Questões de Concurso Para prefeitura de são luís - ma

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Q837111 Literatura

Texto 10A2BBB


                 Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,

                 fui honrado pastor da tua aldeia;

                 vestia finas lãs e tinha sempre

                 a minha choça do preciso cheia.

                 Tiraram-me o casal e o manso gado,

                 nem tenho a que me encoste um só cajado.


                  Para ter que te dar, é que eu queria

                  de mor rebanho ainda ser o dono;

                  prezava o teu semblante, os teus cabelos

                  ainda muito mais que um grande trono.

                  Agora que te oferte já não vejo,

                  além de um puro amor, de um são desejo.


                  Se o rio levantado me causava,

                   levando a sementeira, prejuízo,

                   eu alegre ficava, apenas via

                   na tua breve boca um ar de riso.

                   Tudo agora perdi; nem tenho o gosto

                    de ver-te ao menos compassivo o rosto.

Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. In: A. Candido e A. Castello. Presença da literatura brasileira. Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difel, 1976, p. 165-6.

As liras de Marília de Dirceu, de que as estrofes do texto 10A2BBB fazem parte, são exemplos da perspectiva pré-romântica da poesia árcade brasileira. Nesse sentido, o lirismo amoroso de Tomás Antônio Gonzaga se mostra mais distante da formalidade árcade e mais próximo da espontaneidade romântica, embora ainda conserve elementos próprios do Arcadismo, como a
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Q837110 Português

Texto 10A2BBB


                 Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,

                 fui honrado pastor da tua aldeia;

                 vestia finas lãs e tinha sempre

                 a minha choça do preciso cheia.

                 Tiraram-me o casal e o manso gado,

                 nem tenho a que me encoste um só cajado.


                  Para ter que te dar, é que eu queria

                  de mor rebanho ainda ser o dono;

                  prezava o teu semblante, os teus cabelos

                  ainda muito mais que um grande trono.

                  Agora que te oferte já não vejo,

                  além de um puro amor, de um são desejo.


                  Se o rio levantado me causava,

                   levando a sementeira, prejuízo,

                   eu alegre ficava, apenas via

                   na tua breve boca um ar de riso.

                   Tudo agora perdi; nem tenho o gosto

                    de ver-te ao menos compassivo o rosto.

Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. In: A. Candido e A. Castello. Presença da literatura brasileira. Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difel, 1976, p. 165-6.

As três estrofes que compõem o texto 10A2BBB são construídas a partir de uma mesma estrutura: seis versos, dos quais os quatro primeiros apresentam uma situação que é completamente invertida nos dois versos finais de cada estrofe. O elemento literário que demarca os dois momentos contrapostos da vida do eu lírico é
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Q837109 Literatura

Texto 10A2BBB


                 Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,

                 fui honrado pastor da tua aldeia;

                 vestia finas lãs e tinha sempre

                 a minha choça do preciso cheia.

                 Tiraram-me o casal e o manso gado,

                 nem tenho a que me encoste um só cajado.


                  Para ter que te dar, é que eu queria

                  de mor rebanho ainda ser o dono;

                  prezava o teu semblante, os teus cabelos

                  ainda muito mais que um grande trono.

                  Agora que te oferte já não vejo,

                  além de um puro amor, de um são desejo.


                  Se o rio levantado me causava,

                   levando a sementeira, prejuízo,

                   eu alegre ficava, apenas via

                   na tua breve boca um ar de riso.

                   Tudo agora perdi; nem tenho o gosto

                    de ver-te ao menos compassivo o rosto.

Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. In: A. Candido e A. Castello. Presença da literatura brasileira. Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difel, 1976, p. 165-6.

A principal característica árcade presente nas estrofes do texto 10A2BBB é
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Q837108 Português

Sem dúvida foram as teses ilustradas que clandestinamente entraram a formar a bagagem ideológica dos nossos árcades e lhes deram mais de um traço constante: o gosto da clareza e da simplicidade graças ao qual puderam superar a pesada maquinaria cultista; os mitos do homem natural, do bom selvagem, do herói pacífico; enfim, certo mordente satírico em relação aos abusos dos tiranetes, dos juízes venais, do clero fanático, mordente a que se limitou, de resto, a consciência libertária dos intelectuais da Conjuração Mineira. A análise a que a historiografia mais recente tem submetido o conteúdo ideológico da Inconfidência é, nesse ponto, inequívoca: zelosos de manter o fundamento jurídico da propriedade (que a Revolução Francesa, na sua linha central, iria ratificar), os dissidentes de Vila Rica apenas se propunham evitar a sangria que nas finanças mineiras, já em crise, operaria a cobrança de impostos sobre o ouro (a derrama).

Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1997, p. 66-7 (com adaptações).


De acordo com o texto precedente, as relações entre o Arcadismo e a Inconfidência Mineira se limitaram aos interesses das elites locais, sem ter havido reivindicação de mudanças profundas na estrutura da sociedade brasileira. Essa perspectiva dos árcades brasileiros se expressou esteticamente pela

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Q837107 Literatura

Texto 10A2AAA

       Na obra satírica de Gregório de Matos, não há o ânimo documentário ou a transfiguração hiperbólica, mas o flagrante expressivo até a caricatura, o ataque se elevando a denúncia, a ironia alegre ombreando com a revolta amarga, em contraste com a transfiguração eufórica de outros autores do tempo, em relação aos quais a sua poesia satírica aparece como contracorrente desmistificadora. Ele desdenha as aparências do mundo e desvenda a sua iniquidade, com um pessimismo realista que não hesita em entrar pela obscenidade e a crueza da vida do sexo. Poucos foram tão fundo nos aspectos considerados baixos, que ele trata com uma espécie de ímpeto justiceiro, que forra de inesperado moralismo as suas diatribes. Através da sua obra de rebelde apaixonado, transparece a irregularidade do mundo brasileiro de então, com uma sociedade em que o branco brutalizava o índio e o negro, as autoridades prevaricavam, os clérigos pecavam a valer e a virtude parecia às vezes uma farsa difícil de representar.

Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira: resumo para principiantes.

São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1999, p. 24-5 (com adaptações)

A poesia satírica de Gregório de Matos, conforme se pode deduzir do texto 10A2AAA, se constituiu de elementos barrocos, como a antítese, presente no modo com que o poeta apreendia a realidade — com “ironia alegre” e “revolta amarga”. Considerando-se que esse ponto de vista antitético foi a grande contribuição da literatura barroca para a sociedade da época, é correto afirmar que, ao desvendar a irregularidade do mundo por meio dos violentos contrastes da linguagem, a sátira de Gregório de Matos
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Q837106 Português

Texto 10A2AAA

       Na obra satírica de Gregório de Matos, não há o ânimo documentário ou a transfiguração hiperbólica, mas o flagrante expressivo até a caricatura, o ataque se elevando a denúncia, a ironia alegre ombreando com a revolta amarga, em contraste com a transfiguração eufórica de outros autores do tempo, em relação aos quais a sua poesia satírica aparece como contracorrente desmistificadora. Ele desdenha as aparências do mundo e desvenda a sua iniquidade, com um pessimismo realista que não hesita em entrar pela obscenidade e a crueza da vida do sexo. Poucos foram tão fundo nos aspectos considerados baixos, que ele trata com uma espécie de ímpeto justiceiro, que forra de inesperado moralismo as suas diatribes. Através da sua obra de rebelde apaixonado, transparece a irregularidade do mundo brasileiro de então, com uma sociedade em que o branco brutalizava o índio e o negro, as autoridades prevaricavam, os clérigos pecavam a valer e a virtude parecia às vezes uma farsa difícil de representar.

Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira: resumo para principiantes.

São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1999, p. 24-5 (com adaptações)

A partir do texto 10A2AAA, é correto afirmar que a representação dos tipos sociais do Brasil do século XVII na sátira de Gregório de Matos revela
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Q837105 Português

Texto 10A2AAA

       Na obra satírica de Gregório de Matos, não há o ânimo documentário ou a transfiguração hiperbólica, mas o flagrante expressivo até a caricatura, o ataque se elevando a denúncia, a ironia alegre ombreando com a revolta amarga, em contraste com a transfiguração eufórica de outros autores do tempo, em relação aos quais a sua poesia satírica aparece como contracorrente desmistificadora. Ele desdenha as aparências do mundo e desvenda a sua iniquidade, com um pessimismo realista que não hesita em entrar pela obscenidade e a crueza da vida do sexo. Poucos foram tão fundo nos aspectos considerados baixos, que ele trata com uma espécie de ímpeto justiceiro, que forra de inesperado moralismo as suas diatribes. Através da sua obra de rebelde apaixonado, transparece a irregularidade do mundo brasileiro de então, com uma sociedade em que o branco brutalizava o índio e o negro, as autoridades prevaricavam, os clérigos pecavam a valer e a virtude parecia às vezes uma farsa difícil de representar.

Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira: resumo para principiantes.

São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1999, p. 24-5 (com adaptações)

De acordo com o texto 10A2AAA, a poesia satírica de Gregório de Matos, no que diz respeito à representação da realidade brasileira do século XVII, se diferencia da produção poética de seus contemporâneos barrocos porque
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Q837104 Português
No texto 10A1CCC, as expressões “neste tão doce retiro” (v.10) e “nesta palhoça” (v.13) exercem, respectivamente, as funções sintáticas de
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Q837103 Português
No verso 6 do texto 10A1CCC, o vocábulo “porque” introduz uma oração
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Q837102 Português

Texto 10A1BBB


                               Canção do exílio


                         Minha terra tem palmeiras,

                         Onde canta o Sabiá;

                         As aves, que aqui gorjeiam,

                         Não gorjeiam como lá.

                         Nosso céu tem mais estrelas,

                         Nossas várzeas têm mais flores,

                         Nossos bosques têm mais vida,

                         Nossa vida mais amores.


                          Em cismar, sozinho, à noite,

                          Mais prazer encontro eu lá;

                          Minha terra tem palmeiras,

                          Onde canta o Sabiá.


                          Minha terra tem primores,

                          Que tais não encontro eu cá;

                          Em cismar, sozinho, à noite,

                          Mais prazer encontro eu lá;

                          Minha terra tem palmeiras,

                          Onde canta o Sabiá.


                          Não permita Deus que eu morra,

                          Sem que volte para lá;

                          Sem que desfrute os primores

                          Que não encontro por cá;

                          Sem qu’inda aviste as palmeiras,

                          Onde canta o Sabiá.

Gonçalves Dias. Poesia. Coleção “Nossos Clássicos”. São Paulo, Agir, 1969

Na terceira estrofe do texto 10A1BBB, os vocábulos “cá” e “lá” são elementos
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Q837101 Português

Texto 10A1BBB


                               Canção do exílio


                         Minha terra tem palmeiras,

                         Onde canta o Sabiá;

                         As aves, que aqui gorjeiam,

                         Não gorjeiam como lá.

                         Nosso céu tem mais estrelas,

                         Nossas várzeas têm mais flores,

                         Nossos bosques têm mais vida,

                         Nossa vida mais amores.


                          Em cismar, sozinho, à noite,

                          Mais prazer encontro eu lá;

                          Minha terra tem palmeiras,

                          Onde canta o Sabiá.


                          Minha terra tem primores,

                          Que tais não encontro eu cá;

                          Em cismar, sozinho, à noite,

                          Mais prazer encontro eu lá;

                          Minha terra tem palmeiras,

                          Onde canta o Sabiá.


                          Não permita Deus que eu morra,

                          Sem que volte para lá;

                          Sem que desfrute os primores

                          Que não encontro por cá;

                          Sem qu’inda aviste as palmeiras,

                          Onde canta o Sabiá.

Gonçalves Dias. Poesia. Coleção “Nossos Clássicos”. São Paulo, Agir, 1969

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Assinale a opção correta quanto ao confronto entre os textos 10A1AAA e 10A1BBB.

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Q837100 Português
Conclui-se do emprego da forma verbal “campeava”, no trecho do texto 10A1AAA “Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo” (l. 8 a 10), que
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Q837099 Português
No texto 10A1AAA, o autor utiliza como recurso estilístico na descrição da personagem Iracema a
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Q837098 Português
Infere-se dos sentidos do texto 10A1AAA que o termo “uru” (l.15) tem o mesmo significado de
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Q837097 Pedagogia
De acordo com as definições contidas nos PCN do ensino médio para a língua portuguesa, quanto aos padrões de fala e escrita a serem adotados no ensino-aprendizagem, espera-se que o aluno
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Q837096 Pedagogia
Conforme os PCN do ensino médio, no âmbito escolar, o professor de língua portuguesa deve
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Q837095 Pedagogia
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do ensino médio, ao final da educação básica, o estudante deve estar apto a
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Q837094 Nutrição

Considere os seguintes nutrientes.


I Compõe alimentos cuja principal função é fornecer a energia para as células do corpo, principalmente do cérebro.

II Ajuda na absorção das vitaminas A, D, E e K.

III Auxilia no funcionamento do intestino.


Os nutrientes I, II e III correspondem, respectivamente, a

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Q837093 Nutrição
A doença comumente causada pela ingestão de produtos alimentícios em conserva contendo toxinas produzidas por bactérias do gênero Clostridium é conhecida como
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Q837092 Nutrição
Tendo em vista que os resultados dos testes de aceitação de um alimento contribuem para o planejamento do serviço prestado pela escola no fornecimento da alimentação escolar e também para se evitar o desperdício de recursos públicos na compra de gêneros alimentícios, assinale a opção correta.
Alternativas
Respostas
901: D
902: E
903: B
904: B
905: C
906: E
907: A
908: E
909: B
910: D
911: B
912: E
913: A
914: C
915: D
916: C
917: C
918: D
919: E
920: E