Questões de Concurso Para prefeitura de américo de campos - sp

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Q2350967 Educação Artística
Ao ensinar música a estudantes iniciantes, o(a) professor(a) destaca a importância de compreender os elementos fundamentais da linguagem musical. Considerando a prática musical, qual dos seguintes cenários exemplifica corretamente a construção do elemento “ritmo”?
Alternativas
Q2350966 Educação Artística
Julgue as sentenças abaixo como VERDADEIRAS ou FALSAS.

1. ( ) A catarse, conforme conceituada por Aristóteles, refere-se à purificação ou libertação emocional experimentada pelo espectador por meio da vivência das emoções representadas na cena dramática.
2. ( ) A catarse teatral na Educação pode contribuir para a construção da identidade dos alunos, proporcionando a oportunidade de explorarem diferentes papéis e perspectivas por meio de personagens teatrais.
3. ( ) Dentro da poética aristotélica, a catarse no teatro possui uma relação direta com a teoria da aprendizagem construtivista, influenciando positivamente a formação de conhecimento autônomo pelos espectadores.

A sequência correta é:
Alternativas
Q2350965 Educação Artística
A teoria de Laban, desenvolvida por Rudolf Laban, é uma abordagem abrangente que visa compreender e descrever o movimento humano. Acerca desse assunto, julgue as frases abaixo.

I. Laban desenvolveu um sistema de notação de movimento que permite registrar e documentar coreografias e movimentos complexos.
II. Na teoria de Laban, os quatro componentes fundamentais do movimento são: altura, duração, velocidade e tonalidade.
III. Laban identificou oito esforços básicos que descrevem as qualidades fundamentais do movimento humano. Esses esforços incluem: flutuar, espiralar, vibrar, balançar, sacudir, pressionar, deslizar e torcer.

Está(ão) correta(S) a(s) seguinte(s) proposição(ões).
Alternativas
Q2350964 Educação Artística
Considere a seguinte situação:

Um(a) professor(a) de Arte do Ensino Fundamental está discutindo uma obra de arte a partir dos seus elementos de visualidade. Ele(a) aborda o contexto histórico, destacando a importância de compreender tais elementos na apreciação artística.

Quando fala sobre o "ponto" como um elemento na obra de arte, ele(ela) deve afirmar que este:
Alternativas
Q2350963 Pedagogia
Na teoria de Vygotsky, a zona de desenvolvimento proximal se configura como a distância entre dois tipos de desenvolvimentos cognitivos, que consiste em ser o:
Alternativas
Q2350962 Pedagogia
Em relação, a metodologia ativa de aprendizagem denominada “sala de aula invertida”, analise as afirmativas a seguir:

I. O que tradicionalmente é feito em sala de aula, continua sendo executado escola.
II. O que tradicionalmente é feito como trabalho de casa, continua sendo recomendado em casa.
III. Nesta metodologia, os alunos comparecem à aula com dúvidas sobre alguns pontos do dever de casa da noite anterior.
IV. No modelo de sala de aula invertida, o tempo é reestruturado. Os alunos precisam fazer perguntas sobre o conteúdo que lhes foi transmitido pelo vídeo.

Estão corretas apenas as afirmativas: 
Alternativas
Q2350961 Pedagogia
O diretor escolar disse que a sua escola procura adotar práticas que permitam a participação do estudante na escola, e que ele seja parte também do grupo e da sala de aula. Este tipo de pensamento corresponde a promover a educação do estudante no processo de:
Alternativas
Q2350960 Pedagogia
Na ação de formação continuada, a palestrante disse que o cuidar e o educar são indissociáveis no processo educativo. Mas, que é necessário imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil. Considerando a “intencionalidade educativa” na perspectiva da BNCC, analise as afirmativas a seguir:

I. Reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que garantam os direitos de aprendizagem de todas as crianças.
II. Acompanhar a performance das crianças, realizando a avaliação de cada criança e de todo o grupo.
III. Organizar as experiências que permitam às crianças conhecerem a si e os demais componentes do ambiente escolar.
IV. Traduzir nas práticas educativas, a importância dos cuidados pessoais (alimentar-se, vestir-se, higienizarse).

Estão corretas apenas as afirmativas:
Alternativas
Q2350959 Pedagogia
Em uma turma de educação infantil, a professora percebeu que sempre que dava uma resposta negativa para um aluno, a criança se jogava no chão e gritava. As formas de responder a este tipo de comportamento são caracterizadas na Abordagem Cognitivo-Comportamental (ACC), na qual, é correto dizer que se destaca o conceito de aprendizagem preconizado por: 
Alternativas
Q2350938 Matemática
Um grupo de estudos para a prova do concurso se formou sendo constituído da seguinte forma:

• 15 formados em Matemática • 15 formados em Ciências Naturais • 22 formados em Pedagogia • 6 formados em Matemática e Pedagogia • 5 formados em Ciências Naturais e Pedagogia • 7 formados em Matemática e Ciências Naturais • 3 formados em Matemática, Ciências Naturais e Pedagogia.

Nessas condições, neste grupo específico, a razão de formados apenas em Matemática com aqueles que tem apenas uma única formação é:
Alternativas
Q2350936 Matemática
O perímetro de uma escola foi fechado e decorado com estacas espaçadas entre si que formatadas e decoradas imitavam a grandes lápis de cor obedecendo sempre uma sequência com a seguinte ordem: azul, vermelho, amarelo, verde, preto, rosa, laranja e roxo. No total foram utilizadas 46 estacas. Pode-se afirmar que:
Alternativas
Q2350933 Português
A concordância verbal foi inteiramente respeitada na alternativa:
Alternativas
Q2350932 Português
Assinale a alternativa em que a pontuação foi empregada de maneira adequada:
Alternativas
Q2350931 Português
O texto abaixo é um fragmento de uma entrevista dada pelo escritor e líder indígena Ailton Krenak ao jornal Estado de Minas, em 03/04/2020

Estamos há muito divorciados desse organismo vivo que é a Terra. Do nosso divórcio das integrações e interações com a nossa mãe, a Terra, resulta que ela está nos deixando órfãos, não só os que em diferente graduação são chamados de índios, indígenas ou povos indígenas, mas todos. Enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, um monte de corporações espertalhonas tomam conta e submetem o planeta: acabam com florestas, montanhas, transformam tudo em mercadorias. 

FONTE: https://www.em.com.br/app/noticia/pensar/2020/04/03/interna_pensar,1135082/f uncionamento-da-humanidade-entrou-em-crise-opina-ailton-krenak.shtml

Se a passagem Enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, um monte de corporações espertalhonas tomam conta e submetem o planeta: acabam com florestas, montanhas, transformam tudo em mercadorias” for reescrita substituindo o conectivo enquanto pelo conectivo se e o verbo destacado por sua forma no futuro do subjuntivo – estiver -, teríamos, mantendo a adequação à língua padrão:

Alternativas
Q2350929 Português
OS PROFESSORES


Valter Hugo Mãe


          Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos. Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.

       A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de liberdade superior, onde cada indivíduo se vota a encontrar o seu mais genuíno, honesto, caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.

        Nunca tive exatamente de ensinar ninguém. Orientei uns cursos breves, a muito custo, e tento explicar umas clarividências ao cão que tenho há umas semanas. Sinto-me sempre mais afetivo do que efetivo na passagem do testemunho. Quero muito que o Freud, o meu cão, entenda que estabeleço regras para que tenhamos uma vida melhor, mas não suporto a tristeza dele quando lhe ralho ou o fecho meia hora na marquise. Sei perfeitamente que não tenho pedagogia, não estudei didática, não sou senão um tipo intuitivo e atabalhoado. Mas sei, e disso não tenho dúvida, que há quem saiba transmitir conhecimentos e que transmitir conhecimentos é como criar de novo aquele que os recebe.

       Os alunos nascem diante dos professores, uma e outra vez. Surgem de dentro de si mesmos a partir do entusiasmo e das palavras dos professores que os transformam em melhores versões. Quantas vezes me senti outro depois de uma aula brilhante. Punha-me a caminho de casa como se tivesses crescido um palmo inteiro durante cinquenta minutos. Como se fosse muito mais gente. Cheio de um orgulho comovido por haver tantos assuntos incríveis para se discutir e por merecer que alguém os discutisse comigo.

[...]

     Os professores são extensões óbvias dos pais, dos encarregados pela educação de algum miúdo, e massacrálos é como pedir que não sejam capazes de cuidar da maravilha que é a meninice dos nossos miúdos, que é pior do que nos arrancarem telhas da casa, é pior do que perder a casa, é pior do que comer apenas sopa todos os dias.

     Estragar os nossos miúdos é o fim do mundo. Estragar os professores, e as escolas, que são fundamentais para melhorarem os nossos miúdos, é o fim do mundo. Nas escolas reside a esperança toda de que, um dia, o mundo seja um condomínio de gente bem formada, apaziguada com a sua condição mortal mas esforçada para se transcender no alcance da felicidade. E a felicidade, disso já sabemos todos, não é individual. É obrigatoriamente uma conquista para um coletivo. Porque sozinhos por natureza andam os destituídos de afeto.

        As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.


Fonte: Autobiografia Imaginária | Valter Hugo Mãe | JL Jornal de Letras, Artes e
Ideias | Ano XXII | Nº 1095 | 19 de Setembro de 2012.

Em “Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo do conhecimento”, o termo em destaque poderia ser substituído, sem alteração de sentido e com as adaptações eventualmente necessárias, por:
Alternativas
Q2350928 Português
OS PROFESSORES


Valter Hugo Mãe


          Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos. Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.

       A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de liberdade superior, onde cada indivíduo se vota a encontrar o seu mais genuíno, honesto, caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.

        Nunca tive exatamente de ensinar ninguém. Orientei uns cursos breves, a muito custo, e tento explicar umas clarividências ao cão que tenho há umas semanas. Sinto-me sempre mais afetivo do que efetivo na passagem do testemunho. Quero muito que o Freud, o meu cão, entenda que estabeleço regras para que tenhamos uma vida melhor, mas não suporto a tristeza dele quando lhe ralho ou o fecho meia hora na marquise. Sei perfeitamente que não tenho pedagogia, não estudei didática, não sou senão um tipo intuitivo e atabalhoado. Mas sei, e disso não tenho dúvida, que há quem saiba transmitir conhecimentos e que transmitir conhecimentos é como criar de novo aquele que os recebe.

       Os alunos nascem diante dos professores, uma e outra vez. Surgem de dentro de si mesmos a partir do entusiasmo e das palavras dos professores que os transformam em melhores versões. Quantas vezes me senti outro depois de uma aula brilhante. Punha-me a caminho de casa como se tivesses crescido um palmo inteiro durante cinquenta minutos. Como se fosse muito mais gente. Cheio de um orgulho comovido por haver tantos assuntos incríveis para se discutir e por merecer que alguém os discutisse comigo.

[...]

     Os professores são extensões óbvias dos pais, dos encarregados pela educação de algum miúdo, e massacrálos é como pedir que não sejam capazes de cuidar da maravilha que é a meninice dos nossos miúdos, que é pior do que nos arrancarem telhas da casa, é pior do que perder a casa, é pior do que comer apenas sopa todos os dias.

     Estragar os nossos miúdos é o fim do mundo. Estragar os professores, e as escolas, que são fundamentais para melhorarem os nossos miúdos, é o fim do mundo. Nas escolas reside a esperança toda de que, um dia, o mundo seja um condomínio de gente bem formada, apaziguada com a sua condição mortal mas esforçada para se transcender no alcance da felicidade. E a felicidade, disso já sabemos todos, não é individual. É obrigatoriamente uma conquista para um coletivo. Porque sozinhos por natureza andam os destituídos de afeto.

        As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.


Fonte: Autobiografia Imaginária | Valter Hugo Mãe | JL Jornal de Letras, Artes e
Ideias | Ano XXII | Nº 1095 | 19 de Setembro de 2012.

Assinale a alternativa em que a expressão grifada desempenha a mesma função sintática do termo destacado em “Achei por muito tempo que ia ser professor
Alternativas
Q2350927 Português
OS PROFESSORES


Valter Hugo Mãe


          Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos. Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.

       A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de liberdade superior, onde cada indivíduo se vota a encontrar o seu mais genuíno, honesto, caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.

        Nunca tive exatamente de ensinar ninguém. Orientei uns cursos breves, a muito custo, e tento explicar umas clarividências ao cão que tenho há umas semanas. Sinto-me sempre mais afetivo do que efetivo na passagem do testemunho. Quero muito que o Freud, o meu cão, entenda que estabeleço regras para que tenhamos uma vida melhor, mas não suporto a tristeza dele quando lhe ralho ou o fecho meia hora na marquise. Sei perfeitamente que não tenho pedagogia, não estudei didática, não sou senão um tipo intuitivo e atabalhoado. Mas sei, e disso não tenho dúvida, que há quem saiba transmitir conhecimentos e que transmitir conhecimentos é como criar de novo aquele que os recebe.

       Os alunos nascem diante dos professores, uma e outra vez. Surgem de dentro de si mesmos a partir do entusiasmo e das palavras dos professores que os transformam em melhores versões. Quantas vezes me senti outro depois de uma aula brilhante. Punha-me a caminho de casa como se tivesses crescido um palmo inteiro durante cinquenta minutos. Como se fosse muito mais gente. Cheio de um orgulho comovido por haver tantos assuntos incríveis para se discutir e por merecer que alguém os discutisse comigo.

[...]

     Os professores são extensões óbvias dos pais, dos encarregados pela educação de algum miúdo, e massacrálos é como pedir que não sejam capazes de cuidar da maravilha que é a meninice dos nossos miúdos, que é pior do que nos arrancarem telhas da casa, é pior do que perder a casa, é pior do que comer apenas sopa todos os dias.

     Estragar os nossos miúdos é o fim do mundo. Estragar os professores, e as escolas, que são fundamentais para melhorarem os nossos miúdos, é o fim do mundo. Nas escolas reside a esperança toda de que, um dia, o mundo seja um condomínio de gente bem formada, apaziguada com a sua condição mortal mas esforçada para se transcender no alcance da felicidade. E a felicidade, disso já sabemos todos, não é individual. É obrigatoriamente uma conquista para um coletivo. Porque sozinhos por natureza andam os destituídos de afeto.

        As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.


Fonte: Autobiografia Imaginária | Valter Hugo Mãe | JL Jornal de Letras, Artes e
Ideias | Ano XXII | Nº 1095 | 19 de Setembro de 2012.

Na passagemMas sei, e disso não tenho dúvida, que há quem saiba transmitir conhecimentos e que transmitir conhecimentos é como criar de novo aquele que os recebe”, os termos em destaque estabelecem ideia, respectivamente, de:
Alternativas
Q2350926 Português
OS PROFESSORES


Valter Hugo Mãe


          Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos. Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.

       A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de liberdade superior, onde cada indivíduo se vota a encontrar o seu mais genuíno, honesto, caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.

        Nunca tive exatamente de ensinar ninguém. Orientei uns cursos breves, a muito custo, e tento explicar umas clarividências ao cão que tenho há umas semanas. Sinto-me sempre mais afetivo do que efetivo na passagem do testemunho. Quero muito que o Freud, o meu cão, entenda que estabeleço regras para que tenhamos uma vida melhor, mas não suporto a tristeza dele quando lhe ralho ou o fecho meia hora na marquise. Sei perfeitamente que não tenho pedagogia, não estudei didática, não sou senão um tipo intuitivo e atabalhoado. Mas sei, e disso não tenho dúvida, que há quem saiba transmitir conhecimentos e que transmitir conhecimentos é como criar de novo aquele que os recebe.

       Os alunos nascem diante dos professores, uma e outra vez. Surgem de dentro de si mesmos a partir do entusiasmo e das palavras dos professores que os transformam em melhores versões. Quantas vezes me senti outro depois de uma aula brilhante. Punha-me a caminho de casa como se tivesses crescido um palmo inteiro durante cinquenta minutos. Como se fosse muito mais gente. Cheio de um orgulho comovido por haver tantos assuntos incríveis para se discutir e por merecer que alguém os discutisse comigo.

[...]

     Os professores são extensões óbvias dos pais, dos encarregados pela educação de algum miúdo, e massacrálos é como pedir que não sejam capazes de cuidar da maravilha que é a meninice dos nossos miúdos, que é pior do que nos arrancarem telhas da casa, é pior do que perder a casa, é pior do que comer apenas sopa todos os dias.

     Estragar os nossos miúdos é o fim do mundo. Estragar os professores, e as escolas, que são fundamentais para melhorarem os nossos miúdos, é o fim do mundo. Nas escolas reside a esperança toda de que, um dia, o mundo seja um condomínio de gente bem formada, apaziguada com a sua condição mortal mas esforçada para se transcender no alcance da felicidade. E a felicidade, disso já sabemos todos, não é individual. É obrigatoriamente uma conquista para um coletivo. Porque sozinhos por natureza andam os destituídos de afeto.

        As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.


Fonte: Autobiografia Imaginária | Valter Hugo Mãe | JL Jornal de Letras, Artes e
Ideias | Ano XXII | Nº 1095 | 19 de Setembro de 2012.

Com base na afirmação "E a felicidade, disso já sabemos todos, não é individual. É obrigatoriamente uma conquista para um coletivo", pode-se afirmar que:
Alternativas
Q2350923 Pedagogia
Trata-se de uma ferramenta de uso obrigatório, utilizada em todo o Estado de São Paulo, onde são formalizadas as matrículas e lançadas todas as informações que devem compor o histórico escolar dos alunos, incluindo faltas e menções. Estamos falando:
Alternativas
Respostas
141: B
142: A
143: B
144: C
145: D
146: C
147: C
148: A
149: B
150: A
151: D
152: D
153: A
154: D
155: C
156: C
157: B
158: C
159: B
160: B