Questões de Concurso Para prefeitura de manhuaçu - mg

“Esse processo se dá com grandes distorções pois as áreas beneficiadas são aquelas com melhor condição para incorporar novas tecnologias. No plano do espaço mundial os países centrais são aqueles que nessa nova _____________________ estão mais equipados, o que aprofunda a desigualdade do processo no espaço mundial, hierarquizando-o. O Estado produz o espaço regulador e ordenador que tende a estabelecer-se no seio do mundial reproduzindo a oposição centro-periferia que se estende das grandes capitais e cidades mundiais até as regiões dos países em desenvolvimento.”
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O Lugar no/do Mundo. São Paulo: FFLCH, 2007. p. 28.
No trecho anterior, a autora aponta a existência de uma dominação de determinadas áreas, de forma a existir certo controle sobre as periferias, o que as torna dependentes das estratégias globais do estado.
Nesse sentido, assinale o conceito que preenche corretamente a lacuna do trecho anterior. 

De acordo com o IBGE Cidades, Manhuaçu possui uma “população exposta ao risco” de 29.706 pessoas, cerca de 32% de sua população total. Esse conceito se refere aos residentes em área de risco a inundações, enxurradas e deslizamentos, contabilizada para os municípios considerados críticos a desastres naturais no Brasil e monitorados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais.
Aspectos e saberes da geografia local em prol da formação do educando devem ser imprescindíveis e estão previstos na BNCC para o Ensino Fundamental em Geografia.
Trata-se de uma habilidade correlacionada aos temas ocupação e desastres naturais: 

Durante uma aula sobre hidrografia e recursos hídricos, o docente apresentou aos alunos a figura a seguir.



VENTURI, 2011, p. 73 (adaptado).
Trata-se de um perfil longitudinal de um córrego, sendo possível observar o comportamento do curso d’água desde a nascente até a foz.
Foi solicitado que os alunos analisassem o perfil e apontassem em quais trechos poderiam ser desenvolvidas atividades relacionadas à produção energética (hidrelétrica) e navegação, respectivamente.
A resposta que os estudantes deveriam ter dado é:

O ensino das formas de relevo em Geomorfologia demanda, além de conhecimentos específicos, o uso de estratégias que facilitem esse processo. Os croquis são ferramentas importantes para auxiliar na interpretação da paisagem a partir de seus elementos físicos. A imagem a seguir foi apresentada em sala de aula.


SUERTEGARAY, 2008, p. 121.
Trata-se de uma forma de relevo de topo plano, com predomínio de processos erosivos com escarpas acentuadas nas diferentes direções e, quando há camadas sedimentares, são dispostas horizontalmente.
Qual é a configuração do território brasileiro apresentada na ilustração?

A cognoscibilidade do planeta

“[...] Esse período técnico-científico da história permite ao homem não apenas utilizar o que encontra na natureza: novos materiais são criados nos laboratórios como um produto da inteligência do homem, e precedem a produção dos objetos. Até a nossa geração, utilizávamos os materiais que estavam à nossa disposição. Mas a partir de agora podemos conceber os objetos que desejamos utilizar e então produzimos a matéria-prima indispensável à sua fabricação.”

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 16.

A obra de Milton Santos aborda com criticidade as transformações no modo de produção e organização da sociedade e suas decorrências econômicas na contemporaneidade. Na unidade temática “mundo do trabalho”, da Base Nacional Comum Curricular de Geografia voltada aos 7º e 8º anos do Ensino Fundamental, o objeto de conhecimento do qual trata o texto é:

Professores de Geografia de diferentes escolas de municípios da Zona da Mata organizaram, para seus alunos, um trabalho de campo no Parque Nacional do Caparaó. Localizado na divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o parque é uma das referências de biodiversidade e trekking no Brasil e abriga o terceiro ponto mais alto do país: o Pico da Bandeira, com 2.892 metros de altitude. A seguir é apresentado o folder de atrativos turísticos do Parque.





ICMBio. Guia do visitante do Parque Nacional do Caparaó (adaptado).
O foco da visita dos estudantes foi a observação e a caracterização da paisagem, destacando aspectos relativos ao relevo, ao clima e à vegetação por meio do percurso de uma trilha da Portaria Alto Caparaó ao Pico da Bandeira. Na atividade, os alunos receberam um mapa em papel no tamanho A4 com a trilha a ser percorrida.

Considerando as convenções cartográficas, a escala utilizada nesse mapa se caracteriza por ser

Durante as Olimpíadas de Paris, realizadas entre os meses de julho e agosto de 2024, as competições de surfe foram disputadas em Teahupoo, no Taiti, a mais de 15 mil quilômetros de distância da capital francesa.
A escolha desse local se justifica por

Uma professora de Geografia separou sua turma em seis grupos para que apresentassem as características de tipos climáticos brasileiros, da seguinte forma:

1. Clima equatorial 2. Clima tropical semiárido 3. Clima tropical típico 4. Clima tropical de altitude 5. Clima tropical litorâneo 6. Clima subtropical

A seguir são apresentados os resumos das características de cada clima, realizados por cada grupo de alunos, e entregues à professora:

I. Duas estações bem definidas, com verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos.
II. Ocorrências de chuvas intensas, concentradas no inverno.
III. Chuvas o ano todo, temperaturas baixas, especialmente no inverno, quando neve e geadas podem ocorrer.
IV. Quente e seco, com chuvas escassas e mal distribuídas ao longo do ano.
V. Temperatura e pluviosidade elevadas o ano todo.
VI. Chuvas concentradas no verão, com temperaturas mais amenas em função da altitude.

Esses resumos (de I a VI) fazem referência, respectivamente, aos tipos climáticos

“Na geografia, a paisagem, como dimensão aparente da realidade, constitui uma dimensão a ser observada inicialmente. A observação direta, por exemplo, de um lugar de vivência do aluno, ou indireta, de uma paisagem representada, pode fornecer elementos importantes para a construção de conhecimentos referentes ao espaço nela expresso.”
CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de geografia na escola. Campinas: Papirus Editora, 2014. p.181.

A observação da paisagem é um importante artifício no ensino de Geografia a ser estimulado pelo professor.

Considerando as diferentes fases de procedimentos de ensino e organização do trabalho docente, em uma perspectiva socioconstrutivista, esse método está relacionado

Pantanal tem este ano maior área queimada em junho

O mês de junho teve este ano a maior média de área queimada no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrada — desde 2012 — pela série histórica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em apenas 30 dias, o fogo consumiu mais de 411 mil hectares do bioma, quando, na média histórica, o Pantanal costuma queimar pouco mais de oito mil hectares.
AGÊNCIA BRASIL. 02/07/2024. Disponível em: https:// agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-07/pantanal-tem-esteano-maior-area-queimada-em-junho. Acesso em: 20 set. 2024.

O texto aborda um problema constante no Pantanal, uma área que se caracteriza por

“Todo conhecimento sobre o passado é também um conhecimento do presente elaborado por distintos sujeitos. O historiador indaga com vistas a identificar, analisar e compreender os significados de diferentes objetos, lugares, circunstâncias, temporalidades, movimentos de pessoas, coisas e saberes. As perguntas e as elaborações de hipóteses variadas fundam não apenas os marcos de memória, mas também as diversas formas narrativas, ambos expressão do tempo, do caráter social e da prática da produção do conhecimento histórico”.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018, p. 397.

Em relação aos fundamentos apontados pela BNCC para o Ensino de História, analise as afirmativas a seguir.

I. As questões que levam a pensar a História como um saber necessário para a formação das crianças e jovens na escola são as originárias do tempo presente.

II. A história é a correlação de forças, de enfrentamentos e da batalha para a produção de sentidos e significados, que são constantemente reinterpretados por diferentes grupos sociais.

III. Para se pensar o ensino de História, é fundamental considerar a utilização de diferentes fontes e documentos capazes de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço e das relações sociais que os geraram.


São fundamentos do ensino de História, apontados na BNCC:

“Moacir Gadotti, educador brasileiro comprometido com educação popular e comunitária, propõe uma educação multicultural, como estratégia de educação para todos, capaz de reduzir os elevados índices de evasão e de repetência dos segmentos menos favorecidos da sociedade brasileira, na sua maioria constituídos por pobres, negros e mestiços”.
FERNANDES, José Ricardo Oria. Ensino de História e Diversidade Cultural: Desafios e Possibilidades. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 67, set./dez. 2005, p. 385.

Sobre a chamada educação multicultural, assinale a alternativa incorreta. 

Sobre a utilização de obras de artes plásticas nos livros didáticos de História do Brasil, assinale a alternativa correta.

Sobre o currículo, metodologia e práticas de ensino na Educação de Jovens e Adultos, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

( ) Na EJA é importante que os currículos demonstrem a predominância dos saberes teóricos e intelectuais sobre os saberes práticos oriundos das camadas populares.

( ) Um dos principais problemas no trabalho com a EJA refere-se ao fato que, não importando a idade dos educandos, a organização dos conteúdos e a abordagem destes seguem as propostas pensadas para as crianças do ensino regular.

( ) A EJA é a modalidade de ensino voltada para atividades de ensino compensatórias para o público que não teve acesso à escolarização regular prevista pela legislação, redimindo assim os sujeitos que não possuem a educação formal consolidada.

( ) Os currículos da EJA devem suplantar os entendimentos formalistas e cientificistas, optando assim por currículos ressignificados a partir das experiências baseadas nos saberes e fazeres dos sujeitos envolvidos.


Assinale a sequência correta.

Com relação aos objetivos e contribuições do ensino de História, segundo Circe Bittencourt, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

( ) O ensino de História tem a função de proporcionar a formação das humanidades de períodos anteriores, promovendo uma educação enciclopédica.

( ) O ensino de História contribui para a constituição das identidades.

( ) O ensino de História contribui para a formação do cidadão político.

( ) O ensino de História está atrelado à construção de instrumentos cognitivos para o desenvolvimento de um pensamento crítico.


Assinale a sequência correta.

“Em frase que se tornou famosa, Aristides Lobo, o propagandista da República, manifestou seu desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo regime. Segundo ele, o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistiria a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar”.
CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a república que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 9.

A obra de José Murilo de Carvalho, “Os Bestializados”, retrata o panorama cultural e político do Rio de Janeiro nos primeiros anos do período republicano.
Sobre esse período, assinale a alternativa correta.

Sobre o conceito de Patrimônio Cultural, seus usos e suas políticas, assinale a alternativa correta.

“Conforme assinalou Marc Ferro, a história construída por uma dada sociedade acerca dela mesma e de seus pares guarda forte relação com a história ensinada em sala de aula, momento inicial da formação social-histórica dos indivíduos. À vista disso, essa história ensinada muda consoante as transformações do saber e das ideologias dominantes”.
MATHIAS, Carlos Leonardo Kelmer. O ensino de História no Brasil: contextualização e abordagem historiográfica. História Unisinos 15, Janeiro/Abril 2011, página 41.

Sobre o ensino de História no Brasil, analise as afirmativas a seguir.

I. No final do século XIX, com o enfraquecimento dos debates abolicionistas e o crescimento dos movimentos imigratórios, a História ensinada incentivava valores direcionados à preservação da ordem e à obediência à hierarquia, objetivando que a nação estivesse apta a galgar rumo ao progresso.

II. Com a redemocratização em 1985, a disciplina História deixava de ajustar-se aos interesses do Estado autoritário para ser colocada a serviço da sociedade democrática, tornando o cidadão capaz de intervir e transformar a realidade brasileira.

III. As transformações de uma disciplina escolar, em especial da História, ocorrem quando a sua finalidade passa por alterações, que, por sua vez, variam de acordo com as demandas e mudanças da sociedade.


Estão corretas as afirmativas

Vivemos ainda a era do patrimônio ou será que o desejo descomunal de tudo patrimoniar representa um indício de que o conceito envelheceu e está em processo de transformação?
DODEBEI, Vera; ABREU, Regina (orgs.) E o patrimônio? Rio de Janeiro: Programa de pós graduação em memoria social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2008, p. 11.

Com relação às mudanças no conceito de patrimônio ao longo do tempo, analise as afirmativas a seguir.

I. Para a proteção de bens patrimoniais, são necessárias a manutenção e a preservação da materialidade dos objetos, pois a materialidade é o suporte pelo qual incide a salvaguarda do patrimônio.

II. O conceito de patrimônio sofreu transformações produzidas pelas novas dimensões de tempo e espaço do mundo organizado por redes interligadas de computadores

III. Para muitas sociedades, o conceito de patrimônio pode ser entendido como uma herança de saberes e não como uma coleção de bens e objetos preservados.


Estão corretas as afirmativas

No texto intitulado “Educação patrimonial e cidadania: uma proposta alternativa para o ensino de História”, o autor, José Ricardo Oriá, propõe que o patrimônio histórico cultural seja apropriado como objeto de estudo no ensino de História.
Assinale a alternativa que justifica, segundo esse autor, a proposição anterior.