Questões de Concurso Para al-pe

Foram encontradas 591 questões

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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425058 Direito Constitucional
No Direito Brasileiro, a Constituição Federal
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425057 Direito Constitucional
Projeto de lei de iniciativa de Deputado Estadual, já aprovado pela Assembleia Legislativa, foi encaminhado para sanção do Governador, que, no entanto, decidiu vetar integralmente o projeto, por motivo de inconstitucionalidade, sob o fundamento de que somente o Chefe do Poder Executivo poderia propor projeto de lei sobre a matéria. Nessa situação e de acordo com a Constituição do Estado de Pernambuco,
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425056 Direito Constitucional
Deputado estadual apresentou projeto de lei dispondo sobre o aumento da alíquota de um imposto estadual, como meio de auxiliar as finanças do Estado. Considerando a proximidade do recesso parlamentar de final do ano e, de outro lado, a necessidade de que o projeto seja rapidamente aprovado para que a nova alíquota seja aplicada no ano seguinte, o Presidente da Assembleia Legislativa e o Governador do Estado debatem sobre a possibilidade de ser convocada sessão extraordinária para que o referido projeto seja colocado em votação. Considerando a Constituição do Estado de Pernambuco,
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425055 Direito Constitucional
“... Quando, na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura, o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não
existe liberdade; porque se pode temer que o mesmo monarca ou o mesmo senado crie leis tirânicas para executá-las
tiranicamente. Tampouco existe liberdade se o poder de julgar não for separado do poder legislativo e do executivo. Se
estivesse unido ao poder legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria legislador.
Se estivesse unido ao poder executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor.

Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três
poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as querelas entre os particulares
....”
(MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Capítulo VI)

No texto acima transcrito, o autor defende a ideia contida no princípio da
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425054 Regimento Interno
As Comissões Parlamentares Permanentes apreciam as matérias em reuniões. Nos termos do Regimento Interno da ALEPE, o pronunciamento da Comissão sobre a matéria sujeita a seu estudo denomina-se
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425053 Regimento Interno
A Mesa Diretora da Assembleia é composta pelo Presidente, Vice-Presidentes e Secretários, com suas competências previstas no Regimento Interno da ALEPE. Fiscalizar as despesas e fazer cumprir as normas relativas ao seu processamento é competência do
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425052 Regimento Interno
Nos termos do Regimento Interno da ALEPE, denomina-se bancada a representação de um partido ou bloco parlamentar. A bancada integrada por vinte deputados terá a configuração de um Líder e
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425051 Regimento Interno
Uma das competências estabelecidas no Regimento Interno da ALEPE é a deliberação de proposições. É regra atinente a essas proposições que
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425050 Regimento Interno
Para atender a finalidades especiais relacionadas às suas atribuições, a ALEPE poderá constituir Comissões Temporárias. É regra atinente a esse tipo de comissão que
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425049 Regimento Interno
A competência da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco - ALEPE está disciplinada nos termos do seu Regimento Interno. A legislação sobre algumas matérias depende de sanção do Governador, como é o caso
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425048 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


                Vitalino


        A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ... 

        Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc. 

        Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.

        Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer. 

        Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima de minhas forças


*plasmar = moldar, modelar 

*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 

*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 

(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481) 


Vitalino começou, aos seis anos, a modelar suas figurinhas de barro, à ...... .
O segmento que completa a lacuna da frase acima, corretamente introduzido pelo à, com o sinal indicativo de crase, é:
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425047 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


                Vitalino


        A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ... 

        Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc. 

        Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.

        Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer. 

        Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima de minhas forças


*plasmar = moldar, modelar 

*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 

*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 

(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481) 


(em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido encomendada à mestra Cecília Meireles)

O segmento acima, isolado por parênteses no 3º parágrafo, deve ser entendido como
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425046 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


                Vitalino


        A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ... 

        Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc. 

        Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.

        Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer. 

        Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima de minhas forças


*plasmar = moldar, modelar 

*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 

*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 

(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481) 


Não há coisa que se dê com mais prazer.
A afirmativa acima se justifica com o que se lê em:
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425045 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


                Vitalino


        A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ... 

        Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc. 

        Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.

        Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer. 

        Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima de minhas forças


*plasmar = moldar, modelar 

*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 

*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 

(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481) 


Considere o que se afirma em relação ao emprego de sinais de pontuação no texto. Está correto o que consta em:
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425044 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


                Vitalino


        A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ... 

        Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc. 

        Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.

        Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer. 

        Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima de minhas forças


*plasmar = moldar, modelar 

*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 

*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 

(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481) 


A mãe de Vitalino era louceira.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o sublinhado acima está em:
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425043 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


                Vitalino


        A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ... 

        Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc. 

        Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.

        Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer. 

        Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima de minhas forças


*plasmar = moldar, modelar 

*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 

*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 

(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481) 


A afirmativa correta, de acordo com o texto, é:
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425042 Português
O período redigido com lógica, clareza e correção é:
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425041 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


        Quando Nelson Mandela criou o grupo The Elders (Os Anciãos) para promover a paz e os direitos humanos em todo o mundo, ele nos desafiou a ser ousados e a dar voz àqueles que não a têm. Nenhuma questão exige essas qualidades mais do que nossa incapacidade coletiva de lidar com os problemas das mudanças climáticas. 

        Estas são o maior desafio da nossa era. Elas ameaçam o bem-estar de centenas de milhões de pessoas agora e de muitos bilhões no futuro. Elas destroem o direito humano a alimentação, água, saúde e abrigo – causas pelas quais temos lutado toda a nossa vida. Ninguém nem nenhum país escapará do seu impacto. Mas são aqueles sem voz – porque já são marginalizados ou aindanão nasceram – que se encontram em maior risco. Temos um dever moral urgente de falar em seu nome. 

        Dado o peso notório das evidências, pode ser difícil entender por que continuamos avançando lentamente na ação coordenada necessária para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. O último relatório dos especialistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas afirma claramente que o aquecimento do sistema climático é “inequívoco” e o comportamento humano é muito provavelmente sua causa dominante.

       Temos visto nos últimos meses o aumento de eventos de clima extremo, sobre os quais os especialistas chamam a atenção. Os custos já são avultados e, por esse motivo, o Banco Mundial, o FMI e a Agência Energética Intercontinental se juntaram à comunidade científica para alertar sobre os riscos que estamos correndo. Já não são somente os ambientalistas que fazem soar os alarmes. E, todos os anos, a nossa incapacidade em agir nos deixa mais próximos de um ponto sem volta, no qual os cientistas receiam que as mudanças climáticas possam se tornar irreversíveis. 

        Muitos dos Anciãos já foram responsáveis por governos. Não cometemos o erro de pensar que tratar das mudanças climáticas é uma questão fácil. Mas sabemos que existem momentos em que, independentemente das dificuldades do panorama imediato, os líderes precisam mostrar coragem e ousadia. Este é um dos momentos. Chegamos a uma encruzilhada. Em uma direção, um legado 

terrível pode ser passado para nossos netos e bisnetos. De outro lado, está a oportunidade de dar os primeiros passos em direção a um mundo mais justo e sustentável. Não queremos que as gerações futuras digam que falhamos. 

(Adaptado de: ANNAN, Kofi. Ex-Secretário Geral da ONU. O Estado de S. Paulo, A14, Internacional, 24 de janeiro de 2014) 


Elas destroem o direito humano a alimentação, água, saúde e abrigo ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do sublinhado acima está em:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425040 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


        Quando Nelson Mandela criou o grupo The Elders (Os Anciãos) para promover a paz e os direitos humanos em todo o mundo, ele nos desafiou a ser ousados e a dar voz àqueles que não a têm. Nenhuma questão exige essas qualidades mais do que nossa incapacidade coletiva de lidar com os problemas das mudanças climáticas. 

        Estas são o maior desafio da nossa era. Elas ameaçam o bem-estar de centenas de milhões de pessoas agora e de muitos bilhões no futuro. Elas destroem o direito humano a alimentação, água, saúde e abrigo – causas pelas quais temos lutado toda a nossa vida. Ninguém nem nenhum país escapará do seu impacto. Mas são aqueles sem voz – porque já são marginalizados ou aindanão nasceram – que se encontram em maior risco. Temos um dever moral urgente de falar em seu nome. 

        Dado o peso notório das evidências, pode ser difícil entender por que continuamos avançando lentamente na ação coordenada necessária para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. O último relatório dos especialistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas afirma claramente que o aquecimento do sistema climático é “inequívoco” e o comportamento humano é muito provavelmente sua causa dominante.

       Temos visto nos últimos meses o aumento de eventos de clima extremo, sobre os quais os especialistas chamam a atenção. Os custos já são avultados e, por esse motivo, o Banco Mundial, o FMI e a Agência Energética Intercontinental se juntaram à comunidade científica para alertar sobre os riscos que estamos correndo. Já não são somente os ambientalistas que fazem soar os alarmes. E, todos os anos, a nossa incapacidade em agir nos deixa mais próximos de um ponto sem volta, no qual os cientistas receiam que as mudanças climáticas possam se tornar irreversíveis. 

        Muitos dos Anciãos já foram responsáveis por governos. Não cometemos o erro de pensar que tratar das mudanças climáticas é uma questão fácil. Mas sabemos que existem momentos em que, independentemente das dificuldades do panorama imediato, os líderes precisam mostrar coragem e ousadia. Este é um dos momentos. Chegamos a uma encruzilhada. Em uma direção, um legado 

terrível pode ser passado para nossos netos e bisnetos. De outro lado, está a oportunidade de dar os primeiros passos em direção a um mundo mais justo e sustentável. Não queremos que as gerações futuras digam que falhamos. 

(Adaptado de: ANNAN, Kofi. Ex-Secretário Geral da ONU. O Estado de S. Paulo, A14, Internacional, 24 de janeiro de 2014) 


Ninguém nem nenhum país escapará do seu impacto.
Temos um dever moral urgente de falar em seu nome.


Os pronomes sublinhados nas frases acima, ambas do 2º parágrafo, referem-se, respectivamente, a
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425039 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


        Quando Nelson Mandela criou o grupo The Elders (Os Anciãos) para promover a paz e os direitos humanos em todo o mundo, ele nos desafiou a ser ousados e a dar voz àqueles que não a têm. Nenhuma questão exige essas qualidades mais do que nossa incapacidade coletiva de lidar com os problemas das mudanças climáticas. 

        Estas são o maior desafio da nossa era. Elas ameaçam o bem-estar de centenas de milhões de pessoas agora e de muitos bilhões no futuro. Elas destroem o direito humano a alimentação, água, saúde e abrigo – causas pelas quais temos lutado toda a nossa vida. Ninguém nem nenhum país escapará do seu impacto. Mas são aqueles sem voz – porque já são marginalizados ou aindanão nasceram – que se encontram em maior risco. Temos um dever moral urgente de falar em seu nome. 

        Dado o peso notório das evidências, pode ser difícil entender por que continuamos avançando lentamente na ação coordenada necessária para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. O último relatório dos especialistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas afirma claramente que o aquecimento do sistema climático é “inequívoco” e o comportamento humano é muito provavelmente sua causa dominante.

       Temos visto nos últimos meses o aumento de eventos de clima extremo, sobre os quais os especialistas chamam a atenção. Os custos já são avultados e, por esse motivo, o Banco Mundial, o FMI e a Agência Energética Intercontinental se juntaram à comunidade científica para alertar sobre os riscos que estamos correndo. Já não são somente os ambientalistas que fazem soar os alarmes. E, todos os anos, a nossa incapacidade em agir nos deixa mais próximos de um ponto sem volta, no qual os cientistas receiam que as mudanças climáticas possam se tornar irreversíveis. 

        Muitos dos Anciãos já foram responsáveis por governos. Não cometemos o erro de pensar que tratar das mudanças climáticas é uma questão fácil. Mas sabemos que existem momentos em que, independentemente das dificuldades do panorama imediato, os líderes precisam mostrar coragem e ousadia. Este é um dos momentos. Chegamos a uma encruzilhada. Em uma direção, um legado 

terrível pode ser passado para nossos netos e bisnetos. De outro lado, está a oportunidade de dar os primeiros passos em direção a um mundo mais justo e sustentável. Não queremos que as gerações futuras digam que falhamos. 

(Adaptado de: ANNAN, Kofi. Ex-Secretário Geral da ONU. O Estado de S. Paulo, A14, Internacional, 24 de janeiro de 2014) 


Não queremos que as gerações futuras digam que falhamos. (final do texto)
Identifica-se uma decorrência da afirmativa acima em:
Alternativas
Respostas
181: A
182: D
183: B
184: B
185: B
186: A
187: D
188: D
189: E
190: B
191: E
192: C
193: B
194: B
195: A
196: D
197: E
198: E
199: D
200: B