Questões de Concurso Para prefeitura de lucas do rio verde - mt

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Q2484616 Matemática
Há quatro prateleiras em uma estante, e foram colocados oito livros em cada prateleira. A quantidade de livros que foram colocados nessas prateleiras pode ser representada pela seguinte potência:
Alternativas
Q2484615 Matemática
A tabela a seguir mostra a quantidade de salgadinhos e docinhos consumidos em quatro festas:



Imagem associada para resolução da questão


Nessas quatro festas, foram consumidos x docinhos a mais do que salgadinhos. O valor de x é: 
Alternativas
Q2484614 Matemática
Em uma vitrine, serão colocadas, uma ao lado da outra, duas tortas para exposição. A pessoa responsável pela arrumação tem disponíveis quatro tortas de sabores diferentes: abacaxi; banana; chocolate e morango. Veja a seguir algumas arrumações possíveis:


Imagem associada para resolução da questão



Observando que a ordem dos sabores implica exposições diferentes, o número máximo de maneiras distintas de arrumar as duas tortas é igual a:
Alternativas
Q2484613 Matemática
A imagem a seguir representa a superfície plana da tampa de uma embalagem de papelão:


Imagem associada para resolução da questão


Traçando-se as diagonais desse quadrado, essa superfície ficou dividida em quatro triângulos iguais. A medida, em graus, do menor ângulo interno de cada um desses triângulos é:
Alternativas
Q2484612 Matemática
Em uma caixa, foram colocados somente bombons e balas, sendo a quantidade de bombons correspondente a 5/9 da quantidade de balas. Contudo, se forem colocados mais 12 bombons na caixa, a quantidade de bombons ficará igual à quantidade de balas. Logo, a quantidade total de bombons e balas na caixa é um número compreendido entre:
Alternativas
Q2484611 Matemática
Uma loja atendeu, das 9h às 18h de um mesmo dia, 351 clientes. No período considerado, essa loja atendeu, em média, o seguinte número de clientes por hora:
Alternativas
Q2484610 Matemática
Uma padaria produz três tipos de doces, A, B e C. Ao final de um dia, a partir da quantidade de doces vendidas de cada tipo, o gerente da padaria construiu o gráfico de setores a seguir.

Sobre essa situação, é possível afirmar corretamente que:


Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q2484609 Matemática
Um bolo assou por 35 minutos em um forno elétrico. Esse tempo corresponde à seguinte fração de uma hora:
Alternativas
Q2484608 Matemática
Carlos pretende comprar um forno elétrico. Para tanto, economizou 84 reais por mês durante 12 meses, conseguindo juntar um total correspondente a 7/10 do preço do forno. O valor, em reais, do preço do forno corresponde a:
Alternativas
Q2484607 Matemática
Para uma receita de pão, é preciso usar 500 g de farinha e 200 g de fermento. Logo, mantendo-se as proporções, ao se usar 15 kg de farinha para aumentar a receita, seria necessário, em kg, a seguinte quantidade de fermento:
Alternativas
Q2484606 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

As amizades duradouras, no texto, são representadas pela:
Alternativas
Q2484605 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

No decorrer da narrativa, o autor utiliza o diminutivo para descrever alguns objetos presentes na mudança. Esse recurso linguístico, no texto, transmite uma ideia de:
Alternativas
Q2484604 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

O texto utiliza o recurso temporal na construção dos acontecimentos da narrativa. A frase corretamente classificada quanto ao tempo é:
Alternativas
Q2484603 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

No último parágrafo do texto, o termo “cioso” é utilizado para demonstrar que o narrador possui:
Alternativas
Q2484602 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

Em “Velha também, mas confortável como as amizades duradouras”, o termo destacado tem o mesmo sentido da palavra:
Alternativas
Q2484601 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

Observe o trecho: “... no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal”. A palavra destacada tem como sinônimo:
Alternativas
Q2484600 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

A partir da descrição da mesa, o narrador estabelece uma relação de similaridade entre o objeto e seu pai. Essa relação é denominada:
Alternativas
Q2484599 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

Na progressão do desenvolvimento da narrativa, o segundo parágrafo do texto tem a função de:
Alternativas
Q2484598 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

O trecho destacado em “O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar” (1º parágrafo) apresenta uma relação de:
Alternativas
Q2484597 Português

Texto I


      São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar. Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.


     A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as de tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.


     Esta cadeira foi presente de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde a infância: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras. Mandei reformá-la, e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.


        — Mais alguma coisa? — pergunta o homem que faz o carreto.

 

        — Mais nada — respondo, um pouco humilhado.


        E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão. Vou atrás, cioso das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. 



Adaptado de https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15843/burro-sem-rabo

O sentido de inclusão está explicitamente manifestado no trecho:
Alternativas
Respostas
41: D
42: B
43: B
44: C
45: C
46: B
47: D
48: A
49: A
50: B
51: C
52: A
53: B
54: A
55: D
56: C
57: A
58: B
59: B
60: A