Questões de Concurso Para prefeitura de cambé - pr

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Q1153021 Noções de Informática

Considerando o MS-Word 2016, em português e em sua configuração padrão, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.



I. No MS-Word 2016, existe um recurso chamado “Verificar Ortografia e Gramática”, que aponta erros ortografia e gramática encontrados documento e está disponível na guia Revisão.


II. No MS-Word 2016, é possível o salvamento de um arquivo editado em diferentes formatos. Mas, por se tratar formato que não permite edição, o MS Word 2016 não permite que um arquivo editado seja salvo no formato PDF (Portable Document Format).


III. No MS-Word 2016, através da janela Salvar Como, é permitida a criação de uma senha de proteção, que criptografia arquivo e é exigida toda vez que se desejar abrir o arquivo. 

Alternativas
Q1153020 Noções de Informática
O sistema operacional Windows 10 apresenta uma solução de segurança que protege seus usuários contra acessos indesejados em um computador ao qual está instalado e ativo. Esta solução que faz parte da instalação do Windows 10, composta por antivírus e firewall, tem a função de monitorar o computador para evitar que softwares perigosos modifiquem configurações tanto do navegador, como do sistema operacional. Assinale a alternativa que identifica corretamente este programa de segurança.  
Alternativas
Q1153019 Matemática
Os anagramas são as possíveis alterações da sequência das letras de uma palavra. Qual a quantidade de anagramas é possível formar para a palavra CAMBE?
Alternativas
Q1153018 Matemática
Uma caixa d’água tem formato de prisma reto, cuja base é um quadrado com lados de medida 3m e altura igual a 2m. Qual o volume essa caixa d’água comporta, sabendo que 1m3 = 1000 litros?
Alternativas
Q1153017 Matemática
Um produto está sendo vendido com 15% de desconto por R$ 408,00. Qual o valor desse produto fora do preço promocional?
Alternativas
Q1153016 Matemática
Uma empreiteira está pavimentando uma estrada, e um grupo com 12 pessoas consegue pavimentar 4 km de estrada por dia. Se o grupo de pessoas aumentar para 15 trabalhadores, com o mesmo ritmo de trabalho, quantos quilômetros da estrada serão pavimentados por dia pelo grupo?  
Alternativas
Q1153015 Matemática
Um menino tem uma coleção de carros e motos de brinquedo. Sabendo que sua coleção tem um total de 156 rodas, e que ele possui 30 carrinhos, qual a quantidade de motos de brinquedos o menino possui?
Alternativas
Q1153013 Matemática

Considere os números complexos Imagem associada para resolução da questão Imagem associada para resolução da questão . Assinale a alternativa que apresenta o resultado da soma Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q1153011 Raciocínio Lógico
Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e B = {0, 2, 4, 6, 8, 10}. Assinale a alternativa que corresponde ao conjunto A∩B.
Alternativas
Q1153010 Matemática
Na divisão de um número natural D por 721 foi obtido o quociente 276 e o resto da divisão igual a 151. Assinale a alternativa que corresponde ao número natural D.
Alternativas
Q1153009 Português

Leia o texto para responder a questão.


          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


                                                                                                                    Disponível em

https://viagemeturismo.abril.com.br/destinos/belo

horizonte-um-roteiro-literario/ 

De acordo com o texto, o Viaduto Santa Tereza foi construído para
Alternativas
Q1153008 Português

Leia o texto para responder a questão.


          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


                                                                                                                    Disponível em

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Analise: “dê uma incerta no sebo Crisálida”, o vocábulo “incerta” pode ser substituído por qual termo e ainda assim, a oração continua com o mesmo sentido e mantem a concordância.
Alternativas
Q1153007 Português

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          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


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Analise: “O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé” e assinale a alternativa correta.
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Q1153006 Português

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          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


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No sétimo parágrafo, Belo Horizonte foi chamada também de
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Q1153005 Português

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          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


                                                                                                                    Disponível em

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Analise: “com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.” E assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1153004 Português

Leia o texto para responder a questão.


          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


                                                                                                                    Disponível em

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Citar diretamente uma fala e citar uma obra, respectivamente.
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Q1153003 Português

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          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


                                                                                                                    Disponível em

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No penúltimo parágrafo, as aspas foram utilizadas para
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Q1153002 Português

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          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


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Assinale a alternativa correta sobre Mario de Andrade, de acordo com o texto.
Alternativas
Q1153001 Português

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          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


                                                                                                                    Disponível em

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Analise: “Esse local tão querido” e assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1153000 Português

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          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


                                                                                                                    Disponível em

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Analise o primeiro período do quarto parágrafo, e assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
861: E
862: B
863: B
864: A
865: B
866: A
867: E
868: C
869: D
870: C
871: B
872: A
873: A
874: B
875: D
876: D
877: B
878: A
879: C
880: A