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A pedagogia da cooperação se refere a um conjunto de conhecimentos e práticas que buscam a promoção de uma cultura de cooperação, a partir da criação de ambientes colaborativos e cooperativos, em que o senso de comunidade é estabelecido como base de tais práticas, como paradigma para articulação de um trabalho sistêmico e em rede dentro e fora da escola. A organização do trabalho pedagógico na orientação educacional, orientada por uma ação coletiva, permite articular os pressupostos teórico-práticos desta abordagem pedagógica.
A pedagogia é um campo tributário de outras áreas, como psicologia, história, sociologia, por exemplo. Nessa condição, o serviço de orientação educacional, comprometido com aprendizagens que sejam capazes de ressignificar a existência e a participação dos estudantes no mundo, valorizando a subjetividade do ser humano e rompendo com a violência e o conflito na convivência escolar, requer que seus profissionais assumam práticas vocacionais de teor psicológico e instrucionais, orientando os estudantes de acordo com as demandas do mundo do trabalho.
A atenção do serviço de orientação educacional da escola está no ambiente educativo e social, em busca de ressignificação e fortalecimento da identidade do serviço, refletindo em novas possibilidades de intervenções pedagógicas junto aos pares e ao coletivo da escola. Conhecer a realidade escolar para transformá-la, a fim de que ela se torne justa e humana, é uma premissa de seu trabalho. Portanto, a partir dessa expansão do horizonte de atuação, o “aluno-problema” não é mais uma questão abordada pelo serviço de orientação educacional.
O serviço de orientação educacional, fundamentado em uma abordagem histórico-cultural do desenvolvimento humano, reconhece as reais necessidades educacionais dos estudantes, tendo como referência seu contexto socioeconômico. Essa premissa permite que a prática do orientador educacional se constitua em práxis pedagógica, isto é, uma prática que conduz a um processo de conscientização que pode resultar em transformação da realidade do estudante.
O trabalho pedagógico da orientação educacional, sob a perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano, tem como eixo orientador a necessária apreensão, compreensão e transformação do saber, social e historicamente produzido pelos estudantes. Essa perspectiva leva a intervenções pedagógicas somente junto aos estudantes, porque seu campo de atuação se refere ao trabalho com esse público, colocando-os em posição ativa no processo de aprendizagem.
A orientação educacional contribui para o processo educativo a partir de uma prática articulada com toda a comunidade escolar, repensando coletivamente o fazer pedagógico, em uma abordagem dialógica que fomenta a tomada de decisão, seja individual, seja coletiva. Esse sentido de trabalho coletivo refere-se especificamente aos membros da escola, visto que seu trabalho tem foco nos objetivos expressos no PPP da escola.
O serviço de orientação educacional integra o trabalho pedagógico da escola, atuando na identificação, na prevenção e na superação dos conflitos, colaborando para o desenvolvimento do estudante, tendo como pressupostos o respeito à pluralidade, à liberdade de expressão, à opinião, à democracia da participação e à valorização do educando como ser integral. Nesse sentido, o trabalho do orientador pedagógico está intimamente relacionado às Diretrizes para a Educação em Direitos Humanos, documento norteador de suas práticas.
Os grêmios estudantis, por serem órgãos que compõem a estrutura de uma gestão democrática, contam, em sua estrutura, com a representação de todos os segmentos da comunidade escolar.
Enquanto órgãos de participação coletiva e representativa da comunidade escolar, tanto o conselho escolar quanto o conselho de classe têm as mesmas atribuições. Contudo, o primeiro se refere às questões gerais da escola e o segundo se limita às decisões de cada turma que compõe a escola.
Considerando-se a gestão participativa e democrática, a assembleia geral escolar é considerada o órgão colegiado máximo de participação direta da comunidade escolar. Abrangendo todos os segmentos que compõem a comunidade escolar, responsabiliza-se por acompanhar o desenvolvimento das ações da escolas. Os recursos contra as decisões da assembleia devem ser deliberados pelos gestores da escola.
A autonomia da escola abrange as dimensões pedagógica (ao implementar um PPP que evidencia sua identidade institucional), financeira (que garante gerenciamento dos recursos descentralizados) e administrativa (que permite a formulação de seu plano de gestão). O planejamento do calendário escolar não é contemplado, porque sua organização compete à rede pública de ensino.
A participação da comunidade escolar deve se dar, em um ambiente de gestão democrática, na definição e na implementação de decisões pedagógicas, administrativas e financeiras, por meio de órgãos colegiados, e na eleição de diretor e vice-diretor da unidade escolar.
Compete à coordenação pedagógica o serviço de assistência didático-pedagógica aos professores, intervindo nas situações didáticas, desde o planejamento até as práticas, e incluindo a construção de espaços de formação pedagógica que conduzam ao desenvolvimento profissional dos professores. Nessa condição, a atuação da coordenação pedagógica dá-se no campo da mediação pedagógica, permitindo a interação entre os sujeitos do processo.
No contexto escolar, o coordenador pedagógico caracteriza-se como um especialista da ação educativa. Dessa forma, somente a coordenação pedagógica tem autoridade para desenvolver processos de formação pedagógica docente junto aos professores, com vistas a oferecer sua permanente atualização no campo pedagógico, sua área de especialidade.
Compete à coordenação pedagógica da escola a tarefa de colocar em prática as decisões da gestão para o alcance dos objetivos da escola, desenvolvendo um serviço de assistência didático-pedagógica.
Como documento que expressa o currículo da escola, explicitando sua identidade e intencionalidade educativa, o PPP deve ser fruto de um exercício de reflexão coletiva. Assim construído, sinaliza um ambiente que se organiza por uma gestão democrática que reconhece o caráter político desta ação.
A finalidade da educação tecnicista, baseada no modelo fabril, era a de que o trabalho educacional fosse objetivo e operacional.
Garantir aos estudantes o direito às aprendizagens implica um investimento sustentado nos princípios da ética e da responsabilidade, que incide também na formação de uma sociedade mais justa e mais desenvolvida. No modelo educativo apresentado no texto, torna-se imprescindível a construção de um projeto político-pedagógico (PPP) que tenha os direitos humanos como eixo transversal, impactando as práticas pedagógicas, a produção dos materiais didáticos e pedagógicos, o modelo de gestão e os diferentes processos de avaliação.
Focalizar as aprendizagens como estruturantes de um currículo evidencia a necessidade de constituir oportunidades de acesso a diferentes referenciais de leitura de mundo, ampliando as vivências que refletem a construção dos saberes. Essa perspectiva inclui concepções e práticas educativas fundadas na educação para os direitos humanos, mesmo que estes não se relacionem com os eixos fundamentais do direito à educação.
O princípio da integralidade da proposta curricular refere-se a uma perspectiva ampliada de tempo, espaço e oportunidades, atingindo todas as dimensões do sujeito em formação, isto é, seu desenvolvimento intelectual, físico, emocional, social e cultural.