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Neste ensaio, “ciência normal” significa uma pesquisa estavelmente fundada sobre um ou mais resultados alcançados pela ciência do passado, aos quais uma comunidade científica particular, por certo período de tempo, reconhece a capacidade de constituir o fundamento de sua práxis posterior.
Texto 2:
Essas transformações dos paradigmas da óptica e da física constituem revoluções científicas, e a passagem sucessiva de um paradigma para outro, por meio da revolução, forma o esquema habitual de desenvolvimento de uma ciência madura.
Qual o pensador cujas ideias são representadas pelos dois fragmentos acima é?
No contexto do surgimento da filosofia, julgue as afirmativas abaixo e marque a alternativa CORRETA:
I - Tales havia privilegiado a água, Anaxímenes o ar, Xenófanes a terra e Heráclito o fogo. Para Empédocles, todas essas quatro substâncias mantinham-se em iguais condições como ingredientes fundamentais, ou "raízes", como ele dizia, do universo.
II - Os átomos, acreditava Diógenes, são muito pequenos para serem detectados pelos sentidos. Eles são infinitos em quantidade e aparecem sem cessar em infinitas variedades, além de terem existido desde sempre. Ao contrário dos eleatas, ele afirmava que não havia contradição em admitir a existência de um vácuo: havia um vazio, e nesse infinito espaço os átomos estavam em constante movimento, assim como os grãos de pó sob os raios de sol.
III - A descoberta dos pitagóricos de que havia uma relação entre os intervalos musicais e as razões numéricas resultou na crença de que o estudo da matemática era a chave para o entendimento da estrutura e da ordem do universo.
IV - Melisso de Samos sistematizou a doutrina eleática e caracterizou o ser como eterno, infinito, uno, igual, imutável, imóvel e incorpóreo.
V - Diógenes de Apolônia combina as teses de Tales e Anaxágoras afirmando que o princípio seja água-inteligência, de natureza infinita.
(...) me parece que o desafio que está posto para nós, ao ensinar filosofia, é ensinar filosofia como um convite para que cada um dos nossos estudantes façam eles próprios no seu pensamento a sua experiência de pensamento, mas, uma experiência de pensamento que eles jamais poderiam fazer sozinhos. Eles só vão poder fazer se tiverem a oportunidade de uma ou duas horas por semana, em sala de aula, na escola, estar com um professor filósofo e que, portanto, experimenta a filosofia como atividade e que convide os estudantes a fazerem essa atividade com ele. Vejam que o que eu estou falando aqui não se trata de uma filosofia que pode ser aprendida exclusivamente nos livros, mas é uma filosofia que só pode ser aprendida por essa frequentação e é essa filosofia que do meu ponto de vista faz sentido estar na sala de aula, não como uma filosofia que simplesmente indique fórmulas que vão ser memorizadas pelos alunos, mas, uma filosofia que convide a pensar junto, que convide a fazer junto. E repito, esse pensar junto e esse fazer junto, pode ter como intervenção fundamental o texto de filosofia através do qual nós podemos acompanhar o movimento dos pensamentos dos filósofos e, ao acompanhar esse movimento, fazer o nosso próprio movimento de pensamento no nosso pensamento, com criatividade, com competência e com qualidade”.
(GALLO, Sílvio. O ensino de filosofia. Revista Trilhas Filosóficas. Ano 9. Nº 2. Jul-dez. Caicó, 2016. p. 28.)
Analisando o que apresenta Sílvio Gallo, no trecho acima, podemos AFIRMAR que:
“Meu método dialético, em seus fundamentos, não é apenas diferente do método hegeliano, mas exatamente seu oposto. Para Hegel, o processo de pensamento, que ele, sob o nome de Ideia, chega mesmo a transformar num sujeito autônomo, é o demiurgo do processo efetivo, o qual constitui apenas a manifestação externa do primeiro. Para mim, ao contrário, o ideal não é mais do que o material, transposto e traduzido na cabeça do homem. (...)
(...) A mistificação que a dialética sofre nas mãos de Hegel não impede em absoluto que ele tenha sido o primeiro a expor, de modo amplo e consciente, suas formas gerais de movimento. Nele, ela se encontra de cabeça para baixo. É preciso desvirá-la, a fim de descobrir o cerne racional dentro do invólucro místico.”
(MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro I. Tradução Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013. p.78-79)
Ao delimitar uma diferença entre sua dialética e a dialética hegeliana, Marx transporta sua dialética das ideias para a realidade social em contradição. Refletindo sobre a dialética em Marx, podemos AFIRMAR que:
[...] Frege achou a linguagem natural incapaz de exprimir as estruturas lógicas com a precisão necessária. [...]”
OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. A reviravolta lingüístico-pragmática na Filosofia Contemporânea. São Paulo: Edições Loyola, 2006. p. 58-59.
O trabalho de Gottlob Frege marca um movimento na filosofia que desenvolve a lógica simbólica ou lógica matemática, na qual se articulou a tentativa de construção de uma linguagem artificial que pudesse exprimir com exatidão todas as formas linguísticas. Autores como Rudolf Carnap e o primeiro Wittgenstein seguiram esse propósito.
Analise as afirmações abaixo sobre lógica simbólica ou matemática e o pensamento dos autores mencionados acima e marque a alternativa CORRETA:
Sobre a ética do discurso de Apel e Habermas, podemos AFIRMAR:
No contexto de sua teoria do conhecimento, Kant afirma que um tipo de juízo é o mais importante para a ciência, pois é um juízo de ampliação, no qual o predicado acrescenta algo ao sujeito e é um juízo necessário e universal. Qual é esse tipo de juízo?
“Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência.”
(LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. 2.ed. São Paulo: Brasil Cultural, 1978. p.160. (Coleção Os pensadores)
Sobre o empirismo de John Locke, podemos AFIRMAR:
(AUDI, Robert. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA DE CAMBRIDGE. Tradução de João Paulo Neto. et.al. São Paulo: Paulus, 2006. p.788.)
Sobre o racionalismo, podemos AFIRMAR:
I - Havia, em torno a Protágoras, filósofos de inclinação matemática cujas investigações tomaram um rumo bem diverso. Uma receita, antes de nomear seus ingredientes, deve conter uma porção de números — tantos gramas disto, tantos litros daquilo. Os pitagóricos tinham mais interesse nos números da receita do mundo do que nos próprios ingredientes. Eles supunham, diz Aristóteles, que os elementos dos números eram os elementos de todas as coisas, e que o universo inteiro era uma escala musical.
II - Os primeiros filósofos, que viviam na área costeira da Grécia, na Ásia Menor, concentraram-se na causa material: eles buscavam os ingredientes fundamentais do mundo em que vivemos. Tales e os que o sucederam propuseram a seguinte questão: Em um nível fundamental, seria o mundo feito de água, ar, fogo, terra ou de uma combinação de todas essas causas?
III - Os milésios não são, portanto, físicos de fato, mas também não são construtores de mitos. Eles não abandonaram os mitos, mas estão se distanciando deles. (...) eles são especuladores, e em suas especulações se misturam elementos de filosofia, ciência e religião, em uma rica e borbulbante poção.
IV - Tudo o que existe, tudo o que possa ser pensado não é para Heráclito senão o Ser. O Ser é um e indivisível, não possui começo ou fim e não está sujeito ao câmbio do tempo.
“O que levou Kant a elaborar toda a prospectiva do criticismo foram as observações céticas de Hume, que, levando às últimas consequências a abordagem empirista, demonstrou a inconsistência das noções de espaço e de tempo, reduzindo-as a fruto de um simples hábito. Kant quis resolver esse desafio considerando o espaço e o tempo como duas formas sintéticas a priori da percepção.” (NICOLA, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofia: das origens à idade moderna. São Paulo: Globo, 2005, p. 328).
Qual das alternativas a seguir traz a concepção kantiana de espaço e tempo?
I - O debate contemporâneo entre filósofos liberais e comunitaristas parece polarizar-se de importante oposição: indivíduo e comunidade. As teorias políticas liberais são inseparáveis do individualismo moderno, ao valorizarem o indivíduo em relação ao grupo social e por se oporem às visões coletivistas da política, que tendem a valorizar o grupo social e não o indivíduo.
II - Charles Larmore é autor do livro Multiculturalism: Examining the politics of recognition (1994) e um dos principais pensadores da corrente comunitarista.
III - O comunitarismo propõe que o indivíduo seja considerado membro inserido numa comunidade política de iguais. E, para que exista um aperfeiçoamento da vida política na democracia, se exiga uma cooperação social, um empenhamento público e participação política, isto é, formas de comportamento que ajudem ao enobrecimento da vida comunitária.
IV - No caso dos Liberais, encontramos Éticas Procedimentais que definem uma teoria moral fundada segundo normas procedimentais, formais, desligadas de qualquer concepção específica do bem.
V - A concepção comunitarista defende que “uma vez que os cidadão se vejam a si mesmos como pessoas livres e iguais, reconhecerão que para realizarem as suas diferentes convicções de bem necessitam dos mesmos bens primários - ou seja, os mesmos direitos básicos, liberdades e oportunidades - bem como dos mesmos meios destinados a todos os fins, como o rendimento, a riqueza e as mesmas bases sociais de autoestima’’ (MOUFFE, 1996 p. 84)
A partir da citação acima e em consonância com as discussões sobre a filosofia da ciência que perpassaram principalmente o séc XX, assinale a alternativa CORRETA que apresenta o nome do filósofo que defendeu a tese supracitada:
Em relação à política e organização da sociedade civil, no pensamento de Espinosa, assinale a alternativa CORRETA: