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Q3147773 Português
Índios

Legião Urbana
Quem me dera, ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha
(...)

Quem me dera, ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente

Quem me dera, ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
(...)

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício de insistir
Nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi

Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, que apresenta um trecho da letra da canção Índios, interpretada pela banda Legião Urbana, julgue o próximo item. 


Nos dois últimos versos, as formas verbais flexionadas na primeira pessoa do singular estão no mesmo tempo verbal.  

Alternativas
Q3147772 Português
JOÃO GRILO – Já fui barco, fui navio,
                           Mas hoje sou escaler.
                          Já fui menino, fui homem,
                          Só me falta ser mulher.
                          Valha-me Nossa Senhora (...)

A COMPADECIDA – Não, João, por que eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. (...)

PADRE (ajoelhando-se) – Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus.

JOÃO GRILO – Antes de respondermos, lembrem-se de dizer, em vez de “agora e na hora de nossa morte”, “agora na hora de nossa morte”, porque do jeito que nós estamos, está tudo misturado.

TODOS – Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora na hora de nossa morte. Amém.

Ariano Suassuna. Auto da Compadecida.
26 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1993 (com adaptações)

Em relação à linguagem, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, que apresenta um trecho da obra dramatúrgica Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, julgue os seguintes itens. 


Na última fala apresentada no texto, a expressão “Santa Maria” desempenha a função sintática de sujeito da oração.

Alternativas
Q3147771 Português
JOÃO GRILO – Já fui barco, fui navio,
                           Mas hoje sou escaler.
                          Já fui menino, fui homem,
                          Só me falta ser mulher.
                          Valha-me Nossa Senhora (...)

A COMPADECIDA – Não, João, por que eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. (...)

PADRE (ajoelhando-se) – Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus.

JOÃO GRILO – Antes de respondermos, lembrem-se de dizer, em vez de “agora e na hora de nossa morte”, “agora na hora de nossa morte”, porque do jeito que nós estamos, está tudo misturado.

TODOS – Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora na hora de nossa morte. Amém.

Ariano Suassuna. Auto da Compadecida.
26 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1993 (com adaptações)

Em relação à linguagem, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, que apresenta um trecho da obra dramatúrgica Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, julgue os seguintes itens. 


Na fala d’A Compadecida, o vocábulo “graças” é empregado com o sentido de benevolências, compatível com o cunho religioso do texto.

Alternativas
Q3147770 Português
JOÃO GRILO – Já fui barco, fui navio,
                           Mas hoje sou escaler.
                          Já fui menino, fui homem,
                          Só me falta ser mulher.
                          Valha-me Nossa Senhora (...)

A COMPADECIDA – Não, João, por que eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. (...)

PADRE (ajoelhando-se) – Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus.

JOÃO GRILO – Antes de respondermos, lembrem-se de dizer, em vez de “agora e na hora de nossa morte”, “agora na hora de nossa morte”, porque do jeito que nós estamos, está tudo misturado.

TODOS – Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora na hora de nossa morte. Amém.

Ariano Suassuna. Auto da Compadecida.
26 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1993 (com adaptações)

Em relação à linguagem, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, que apresenta um trecho da obra dramatúrgica Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, julgue os seguintes itens. 


Na primeira fala de João Grilo, identifica-se a figura de linguagem denominada metonímia no verso “Já fui barco, fui navio”, por meio da qual o eu lírico estabelece, em relação ao verso “Já fui menino, fui homem”, correspondência entre “barco” e “menino” e “navio” e “homem”.

Alternativas
Q3147769 Português
JOÃO GRILO – Já fui barco, fui navio,
                           Mas hoje sou escaler.
                          Já fui menino, fui homem,
                          Só me falta ser mulher.
                          Valha-me Nossa Senhora (...)

A COMPADECIDA – Não, João, por que eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. (...)

PADRE (ajoelhando-se) – Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus.

JOÃO GRILO – Antes de respondermos, lembrem-se de dizer, em vez de “agora e na hora de nossa morte”, “agora na hora de nossa morte”, porque do jeito que nós estamos, está tudo misturado.

TODOS – Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora na hora de nossa morte. Amém.

Ariano Suassuna. Auto da Compadecida.
26 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1993 (com adaptações)

Em relação à linguagem, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, que apresenta um trecho da obra dramatúrgica Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, julgue os seguintes itens. 


Na última fala do texto, o segmento “mãe de Deus” desempenha a função sintática de aposto.

Alternativas
Q3147768 Português
JOÃO GRILO – Já fui barco, fui navio,
                           Mas hoje sou escaler.
                          Já fui menino, fui homem,
                          Só me falta ser mulher.
                          Valha-me Nossa Senhora (...)

A COMPADECIDA – Não, João, por que eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. (...)

PADRE (ajoelhando-se) – Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus.

JOÃO GRILO – Antes de respondermos, lembrem-se de dizer, em vez de “agora e na hora de nossa morte”, “agora na hora de nossa morte”, porque do jeito que nós estamos, está tudo misturado.

TODOS – Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora na hora de nossa morte. Amém.

Ariano Suassuna. Auto da Compadecida.
26 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1993 (com adaptações)
Em relação à linguagem, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, que apresenta um trecho da obra dramatúrgica Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, julgue os seguintes itens. 
Na segunda fala de João Grilo, o emprego da conjunção ‘e’ no trecho ‘agora e na hora de nossa morte’ indica a existência de dois momentos distintos, que se transformam, na proposta apresentada pelo personagem, sob o argumento de que “está tudo misturado”, em um único momento específico.
Alternativas
Q3147764 Português
Texto 19A1

        Em uma teoria da compreensão de texto, o primeiro aspecto importante é a noção de língua que se adota. Alguns manuais escolares concebem a língua simplesmente como um código ou um sistema de sinais autônomo, totalmente transparente, sem história, e fora da realidade social dos falantes. Mas a língua é muito mais do que um sistema de estruturas fonológicas, sintáticas e lexicais. A rigor, a língua não é sequer uma estrutura; ela é estruturada simultaneamente em vários planos, seja o fonológico, sintático, semântico e cognitivo no processo de enunciação. A língua é um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes: ela se manifesta no uso e é sensível ao uso.

         Portanto, a língua é uma atividade constitutiva com a qual podemos construir sentidos; é uma forma cognitiva com a qual podemos expressar nossos sentimentos, ideias, ações e representar o mundo; é uma forma de ação pela qual podemos interagir com nossos semelhantes. Em consequência, a língua se manifesta nos processos discursivos, no nível da enunciação, concretizando-se nos usos textuais mais diversos. É importante não confundir a língua com o discurso.

        Nessa perspectiva, a língua é mais do que um simples instrumento de comunicação; mais do que um código ou uma estrutura. Enquanto atividade, ela é indeterminada sob o ponto de vista semântico e sintático. Por isso, as significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos pelas estruturas linguísticas. A língua é opaca, não é totalmente transparente, podendo ser ambígua, polissêmica, de modo que os textos podem ter mais de um sentido, e o equívoco nas atividades discursivas é um fato comum.

         Na realidade, um texto bem-sucedido é aquele que consegue dizer o suficiente para ser bem-entendido, supondo apenas aquilo que é possível esperar como sabido pelo ouvinte ou leitor. É interessante notar que, se o autor ou falante de um texto diz uma parte e supõe outra parte como de responsabilidade do leitor ou ouvinte, então a atividade de produção de sentidos (ou de compreensão de texto) é sempre uma atividade de coautoria. Isto quer dizer que os sentidos são parcialmente produzidos pelo texto e parcialmente completados pelo leitor.

         Ao lado da noção de língua, é necessário ter uma noção de texto. A escola trata o texto como um produto acabado e que funciona como uma cesta natalina, de onde a gente tira coisas. O texto não é um produto nem um simples artefato pronto; ele é um processo. Assim, não sendo um produto acabado, objetivo, como uma espécie de depósito de informações, mas sendo um processo, o texto se acha em permanente elaboração e reelaboração ao longo de sua história e ao longo das diversas recepções pelos diversos leitores. Em suma, texto é uma proposta de sentido e ele se acha aberto a várias alternativas de compreensão.

Luiz Antônio Marcuschi. Exercícios de compreensão ou copiação nos manuais de ensino de língua?
Em Aberto, Brasília, ano 16, n.º 69, jan.-mar./1996 (com adaptações).

Julgue o seguinte item, relativo a processos de formação de palavras empregadas no texto 19A1.


As palavras “cultural” e “histórico” são formadas por processo de derivação.

Alternativas
Q3147760 Português
Texto 19A1

        Em uma teoria da compreensão de texto, o primeiro aspecto importante é a noção de língua que se adota. Alguns manuais escolares concebem a língua simplesmente como um código ou um sistema de sinais autônomo, totalmente transparente, sem história, e fora da realidade social dos falantes. Mas a língua é muito mais do que um sistema de estruturas fonológicas, sintáticas e lexicais. A rigor, a língua não é sequer uma estrutura; ela é estruturada simultaneamente em vários planos, seja o fonológico, sintático, semântico e cognitivo no processo de enunciação. A língua é um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes: ela se manifesta no uso e é sensível ao uso.

         Portanto, a língua é uma atividade constitutiva com a qual podemos construir sentidos; é uma forma cognitiva com a qual podemos expressar nossos sentimentos, ideias, ações e representar o mundo; é uma forma de ação pela qual podemos interagir com nossos semelhantes. Em consequência, a língua se manifesta nos processos discursivos, no nível da enunciação, concretizando-se nos usos textuais mais diversos. É importante não confundir a língua com o discurso.

        Nessa perspectiva, a língua é mais do que um simples instrumento de comunicação; mais do que um código ou uma estrutura. Enquanto atividade, ela é indeterminada sob o ponto de vista semântico e sintático. Por isso, as significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos pelas estruturas linguísticas. A língua é opaca, não é totalmente transparente, podendo ser ambígua, polissêmica, de modo que os textos podem ter mais de um sentido, e o equívoco nas atividades discursivas é um fato comum.

         Na realidade, um texto bem-sucedido é aquele que consegue dizer o suficiente para ser bem-entendido, supondo apenas aquilo que é possível esperar como sabido pelo ouvinte ou leitor. É interessante notar que, se o autor ou falante de um texto diz uma parte e supõe outra parte como de responsabilidade do leitor ou ouvinte, então a atividade de produção de sentidos (ou de compreensão de texto) é sempre uma atividade de coautoria. Isto quer dizer que os sentidos são parcialmente produzidos pelo texto e parcialmente completados pelo leitor.

         Ao lado da noção de língua, é necessário ter uma noção de texto. A escola trata o texto como um produto acabado e que funciona como uma cesta natalina, de onde a gente tira coisas. O texto não é um produto nem um simples artefato pronto; ele é um processo. Assim, não sendo um produto acabado, objetivo, como uma espécie de depósito de informações, mas sendo um processo, o texto se acha em permanente elaboração e reelaboração ao longo de sua história e ao longo das diversas recepções pelos diversos leitores. Em suma, texto é uma proposta de sentido e ele se acha aberto a várias alternativas de compreensão.

Luiz Antônio Marcuschi. Exercícios de compreensão ou copiação nos manuais de ensino de língua?
Em Aberto, Brasília, ano 16, n.º 69, jan.-mar./1996 (com adaptações).

Julgue o item a seguir, em relação à separação silábica, à translineação e à acentuação tônica e gráfica de vocábulos empregados no texto 19A1.


Os vocábulos “semântico”, “sintático” e “linguísticas” são acentuados graficamente de acordo com a regra de acentuação gráfica das palavras proparoxítonas.

Alternativas
Q3147756 Português
Texto 19A1

        Em uma teoria da compreensão de texto, o primeiro aspecto importante é a noção de língua que se adota. Alguns manuais escolares concebem a língua simplesmente como um código ou um sistema de sinais autônomo, totalmente transparente, sem história, e fora da realidade social dos falantes. Mas a língua é muito mais do que um sistema de estruturas fonológicas, sintáticas e lexicais. A rigor, a língua não é sequer uma estrutura; ela é estruturada simultaneamente em vários planos, seja o fonológico, sintático, semântico e cognitivo no processo de enunciação. A língua é um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes: ela se manifesta no uso e é sensível ao uso.

         Portanto, a língua é uma atividade constitutiva com a qual podemos construir sentidos; é uma forma cognitiva com a qual podemos expressar nossos sentimentos, ideias, ações e representar o mundo; é uma forma de ação pela qual podemos interagir com nossos semelhantes. Em consequência, a língua se manifesta nos processos discursivos, no nível da enunciação, concretizando-se nos usos textuais mais diversos. É importante não confundir a língua com o discurso.

        Nessa perspectiva, a língua é mais do que um simples instrumento de comunicação; mais do que um código ou uma estrutura. Enquanto atividade, ela é indeterminada sob o ponto de vista semântico e sintático. Por isso, as significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos pelas estruturas linguísticas. A língua é opaca, não é totalmente transparente, podendo ser ambígua, polissêmica, de modo que os textos podem ter mais de um sentido, e o equívoco nas atividades discursivas é um fato comum.

         Na realidade, um texto bem-sucedido é aquele que consegue dizer o suficiente para ser bem-entendido, supondo apenas aquilo que é possível esperar como sabido pelo ouvinte ou leitor. É interessante notar que, se o autor ou falante de um texto diz uma parte e supõe outra parte como de responsabilidade do leitor ou ouvinte, então a atividade de produção de sentidos (ou de compreensão de texto) é sempre uma atividade de coautoria. Isto quer dizer que os sentidos são parcialmente produzidos pelo texto e parcialmente completados pelo leitor.

         Ao lado da noção de língua, é necessário ter uma noção de texto. A escola trata o texto como um produto acabado e que funciona como uma cesta natalina, de onde a gente tira coisas. O texto não é um produto nem um simples artefato pronto; ele é um processo. Assim, não sendo um produto acabado, objetivo, como uma espécie de depósito de informações, mas sendo um processo, o texto se acha em permanente elaboração e reelaboração ao longo de sua história e ao longo das diversas recepções pelos diversos leitores. Em suma, texto é uma proposta de sentido e ele se acha aberto a várias alternativas de compreensão.

Luiz Antônio Marcuschi. Exercícios de compreensão ou copiação nos manuais de ensino de língua?
Em Aberto, Brasília, ano 16, n.º 69, jan.-mar./1996 (com adaptações).

No que se refere à pontuação e ortografia no texto 19A1, bem como a aspectos fonológicos de vocábulos nele empregados, julgue o item que se segue.


No segundo período do quarto parágrafo, a substituição dos parênteses por travessões prejudicaria a correção gramatical do texto.  

Alternativas
Q3147753 Português
Texto 19A1

        Em uma teoria da compreensão de texto, o primeiro aspecto importante é a noção de língua que se adota. Alguns manuais escolares concebem a língua simplesmente como um código ou um sistema de sinais autônomo, totalmente transparente, sem história, e fora da realidade social dos falantes. Mas a língua é muito mais do que um sistema de estruturas fonológicas, sintáticas e lexicais. A rigor, a língua não é sequer uma estrutura; ela é estruturada simultaneamente em vários planos, seja o fonológico, sintático, semântico e cognitivo no processo de enunciação. A língua é um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes: ela se manifesta no uso e é sensível ao uso.

         Portanto, a língua é uma atividade constitutiva com a qual podemos construir sentidos; é uma forma cognitiva com a qual podemos expressar nossos sentimentos, ideias, ações e representar o mundo; é uma forma de ação pela qual podemos interagir com nossos semelhantes. Em consequência, a língua se manifesta nos processos discursivos, no nível da enunciação, concretizando-se nos usos textuais mais diversos. É importante não confundir a língua com o discurso.

        Nessa perspectiva, a língua é mais do que um simples instrumento de comunicação; mais do que um código ou uma estrutura. Enquanto atividade, ela é indeterminada sob o ponto de vista semântico e sintático. Por isso, as significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos pelas estruturas linguísticas. A língua é opaca, não é totalmente transparente, podendo ser ambígua, polissêmica, de modo que os textos podem ter mais de um sentido, e o equívoco nas atividades discursivas é um fato comum.

         Na realidade, um texto bem-sucedido é aquele que consegue dizer o suficiente para ser bem-entendido, supondo apenas aquilo que é possível esperar como sabido pelo ouvinte ou leitor. É interessante notar que, se o autor ou falante de um texto diz uma parte e supõe outra parte como de responsabilidade do leitor ou ouvinte, então a atividade de produção de sentidos (ou de compreensão de texto) é sempre uma atividade de coautoria. Isto quer dizer que os sentidos são parcialmente produzidos pelo texto e parcialmente completados pelo leitor.

         Ao lado da noção de língua, é necessário ter uma noção de texto. A escola trata o texto como um produto acabado e que funciona como uma cesta natalina, de onde a gente tira coisas. O texto não é um produto nem um simples artefato pronto; ele é um processo. Assim, não sendo um produto acabado, objetivo, como uma espécie de depósito de informações, mas sendo um processo, o texto se acha em permanente elaboração e reelaboração ao longo de sua história e ao longo das diversas recepções pelos diversos leitores. Em suma, texto é uma proposta de sentido e ele se acha aberto a várias alternativas de compreensão.

Luiz Antônio Marcuschi. Exercícios de compreensão ou copiação nos manuais de ensino de língua?
Em Aberto, Brasília, ano 16, n.º 69, jan.-mar./1996 (com adaptações).

No que se refere à pontuação e ortografia no texto 19A1, bem como a aspectos fonológicos de vocábulos nele empregados, julgue o item que se segue.


Identificam-se no vocábulo “lexicais” oito letras e oito fonemas.

Alternativas
Q3147712 Pedagogia

Considerando as estratégias didáticas para o ensino de leitura, as metodologias de ensino da língua portuguesa e os conceitos de semiótica, multiletramento e multimodalidade, julgue o item que se segue. 


A aula expositiva e a sala de aula invertida são metodologias tradicionais de ensino de língua portuguesa, e nelas o professor é considerado detentor do conhecimento, e a ênfase do aprendizado está no domínio da norma-padrão.

Alternativas
Q3147711 Pedagogia

Considerando as estratégias didáticas para o ensino de leitura, as metodologias de ensino da língua portuguesa e os conceitos de semiótica, multiletramento e multimodalidade, julgue o item que se segue. 


Estratégias metacognitivas no ensino de português pressupõem a capacidade do educando de monitorar seus próprios processos cognitivos e incluem, por exemplo, práticas que estimulem a reflexão sobre o processo de aprendizagem.

Alternativas
Q3147710 Pedagogia

Considerando as estratégias didáticas para o ensino de leitura, as metodologias de ensino da língua portuguesa e os conceitos de semiótica, multiletramento e multimodalidade, julgue o item que se segue. 


Metodologias ativas de aprendizagem em língua portuguesa visam à promoção do protagonismo estudantil, sendo o docente concebido, nessa perspectiva, como mediador no processo de ensino-aprendizagem.

Alternativas
Q3147709 Pedagogia

Considerando as estratégias didáticas para o ensino de leitura, as metodologias de ensino da língua portuguesa e os conceitos de semiótica, multiletramento e multimodalidade, julgue o item que se segue. 


Práticas de multiletramento estão radicadas na ideia de que há textos compostos por diferentes linguagens, como visuais, sonoras e verbais, e implicam o reconhecimento da diversidade cultural e da existência de múltiplas dimensões de leitura e produção de textos. 

Alternativas
Q3147708 Pedagogia

Considerando as estratégias didáticas para o ensino de leitura, as metodologias de ensino da língua portuguesa e os conceitos de semiótica, multiletramento e multimodalidade, julgue o item que se segue. 


Uma estratégia capaz de auxiliar o leitor a compreender um texto é a definição de objetivos claros para a leitura, os quais são determinados, em parte, pelas características do gênero do texto a ser lido. 

Alternativas
Q3147707 Pedagogia

Considerando as estratégias didáticas para o ensino de leitura, as metodologias de ensino da língua portuguesa e os conceitos de semiótica, multiletramento e multimodalidade, julgue o item que se segue. 


No ensino de leitura, o conhecimento prévio do leitor — tanto linguístico como de mundo — é indispensável à compreensão de um texto.

Alternativas
Q3147706 Pedagogia

Considerando as estratégias didáticas para o ensino de leitura, as metodologias de ensino da língua portuguesa e os conceitos de semiótica, multiletramento e multimodalidade, julgue o item que se segue. 


Entre as estratégias que favorecem o ensino da compreensão de textos, inclui-se o uso de infográfico, gênero multimodal que favorece o desenvolvimento do letramento multissemiótico.

Alternativas
Q3147705 Pedagogia

Acerca do disposto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino fundamental para o componente de língua portuguesa, julgue o próximo item.


No campo de atuação da vida pública, o aluno deve ser levado a reconhecer o texto como lugar de negociação de sentidos, valores e ideologias, a fim de identificar diferentes pontos de vista e silenciar discursos que veiculem concepções conservadoras de linguagem.

Alternativas
Q3147704 Pedagogia

Acerca do disposto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino fundamental para o componente de língua portuguesa, julgue o próximo item.


Nos anos finais do ensino fundamental, as práticas de linguagem devem centrar-se na preparação do educando para o mercado de trabalho, com vistas à sua capacitação para atendimento a demandas corporativas. 

Alternativas
Q3147703 Pedagogia

Acerca do disposto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino fundamental para o componente de língua portuguesa, julgue o próximo item.


Estaria em conformidade com os pressupostos da BNCC um plano de aula sobre conjugação verbal que se iniciasse com o estudo de verbos regulares no português, como apreciar, para somente depois abordar verbos irregulares, como saber.

Alternativas
Respostas
741: E
742: E
743: E
744: E
745: C
746: C
747: C
748: C
749: E
750: E
751: E
752: C
753: C
754: C
755: C
756: C
757: C
758: E
759: E
760: C