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Q1693633 Português
Texto

Entrevista concedida ao jornalista Júlio Lerner, em 1 de fevereiro de 1977, para o programa “Panorama”, da TV Cultura, de São Paulo.

De minha sala até o saguão dos estúdios tenho que percorrer cerca de 150 metros. Estou tão aturdido com a possibilidade de entrevistá-la que mal consigo me organizar naquela curta caminhada. Talvez falar sobre “A Paixão Segundo G.H”… Ou quem sabe sobre “A Maçã no Escuro” e “Perto do Coração Selvagem”… Vou recordando o que Clarice escreveu. Será que li tudo? Em apenas cinco minutos consegui um estúdio para entrevistá-la.
São quatro e quinze da tarde e disponho de apenas meia hora. Às cinco entra ao vivo o programa infantil e quinze minutos antes terei de desocupar o estúdio. Estou correndo e antes mesmo de vê-la a pressão do tempo começa a me massacrar. Não terei condições de preparar nada antes, nem mesmo conversar um pouco. Não poderei sequer tentar criar um clima adequado para a entrevista. Eu odeio a TV brasileira! Só meia hora para ouvir Clarice. O pessoal da técnica foi novamente generoso e se empenhou para conseguir essa brecha. Olho o relógio, não consigo me organizar, estou correndo, olho novamente o relógio. Estou desconcertado, atinjo o saguão dos estúdios e a vejo ali, dez metros adiante, Clarice de pé ao lado de uma amiga, perdida no meio do vaivém dos cenários desmontados, de diversos equipamentos e de técnicos que falam alto, no meio de um grande alvoroço.
Paro diante dela, estou um pouco ofegante, estendo-lhe a mão e sou atravessado pelo olhar mais desprotegido que um ser humano pode lançar a semelhante. Ela é frágil, ela é tímida, e eu não tenho condições para explicar que o problema do tempo elevou meus níveis de ansiedade. Clarice me apresenta Olga Borelli, entramos e a conduzo ao centro do pequeno estúdio. Peço para que ela sente numa poltrona de couro de tonalidade café-com-leite. Clarice segura apenas um maço de Hollywood e uma caixa de fósforos, providencio um cinzeiro, os refletores malditos são ligados. Clarice me olha. O olhar de Clarice me interroga, só disponho de uma única câmera, o olhar de Clarice suplica, Olga se ajeita numa lateral escurecida, chega Miriam, a estagiária do programa e fica encolhida e calada, o calor está ficando insuportável e o ar-condicionado não está ajustado, são apenas quatro e vinte, Clarice tenta me dizer alguma coisa, mas não falo com ela, preocupado em ajustar uma questão de iluminação, o hálito da fornalha já nos atinge a todos, devemos ter agora no estúdio uns 50 ou 60 graus, maldita TV, bendita TV do terceiro mundo que me possibilita estar agora frente a frente com ela, Clarice me olha melindrosa, assustada e seu olhar me pede para que a tranquilize.
“OK, Júlio, tudo pronto”, a voz metálica vem da caixa dos alto-falantes. Peço a toda equipe para sair, cabo man, iluminador, assistente de estúdio, agradeço. Clarice percebe que caiu numa arapuca e já não há como voltar atrás. Peço silêncio e depois de uns dez segundos ecoa um “gravando”.
Não conversamos antes e disponho apenas de 23 minutos. Estou completamente desconcertado, fico um minuto em silêncio fitando Clarice. Estou oco, vazio, não sei o que dizer. Clarice me olha curiosa, mas vigilante, defendida. Sou o senhor do castelo e — prepotente — guardo comigo a chave desta prisão. Ninguém pode entrar ou sair sem meu expresso consentimento. Todos devem se submeter à minha autoritária vontade.
A fornalha arde, meu coração dispara, minha boca está seca e debaixo destes tirânicos mil sóis sou o maior dos tiranos. Começa a entrevista. A entrevista avança. Seus olhos azuis-oceânicos revelam solidão e tristeza. Clarice está nua, não há perdão, Clarice agora está encapotada, ela se deixa agarrar, mas logo escapa, e volta, e me pega, e me sugere o longe, o não dizível, depois se cala. E quando nada mais espero, ela volta a falar. Faço uma antientrevista, pausas, silêncios, Clarice agora está fugindo para uma galáxia inabitada e inatingível, mas volta em seguida e, tolerante, suporta toda a minha limitação.
Acho que ela vai se levantar a qualquer instante e me dizer: “Chega!”. Clarice pressente que por trás de meu sorriso aparentemente compreensivo e de minha fala suave esconde-se um ser diabólico autodenominado “repórter” e que quer possuir sua intimidade. Seu corpo exprime receios, ela me afasta, mas de novo me atrai, suas pernas se cruzam e se descruzam sem parar e telegrafam que de repente ela poderá se levantar e partir.

Fonte: https://www.revistabula.com/503-a-ultima-entrevista-de-claricelispector, acesso em fevereiro de 2020
“Paro diante dela, estou um pouco ofegante, estendo-lhe a mão e sou atravessado pelo olhar mais desprotegido que um ser humano pode lançar a semelhante.”, no trecho anterior o verbo destacado está devidamente empregado por ter dois objetos (um indireto e um direto), assinale a alternativa com regência verbal correta:
Alternativas
Q1693632 Português
Texto

Entrevista concedida ao jornalista Júlio Lerner, em 1 de fevereiro de 1977, para o programa “Panorama”, da TV Cultura, de São Paulo.

De minha sala até o saguão dos estúdios tenho que percorrer cerca de 150 metros. Estou tão aturdido com a possibilidade de entrevistá-la que mal consigo me organizar naquela curta caminhada. Talvez falar sobre “A Paixão Segundo G.H”… Ou quem sabe sobre “A Maçã no Escuro” e “Perto do Coração Selvagem”… Vou recordando o que Clarice escreveu. Será que li tudo? Em apenas cinco minutos consegui um estúdio para entrevistá-la.
São quatro e quinze da tarde e disponho de apenas meia hora. Às cinco entra ao vivo o programa infantil e quinze minutos antes terei de desocupar o estúdio. Estou correndo e antes mesmo de vê-la a pressão do tempo começa a me massacrar. Não terei condições de preparar nada antes, nem mesmo conversar um pouco. Não poderei sequer tentar criar um clima adequado para a entrevista. Eu odeio a TV brasileira! Só meia hora para ouvir Clarice. O pessoal da técnica foi novamente generoso e se empenhou para conseguir essa brecha. Olho o relógio, não consigo me organizar, estou correndo, olho novamente o relógio. Estou desconcertado, atinjo o saguão dos estúdios e a vejo ali, dez metros adiante, Clarice de pé ao lado de uma amiga, perdida no meio do vaivém dos cenários desmontados, de diversos equipamentos e de técnicos que falam alto, no meio de um grande alvoroço.
Paro diante dela, estou um pouco ofegante, estendo-lhe a mão e sou atravessado pelo olhar mais desprotegido que um ser humano pode lançar a semelhante. Ela é frágil, ela é tímida, e eu não tenho condições para explicar que o problema do tempo elevou meus níveis de ansiedade. Clarice me apresenta Olga Borelli, entramos e a conduzo ao centro do pequeno estúdio. Peço para que ela sente numa poltrona de couro de tonalidade café-com-leite. Clarice segura apenas um maço de Hollywood e uma caixa de fósforos, providencio um cinzeiro, os refletores malditos são ligados. Clarice me olha. O olhar de Clarice me interroga, só disponho de uma única câmera, o olhar de Clarice suplica, Olga se ajeita numa lateral escurecida, chega Miriam, a estagiária do programa e fica encolhida e calada, o calor está ficando insuportável e o ar-condicionado não está ajustado, são apenas quatro e vinte, Clarice tenta me dizer alguma coisa, mas não falo com ela, preocupado em ajustar uma questão de iluminação, o hálito da fornalha já nos atinge a todos, devemos ter agora no estúdio uns 50 ou 60 graus, maldita TV, bendita TV do terceiro mundo que me possibilita estar agora frente a frente com ela, Clarice me olha melindrosa, assustada e seu olhar me pede para que a tranquilize.
“OK, Júlio, tudo pronto”, a voz metálica vem da caixa dos alto-falantes. Peço a toda equipe para sair, cabo man, iluminador, assistente de estúdio, agradeço. Clarice percebe que caiu numa arapuca e já não há como voltar atrás. Peço silêncio e depois de uns dez segundos ecoa um “gravando”.
Não conversamos antes e disponho apenas de 23 minutos. Estou completamente desconcertado, fico um minuto em silêncio fitando Clarice. Estou oco, vazio, não sei o que dizer. Clarice me olha curiosa, mas vigilante, defendida. Sou o senhor do castelo e — prepotente — guardo comigo a chave desta prisão. Ninguém pode entrar ou sair sem meu expresso consentimento. Todos devem se submeter à minha autoritária vontade.
A fornalha arde, meu coração dispara, minha boca está seca e debaixo destes tirânicos mil sóis sou o maior dos tiranos. Começa a entrevista. A entrevista avança. Seus olhos azuis-oceânicos revelam solidão e tristeza. Clarice está nua, não há perdão, Clarice agora está encapotada, ela se deixa agarrar, mas logo escapa, e volta, e me pega, e me sugere o longe, o não dizível, depois se cala. E quando nada mais espero, ela volta a falar. Faço uma antientrevista, pausas, silêncios, Clarice agora está fugindo para uma galáxia inabitada e inatingível, mas volta em seguida e, tolerante, suporta toda a minha limitação.
Acho que ela vai se levantar a qualquer instante e me dizer: “Chega!”. Clarice pressente que por trás de meu sorriso aparentemente compreensivo e de minha fala suave esconde-se um ser diabólico autodenominado “repórter” e que quer possuir sua intimidade. Seu corpo exprime receios, ela me afasta, mas de novo me atrai, suas pernas se cruzam e se descruzam sem parar e telegrafam que de repente ela poderá se levantar e partir.

Fonte: https://www.revistabula.com/503-a-ultima-entrevista-de-claricelispector, acesso em fevereiro de 2020
Qual a figura de linguagem representada no trecho destacado em: “A fornalha arde, meu coração dispara, minha boca está seca e debaixo destes tirânicos mil sóis sou o maior dos tiranos.”?
Alternativas
Q1693631 Português
Texto

Entrevista concedida ao jornalista Júlio Lerner, em 1 de fevereiro de 1977, para o programa “Panorama”, da TV Cultura, de São Paulo.

De minha sala até o saguão dos estúdios tenho que percorrer cerca de 150 metros. Estou tão aturdido com a possibilidade de entrevistá-la que mal consigo me organizar naquela curta caminhada. Talvez falar sobre “A Paixão Segundo G.H”… Ou quem sabe sobre “A Maçã no Escuro” e “Perto do Coração Selvagem”… Vou recordando o que Clarice escreveu. Será que li tudo? Em apenas cinco minutos consegui um estúdio para entrevistá-la.
São quatro e quinze da tarde e disponho de apenas meia hora. Às cinco entra ao vivo o programa infantil e quinze minutos antes terei de desocupar o estúdio. Estou correndo e antes mesmo de vê-la a pressão do tempo começa a me massacrar. Não terei condições de preparar nada antes, nem mesmo conversar um pouco. Não poderei sequer tentar criar um clima adequado para a entrevista. Eu odeio a TV brasileira! Só meia hora para ouvir Clarice. O pessoal da técnica foi novamente generoso e se empenhou para conseguir essa brecha. Olho o relógio, não consigo me organizar, estou correndo, olho novamente o relógio. Estou desconcertado, atinjo o saguão dos estúdios e a vejo ali, dez metros adiante, Clarice de pé ao lado de uma amiga, perdida no meio do vaivém dos cenários desmontados, de diversos equipamentos e de técnicos que falam alto, no meio de um grande alvoroço.
Paro diante dela, estou um pouco ofegante, estendo-lhe a mão e sou atravessado pelo olhar mais desprotegido que um ser humano pode lançar a semelhante. Ela é frágil, ela é tímida, e eu não tenho condições para explicar que o problema do tempo elevou meus níveis de ansiedade. Clarice me apresenta Olga Borelli, entramos e a conduzo ao centro do pequeno estúdio. Peço para que ela sente numa poltrona de couro de tonalidade café-com-leite. Clarice segura apenas um maço de Hollywood e uma caixa de fósforos, providencio um cinzeiro, os refletores malditos são ligados. Clarice me olha. O olhar de Clarice me interroga, só disponho de uma única câmera, o olhar de Clarice suplica, Olga se ajeita numa lateral escurecida, chega Miriam, a estagiária do programa e fica encolhida e calada, o calor está ficando insuportável e o ar-condicionado não está ajustado, são apenas quatro e vinte, Clarice tenta me dizer alguma coisa, mas não falo com ela, preocupado em ajustar uma questão de iluminação, o hálito da fornalha já nos atinge a todos, devemos ter agora no estúdio uns 50 ou 60 graus, maldita TV, bendita TV do terceiro mundo que me possibilita estar agora frente a frente com ela, Clarice me olha melindrosa, assustada e seu olhar me pede para que a tranquilize.
“OK, Júlio, tudo pronto”, a voz metálica vem da caixa dos alto-falantes. Peço a toda equipe para sair, cabo man, iluminador, assistente de estúdio, agradeço. Clarice percebe que caiu numa arapuca e já não há como voltar atrás. Peço silêncio e depois de uns dez segundos ecoa um “gravando”.
Não conversamos antes e disponho apenas de 23 minutos. Estou completamente desconcertado, fico um minuto em silêncio fitando Clarice. Estou oco, vazio, não sei o que dizer. Clarice me olha curiosa, mas vigilante, defendida. Sou o senhor do castelo e — prepotente — guardo comigo a chave desta prisão. Ninguém pode entrar ou sair sem meu expresso consentimento. Todos devem se submeter à minha autoritária vontade.
A fornalha arde, meu coração dispara, minha boca está seca e debaixo destes tirânicos mil sóis sou o maior dos tiranos. Começa a entrevista. A entrevista avança. Seus olhos azuis-oceânicos revelam solidão e tristeza. Clarice está nua, não há perdão, Clarice agora está encapotada, ela se deixa agarrar, mas logo escapa, e volta, e me pega, e me sugere o longe, o não dizível, depois se cala. E quando nada mais espero, ela volta a falar. Faço uma antientrevista, pausas, silêncios, Clarice agora está fugindo para uma galáxia inabitada e inatingível, mas volta em seguida e, tolerante, suporta toda a minha limitação.
Acho que ela vai se levantar a qualquer instante e me dizer: “Chega!”. Clarice pressente que por trás de meu sorriso aparentemente compreensivo e de minha fala suave esconde-se um ser diabólico autodenominado “repórter” e que quer possuir sua intimidade. Seu corpo exprime receios, ela me afasta, mas de novo me atrai, suas pernas se cruzam e se descruzam sem parar e telegrafam que de repente ela poderá se levantar e partir.

Fonte: https://www.revistabula.com/503-a-ultima-entrevista-de-claricelispector, acesso em fevereiro de 2020
No período “Clarice tenta me dizer alguma coisa, mas não falo com ela,...” a segunda oração exprime em relação à primeira o sentido de:
Alternativas
Q1693630 Português
Texto
Entrevista concedida ao jornalista Júlio Lerner, em 1 de fevereiro de 1977, para o programa “Panorama”, da TV Cultura, de São Paulo.
De minha sala até o saguão dos estúdios tenho que percorrer cerca de 150 metros. Estou tão aturdido com a possibilidade de entrevistá-la que mal consigo me organizar naquela curta caminhada. Talvez falar sobre “A Paixão Segundo G.H”… Ou quem sabe sobre “A Maçã no Escuro” e “Perto do Coração Selvagem”… Vou recordando o que Clarice escreveu. Será que li tudo? Em apenas cinco minutos consegui um estúdio para entrevistá-la. São quatro e quinze da tarde e disponho de apenas meia hora. Às cinco entra ao vivo o programa infantil e quinze minutos antes terei de desocupar o estúdio. Estou correndo e antes mesmo de vê-la a pressão do tempo começa a me massacrar. Não terei condições de preparar nada antes, nem mesmo conversar um pouco. Não poderei sequer tentar criar um clima adequado para a entrevista. Eu odeio a TV brasileira! Só meia hora para ouvir Clarice. O pessoal da técnica foi novamente generoso e se empenhou para conseguir essa brecha. Olho o relógio, não consigo me organizar, estou correndo, olho novamente o relógio. Estou desconcertado, atinjo o saguão dos estúdios e a vejo ali, dez metros adiante, Clarice de pé ao lado de uma amiga, perdida no meio do vaivém dos cenários desmontados, de diversos equipamentos e de técnicos que falam alto, no meio de um grande alvoroço. Paro diante dela, estou um pouco ofegante, estendo-lhe a mão e sou atravessado pelo olhar mais desprotegido que um ser humano pode lançar a semelhante. Ela é frágil, ela é tímida, e eu não tenho condições para explicar que o problema do tempo elevou meus níveis de ansiedade. Clarice me apresenta Olga Borelli, entramos e a conduzo ao centro do pequeno estúdio. Peço para que ela sente numa poltrona de couro de tonalidade café-com-leite. Clarice segura apenas um maço de Hollywood e uma caixa de fósforos, providencio um cinzeiro, os refletores malditos são ligados. Clarice me olha. O olhar de Clarice me interroga, só disponho de uma única câmera, o olhar de Clarice suplica, Olga se ajeita numa lateral escurecida, chega Miriam, a estagiária do programa e fica encolhida e calada, o calor está ficando insuportável e o ar-condicionado não está ajustado, são apenas quatro e vinte, Clarice tenta me dizer alguma coisa, mas não falo com ela, preocupado em ajustar uma questão de iluminação, o hálito da fornalha já nos atinge a todos, devemos ter agora no estúdio uns 50 ou 60 graus, maldita TV, bendita TV do terceiro mundo que me possibilita estar agora frente a frente com ela, Clarice me olha melindrosa, assustada e seu olhar me pede para que a tranquilize. “OK, Júlio, tudo pronto”, a voz metálica vem da caixa dos alto-falantes. Peço a toda equipe para sair, cabo man, iluminador, assistente de estúdio, agradeço. Clarice percebe que caiu numa arapuca e já não há como voltar atrás. Peço silêncio e depois de uns dez segundos ecoa um “gravando”. Não conversamos antes e disponho apenas de 23 minutos. Estou completamente desconcertado, fico um minuto em silêncio fitando Clarice. Estou oco, vazio, não sei o que dizer. Clarice me olha curiosa, mas vigilante, defendida. Sou o senhor do castelo e — prepotente — guardo comigo a chave desta prisão. Ninguém pode entrar ou sair sem meu expresso consentimento. Todos devem se submeter à minha autoritária vontade. A fornalha arde, meu coração dispara, minha boca está seca e debaixo destes tirânicos mil sóis sou o maior dos tiranos. Começa a entrevista. A entrevista avança. Seus olhos azuis-oceânicos revelam solidão e tristeza. Clarice está nua, não há perdão, Clarice agora está encapotada, ela se deixa agarrar, mas logo escapa, e volta, e me pega, e me sugere o longe, o não dizível, depois se cala. E quando nada mais espero, ela volta a falar. Faço uma antientrevista, pausas, silêncios, Clarice agora está fugindo para uma galáxia inabitada e inatingível, mas volta em seguida e, tolerante, suporta toda a minha limitação. Acho que ela vai se levantar a qualquer instante e me dizer: “Chega!”. Clarice pressente que por trás de meu sorriso aparentemente compreensivo e de minha fala suave esconde-se um ser diabólico autodenominado “repórter” e que quer possuir sua intimidade. Seu corpo exprime receios, ela me afasta, mas de novo me atrai, suas pernas se cruzam e se descruzam sem parar e telegrafam que de repente ela poderá se levantar e partir.
Fonte: https://www.revistabula.com/503-a-ultima-entrevista-de-claricelispector, acesso em fevereiro de 2020
Imagine-se lendo o texto acima aos alunos, quais informações devem ser destacadas a partir da interpretação e da compreensão textuais?
Alternativas
Q1693629 Português
Texto 2

Licença poética

De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. 
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. 
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.

Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020

Texto 3

“Era profundamente derrotado pelo mundo em que vivia. E separara-se das pessoas pela sua derrota e por sentir que os outros também eram derrotados. Ele não queria fazer parte de um mundo onde, por exemplo, o rico devorava o pobre. Como parecia-lhe um movimento apenas romântico, o seu, se se agregasse aos que lutavam contra o esmagamento da vida como esta era, então fechou-se numa individualização que, se não tomasse cuidado, podia se transformar em solidão histérica ou meramente contemplativa. Enquanto não viesse algo melhor, procurava relacionar-se com os outros derrotados por intermédio de uma espécie de amor torto, que atingia tanto os outros como, de algum modo, a si próprio.”

Fonte: http://notaterapia.com.br/2019/02/28/vender-alma-no-cotidiano-13- cronicas-curtas-de-clarice-lispector/, acesso em fevereiro de 2020 

“Era profundamente derrotado pelo mundo em que vivia. E separara-se das pessoas pela sua derrota e por sentir que os outros também eram derrotados.” A pontuação é uma marca da escrita de Clarice Lispector mesmo à parte das prescrições de norma-culta, assinale a alternativa com reescritura devida do trecho acima.
Alternativas
Q1693628 Português
Texto 2

Licença poética

De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. 
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. 
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.

Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020

Texto 3

“Era profundamente derrotado pelo mundo em que vivia. E separara-se das pessoas pela sua derrota e por sentir que os outros também eram derrotados. Ele não queria fazer parte de um mundo onde, por exemplo, o rico devorava o pobre. Como parecia-lhe um movimento apenas romântico, o seu, se se agregasse aos que lutavam contra o esmagamento da vida como esta era, então fechou-se numa individualização que, se não tomasse cuidado, podia se transformar em solidão histérica ou meramente contemplativa. Enquanto não viesse algo melhor, procurava relacionar-se com os outros derrotados por intermédio de uma espécie de amor torto, que atingia tanto os outros como, de algum modo, a si próprio.”

Fonte: http://notaterapia.com.br/2019/02/28/vender-alma-no-cotidiano-13- cronicas-curtas-de-clarice-lispector/, acesso em fevereiro de 2020 

“Próprio” é palavra usada no texto, qual a justificativa para seu emprego de acentuação:
Alternativas
Q1693627 Português
Texto 2

Licença poética

De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. 
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. 
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.

Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020

Texto 3

“Era profundamente derrotado pelo mundo em que vivia. E separara-se das pessoas pela sua derrota e por sentir que os outros também eram derrotados. Ele não queria fazer parte de um mundo onde, por exemplo, o rico devorava o pobre. Como parecia-lhe um movimento apenas romântico, o seu, se se agregasse aos que lutavam contra o esmagamento da vida como esta era, então fechou-se numa individualização que, se não tomasse cuidado, podia se transformar em solidão histérica ou meramente contemplativa. Enquanto não viesse algo melhor, procurava relacionar-se com os outros derrotados por intermédio de uma espécie de amor torto, que atingia tanto os outros como, de algum modo, a si próprio.”

Fonte: http://notaterapia.com.br/2019/02/28/vender-alma-no-cotidiano-13- cronicas-curtas-de-clarice-lispector/, acesso em fevereiro de 2020 

O adjetivo sublinhado na frase “... podia se transformar em solidão histérica ou meramente contemplativa.”, no contexto em que ocorre, é sinônimo de:
Alternativas
Q1693626 Português
Texto 2

Licença poética

De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. 
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. 
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.

Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020

Texto 3

“Era profundamente derrotado pelo mundo em que vivia. E separara-se das pessoas pela sua derrota e por sentir que os outros também eram derrotados. Ele não queria fazer parte de um mundo onde, por exemplo, o rico devorava o pobre. Como parecia-lhe um movimento apenas romântico, o seu, se se agregasse aos que lutavam contra o esmagamento da vida como esta era, então fechou-se numa individualização que, se não tomasse cuidado, podia se transformar em solidão histérica ou meramente contemplativa. Enquanto não viesse algo melhor, procurava relacionar-se com os outros derrotados por intermédio de uma espécie de amor torto, que atingia tanto os outros como, de algum modo, a si próprio.”

Fonte: http://notaterapia.com.br/2019/02/28/vender-alma-no-cotidiano-13- cronicas-curtas-de-clarice-lispector/, acesso em fevereiro de 2020 

Após leitura atenta dos textos 2 e 3, considerando a classificação de ambos pela tipologia, está correto afirmar que:
Alternativas
Q1693625 Português
Texto 2

Licença poética

De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. 
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. 
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.

Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020

Texto 3

“Era profundamente derrotado pelo mundo em que vivia. E separara-se das pessoas pela sua derrota e por sentir que os outros também eram derrotados. Ele não queria fazer parte de um mundo onde, por exemplo, o rico devorava o pobre. Como parecia-lhe um movimento apenas romântico, o seu, se se agregasse aos que lutavam contra o esmagamento da vida como esta era, então fechou-se numa individualização que, se não tomasse cuidado, podia se transformar em solidão histérica ou meramente contemplativa. Enquanto não viesse algo melhor, procurava relacionar-se com os outros derrotados por intermédio de uma espécie de amor torto, que atingia tanto os outros como, de algum modo, a si próprio.”

Fonte: http://notaterapia.com.br/2019/02/28/vender-alma-no-cotidiano-13- cronicas-curtas-de-clarice-lispector/, acesso em fevereiro de 2020 

Somando-se as leituras dos textos 2 e 3, o período “Como parecia-lhe um movimento apenas romântico,...” exemplifica licença poética da autora ao não associar devidamente o pronome ‘lhe’ ao uso proclítico, assinale a alternativa que apresenta colocação pronominal adequada à norma-culta:
Alternativas
Q1693624 Português
Texto
“Era profundamente derrotado pelo mundo em que vivia. E separara-se das pessoas pela sua derrota e por sentir que os outros também eram derrotados. Ele não queria fazer parte de um mundo onde, por exemplo, o rico devorava o pobre. Como parecia-lhe um movimento apenas romântico, o seu, se se agregasse aos que lutavam contra o esmagamento da vida como esta era, então fechou-se numa individualização que, se não tomasse cuidado, podia se transformar em solidão histérica ou meramente contemplativa. Enquanto não viesse algo melhor, procurava relacionar-se com os outros derrotados por intermédio de uma espécie de amor torto, que atingia tanto os outros como, de algum modo, a si próprio.”
Fonte: http://notaterapia.com.br/2019/02/28/vender-alma-no-cotidiano-13- cronicas-curtas-de-clarice-lispector/, acesso em fevereiro de 2020
O emprego das formas verbais no pretérito imperfeito do indicativo, sendo considerado o tempo como referência exprime:
Alternativas
Q1693623 Português
Texto 

Licença poética

De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. 
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. 
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.

Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020

No verso citado em “Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: ‘Meu primeiro amor sentávamos…”’, reconhece-se concordância tida como anormal, psicológica, porque se faz com um termo oculto, facilmente subentendido, essa é um exemplo de:
Alternativas
Q1693622 Português
Texto 

Licença poética

De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. 
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. 
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.

Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020

A partir do modo de classificação gramatical, que considera ‘sujeito’ e ‘verbo’ estruturas essenciais, é possível reconhecer que, dentre os períodos a seguir, está indevidamente construído abaixo, expressando somente sujeito o:
Alternativas
Q1693621 Linguística
Texto 

Licença poética

De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas.
Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra.
Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”.
Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes.
O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas. 
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias.
Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. 
Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma.
Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.

Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020

“... pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.”, neste fragmento destaca-se o fundamento de:
Alternativas
Q1693620 Português
Texto
Licença poética
De acordo com o dicionário Houaiss, o termo “Licença Poética” é definido como a “liberdade de o escritor utilizar construções, prosódias, ortografias, sintaxes não conformes às regras, ao uso habitual, para atingir seus objetivos de expressão”. Está presente na literatura, música e também nas propagandas. Por meio da licença poética, o artista ganha liberdade de expressão e se desprende da normatividade das regras gramaticais e/ou métricas, utilizando, entre outros recursos, versos irregulares, erros ortográficos e/ou gramaticais e rimas falsas. Assim, observa-se uma espécie de erro proposital, empregado para destacar determinado ponto da obra. Entre os exemplos de uso de licença poética, podemos destacar o poema Indivisíveis, de Mário Quintana, que apresenta a seguinte frase: “Meu primeiro amor sentávamos…”. Segundo a norma culta da língua portuguesa, observa-se um erro de concordância verbal, uma vez que o verbo (sentar) deve concordar com o sujeito (Meu primeiro amor). Assim, a forma correta da flexão do verbo deveria ser “sentava” em vez de “sentávamos”, no entanto, o poeta optou em utilizar a primeira pessoa do plural para demarcar simbolicamente a fusão entre o casal de amantes. O poeta Manoel de Barros também utiliza o recurso no trecho: “Gostaria agora de escrever um livro. Usaria o idioma das larvas incendiadas […]”. Nesse caso, ele utiliza a licença poética para criticar a forma como as pessoas costumam usar a linguagem, comparando-a às larvas.
Na letra da música Socorro, de Arnaldo Antunes, percebe-se a presença da licença poética no trecho a seguir: “Meu coração já não bate, só apanha…”. Sabe-se que o coração não é capaz de bater ou apanhar, no entanto, com a utilização do recurso, o autor reforça que em sua vida afetiva está mais acostumado a sofrer do que a ter alegrias. Também encontramos a licença poética em romances, roteiros de novela, textos publicitários, jornalísticos, assim como em todas as outras áreas que envolvam um trabalho direto com a língua. Além de ser utilizada como recurso estético, a licença poética pode ser utilizada para objetivos mais práticos. Por exemplo, quando há uma novela ambientada ou com núcleo formado por personagens estrangeiros, como ocorreu em Caminho da Índias (Rede Globo, 2009), de Glória Perez, surpreendentemente, observa-se que os mesmos falam português perfeitamente. Isso ocorre devido ao pacto ficcional estabelecido entre o público e o autor da obra. Pelo fato dos telespectadores serem muito variados, seria difícil que todos conseguissem acompanhar o ritmo da trama, caso a mesma fosse legendada, o que resultaria, consequentemente, em uma perda de público. Uma vez que as telenovelas visam, em primeiro lugar, a obtenção da audiência, não seria um bom negócio em termos econômicos. Sem falar do tempo, esforço e investimento que devem ser aplicados para ensinar uma língua estrangeira aos atores, que, no momento da veiculação da obra, precisariam apresentar fluência na mesma. Assim, pode-se considerar a licença poética como uma manobra linguística válida para diversos gêneros textuais, que permite aos autores expressarem o que desejam do modo que considerem mais adequado.
Fonte: https://www.infoescola.com/literatura/licenca-poetica, acesso em fevereiro de 2020
Após leitura atenta do Texto e seus conceitos sobre variação linguística, infere-se que:
Alternativas
Q1693619 Português
Texto 

Centenário de Clarice Lispector: obra ganha reedições em 2020

Obra da escritora chega com novo projeto gráfico pela Rocco, que em julho lança uma edição completa da sua correspondência

“Ler Clarice é se deixar levar pela companhia da escritora, dos narradores e personagens que ela cria, sabendo, de antemão, que dali não saíremos ilesos. Muita coisa acontecerá ao longo dessa leitura. Apertem os cintos, que pode vir tempestade brava, ventos fortes, ou uma doce brisa consoladora, mas nunca benevolente.”
O recado é de Nádia Battella Gotlib, uma das principais pesquisadoras da obra de Clarice Lispector (1920-1977), e fica como um convite para entrar nesse universo – ou revisitá-lo –, no momento em que se abrem as comemorações antecipadas pelo centenário de uma das maiores escritoras brasileiras – que nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, em Chechelnyk, na Ucrânia, e desembarcou no Brasil dois anos mais tarde.
Até dezembro do ano que vem, muito vai se falar sobre a autora de A Paixão Segundo G. H. e A Hora da Estrela. 
As primeiras ações para celebrar Clarice vêm da Rocco, sua editora. Ela vai reeditar toda a obra da autora com novo projeto gráfico e usando, inclusive, as telas que Clarice pintou como capa dessas novas edições, que trazem, ainda, novos posfácios para cada um dos volumes. Três títulos acabam de chegar às livrarias. De 1943, Perto do Coração Selvagem é o livro de estreia de Clarice e vem agora com posfácio de Nádia. O Lustre, de 1946, é tido como uma de suas obras mais difíceis. Já A Cidade Sitiada, de 1949, foi escrito em Berna, durante o período em que Clarice acompanhou o marido diplomata na Suíça. O posfácio é de Benjamin Moser, seu biógrafo.
Não foram anunciados, ainda, quais serão os próximos lançamentos. Mas duas certezas: A Hora da Estrela encerra o projeto, em 10 de dezembro de 2020; e antes, em julho, para a Flip, onde Clarice já foi homenageada, sai a coletânea Todas as Cartas nos moldes dos outros dois volumes, de contos e crônicas, publicados pela Rocco.
A organização é de Pedro Karp Vasquez, que assina também o posfácio. Teresa Montero, outra biógrafa de Clarice, fará as notas explicativas e o prefácio. Larissa Vaz é responsável pela pesquisa de campo e digitação das novas cartas encontradas. Há correspondência trocada com a família e personalidades – de Getúlio Vargas a Lygia Fagundes Telles.
“As cartas da correspondência ativa, as que Clarice enviou às irmãs, por exemplo, quando ela estava no exterior, têm o poder de nos mostrar uma história de vida e obra de Clarice num período em que se misturam alegrias e tristezas. Alegria pelo filho que ali nasceu. Tristeza por viver numa cidade pacata demais. A leitura dessas e de outras cartas nos revela seus projetos, preocupações, ansiedades, saudades das pessoas queridas. Pelas cartas podemos nos defrontar com belas paisagens suíças e com notícias de textos que no momento estava escrevendo; ficamos sabendo das suas leituras e das verdadeiras batalhas para publicar seus livros”, comenta Nádia. 

(Fonte: texto adaptado de https://www.metropoles.com/entretenimento/literatura/centenario-declarice-lispector-obra-ganha-reedicoes-em-2020, acesso em fevereiro de 2020). 
A palavra destacada em “’As cartas da correspondência ativa, as que Clarice enviou às irmãs, por exemplo, quando ela estava no exterior, têm o poder de nos mostrar uma história de vida e obra de Clarice num período em que se misturam alegrias e tristezas.’” morfologicamente é:
Alternativas
Q1693618 Português
Texto 

Centenário de Clarice Lispector: obra ganha reedições em 2020

Obra da escritora chega com novo projeto gráfico pela Rocco, que em julho lança uma edição completa da sua correspondência

“Ler Clarice é se deixar levar pela companhia da escritora, dos narradores e personagens que ela cria, sabendo, de antemão, que dali não saíremos ilesos. Muita coisa acontecerá ao longo dessa leitura. Apertem os cintos, que pode vir tempestade brava, ventos fortes, ou uma doce brisa consoladora, mas nunca benevolente.”
O recado é de Nádia Battella Gotlib, uma das principais pesquisadoras da obra de Clarice Lispector (1920-1977), e fica como um convite para entrar nesse universo – ou revisitá-lo –, no momento em que se abrem as comemorações antecipadas pelo centenário de uma das maiores escritoras brasileiras – que nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, em Chechelnyk, na Ucrânia, e desembarcou no Brasil dois anos mais tarde.
Até dezembro do ano que vem, muito vai se falar sobre a autora de A Paixão Segundo G. H. e A Hora da Estrela. 
As primeiras ações para celebrar Clarice vêm da Rocco, sua editora. Ela vai reeditar toda a obra da autora com novo projeto gráfico e usando, inclusive, as telas que Clarice pintou como capa dessas novas edições, que trazem, ainda, novos posfácios para cada um dos volumes. Três títulos acabam de chegar às livrarias. De 1943, Perto do Coração Selvagem é o livro de estreia de Clarice e vem agora com posfácio de Nádia. O Lustre, de 1946, é tido como uma de suas obras mais difíceis. Já A Cidade Sitiada, de 1949, foi escrito em Berna, durante o período em que Clarice acompanhou o marido diplomata na Suíça. O posfácio é de Benjamin Moser, seu biógrafo.
Não foram anunciados, ainda, quais serão os próximos lançamentos. Mas duas certezas: A Hora da Estrela encerra o projeto, em 10 de dezembro de 2020; e antes, em julho, para a Flip, onde Clarice já foi homenageada, sai a coletânea Todas as Cartas nos moldes dos outros dois volumes, de contos e crônicas, publicados pela Rocco.
A organização é de Pedro Karp Vasquez, que assina também o posfácio. Teresa Montero, outra biógrafa de Clarice, fará as notas explicativas e o prefácio. Larissa Vaz é responsável pela pesquisa de campo e digitação das novas cartas encontradas. Há correspondência trocada com a família e personalidades – de Getúlio Vargas a Lygia Fagundes Telles.
“As cartas da correspondência ativa, as que Clarice enviou às irmãs, por exemplo, quando ela estava no exterior, têm o poder de nos mostrar uma história de vida e obra de Clarice num período em que se misturam alegrias e tristezas. Alegria pelo filho que ali nasceu. Tristeza por viver numa cidade pacata demais. A leitura dessas e de outras cartas nos revela seus projetos, preocupações, ansiedades, saudades das pessoas queridas. Pelas cartas podemos nos defrontar com belas paisagens suíças e com notícias de textos que no momento estava escrevendo; ficamos sabendo das suas leituras e das verdadeiras batalhas para publicar seus livros”, comenta Nádia. 

(Fonte: texto adaptado de https://www.metropoles.com/entretenimento/literatura/centenario-declarice-lispector-obra-ganha-reedicoes-em-2020, acesso em fevereiro de 2020). 
No trecho do 4º parágrafo “As primeiras ações para celebrar Clarice vêm da Rocco, sua editora. Ela vai reeditar toda a obra da autora com novo projeto gráfico e usando, inclusive, as telas que Clarice pintou como capa dessas novas edições, que trazem, ainda, novos posfácios para cada um dos volumes.”, o elemento destacado exemplifica como elo coesivo o uso de:
Alternativas
Q1693617 Português
Texto 

Centenário de Clarice Lispector: obra ganha reedições em 2020

Obra da escritora chega com novo projeto gráfico pela Rocco, que em julho lança uma edição completa da sua correspondência

“Ler Clarice é se deixar levar pela companhia da escritora, dos narradores e personagens que ela cria, sabendo, de antemão, que dali não saíremos ilesos. Muita coisa acontecerá ao longo dessa leitura. Apertem os cintos, que pode vir tempestade brava, ventos fortes, ou uma doce brisa consoladora, mas nunca benevolente.”
O recado é de Nádia Battella Gotlib, uma das principais pesquisadoras da obra de Clarice Lispector (1920-1977), e fica como um convite para entrar nesse universo – ou revisitá-lo –, no momento em que se abrem as comemorações antecipadas pelo centenário de uma das maiores escritoras brasileiras – que nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, em Chechelnyk, na Ucrânia, e desembarcou no Brasil dois anos mais tarde.
Até dezembro do ano que vem, muito vai se falar sobre a autora de A Paixão Segundo G. H. e A Hora da Estrela. 
As primeiras ações para celebrar Clarice vêm da Rocco, sua editora. Ela vai reeditar toda a obra da autora com novo projeto gráfico e usando, inclusive, as telas que Clarice pintou como capa dessas novas edições, que trazem, ainda, novos posfácios para cada um dos volumes. Três títulos acabam de chegar às livrarias. De 1943, Perto do Coração Selvagem é o livro de estreia de Clarice e vem agora com posfácio de Nádia. O Lustre, de 1946, é tido como uma de suas obras mais difíceis. Já A Cidade Sitiada, de 1949, foi escrito em Berna, durante o período em que Clarice acompanhou o marido diplomata na Suíça. O posfácio é de Benjamin Moser, seu biógrafo.
Não foram anunciados, ainda, quais serão os próximos lançamentos. Mas duas certezas: A Hora da Estrela encerra o projeto, em 10 de dezembro de 2020; e antes, em julho, para a Flip, onde Clarice já foi homenageada, sai a coletânea Todas as Cartas nos moldes dos outros dois volumes, de contos e crônicas, publicados pela Rocco.
A organização é de Pedro Karp Vasquez, que assina também o posfácio. Teresa Montero, outra biógrafa de Clarice, fará as notas explicativas e o prefácio. Larissa Vaz é responsável pela pesquisa de campo e digitação das novas cartas encontradas. Há correspondência trocada com a família e personalidades – de Getúlio Vargas a Lygia Fagundes Telles.
“As cartas da correspondência ativa, as que Clarice enviou às irmãs, por exemplo, quando ela estava no exterior, têm o poder de nos mostrar uma história de vida e obra de Clarice num período em que se misturam alegrias e tristezas. Alegria pelo filho que ali nasceu. Tristeza por viver numa cidade pacata demais. A leitura dessas e de outras cartas nos revela seus projetos, preocupações, ansiedades, saudades das pessoas queridas. Pelas cartas podemos nos defrontar com belas paisagens suíças e com notícias de textos que no momento estava escrevendo; ficamos sabendo das suas leituras e das verdadeiras batalhas para publicar seus livros”, comenta Nádia. 

(Fonte: texto adaptado de https://www.metropoles.com/entretenimento/literatura/centenario-declarice-lispector-obra-ganha-reedicoes-em-2020, acesso em fevereiro de 2020). 
Analise as assertivas a seguir sobre texto informativo:
I. o texto informativo é escrito em prosa, sendo utilizada a 3ª pessoa do discurso; II. fornece informações inverdadeiras e subjetivas sobre um determinado tema; III. utiliza o sentido denotativo da linguagem a fim de informar ao receptor a mensagem de maneira clara e direta; IV. expressa opiniões pessoais e indagações do autor; V. não utiliza figuras de linguagem nem o sentido conotativo das palavras para evitar ambiguidade e diversidade de interpretações.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q1693606 Pedagogia
Assinale a alternativa correta que corresponda a uma das incumbências dos estabelecimentos de ensino, determinadas pela Lei de Diretrizes e Bases, em seu Art. 12.
Alternativas
Q1693605 Pedagogia
Assinale a alternativa correta que corresponda a uma das incumbências dos doentes determinadas pela Lei de Diretrizes e Bases, em seu Art. 13.
Alternativas
Q1693604 Pedagogia
Sobre o Programa de Aceleração da Aprendizagem, analise as afirmativas e assinale a alternativa correspondente.
I - Termo atribuído ao programa instituído em 1997 pelo Ministério da Educação (MEC), que visa corrigir a distorção do fluxo escolar, ou seja, a defasagem entre a idade e a série que os alunos deveriam estar cursando; II – No programa, a correção do fluxo escolar é entendida como uma questão política, pois a partir dela surgem políticas ou planos educacionais determinados, como a aceleração de aprendizagem; III - De forma geral, o programa visa, através de cuidados especiais no ensino, evitar que o aluno abandone a escola por repetência.
https://www.educabrasil.com.br/aceleracao-de-aprendizagem/ - acessado em março 2020
Alternativas
Respostas
1341: E
1342: E
1343: D
1344: C
1345: B
1346: C
1347: A
1348: D
1349: B
1350: B
1351: D
1352: B
1353: A
1354: D
1355: D
1356: D
1357: D
1358: A
1359: C
1360: B