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Na obra “Relevância em Tradução”, p. 38, lemos:
“Uma das características básicas dos seres humanos é a necessidade de relacionar informações novas com o que já sabem: somente então tais informações passam a fazer sentido. Essa tendência funciona não só na comunicação, mas, supõe-se, é uma característica dominante da cognição humana em geral.
Na Teoria da Relevância (TR), essa necessidade de relacionar novas informações com as já conhecidas é denominada busca por relevância. Para que uma informação seja experimentada como relevante, deve ligar-se, de um modo específico, a outras informações que o indivíduo já tem. Quando tais ligações ocorrem, as pessoas experimentam-nas como efeitos cognitivos. E essas ligações são sempre o resultado de processos inferenciais”. ALVES e GONÇALVES, Orgs. Relevância em Tradução, p. 38
O autor, mais à frente, apresenta as implicações dessas ideias para o empreendimento de tradução da Bíblia. Em vários casos, o ambiente cognitivo do público da língua alvo apresenta muito pouca semelhança com aquele do público original, de forma que lacunas no conhecimento prévio podem significar grandes problemas de compreensão para o leitor moderno.
Nesse sentido, considerando uma tradução que tenha como propósito possibilitar a compreensão mais eficaz do texto bíblico, qual das seguintes alternativas NÃO se apresenta como possível opção para ajustar o ambiente cognitivo dos leitores?
Na mesma obra citada na questão anterior, Azenha Jr. expõe as implicações dos aspectos culturais à prática da tradução. Ele cita o que Schmitt chama de “incongruências conceituais condicionadas por problemas de interculturalidade”, que se referem aos “casos em que as denominações não são equivalentes, pois os conceitos por ela designados não coincidem, já que são culturalmente condicionados” (p. 78)
Dentre as seguintes categorias de condicionantes, selecione a alternativa que traz exemplos dessas incongruências condicionadas por diferenças culturais.
Em “Tradução técnica e condicionantes culturais: primeiros passos para um estudo integrado” (p.10), Azenha Jr. discorre:
“Ao percorrer o caminho da prática para a teoria [...], pude constatar o predomínio de uma visão largamente difundida [...] segundo a qual os textos técnicos, diferentemente dos textos sagrados e de literatura, constituiriam um universo à parte, sujeito aos ditames do mercado e marcado pela estabilidade de sentido dos termos técnicos. Em outras palavras, admitia-se para a tradução técnica algo que, de resto, era veementemente condenado para a tradução como um todo: a noção de sentidos estáveis e, como consequência, uma noção de tradução centrada eminentemente numa operação de transcodificação, processada à margem de um enquadramento cultural.”
O autor, com base em sua experiência enquanto tradutor, segue contestando essa visão de estabilidade dos textos técnicos. Abaixo estão diversos argumentos que contrariam essa noção de sentidos estáveis, com a EXCEÇÃO de: