Questões de Concurso
Para ufrj
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A Pró-Reitoria de Tecnologia de um Instituto Federal de Ensino resolveu reestruturar suas plataformas de comunicação institucionais. Contudo, é importante que se observe como se dará a implementação dessas soluções, analisando a disponibilização de uma plataforma privada local para acesso exclusivo através de uma _______; para que seja possível acesso controlado de agentes que não estejam nas dependências institucionais, por meio de uma _______; e, por fim, uma plataforma de acesso a informações públicas por meio da _______.
Das alternativas a seguir, assinale a que preenche
corretamente as lacunas presentes no texto.
Um departamento de estudos está precisando de um relatório quantitativo acerca de duas disciplinas específicas: Matemática e Português. Foi solicitado ao servidor Jonas, que acabara de chegar ao setor, que ele resolvesse essa questão. Utilizando a funcionalidade de tabela dinâmica de um editor de planilhas de Licença Livre, ele conseguiu entregar o relatório demandado. Assinale a alternativa que descreve corretamente o caminho utilizado por Jonas, dentro do editor de planilha, para gerar a tabela dinâmica e quais campos de linha e de dados, respectivamente, foram selecionados, dentro da tabela dinâmica, para geração do resultado final, conforme demostrado na “Tabela 2”.
Em uma instituição federal de ensino, a área responsável pela Tecnologia da Informação, seguindo orientações normativas da Secretaria de TIC do Governo Federal, está implantando um plano de migração de Sistemas Operacionais dos seus computadores de Sistema Proprietário para Sistema de Licença Livre. A despeito de a migração gerar uma expectativa acerca de como será a forma de trabalho em um novo ambiente operacional, pode-se analisar as seguintes assertivas:
I – todo Sistema Operacional de Licença Livre tem seu código-fonte aberto e é desenvolvido somente por organizações com fins lucrativos.
II – para um computador de mesa ou portátil ser funcional de fato, é necessária apenas a instalação de um Sistema Operacional Proprietário.
III – para que se possa imprimir um documento a partir de um editor de texto instalado em um Sistema Operacional de Licença Livre é necessário ter um periférico de impressão instalado, estando tanto o computador como o periférico na mesma rede ou o periférico instalado diretamente a esse computador.
IV – uma das características de um Sistema Operacional é fazer a comunicação entre o ser humano e a máquina.
Assinale a alternativa que contém somente as afirmativas corretas.
“(...) Entre os fatores constitutivos da globalização, em seu caráter perverso atual, encontram-se a forma como a informação é oferecida à humanidade e a emergência do dinheiro em estado puro como motor da vida econômica e social. (...). O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isso é tanto mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. (...)”
Fragmento de Por uma outra globalização: do pensamento
único à consciência universal, 2015, de MILTON SANTOS (3
de maio de 1926, Brotas de Macaúba, Bahia – 24 de junho de
2001, São Paulo). O geógrafo e professor foi preso, durante o
golpe de 1964, e permaneceu no exílio por 13 anos. Depois de
seu retorno ao Brasil, foi professor e pesquisador na UFRJ até
1983. Milton Santos recebeu 20 títulos Doutor Honoris Causa de
universidades brasileiras e estrangeiras.
“(...) Entre os fatores constitutivos da globalização, em seu caráter perverso atual, encontram-se a forma como a informação é oferecida à humanidade e a emergência do dinheiro em estado puro como motor da vida econômica e social. (...). O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isso é tanto mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. (...)”
Fragmento de Por uma outra globalização: do pensamento
único à consciência universal, 2015, de MILTON SANTOS (3
de maio de 1926, Brotas de Macaúba, Bahia – 24 de junho de
2001, São Paulo). O geógrafo e professor foi preso, durante o
golpe de 1964, e permaneceu no exílio por 13 anos. Depois de
seu retorno ao Brasil, foi professor e pesquisador na UFRJ até
1983. Milton Santos recebeu 20 títulos Doutor Honoris Causa de
universidades brasileiras e estrangeiras.
TEXTO 10
Nascido no dia 24 de novembro de 1861, em Florianópolis, Santa Catarina, Cruz e Sousa era filho de escravos; foi apadrinhado por uma família aristocrática que financiou seus estudos e, com a morte de seu protetor, abandonou os estudos e deu início à carreira de escritor. Colaborou ativamente com a imprensa catarinense, assinando crônicas abolicionistas e participando de campanhas em favor da causa negra. Em 1890 mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde desempenhou várias funções simultaneamente à vida de escritor. Faleceu vítima de tuberculose, aos 36 anos, no dia 19 de março de 1898, na cidade de Antônio Carlos, interior do estado de Minas Gerais.
ALMA SOLITÁRIA
Ó Alma doce e triste e palpitante!
que cítaras soluçam solitárias
pelas Regiões longínquas, visionárias
do teu Sonho secreto e fascinante!
Quantas zonas de luz purificante,
quantos silêncios, quantas sombras várias
de esferas imortais, imaginárias,
falam contigo, ó Alma cativante!
que chama acende os teus faróis noturnos
e veste os teus mistérios taciturnos
dos esplendores do arco de aliança?
Por que és assim, melancolicamente,
como um arcanjo infante, adolescente,
esquecido nos vales da Esperança?!
A partir da análise do vocabulário usado pelo
poeta, marque a alternativa que relaciona, respectivamente,
um substantivo, um adjetivo, uma
interjeição, uma conjunção.
TEXTO 9
O carioca Joel Rufino dos Santos (1941-2015), além de escritor, foi historiador e professor (da UFRJ e um dos intelectuais de referência sobre o estudo da cultura africana no país.
O texto a seguir é um fragmento adaptado do artigo Joel Rufino e o negro em cena, de Eduardo de Assis Duarte, publicado na revista LITERAFRO.
Joel Rufino dos Santos figura indubitavelmente entre os mais destacados intelectuais negros brasileiros, com dezenas de títulos publicados desde meados do século passado. Em seu livro A história do negro no teatro brasileiro, o autor explicita como o negro aparece inicialmente reduzido a objeto (1) da escrita e da cena concebida pelo branco. E como, após o fim da escravatura, é impedido de atuar e tem que assistir a atores (2) brancos “brochados” de preto falarem por ele nos palcos. O que parece inacreditável para muitos ganha estatuto de verdade histórica: salvo as pouquíssimas (3) exceções que só fazem confirmar a regra (4), somente a partir de meados do século XX, com as atividades pioneiras do TEN – Teatro Experimental do Negro – este começa a se erguer a sujeito de seu discurso e a colocar em cena corpo, voz, fala e dramas por tanto tempo impedidos de chegar as plateias (5).
TEXTO 9
O carioca Joel Rufino dos Santos (1941-2015), além de escritor, foi historiador e professor (da UFRJ e um dos intelectuais de referência sobre o estudo da cultura africana no país.
O texto a seguir é um fragmento adaptado do artigo Joel Rufino e o negro em cena, de Eduardo de Assis Duarte, publicado na revista LITERAFRO.
Joel Rufino dos Santos figura indubitavelmente entre os mais destacados intelectuais negros brasileiros, com dezenas de títulos publicados desde meados do século passado. Em seu livro A história do negro no teatro brasileiro, o autor explicita como o negro aparece inicialmente reduzido a objeto (1) da escrita e da cena concebida pelo branco. E como, após o fim da escravatura, é impedido de atuar e tem que assistir a atores (2) brancos “brochados” de preto falarem por ele nos palcos. O que parece inacreditável para muitos ganha estatuto de verdade histórica: salvo as pouquíssimas (3) exceções que só fazem confirmar a regra (4), somente a partir de meados do século XX, com as atividades pioneiras do TEN – Teatro Experimental do Negro – este começa a se erguer a sujeito de seu discurso e a colocar em cena corpo, voz, fala e dramas por tanto tempo impedidos de chegar as plateias (5).
TEXTO 8
CANÇÃO NEGREIRA
Amo-te
com as raízes de uma canção negreira
na madrugada dos meus olhos pardos.
E derrotas de fome
nas minhas mãos de bronze
florescem languidamente na velha
e nervosa cadência marinheira
do cais donde os meus avós negros
embarcaram para hemisférios da escravidão
Mas se as madrugadas
das minhas órbitas violentadas
despertam as raízes do tempo antigo ...
mulher de olhos fadados de amor verde-claro
ventre sedoso de veludo
lábios de mampsincha(*) madura
e soluções de espasmo latejando no quarto
enche de beijos as sirenas do meu sangue
que meninos das mesmas raízes
e das mesmas dolorosas madrugadas
esperam a sua vez.
* fruto comestível de planta rasteira.
José Craveirinha, in Obra Poética.
Maputo: Direcção de Cultura, Universidade Eduardo
Mondlane, 2002.
A forma verbal florescem, na segunda estrofe do
poema dado, concorda com a seguinte expressão:
TEXTO 7
O texto adiante apresenta fragmentos do poema Às mulheres da minha terra, de Alda Espírito Santo, poeta, professora e jornalista de São Tomé e Príncipe. Leia-o e responda à questão proposta a seguir:
ÀS MULHERES DA MINHA TERRA
“Irmãs do meu torrão pequeno
Que passais pela estrada do meu país de África
É para vós, irmãs, a minha alma toda inteira
— Há em mim uma lacuna amarga —
Eu queria falar convosco no nosso crioulo cantante
Queria levar até vós, a mensagem das nossas vidas
Na língua maternal, bebida com o leite dos nossos primeiros dias
Mas, irmãs, vou buscar um idioma emprestado
Para mostrar-vos a nossa terra
O nosso grande continente,
Duma ponta a outra.
(...)
Amigas, as nossas mãos juntas,
As nossas mãos negras
Prendendo os nossos sonhos estéreis
Varrendo com fúria Com a fúria das nossas “palayês”1
Das nossas feiras,
As coisas más da nossa vida.
(...)”
1 vendedoras
Alda Espírito Santo, poeta, professora e jornalista, também
conhecida por Alda Graça, nasceu em 30 de abril de
1926, na cidade de São Tomé, capital do Arquipélago de
São Tomé e Príncipe. Após a independência do país, ocorrida
em 12 de junho de 1975, Alda Espírito Santo ocupou
vários cargos sucessivos no governo da jovem nação, entre
os quais os de Ministra da Educação e Cultura, Ministra da
Informação e Cultura, Presidente da Assembleia Nacional e
Secretária Geral da União Nacional de Escritores e Artistas
de São Tomé e Príncipe. Nesse ano, em novembro, compõe
a letra do Hino Nacional de São Tomé e Príncipe, intitulado
“Independência Total”. No ano de 1976, publica seu
primeiro livro de poemas, intitulado “O jogral das Ilhas”. Em
1978, publica o livro de poemas “É nosso o solo sagrado da
terra-poesia de protesto e luta”, que reúne uma coletânea
dos poemas produzidos por Alda entre os anos de 1950-
1970. Em 9 de março de 2010, falece a poeta Alda Espírito
Santo, em Luanda (Angola).