, explica. “É uma preocupação também para os adultos jovens, já que 25% deles de 18 a 25 anos relatam ter algum tipo de doença mental.”
A imagem corporal é um problema maior para os jovens, afetando homens e mulheres, mas, principalmente, em mulheres na adolescência e jovens adultas (até nove em cada 10 afirmam que estão infelizes com seu corpo). Meninas que acessam as mídias sociais expressam maior desejo de mudar sua aparência, como rosto, cabelo e/ou pele, e fazer cirurgia estética para ter melhor aparência nas fotos (muitas vezes cirurgias invasivas e desnecessárias). O uso do Instagram tem sido apontado como fator de depressão, baixa autoestima, ansiedade com a aparência e insatisfação corporal entre as mulheres, principalmente quando expostas a imagens de beleza e fitness.
“Comparações com pessoas conhecidas podem aumentar os potenciais efeitos prejudiciais da mídia social sobre a imagem corporal de adolescentes, fornecendo imagens editadas (manipuladas) que retratam um padrão de beleza inatingível”, observa. “A comparação social com essas imagens idealizadas pode aumentar a diferença percebida entre sua aparência ideal e a real, resultando em insatisfação com o corpo.”
Estudo experimental com mulheres de 17 a 25 anos demonstrou humor mais negativo após apenas 10 minutos de navegação em sua conta do Facebook em comparação com aquelas que navegaram em um site de controle com aparências neutras. As participantes com alta tendência de comparação de aparências relataram maior desejo de mudar a aparência de seu rosto, cabelo ou pele, após passar um tempo no Facebook, em comparação com aquelas que navegaram no site de controle.
Pacientes com transtorno dismórfico corporal (TDC) têm preocupação extrema com defeitos físicos pessoais que não são percebidos pelos outros e podem levar a graves prejuízos na realização social e profissional. Está associado a várias comorbidades, principalmente a outros transtornos psiquiátricos: transtorno depressivo, transtorno de abuso de substâncias, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos alimentares.
A professora orienta que os médicos discutam com os jovens e suas famílias os riscos conhecidos do uso de mídias sociais. “A comunicação com adolescentes é mais eficaz no contexto de uma aliança terapêutica aberta e sem julgamento, despertando confiança e oferecendo inclusão e autonomia. Incentivar os pais a se envolverem proativamente na limitação do uso de smartphones e mídias sociais por crianças e adolescentes pode ser útil (1 a 2 horas diárias é o limite)”.
Pacientes com sintomas sugestivos de TDC geralmente se apresentam em consultórios de cuidados primários ou clínicas especializadas, como dermatologia ou cirurgia plástica. É importante que esses profissionais reconheçam e encaminhem esses pacientes para avaliação especializada.
Disponível em: https://vidasimples.co/saude-e-bem-estar/. Acesso em: 5 jun. 2024. Adaptado.
Considere o trecho “Pacientes com transtorno dismórfico corporal (TDC) têm preocupação extrema com defeitos físicos pessoais que não são percebidos pelos outros e podem levar a graves prejuízos na realização social e profissional.” Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a organização morfossintática do referido trecho.
I- O verbo “têm” encontra-se acentuado para indicar a terceira pessoa do plural do presente do indicativo, concordância que faz com o núcleo do sujeito “pacientes”.
II- O termo “que” foi usado como elemento de coesão, uma vez que retoma o termo “defeitos físicos pessoais”, anteriormente expresso.
III- O termo “dismórfico” foi formado pelo processo de derivação prefixal e sufixal, já que os afixos -dis e -ico se juntam ao radical -morf.
IV- O termo “que” foi usado como elemento de coesão, pois se trata de uma conjunção integrante, a qual liga uma oração principal a uma oração subordinada substantiva.
V- O verbo “têm” foi acentuado porque as palavras monossílabas átonas devem ser acentuadas graficamente quando terminadas por -em.
Estão CORRETAS as afirmativas