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Walter Benjamin, em seu texto A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica, defende que “com a reprodutibilidade técnica, a obra de arte se emancipa, pela primeira vez na história, de sua existência parasitária, destacando-se do ritual. A obra de arte reproduzida é cada vez mais a reprodução de uma obra de arte criada para ser reproduzida. (...) No momento em que o critério da autenticidade deixa de aplicar-se à produção artística, toda a função social da arte se transforma. Em vez de fundar-se no ritual, ela passa a fundar-se em outra práxis: a política”.
Benjamin, um dos principais teóricos do movimento
que foi chamado de Escola de Frankfurt, ou
Teoria Crítica para alguns pesquisadores, acreditava
na obra de arte produzida em massa e para as
massas como veículo de transformação social, desde
que não estivesse sob o domínio das grandes
empresas capitalistas. Já Adorno e Horkheimer, também
teóricos da Escola de Frankfurt, responsáveis
pela criação do termo indústria cultural, possuíam
uma visão mais crítica da massificação da arte. De
acordo com estes autores, no texto A indústria cultural:
o esclarecimento como mistificação das massas,
capítulo do livro Dialética do Esclarecimento, tal crítica
consiste que a indústria cultural:
“Tendo sua origem na relação empresa e consumidor, o conceito de marketing foi sendo ampliado para outras dimensões de relações, como do marketing político, de entretenimento e o pessoal. Surge assim, com essa ampliação da gama de esferas onde o marketing se aplica, o marketing cultural, que utiliza a cultura como instrumento para transmitir uma mensagem e, em longo prazo, desenvolver um relacionamento com um determinado público”.
(REIS, A. C. F. Marketing cultural e financiamento da cultura: teoria e prática em um estudo internacional comparado. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003).
Entre os mecanismos de marketing cultural mais utilizados no atual panorama da produção cultural brasileira pode-se apontar:
“Vou voltar,
sei que ainda vou voltar
para o meu lugar.
Foi lá, é ainda lá,
que eu hei de ouvir
cantar uma sabiá”
(Tom Jobim e Chico Buarque)
Sabiá é uma música que aborda, metaforicamente, um momento marcante da história de nosso país. Assinale a alternativa que indica a obra que, em contexto histórico diverso, dialoga tematicamente com Sabiá.
“Se eu quero e você quer
Tomar banho de chapéu
Ou esperar Papai Noel
Ou discutir Carlos Gardel
Então vá!
Faça o que tu queres,
Pois é tudo
Da Lei, da lei!”
(“Sociedade Alternativa”, de Raul Seixas, Paulo Coelho e Celso Danilo)
A estrofe da letra da canção sugere uma atitude que pode ser associada ao movimento cultural denominado:
“Se examinarmos o modo como o Estado tradicionalmente opera no Brasil, podemos dizer que, no tratamento da cultura, sua tendência foi antidemocrática. Não por ser o Estado ocupado por este ou aquele grupo dirigente, mas pelo modo mesmo como o Estado visou a cultura. Tradicionalmente, sempre procurou capturar toda a criação social da cultura sob o pretexto de ampliar o campo cultural público, transformando a criação social em cultura oficial, para fazê-la operar como doutrina e irradiá-la para toda a sociedade.”
(Chaui, Marilena. Cultura e democracia . En: Crítica y emancipación : Revista latinoamericana de Ciencias Sociales. Año 1, no. 1 (jun. 2008). Buenos Aires: CLACSO)
Neste trecho, em que analisa o papel histórico
do Estado brasileiro em sua relação com a produção cultural, Marilena Chauí apresenta como crítica
principal o fato que:
No texto A inclusão social e a popularização da ciência e tecnologia no Brasil, o professor da UFRJ, Ildeu de Castro Moreira, destaca:
“A divulgação científica no Brasil, em que pese sua real fragilidade ao longo do tempo, tem pelo menos dois séculos de história. As primeiras iniciativas um pouco mais organizadas de difusão da chamada ciência moderna no Brasil passaram a ocorrer após a transferência da Corte portuguesa, em 1808, que produziu importantes transformações na vida política, cultural e econômica do país (...)
As décadas de 1920/30 do século passado ficaram marcadas pela intensificação das iniciativas de divulgação científica. Um dos objetivos da pequena elite acadêmica que a promovia era sensibilizar o poder público, o que propiciaria a criação e a manutenção de instituições ligadas à ciência, além de possibilitar maior valorização social da atividade de pesquisa. No entanto, o caráter da divulgação científica era ainda fragmentado e lacunar, reflexo direto da situação muito frágil do meio científico de então.
Após a II Guerra Mundial, com a política nacional-desenvolvimentista e as tentativas de desenvolvimento na área nuclear, diversas instituições científicas foram criadas em seqüência. Afinada com o contexto da época, a ciência surgiu aí com uma perspectiva redentora e como um instrumento para a superação do subdesenvolvimento nacional.”
No desenvolvimento do texto, o autor afirma
que em 1948 foi fundada a instituição que se
tornou um espaço importante para a discussão
dos grandes problemas da ciência no país e para
a organização dos cientistas. Essa instituição,
cujas reuniões circulam pelas principais cidades
do país, denomina-se: