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“No processo de trabalhar com textos especificamente filosóficos, com outras estruturas e outros registros e no esforço de articular os conhecimentos filosóficos e outras expressões culturais, assim como de debater e de elaborar dissertações, o aluno aprende a examinar o texto como algo que não se encontra fechado em si mesmo, mas aberto a interpretações e a problematizações diversas. De fato, a habilidade hermenêutica supõe a contextualização dos conhecimentos filosóficos sob diversos aspectos” (BRASIL. Ministério da Educação. Orientações educacionais complementares aos parâmetros curriculares nacionais: Filosofia. Brasília: MEC/SEF, 2000).
Considerando o trecho acima, assinale a alternativa que NÃO está de acordo com os aspectos de contextualização do conhecimento filosófico descritos no documento.
“Embora educadores do renome de um Dermeval Saviani afirmem que exista uma especificidade epistemológica própria da educação, quero defender aqui o contrário. E, para ser mais ousado, vou afirmar que a grandeza da educação reside justamente nesta falta de especificidade, o que faz dela uma área aberta” (GALLO, S. Filosofia e formação do educador: os desafios da modernidade. In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani; SILVA JÚNIOR, Celestino Alves (Org.). Formação do educador e avaliação educacional. São Paulo: UNESP, 1996. v. 2).
O trecho apresentado aponta a crítica feita por Sílvio Gallo, importante filósofo da educação brasileiro, a um paradigma educacional cientificista e pretende conferir à educação uma abertura a outros saberes. Dessa forma, o autor defende um paradigma cuja tônica seja:
“O direito é ao mesmo tempo: um sistema de saber e um sistema de ação; ele pode tanto ser entendido como um texto repleto de proposições e interpretações normativas quanto como uma instituição, isto é, como um complexo de regulamentações da ação” (HABERMAS, Jürgen. Facticidade e validade. São Paulo: Unesp, 2020).
Habermas busca, em “Facticidade e validade”, solucionar o paradoxo da geração da legitimidade jurídica baseada na legalidade. Para realizar essa tarefa, o autor utiliza-se de uma:
“Com a expressão vita activa, pretendo designar três atividades humanas fundamentais: labor, trabalho e ação. Trata-se de atividades fundamentais porque a cada uma delas corresponde uma das condições básicas mediante as quais a vida foi dada ao homem na Terra” (ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007).
Considerando o trecho apresentado, são atividades humanas fundamentais que correspondem à condição humana da pluralidade e que, por conseguinte, constituem-se como a condição de toda vida política:
I. Labor.
II. Trabalho.
III. Ação.
Quais estão corretas?
“Não desconheço que muitos têm tido, e têm, a opinião de que as coisas do mundo são governadas pela fortuna e por Deus, de modo que a prudência dos homens não as poderia corrigir nem lhes ofertaria algum remédio. Dessa maneira, poder-se-ia pensar que ninguém deve se importar muito com elas, deixando-se simplesmente reger pela fortuna. Essa opinião é muito aceita na nossa época, pela grande variação das coisas, o que se percebe diariamente, fora de toda conjuntura humana. Em algumas ocasiões, quando considero o assunto, tendo a aceitá-lo. Apesar disso, e uma vez que nosso livre-arbítrio permanece, acredito poder ser verdadeiro o fato de que a fortuna arbitre metade de nossas ações, mas que, mesmo assim, ela nos permita governar a outra metade quase inteira” (MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2000).
O trecho apresentado sintetiza a visão de mundo do autor, de modo a entender que:
“A ideia do socialismo é uma filha espiritual da industrialização capitalista. Ela nasceu quando ficou demonstrado que as suas exigências de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa não passavam de promessas vazias para uma grande parte da população, estando, portanto, muito longe de se concretizar na sociedade”(WOODCOCK, George. Os grandes escritos anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 2019).
O anarquismo é uma das correntes socialistas surgidas após os eventos históricos que o historiador britânico Eric Hobsbawn definiu como a dupla revolução: de um lado, a Revolução Industrial, que se origina na Inglaterra ao fim do século XVIII; de outro, a Revolução Francesa, que irrompe no ano de 1789. Assinale a alternativa que apresenta apenas pensadores anarquistas.