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Q2719193 Português

Texto para as questões 5 a 8


DEFENSORES DA “LÍNGUA CERTA”


Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque

essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua

materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso

é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de

5 português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo”

e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de

modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-

la TAMBÉM. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não

conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assisti ao filme, que

10 a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos

brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).

O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo)

é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que a

defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que

15 defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews,

ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então

as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias,

como é que ficam então?”.


BAGNO, Marcos. (UnB)


Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=16649>.

Acesso em 28/11/2016 (fragmento).

Sobre alguns aspectos gramaticais do texto, leia estas considerações:


I) Em “O problema da ideologia purista é esse também.”, temos uma oração construída em ordem direta, uma vez que o sujeito se apresenta inicialmente, para na sequência vir o predicado.

II) O pronome possessivo “seus” (l. 8) retoma de forma coesiva o termo antecedente “ideologia purista”.

III) Em “assisti o filme” ou “assisti ao filme”, expõe-se um caso de regência verbal, que consiste no uso ou não da preposição. Nesse caso, seguindo a norma padrão, a primeira opção é a mais correta.

IV) O pronome pessoal oblíquo “lhe” (l. 17) está em posição proclítica em relação ao verbo que o sucede, porém de uso facultativo, podendo, nesse caso, reescrever o trecho colocando-o em posição enclítica.

V) Em “falam ‘certo’” (l. 5) e “língua certa” (l. 13), a palavra destacada sofreu flexão de gênero, sendo usada ora no masculino ora no feminino, por se tratar de adjetivos que concordam com as respectivas palavras que os antecedem.


Estão CORRETAS as considerações apresentadas nas opções

Alternativas
Q2719192 Português

Texto para as questões 5 a 8


DEFENSORES DA “LÍNGUA CERTA”


Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque

essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua

materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso

é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de

5 português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo”

e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de

modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-

la TAMBÉM. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não

conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assisti ao filme, que

10 a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos

brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).

O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo)

é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que a

defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que

15 defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews,

ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então

as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias,

como é que ficam então?”.


BAGNO, Marcos. (UnB)


Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=16649>.

Acesso em 28/11/2016 (fragmento).

Pelo texto, percebe-se que o autor

Alternativas
Q2719191 Português

Texto para as questões 5 a 8


DEFENSORES DA “LÍNGUA CERTA”


Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque

essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua

materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso

é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de

5 português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo”

e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de

modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-

la TAMBÉM. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não

conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assisti ao filme, que

10 a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos

brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).

O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo)

é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que a

defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que

15 defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews,

ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então

as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias,

como é que ficam então?”.


BAGNO, Marcos. (UnB)


Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=16649>.

Acesso em 28/11/2016 (fragmento).

Das considerações acerca do texto, uma está em DESACORDO. Trata-se da declaração exposta na opção

Alternativas
Q2719190 Português

Texto para as questões 1 a 4


Desde a chegada da esquadra de Cabral à costa brasileira até quase duzentos anos

depois não há a menção do nome de nenhuma mulher em nossa História oficial. Há

referências a paixões de europeus por índias, aos contatos voluptuosos com a mulher

exótica; há a menção de que os jesuítas solicitaram ao rei que mandasse para cá

5 mulheres aptas ao casamento e vieram as órfãs, para constituírem a família de “pai

soturno, mulher submissa e filhos aterrados”. Vieram as prostitutas, as feiticeiras, as

criminosas, as adúlteras, vieram as negras para a escravidão e para o ranger dos

catres.

Vemos a mulher fazendo pudim, a mulher parindo, a mulher servindo ao homem,

10 o comportamento da mulher controlado nos seus atos mais recônditos pelas normas

aterrorizantes do Santo Ofício ou pelo receituário escolástico que interditava

a posição mulier super virum por ser oposta à superioridade ativa dos machos. A

Inquisição formou algumas de nossas características de introversão, doçura e em

nós marcou a noção do pecado. Revela alguns dos costumes secretos das mulheres de

15 antigamente, as que fomos outrora, das quais temos quase sempre apenas um nome vago,

uma data de nascimento, casamento e morte. Padre Vieira achava que as mulheres

deviam sair de casa em apenas três ocasiões: para o batismo, para o casamento e o

próprio enterro. E, macilentas, esverdinhadas, foi o que fizemos durante séculos. É

o que parece dizer a História.


MIRANDA, Ana. Ser mulher.


Disponível em: <http://xoomer.virgilio.it/leonildoc/mulher.htm>. Acesso em 28/11/2016 (fragmento).

“É o que parece dizer a História.”


A autora, ao finalizar o texto com essa declaração, tem como intenção

Alternativas
Q2719189 Português

Texto para as questões 1 a 4


Desde a chegada da esquadra de Cabral à costa brasileira até quase duzentos anos

depois não há a menção do nome de nenhuma mulher em nossa História oficial. Há

referências a paixões de europeus por índias, aos contatos voluptuosos com a mulher

exótica; há a menção de que os jesuítas solicitaram ao rei que mandasse para cá

5 mulheres aptas ao casamento e vieram as órfãs, para constituírem a família de “pai

soturno, mulher submissa e filhos aterrados”. Vieram as prostitutas, as feiticeiras, as

criminosas, as adúlteras, vieram as negras para a escravidão e para o ranger dos

catres.

Vemos a mulher fazendo pudim, a mulher parindo, a mulher servindo ao homem,

10 o comportamento da mulher controlado nos seus atos mais recônditos pelas normas

aterrorizantes do Santo Ofício ou pelo receituário escolástico que interditava

a posição mulier super virum por ser oposta à superioridade ativa dos machos. A

Inquisição formou algumas de nossas características de introversão, doçura e em

nós marcou a noção do pecado. Revela alguns dos costumes secretos das mulheres de

15 antigamente, as que fomos outrora, das quais temos quase sempre apenas um nome vago,

uma data de nascimento, casamento e morte. Padre Vieira achava que as mulheres

deviam sair de casa em apenas três ocasiões: para o batismo, para o casamento e o

próprio enterro. E, macilentas, esverdinhadas, foi o que fizemos durante séculos. É

o que parece dizer a História.


MIRANDA, Ana. Ser mulher.


Disponível em: <http://xoomer.virgilio.it/leonildoc/mulher.htm>. Acesso em 28/11/2016 (fragmento).

Cada oração que compõe um período composto, na sua relação com as demais, desempenha uma função específica.


Abaixo se apresentam orações que compõem, no texto de origem, períodos compostos, cuja função é apresentada na sequência. Todas as indicações estão corretas, à EXCEÇÃO de uma, que se apresenta na opção

Alternativas
Respostas
26: B
27: D
28: B
29: D
30: A