Questões de Concurso Para prefeitura de orlândia - sp

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Q2702104 Português

“A hiperonímia desempenha um papel articulador na continuidade do texto, uma vez que põe em cadeia dois segmentos, que serão interpretados como equivalentes.” Supondo que você está escrevendo um texto e começou com a frase “O gato estava prestes a pular da janela”, qual das seguintes frases você utilizaria para continuar o texto, valendo-se da substituição por hiperonímia?

Alternativas
Q2702103 Português

A língua e a fala possuem características distintas. Quanto à fala, é correto afirmar que:

Alternativas
Q2702102 Pedagogia

“Nos termos da LDB, o currículo do ensino médio deve garantir ações que promovam a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; e a Língua Portuguesa como instrumento de _________________, acesso ao __________________ e exercício da _________________.” Considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica, assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas
Q2702101 Pedagogia

Sobre o eixo leitura, que faz parte do currículo da Língua Portuguesa no ensino fundamental, considere os seguintes pressupostos encontrados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Compreende as práticas de linguagem que decorrem da interação passiva do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemióticos e de sua interpretação.

( ) Algumas finalidades ligadas à prática da leitura são: pesquisa e embasamento de trabalhos escolares e acadêmicos; conhecimento, discussão e debate sobre temas sociais relevantes; disseminação do separatismo político e cultural entre povos; fruição estética de textos e obras literárias.

( ) No contexto da BNCC, leitura não diz respeito ao texto escrito, senão a imagens estáticas (foto, pintura, desenho, esquema, gráfico, diagrama) ou em movimento (filmes, vídeos etc.) e ao som (música), que acompanha e cossignifica em muitos gêneros digitais.

( ) A participação dos estudantes em atividades de leitura com demandas crescentes possibilita uma ampliação de repertório de experiências, práticas, gêneros e conhecimentos que podem ser acessados diante de novos textos, configurando-se como conhecimentos prévios em novas situações de leitura.


A sequência está correta em

Alternativas
Q2702100 Português

Observe o que é enunciado no seguinte outdoor:


Imagem associada para resolução da questão

(Disponível em: https://www.romanews.com.br/noticias/pais-queperderam-filha-em-acidente-fazem-campanha-em-outdoor-porlei/43144/. Acesso em: 23/09/2019.)


Nas frases “Ela não queria... Eu aceitei e nós a perdemos. ”e “Use a cadeirinha” constata-se o uso, respectivamente, das funções:

Alternativas
Q2702099 Português

Canto de regresso à pátria

Minha terra tem palmares

onde gorjeia o mar

os passarinhos daqui

não cantam como os de lá


(Disponível em: http://www.horizonte.unam.mx/brasil/oswald6a. html. Acesso em: 23/09/ 2019.)


Os versos da primeira estrofe do poema “Canto de regresso à pátria”, de Oswald de Andrade, promovem um jogo intertextual com o texto-fonte “A canção do exílio”, de Gonçalves Dias. A criação literária do escritor modernista constitui um exemplo de:

Alternativas
Q2702098 Português

Um dos recursos coesivos tem por princípio que “as unidades semânticas similares devem corresponder a uma estrutura gramatical similar”.

(Antunes, 2005, p. 64.)

Desse modo, a frase “É conveniente chegares a tempo e trazeres o relatório pronto” poderia ser rescrita da seguinte forma: “é conveniente que chegues a tempo e que tragas o relatório pronto”. Haveria problema de coesão textual, entretanto, se fosse reescrita assim: “é conveniente chegares a tempo e que tragas o relatório pronto”, pois geraria uma:

Alternativas
Q2702097 Português

Na obra de Jorge Amado, finalista do Prêmio Nobel de Literatura de 1967, é possível distinguir:


I. Um primeiro momento de águas-fortes da vida baiana, rural e citadina que lhe deram a fórmula do “romance proletário”, como se pode perceber em “São Jorge dos Ilhéus” e “Dona Flor e seus dois maridos”.

II. Depoimentos líricos, isto é, sentimentais, espraiados em torno de rixas e amores marinheiros, como se nota em “Capitães da Areia”.

III. Um grupo de escritos de pregação partidária, como se verifica em “O cavaleiro da esperança” e “O mundo da paz”.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Q2702096 Pedagogia

Sobre a caraterização geral da narrativa infantil juvenil atual, considere as afirmativas a seguir.


I. Houve um aumento da complexidade narrativa, pois ela incorporou novas possibilidades de enunciação do discurso narrativo, de modo que as complicações narrativas mais utilizadas nos livros infantis e juvenis são, de maior a menor frequência: estruturas narrativas complexas, perspectivas focalizadas, vozes narrativas simultâneas e intradiegéticas, e anacronismos.

II. A exigência de uma leitura mais participativa devido à presença de ambiguidades no significado, principalmente na relação entre os elementos reais e fantásticos das obras.

III. Produziu-se uma certa desagregação da coesão narrativa, o que contribui para caracterizar a narrativa atual como uma forma literária escrita, em consonância com os traços próprios da cultura audiovisual e das tendências culturais definidas como “pós-modernidade”.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Q2702095 Português

Considerando os princípios ligados à gramática descritiva, é correto afirmar que:

Alternativas
Q2702089 Pedagogia

Como as outras tendências progressistas, a crítico-social dos conteúdos também está preocupada com a função transformadora da educação em relação à sociedade sem, com isso, negligenciar o processo de construção do conhecimento fundamentado nos conteúdos acumulados pela humanidade. Acerca desta tendência, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Q2702078 Pedagogia

Segundo Piaget, o processo evolutivo do funcionamento cognitivo tem um movimento ascendente, no qual cada nova estrutura envolve, ao mesmo tempo, superação e conservação da anterior. São princípios centrais desta teoria, EXCETO:

Alternativas
Q2702068 Português

Texto para responder às questões de 06 a 15.


Mídias sociais ampliam oportunidades


Pesquisa internacional mostra que plataformas digitais

rompem bolha social ao democratizar experiências,

compartilhar dicas práticas e conteúdo acadêmico.


Nas ruas dos grandes centros urbanos, a cena se repete. No metrô, no ônibus, nos carros, os brasileiros transitam meio zumbis, olhos pregados na tela do celular, sem prestar muita atenção ao que acontece ao redor. Hoje 64,7% da população brasileira acima de 10 anos está conectada à internet, segundo a última Pesquisa por Amostra Nacional de Domicílios Contínua (PNAD). E 62% têm um smartphone, de acordo com estudo do Google Consumer Barometer, de 2017. Houve um boom de conectividade via celular nos últimos seis anos – em 2012, apenas 14% dos brasileiros possuíam telefones desse tipo.

“No passado, só tinham acesso à internet as classes A e B. Nos anos 1990, por exemplo, isso era coisa de jovem, estudante, branco, nerd e geralmente homem”, conta o antropólogo Juliano Spyer, autor de estudo realizado para a University College London (UCL), no Reino Unido, recém-publicado no livro Mídias sociais no Brasil emergente – Como a internet afeta a mobilidade social (Educ/UCL Press). “Foi a partir de meados dos anos 2000, por intermédio do Orkut, que a rede se popularizou.” No caso do Brasil, a estabilidade política e o desenvolvimento econômico experimentados nos últimos 20 anos propiciaram o acesso da população a computadores domésticos e dispositivos móveis, como tablets e smartphones.

Intrigado com a popularização de ferramentas de acesso à internet, Spyer dedicou-se a compreender esse processo. Em abril de 2013, fechou sua casa, em São Paulo, e se mudou para uma vila-dormitório para trabalhadores de baixa renda, com 15 mil habitantes, na Bahia, onde morou até maio de 2014. Para resguardar a identidade dos entrevistados, o pesquisador deu ao local o nome fictício de Balduíno.

Antes de iniciar a pesquisa de campo, Spyer e outros oito antropólogos passaram sete meses se preparando, sob a orientação do antropólogo e arqueólogo Daniel Miller, da UCL. Após revisar a bibliografia correlata ao tema, estabeleceram as principais questões a serem abordadas na investigação: a razão do uso das redes sociais, sua utilidade prática, o grau de interferência na educação, o papel político que desempenham e o quão aproximam – ou distanciam – as pessoas.

“Depois de seis meses em Balduíno, eu já estava integrado ao local”, conta Spyer. A partir daí, o antropólogo passou a acompanhar, via Facebook, WhatsApp e também fora da internet a vida de 250 pessoas, que espontaneamente se tornaram suas “amigas” na rede social. Para aprofundar a pesquisa, 50 delas, de distintos perfis sociais e idades, foram selecionadas de modo a refletir a população local. “Não quisemos uma pesquisa só com adolescentes porque o uso da internet por quem tem menos experiência on-line não é menos relevante”, diz Spyer.

Em Balduíno, as pessoas ganham a vida trabalhando como faxineiras, motoristas, jardineiras e cozinheiras, principalmente em hotéis e em outros negócios do polo turístico ao norte da cidade de Salvador. “Suas aspirações de consumo incluem roupas de grifes internacionais, motocicleta, carro e computador. Aliás, hoje o computador ocupa, na sala, o lugar físico e simbólico ocupado antes pela TV, para ser exibido aos amigos e vizinhos”, diz Spyer. “A pesquisa constatou que, na população de baixa renda, saber usar a internet indica que a pessoa faz parte da modernidade e tem uma capacidade de comunicação mais avançada, característica de alguém que teve alguma formação”, explica. “Mas, paradoxalmente, a comunicação digital também fortalece redes tradicionais de ajuda mútua que estavam se diluindo por causa da urbanização.”

A investigação levou Spyer a descontruir alguns estereótipos sobre o comportamento de usuários da internet que habitam as periferias das cidades brasileiras. Entre eles, o de que viveriam em realidades distintas, uma virtual e outra real. “Em meados dos anos 2000, recebia pacientes no consultório que criavam perfis falsos, completamente diferentes do que eles eram off-line”, recorda a psicanalista Patrícia Ferreira, pós-doutoranda em psicologia clínica na Universidade de São Paulo (USP). “Hoje, as postagens mudaram e surgem como a confirmação do ‘eu’ que se idealiza ser, a selfie perfeita.”

Patrícia pesquisa a apropriação política exteriorizada na retórica das mídias sociais a partir das manifestações de junho de 2013, quando explodiram protestos em todas as capitais do país, inicialmente contra o aumento das tarifas de transporte público. Utilizando ferramentas da psicanálise, ela realiza o que define como “escuta do coletivo” com informações publicadas em perfis e discussões em grupos com posições opostas. Apesar de ainda não estar concluído, o estudo tem evidenciado a função “protetora” da tela, que encoraja os usuários a dizerem o que pensam, quase sempre ignorando a responsabilidade e o efeito das palavras.


(Valéria França, edição 273. Nov. 2018. Comunicação Educação. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2018/11/ 19/midias-sociais-ampliam-oportunidades.)

Dentre os fragmentos destacados a seguir, assinale o que indica um posicionamento da autora do texto:

Alternativas
Q2702067 Português

Texto para responder às questões de 06 a 15.


Mídias sociais ampliam oportunidades


Pesquisa internacional mostra que plataformas digitais

rompem bolha social ao democratizar experiências,

compartilhar dicas práticas e conteúdo acadêmico.


Nas ruas dos grandes centros urbanos, a cena se repete. No metrô, no ônibus, nos carros, os brasileiros transitam meio zumbis, olhos pregados na tela do celular, sem prestar muita atenção ao que acontece ao redor. Hoje 64,7% da população brasileira acima de 10 anos está conectada à internet, segundo a última Pesquisa por Amostra Nacional de Domicílios Contínua (PNAD). E 62% têm um smartphone, de acordo com estudo do Google Consumer Barometer, de 2017. Houve um boom de conectividade via celular nos últimos seis anos – em 2012, apenas 14% dos brasileiros possuíam telefones desse tipo.

“No passado, só tinham acesso à internet as classes A e B. Nos anos 1990, por exemplo, isso era coisa de jovem, estudante, branco, nerd e geralmente homem”, conta o antropólogo Juliano Spyer, autor de estudo realizado para a University College London (UCL), no Reino Unido, recém-publicado no livro Mídias sociais no Brasil emergente – Como a internet afeta a mobilidade social (Educ/UCL Press). “Foi a partir de meados dos anos 2000, por intermédio do Orkut, que a rede se popularizou.” No caso do Brasil, a estabilidade política e o desenvolvimento econômico experimentados nos últimos 20 anos propiciaram o acesso da população a computadores domésticos e dispositivos móveis, como tablets e smartphones.

Intrigado com a popularização de ferramentas de acesso à internet, Spyer dedicou-se a compreender esse processo. Em abril de 2013, fechou sua casa, em São Paulo, e se mudou para uma vila-dormitório para trabalhadores de baixa renda, com 15 mil habitantes, na Bahia, onde morou até maio de 2014. Para resguardar a identidade dos entrevistados, o pesquisador deu ao local o nome fictício de Balduíno.

Antes de iniciar a pesquisa de campo, Spyer e outros oito antropólogos passaram sete meses se preparando, sob a orientação do antropólogo e arqueólogo Daniel Miller, da UCL. Após revisar a bibliografia correlata ao tema, estabeleceram as principais questões a serem abordadas na investigação: a razão do uso das redes sociais, sua utilidade prática, o grau de interferência na educação, o papel político que desempenham e o quão aproximam – ou distanciam – as pessoas.

“Depois de seis meses em Balduíno, eu já estava integrado ao local”, conta Spyer. A partir daí, o antropólogo passou a acompanhar, via Facebook, WhatsApp e também fora da internet a vida de 250 pessoas, que espontaneamente se tornaram suas “amigas” na rede social. Para aprofundar a pesquisa, 50 delas, de distintos perfis sociais e idades, foram selecionadas de modo a refletir a população local. “Não quisemos uma pesquisa só com adolescentes porque o uso da internet por quem tem menos experiência on-line não é menos relevante”, diz Spyer.

Em Balduíno, as pessoas ganham a vida trabalhando como faxineiras, motoristas, jardineiras e cozinheiras, principalmente em hotéis e em outros negócios do polo turístico ao norte da cidade de Salvador. “Suas aspirações de consumo incluem roupas de grifes internacionais, motocicleta, carro e computador. Aliás, hoje o computador ocupa, na sala, o lugar físico e simbólico ocupado antes pela TV, para ser exibido aos amigos e vizinhos”, diz Spyer. “A pesquisa constatou que, na população de baixa renda, saber usar a internet indica que a pessoa faz parte da modernidade e tem uma capacidade de comunicação mais avançada, característica de alguém que teve alguma formação”, explica. “Mas, paradoxalmente, a comunicação digital também fortalece redes tradicionais de ajuda mútua que estavam se diluindo por causa da urbanização.”

A investigação levou Spyer a descontruir alguns estereótipos sobre o comportamento de usuários da internet que habitam as periferias das cidades brasileiras. Entre eles, o de que viveriam em realidades distintas, uma virtual e outra real. “Em meados dos anos 2000, recebia pacientes no consultório que criavam perfis falsos, completamente diferentes do que eles eram off-line”, recorda a psicanalista Patrícia Ferreira, pós-doutoranda em psicologia clínica na Universidade de São Paulo (USP). “Hoje, as postagens mudaram e surgem como a confirmação do ‘eu’ que se idealiza ser, a selfie perfeita.”

Patrícia pesquisa a apropriação política exteriorizada na retórica das mídias sociais a partir das manifestações de junho de 2013, quando explodiram protestos em todas as capitais do país, inicialmente contra o aumento das tarifas de transporte público. Utilizando ferramentas da psicanálise, ela realiza o que define como “escuta do coletivo” com informações publicadas em perfis e discussões em grupos com posições opostas. Apesar de ainda não estar concluído, o estudo tem evidenciado a função “protetora” da tela, que encoraja os usuários a dizerem o que pensam, quase sempre ignorando a responsabilidade e o efeito das palavras.


(Valéria França, edição 273. Nov. 2018. Comunicação Educação. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2018/11/ 19/midias-sociais-ampliam-oportunidades.)

De acordo com o contexto em que estão inseridos os vocábulos destacados a seguir, indique o significado correto apresentado:

Alternativas
Q2702064 Português

Texto para responder às questões de 06 a 15.


Mídias sociais ampliam oportunidades


Pesquisa internacional mostra que plataformas digitais

rompem bolha social ao democratizar experiências,

compartilhar dicas práticas e conteúdo acadêmico.


Nas ruas dos grandes centros urbanos, a cena se repete. No metrô, no ônibus, nos carros, os brasileiros transitam meio zumbis, olhos pregados na tela do celular, sem prestar muita atenção ao que acontece ao redor. Hoje 64,7% da população brasileira acima de 10 anos está conectada à internet, segundo a última Pesquisa por Amostra Nacional de Domicílios Contínua (PNAD). E 62% têm um smartphone, de acordo com estudo do Google Consumer Barometer, de 2017. Houve um boom de conectividade via celular nos últimos seis anos – em 2012, apenas 14% dos brasileiros possuíam telefones desse tipo.

“No passado, só tinham acesso à internet as classes A e B. Nos anos 1990, por exemplo, isso era coisa de jovem, estudante, branco, nerd e geralmente homem”, conta o antropólogo Juliano Spyer, autor de estudo realizado para a University College London (UCL), no Reino Unido, recém-publicado no livro Mídias sociais no Brasil emergente – Como a internet afeta a mobilidade social (Educ/UCL Press). “Foi a partir de meados dos anos 2000, por intermédio do Orkut, que a rede se popularizou.” No caso do Brasil, a estabilidade política e o desenvolvimento econômico experimentados nos últimos 20 anos propiciaram o acesso da população a computadores domésticos e dispositivos móveis, como tablets e smartphones.

Intrigado com a popularização de ferramentas de acesso à internet, Spyer dedicou-se a compreender esse processo. Em abril de 2013, fechou sua casa, em São Paulo, e se mudou para uma vila-dormitório para trabalhadores de baixa renda, com 15 mil habitantes, na Bahia, onde morou até maio de 2014. Para resguardar a identidade dos entrevistados, o pesquisador deu ao local o nome fictício de Balduíno.

Antes de iniciar a pesquisa de campo, Spyer e outros oito antropólogos passaram sete meses se preparando, sob a orientação do antropólogo e arqueólogo Daniel Miller, da UCL. Após revisar a bibliografia correlata ao tema, estabeleceram as principais questões a serem abordadas na investigação: a razão do uso das redes sociais, sua utilidade prática, o grau de interferência na educação, o papel político que desempenham e o quão aproximam – ou distanciam – as pessoas.

“Depois de seis meses em Balduíno, eu já estava integrado ao local”, conta Spyer. A partir daí, o antropólogo passou a acompanhar, via Facebook, WhatsApp e também fora da internet a vida de 250 pessoas, que espontaneamente se tornaram suas “amigas” na rede social. Para aprofundar a pesquisa, 50 delas, de distintos perfis sociais e idades, foram selecionadas de modo a refletir a população local. “Não quisemos uma pesquisa só com adolescentes porque o uso da internet por quem tem menos experiência on-line não é menos relevante”, diz Spyer.

Em Balduíno, as pessoas ganham a vida trabalhando como faxineiras, motoristas, jardineiras e cozinheiras, principalmente em hotéis e em outros negócios do polo turístico ao norte da cidade de Salvador. “Suas aspirações de consumo incluem roupas de grifes internacionais, motocicleta, carro e computador. Aliás, hoje o computador ocupa, na sala, o lugar físico e simbólico ocupado antes pela TV, para ser exibido aos amigos e vizinhos”, diz Spyer. “A pesquisa constatou que, na população de baixa renda, saber usar a internet indica que a pessoa faz parte da modernidade e tem uma capacidade de comunicação mais avançada, característica de alguém que teve alguma formação”, explica. “Mas, paradoxalmente, a comunicação digital também fortalece redes tradicionais de ajuda mútua que estavam se diluindo por causa da urbanização.”

A investigação levou Spyer a descontruir alguns estereótipos sobre o comportamento de usuários da internet que habitam as periferias das cidades brasileiras. Entre eles, o de que viveriam em realidades distintas, uma virtual e outra real. “Em meados dos anos 2000, recebia pacientes no consultório que criavam perfis falsos, completamente diferentes do que eles eram off-line”, recorda a psicanalista Patrícia Ferreira, pós-doutoranda em psicologia clínica na Universidade de São Paulo (USP). “Hoje, as postagens mudaram e surgem como a confirmação do ‘eu’ que se idealiza ser, a selfie perfeita.”

Patrícia pesquisa a apropriação política exteriorizada na retórica das mídias sociais a partir das manifestações de junho de 2013, quando explodiram protestos em todas as capitais do país, inicialmente contra o aumento das tarifas de transporte público. Utilizando ferramentas da psicanálise, ela realiza o que define como “escuta do coletivo” com informações publicadas em perfis e discussões em grupos com posições opostas. Apesar de ainda não estar concluído, o estudo tem evidenciado a função “protetora” da tela, que encoraja os usuários a dizerem o que pensam, quase sempre ignorando a responsabilidade e o efeito das palavras.


(Valéria França, edição 273. Nov. 2018. Comunicação Educação. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2018/11/ 19/midias-sociais-ampliam-oportunidades.)

Suas aspirações de consumo incluem roupas de grifes internacionais, motocicleta, carro e computador. Aliás, hoje o computador ocupa, na sala, o lugar físico e simbólico ocupado antes pela TV, para ser exibido aos amigos e vizinhos” (6º§). O fragmento anterior corresponde a uma das falas de Spyer acerca das pessoas referidas por ele em sua pesquisa. Ao introduzir a informação acerca do posicionamento físico do computador, o pesquisador revela:

Alternativas
Q2702005 Português

Texto para responder às questões de 01 a 05.


A gestação do povo brasileiro, a universidade e o saber popular


[...] As universidades são urgidas a buscar um enraizamento orgânico nas periferias, nas bases populares e nos setores ligados diretamente à produção. Aqui pode se estabelecer uma fecunda troca de saberes, entre o saber popular, de experiências feito, e o saber acadêmico, constituído pelo espírito crítico; dessa aliança surgirão seguramente novas temáticas teóricas nascidas do confronto com a anti-realidade popular e da valorização da riqueza incomensurável do povo na sua capacidade de encontrar, sozinho, saídas para os seus problemas. Aqui se dá a troca de saberes, uns completando os outros, no estilo proposto pelo prêmio Nobel de Química (1977) Ilya Prigorine (cf. A nova aliança, UNB 1984).

Deste casamento, se acelera a gênese de um povo; permite um novo tipo de cidadania, baseada na con-cidadania dos representantes da sociedade civil e acadêmica e das bases populares que tomam iniciativas por si mesmos e submetem o Estado a um controle democrático, cobrando-lhe os serviços básicos especialmente para as grandes populações periféricas.

Nestas iniciativas populares, com suas várias frentes (casa, saúde, educação, direitos humanos, transporte coletivo etc.), os movimentos sociais sentem necessidade de um saber profissional. É onde a universidade pode e deve entrar, socializando o saber, oferecendo encaminhamentos para soluções originais e abrindo perspectivas às vezes insuspeitadas por quem é condenado a lutar só para sobreviver. [...]


(BOFF, Leonardo. A gestação do povo brasileiro, a universidade e o saber popular. Disponível em: https://leonardoboff.wordpress. com/2014/03/01/a-gestacao-do-povo-brasileiro-a-universidade-eo-saber-popular/. Acesso em: 09/2019. Fragmento.)

De acordo com as ideias apresentadas no texto, compreende-se corretamente que:

Alternativas
Q2701820 Artes Visuais

Turé é uma festa de agradecimento às pessoas invisíveis que vivem no Outro Mundo, chamadas Karuãna, pelas curas que elas propiciaram por meio das práticas xamânicas dos pajés. Os pajés dançam, cantam e bebem muito caxixi com os Karuãna que vêm ouvi-los cantar várias vezes sem repetir o canto.


(Iepé, 2009.)


Segundo o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), os povos indígenas Palikur, Galibi-Marworno, Galibi Kali’na e Karipuna formam os povos indígenas do baixo rio Oiapoque, que vivem na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa no Amapá, povos que preservam o caráter sagrado e mágico do ritual Turé. Os cantos e as danças são elementos indispensáveis para a realização do Turé. Assinale a afirmativa que apresenta objetivos e possibilidades no estudo de rituais indígenas em sala de aula.

Alternativas
Q2701819 Artes Visuais

A cor é a sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão; portanto, o seu aparecimento está condicionado à existência de dois elementos: a luz e o olho. Em relação à cor, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2701818 Artes Visuais

O começo do século XX no Brasil foi marcado por mudanças que resultaram em um expressivo crescimento econômico e grandes transformações sociais. A proposta em torno de uma nova arte brasileira ganhou força com a Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922. Depois da Semana de 1922, novos artistas ganharam destaque por valorizarem a cultura brasileira. Relacione adequadamente os artistas com suas respectivas características.


1. Cândico Portinari.

2. Cícero Dias.

3. Bruno Giorgi.

4. Francisco Rebolo.

5. Alfredo Volpi.


( ) Italiano, radicado no Brasil. Suas obras retratavam fachadas de casarios, mastros, bandeiras e fitas, valorizando apenas as linhas e as cores. Obra: “Fachada com bandeirinhas”, 1950.

( ) Pernambucano, abandonou o academicismo em busca de um caminho pessoal. Retratou com frequência cenas da vida nordestina, usando regularmente o azul e o vermelho. Obra: “Eu vi o mundo... Ele começa no Recife”, 1926/1929.

( ) Nascido em Brodowski-SP; retratou retirantes nordestinos, cangaceiros e temas históricos. Obra: “Retirantes”, 1944.

( ) Nascido em Mococa-SP; em suas esculturas valorizou a sugestão de movimento e os vazios, harmonizando linhas e formas angulares. Obra: “Os guerreiros (Candangos)”, 1959.

( ) Nascido em São Paulo – SP; seus temas preferidos eram retratos, naturezas-mortas e, sobretudo, paisagem de bairros de São Paulo. Fez parte do Grupo Santa Helena. Obra: “Rua do Carmo”, 1936.


A sequência está correta em

Alternativas
Q2701817 Artes Visuais

Camille Pissarro foi um artista fiel aos princípios do Impressionismo, movimento artístico que surgiu no final do século XIX, na França. Em relação a Camille Pissarro, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: D
4: D
5: B
6: A
7: B
8: D
9: A
10: C
11: D
12: D
13: B
14: D
15: D
16: C
17: D
18: D
19: C
20: D