Questões de Concurso Para prefeitura de natal - rn

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Q621377 Português
Quem sabe Deus está ouvindo 

    Outro dia eu estava distraído, chupando um caju na varanda, e fiquei com a castanha na mão, sem saber onde botar. Perto de mim havia um vaso de antúrio; pus a castanha ali, calcando-a um pouco para entrar na terra, sem sequer me dar conta do que fazia. 
   Na semana seguinte a empregada me chamou a atenção: a castanha estava brotando. Alguma coisa verde saía da terra, em forma de concha. Dois ou três dias depois acordei cedo, e vi que durante a noite aquela coisa verde lançara para o ar um caule com pequenas folhas. É impressionante a rapidez com que essa plantinha cresce e vai abrindo folhas novas. Notei que a empregada regava com especial carinho a planta, e caçoei dela:
– Você vai criar um cajueiro aí? 
Embaraçada, ela confessou: tinha de arrancar a mudinha, naturalmente; mas estava com pena.
– Mas é melhor arrancar logo, não é? 
    Fiquei em silêncio. Seria exagero dizer: silêncio criminoso – mas confesso que havia nele um certo remorso. Um silêncio covarde. Não tenho terra onde plantar um cajueiro, e seria uma tolice permitir que ele crescesse ali mais alguns centímetros, sem nenhum futuro. Eu fora o culpado, com meu gesto leviano de enterrar a castanha, mas isso a empregada não sabe; ela pensa que tudo foi obra do acaso. Arrancar a plantinha com a minha mão – disso eu não seria capaz; nem mesmo dar ordem para que ela o fizesse. Se ela o fizer darei de ombros e não pensarei mais no caso; mas que o faça com sua mão, por sua iniciativa. Para a castanha e sua linda plantinha seremos dois deuses contrários, mas igualmente ignaros: eu, o deus da Vida; ela, o da Morte.
    Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer coisa – “seu Rubem, o cajueirinho...”– mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno vaso com terra e transplantou para ele a mudinha. Veio me mostrar:
– Eu comprei um vaso...
– Ahn...
Depois de um silêncio, eu disse:
– Cajueiro sente muito a mudança, morre à toa...
Ela olhou a plantinha e disse com convicção:
– Esse aqui não vai morrer, não senhor.
   Eu devia lhe perguntar o que ela vai fazer com aquilo, daqui a uma, duas semanas. Ela espera, talvez, que eu o leve para o quintal de algum amigo; ela mesma não tem onde plantá-lo. Senti que ela tivera medo de que eu a censurasse pela compra do vaso, e ficara aliviada com a minha indiferença. Antes de me sentar para escrever, eu disse, sorrindo, uma frase profética, dita apenas por dizer: 
– Ainda vou chupar muito caju desse cajueiro.
Ela riu muito, depois ficou séria, levou o vaso para a varanda, e, ao passar por mim na sala, disse baixo com certa gravidade: 
– É capaz mesmo, seu Rubem; quem sabe Deus está ouvindo o que o senhor está dizendo...
Mas eu acho, sem falsa modéstia, que Deus deve andar muito ocupado com as bombas de hidrogênio e outros assuntos maiores. 

(BRAGA, Rubem, 1993-1990. 200 crônicas escolhidas – 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010.) 
De acordo com o sentido global do texto, o segmento que contém, em destaque, o mote desencadeador para a escrita dessa crônica é:
Alternativas
Q621376 Português
Quem sabe Deus está ouvindo 

    Outro dia eu estava distraído, chupando um caju na varanda, e fiquei com a castanha na mão, sem saber onde botar. Perto de mim havia um vaso de antúrio; pus a castanha ali, calcando-a um pouco para entrar na terra, sem sequer me dar conta do que fazia. 
   Na semana seguinte a empregada me chamou a atenção: a castanha estava brotando. Alguma coisa verde saía da terra, em forma de concha. Dois ou três dias depois acordei cedo, e vi que durante a noite aquela coisa verde lançara para o ar um caule com pequenas folhas. É impressionante a rapidez com que essa plantinha cresce e vai abrindo folhas novas. Notei que a empregada regava com especial carinho a planta, e caçoei dela:
– Você vai criar um cajueiro aí? 
Embaraçada, ela confessou: tinha de arrancar a mudinha, naturalmente; mas estava com pena.
– Mas é melhor arrancar logo, não é? 
    Fiquei em silêncio. Seria exagero dizer: silêncio criminoso – mas confesso que havia nele um certo remorso. Um silêncio covarde. Não tenho terra onde plantar um cajueiro, e seria uma tolice permitir que ele crescesse ali mais alguns centímetros, sem nenhum futuro. Eu fora o culpado, com meu gesto leviano de enterrar a castanha, mas isso a empregada não sabe; ela pensa que tudo foi obra do acaso. Arrancar a plantinha com a minha mão – disso eu não seria capaz; nem mesmo dar ordem para que ela o fizesse. Se ela o fizer darei de ombros e não pensarei mais no caso; mas que o faça com sua mão, por sua iniciativa. Para a castanha e sua linda plantinha seremos dois deuses contrários, mas igualmente ignaros: eu, o deus da Vida; ela, o da Morte.
    Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer coisa – “seu Rubem, o cajueirinho...”– mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno vaso com terra e transplantou para ele a mudinha. Veio me mostrar:
– Eu comprei um vaso...
– Ahn...
Depois de um silêncio, eu disse:
– Cajueiro sente muito a mudança, morre à toa...
Ela olhou a plantinha e disse com convicção:
– Esse aqui não vai morrer, não senhor.
   Eu devia lhe perguntar o que ela vai fazer com aquilo, daqui a uma, duas semanas. Ela espera, talvez, que eu o leve para o quintal de algum amigo; ela mesma não tem onde plantá-lo. Senti que ela tivera medo de que eu a censurasse pela compra do vaso, e ficara aliviada com a minha indiferença. Antes de me sentar para escrever, eu disse, sorrindo, uma frase profética, dita apenas por dizer: 
– Ainda vou chupar muito caju desse cajueiro.
Ela riu muito, depois ficou séria, levou o vaso para a varanda, e, ao passar por mim na sala, disse baixo com certa gravidade: 
– É capaz mesmo, seu Rubem; quem sabe Deus está ouvindo o que o senhor está dizendo...
Mas eu acho, sem falsa modéstia, que Deus deve andar muito ocupado com as bombas de hidrogênio e outros assuntos maiores. 

(BRAGA, Rubem, 1993-1990. 200 crônicas escolhidas – 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010.) 

I. Antes de me sentar para escrever, eu disse, sorrindo, uma frase profética, dita apenas por dizer...” (15º§)

II. “É capaz mesmo, seu Rubem; quem sabe Deus está ouvindo o que o senhor está dizendo...” (18º§)


Os trechos destacados nessas frases, estabelecem, respectivamente, no texto, sentimentos desiguais que podem ser assim definidos: 

Alternativas
Q621375 Português
Quem sabe Deus está ouvindo 

    Outro dia eu estava distraído, chupando um caju na varanda, e fiquei com a castanha na mão, sem saber onde botar. Perto de mim havia um vaso de antúrio; pus a castanha ali, calcando-a um pouco para entrar na terra, sem sequer me dar conta do que fazia. 
   Na semana seguinte a empregada me chamou a atenção: a castanha estava brotando. Alguma coisa verde saía da terra, em forma de concha. Dois ou três dias depois acordei cedo, e vi que durante a noite aquela coisa verde lançara para o ar um caule com pequenas folhas. É impressionante a rapidez com que essa plantinha cresce e vai abrindo folhas novas. Notei que a empregada regava com especial carinho a planta, e caçoei dela:
– Você vai criar um cajueiro aí? 
Embaraçada, ela confessou: tinha de arrancar a mudinha, naturalmente; mas estava com pena.
– Mas é melhor arrancar logo, não é? 
    Fiquei em silêncio. Seria exagero dizer: silêncio criminoso – mas confesso que havia nele um certo remorso. Um silêncio covarde. Não tenho terra onde plantar um cajueiro, e seria uma tolice permitir que ele crescesse ali mais alguns centímetros, sem nenhum futuro. Eu fora o culpado, com meu gesto leviano de enterrar a castanha, mas isso a empregada não sabe; ela pensa que tudo foi obra do acaso. Arrancar a plantinha com a minha mão – disso eu não seria capaz; nem mesmo dar ordem para que ela o fizesse. Se ela o fizer darei de ombros e não pensarei mais no caso; mas que o faça com sua mão, por sua iniciativa. Para a castanha e sua linda plantinha seremos dois deuses contrários, mas igualmente ignaros: eu, o deus da Vida; ela, o da Morte.
    Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer coisa – “seu Rubem, o cajueirinho...”– mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno vaso com terra e transplantou para ele a mudinha. Veio me mostrar:
– Eu comprei um vaso...
– Ahn...
Depois de um silêncio, eu disse:
– Cajueiro sente muito a mudança, morre à toa...
Ela olhou a plantinha e disse com convicção:
– Esse aqui não vai morrer, não senhor.
   Eu devia lhe perguntar o que ela vai fazer com aquilo, daqui a uma, duas semanas. Ela espera, talvez, que eu o leve para o quintal de algum amigo; ela mesma não tem onde plantá-lo. Senti que ela tivera medo de que eu a censurasse pela compra do vaso, e ficara aliviada com a minha indiferença. Antes de me sentar para escrever, eu disse, sorrindo, uma frase profética, dita apenas por dizer: 
– Ainda vou chupar muito caju desse cajueiro.
Ela riu muito, depois ficou séria, levou o vaso para a varanda, e, ao passar por mim na sala, disse baixo com certa gravidade: 
– É capaz mesmo, seu Rubem; quem sabe Deus está ouvindo o que o senhor está dizendo...
Mas eu acho, sem falsa modéstia, que Deus deve andar muito ocupado com as bombas de hidrogênio e outros assuntos maiores. 

(BRAGA, Rubem, 1993-1990. 200 crônicas escolhidas – 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010.) 
''Para a castanha e sua linda plantinha seremos dois deuses contrários, mas igualmente ignaros: eu, o deus da Vida, ela, o da Morte.” (6º§) Nessa frase, a palavra “ignaros” significa, EXCETO:
Alternativas
Q520886 Matemática

A figura a seguir representa uma caixa de papelão em forma de bloco retangular, cujo volume é igual a 1.360 cm3 .


Imagem associada para resolução da questão


A área total da superfície externa dessa caixa mede

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Q520885 Matemática
As menores raízes das equações x2 – 5x + p = 0 e x2 + 3x + q = 0 são, respectivamente, iguais a – 1 e – 2. A razão entre os valores p e q é igual a
Alternativas
Q520884 Matemática
O maior número natural de 3 algarismos ímpares e distintos, divisível por 3 e por 5, é também divisível por
Alternativas
Q520883 Matemática
Num prédio, 60% dos apartamentos têm mais de dois moradores e 70% dos demais apartamentos têm apenas 2 moradores. Se o número de pessoas que moram sozinhas nesse prédio é igual a 6, então quantos apartamentos existem nesse prédio, considerando que todos estão ocupados?
Alternativas
Q520882 Matemática

Quantos triângulos podem ser traçados ligando-se três dos sete vértices da figura, considerando que pelo menos dois deles sejam representados por consoantes?


Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q520881 Matemática
Seja q(x) = 2x - 4 o quociente da divisão do polinômio P(x) = 6x2 + (n - 1) x - 8 por d(x) = 3x + 2. Sendo a divisão exata, então o valor de n é
Alternativas
Q520880 Matemática

Simplificando a expressão obtém-se Imagem associada para resolução da questão obtém-se

Alternativas
Q520879 Matemática
Qual das alternativas apresenta números que podem ser obtidos pela soma dos quadrados de dois números primos?
Alternativas
Q520878 Matemática

A figura representa uma pirâmide de base quadrada de altura igual a 6 m e uma seção transversal paralela à base localizada a 3 m do vértice, cuja área mede 9 m2 . O volume do tronco de pirâmide definido pela seção é


Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q520877 Matemática
Márcio começou um regime e conseguiu emagrecer, nos dois primeiros meses, 5% do peso que tinha inicialmente e, nos dois meses seguintes, mais 4% do peso que havia atingido no final dos dois primeiros meses, ficando com 114 kg. O peso de Márcio, quando ele começou o regime, era um número
Alternativas
Q520876 Matemática

Observe o losango. A medida do ângulo x é igual a


Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q520875 Matemática

O gráfico a seguir representa uma função do segundo grau da forma y = ax2 + bx + c. Sobre os coeficientes dessa função, é correto afirmar que


Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q520874 Matemática
O termo independente de x no desenvolvimento de ( 2x + 1/x2 )9 é um número divisível por
Alternativas
Q520873 Matemática
O vigésimo termo de uma progressão aritmética de n termos é igual a 87. Se o primeiro termo dessa sequência é -27 e a soma de todos os termos é igual a 7.128, então o valor de n é 
Alternativas
Q520872 Matemática
Uma família de 13 pessoas dispõe de 3 carros para efetuar uma viagem. Sabe-se que os carros deverão ser guiados pelos seus respectivos donos, ou seja, o pai, a mãe e o filho mais velho. De quantas maneiras é possível distribuir os demais filhos nos veículos, considerando que 4 deles devem viajar no carro do pai, 4 devem viajar no carro da mãe e os demais no carro do irmão mais velho?
Alternativas
Q509615 Pedagogia
“No estudo da matemática, os jogos ocupam um lugar de destaque. Através deles, as crianças vão construindo pouco a pouco os conceitos matemáticos.” São características dos jogos, quando bem preparados, EXCETO:
Alternativas
Q509614 Pedagogia
“Um estudante deve usar o pensamento científico para refletir sobre o grau de credibilidade das afirmações que ouvimos dos outros, tanto das pessoas com as quais nos relacionamos, quanto dos meios de comunicação e de todas as fontes de informação do dia a dia."
                                                                                                          (Melina Furman – Nova Escola.)

Dentro dessa perspectiva os professores devem, no ensino de ciências, EXCETO:
Alternativas
Respostas
821: A
822: C
823: D
824: D
825: B
826: B
827: B
828: B
829: A
830: C
831: D
832: C
833: D
834: C
835: D
836: C
837: C
838: C
839: C
840: D