Questões de Concurso
Para igp-sc
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A memória de um computador é organizada em uma estrutura hierárquica composta de múltiplos níveis: memória principal, memória cache e registradores. Considere um sistema computacional com palavra de dados de 32 bits e que possua um único nível de memória cache, com caches de instrução e de dados separadas, cada uma com capacidade de 16 palavras (64 Bytes). Analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa correta:
I. A memória cache promove ganho de desempenho na execução de um programa apenas quando este exibe algum nível de localidade no acesso às instruções e/ou dados.
II. Se a cache de dados for baseada no mapeamento direto, para se obter uma maior taxa de acertos na execução de um programa com alta localidade espacial no acesso a dados, é melhor organizar essa cache em 16 blocos com 01 palavra/bloco do que em 04 blocos com 04 palavras/bloco.
III. Para programas que exibam localidade temporal no acesso às instruções, para obter uma menor taxa de faltas, é melhor que a cache de instruções seja baseada no mapeamento associativo de duas vias do que no mapeamento direto. Isso se justifica porque o mapeamento associativo oferece alternativas de blocos para carregar uma posição da memória principal na cache e isso reduz a necessidade de substituição de blocos na cache.
De acordo com a Lei 15.156/10, que institui o Plano de Carreiras e Vencimentos do Grupo Segurança Pública - Perícia Oficial do Estado de Santa Catarina, e com relação à composição do Quadro de Pessoal do IGP, é correto afirmar que:
I. Técnico Pericial é a autoridade que desempenha atividades de nível superior, de natureza técnica, científica e especializada, de maior complexidade quanto à observação, constatação, registro, coleta, interpretação, análise e avaliação prospectiva, nos ditames da criminalística, de vestígios relacionados ao fato delituoso e à emissão de um juízo, realizando exames periciais criminais e elaborando estudos, pesquisas, laudos e pareceres que exigem formação ou habilitação específica, fundamentais para a decisão judicial, nos termos das normas constitucionais e legais em vigor, bem como presidir as atividades de perícia criminal e de identificação civil e criminal.
II. O Perito Oficial desempenha atividades de nível superior, de natureza técnica e científica, que têm por objeto realizar exames papiloscópicos referentes à identificação civil e criminal, elaborando laudos e pareceres que exigem habilitação específica, fundamentais para a decisão judicial, nos termos das normas constitucionais e legais em vigor.
III. Auxiliar Pericial: desempenha atividades de nível médio, de natureza operacional, administrativa e de apoio, relacionadas ao suporte na execução das atividades afetas à instituição.
IV. Os cargos de provimento em comissão de Diretores, Gerentes e Corregedor serão ocupados exclusivamente por servidores efetivos, ativos e estáveis da carreira de Perito Oficial do IGP.
Assinale a alternativa correta:
UNEARTHED: REMAINS OF THE EARLIEST KNOWN
TSUNAMI VICTIM
By Charles Choi | October 25, 2017 1:00 pm
Paragraph 1 Tsunamis have claimed hundreds of thousands of lives in the past two decades. Now a new study finds that a 6,000-year-old skull may come from the earliest known victim of these killer waves.
Paragraph 2 The partial human skull was discovered in 1929 buried in a mangrove swamp outside the small town of Aitape Papua New Guinea, about 500 miles north of Australia. Scientists originally thought it belonged to an ancient extinct human species, Homo erectus. However, subsequent research dated it to about 5,000 or 6,000 years in age, suggesting that it instead belonged to a modern human.
A Rare Specimen
Paragraph 3 The skull is one of just two examples of ancient human remains found in Papua New Guinea after more than a century of work there. As such, archaeologists wanted to learn more about this skull to elucidate how people settled this region.
Paragraph 4 The scientists went back to where this skull was found and sampled the soil in which it was discovered. They focused on details such as sediment grain size and composition.
Paragraph 5 In the sediment, the researchers discovered a range of microscopic organisms from the ocean known as diatoms. These were similar to ones found in the soil after a 1998 tsunami killed more than 2,000 people in Papua New Guinea — for instance, their shells of silica were broken, likely by extremely powerful forces.
Paragraph 6 These diatom shells, combined with the chemical compositions and the size ranges of the grains, all suggest that a tsunami occurred when the skull was buried. The researchers suggested the catastrophe either directly killed the person or ripped open their grave.
Paragraph 7 Tsunamis, which are giant waves caused by earthquakes, volcanic eruptions or underwater landslides, are some of the deadliest natural disasters known. The 2004 tsunami in the Indian Ocean killed more than 230,000 people, a higher death toll than any fire or hurricane.
Paragraph 8 The site where the skull was found is currently about 7.5 miles away from the coast. Still, the researchers noted that back when whoever the skull belonged to was alive, sea levels were higher, and the area would have been just behind the shoreline.
Paragraph 9 The waves of the tsunami that hit Papua New Guinea in 1998 reached more than 50 feet high and penetrated up to three miles inland. “If the event we have identified resulted from a similar process, it could have also resulted in extremely high waves,” study co-lead author Mark Golitko, an archaeologist at the University of Notre Dame in Indiana and the Field Museum in Chicago.
Paragraph 10 These results show “that coastal populations have been vulnerable to such events for thousands of years,” Golitko said. “People have managed to live with such unpredictable and destructive occurrences, but it highlights how vulnerable people living near the sea can be. Given the far larger populations that live along coastlines today, the potential impacts are far more severe now.”
Paragraph 11 Golitko plans to return to the area over the next few years “to further study the frequency of such events, how the environment changed over time, and how people have coped with the environmental challenges of living in that environment.” He and his colleagues detailed their findings Wednesday in the journal PLOS O.
Retrieved and adapted from:
<http://blogs.discovermagazine.com/d-brief/2017/10/25/first-tsunami-victim/#.WfYiYmhSzIU>
DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado de:
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.
A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode” ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária, ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Sírio Possenti
Departamento de Linguística
Universidade Estadual de Campinas
DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado de:
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.
A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode” ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária, ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Sírio Possenti
Departamento de Linguística
Universidade Estadual de Campinas
Um local de morte, como a própria designação esclarece, é definido como o sítio onde ocorreu a extinção de uma pessoa. Assim, para a elucidação dos fatos que culminaram no evento morte, o perito criminal deve realizar um minucioso levantamento dos vestígios, das posições dos objetos, do cadáver e do próprio ambiente.
Em um local de morte por arma de fogo, por exemplo, o ambiente é vasculhado em toda a sua amplitude, fotografando-se os pontos de impactos de projéteis, se houver. Determina-se, também, a distância, a origem e a direção do disparo, estabelecendo-se, desse modo, a provável trajetória. Em seguida, examina-se o cadáver à procura dos ferimentos, os orifícios de entrada e de saída do projétil, e suas localizações.
Por fim, examinam-se os próprios projéteis e estojos encontrados no local, com o escopo de se fazer a identificação mediata da arma (microcomparação balística) que causou a lesão, caso nenhuma seja encontrada.
Destarte, todos os procedimentos descritos anteriormente para o local de morte por arma de fogo, entendidos como uma diligência processual penal veiculada através do instrumento conhecido como laudo de local, visam determinar a causa jurídica da morte; ou seja, estabelecer a diagnose diferencial entre homicídio, suicídio e acidente.
Baseando-se nos dados citados, podemos classificar os ferimentos produzidos pelo projétil disparado por uma arma de fogo como:
O método de difração de raios X é frequentemente utilizado como técnica complementar de caracterização dos materiais. Assinale a alternativa que melhor corresponda ao difratograma apresentado a seguir.
A figura a seguir mostra um diagrama de fase binário Bi-Sb (bismuto-antimônio). Neste diagrama é indicado um ponto “A” que corresponde a uma liga Bi-Sb com 60%Sb a 500 ºC. Considere todas as condições quando o equilíbrio de fases é alcançado e escolha a opção correta.
A seguir é mostrada uma micrografia de um aço carbono contendo 0,45 %C (aço ABNT1045). Escolha a alternativa que corresponda corretamente à descrição da microestrutura apresentada na figura.
Na figura a seguir é mostrado uma imagem da região fraturada de um aço obtida com o auxílio de um microscópio eletrônico de varredura (MEV) com um aumento de 500x. Esta figura é também conhecida como fractografia e traz uma característica típica que indica o mecanismo de fratura predominante nesta região. Assinale a alternativa que possui a descrição correspondente às suas características e o mecanismo de fratura ocorrido na região apresentada na figura.
A curva tensão-deformação (σ-ε) mostrada foi obtida a partir de um ensaio de tração realizado em um corpo de prova cilíndrico com diâmetro de 10 mm e comprimento útil de 150 mm, confeccionado de um material metálico. São indicados alguns pontos desta curva (A, B, C, D, E e F) utilizados para se obter determinadas propriedades do material. Com base nestes pontos, assinale a alternativa correta.
O conversor CC-CC está operando no modo contínuo de corrente, com o transistor Q1 operando como chave, na frequência de chaveamento f, conforme mostra a figura abaixo. Leia as proposições.
I. Neste modo de operação, a tensão de saída é sempre menor ou igual a tensão de entrada.
II. A cada vez que o transistor Q1 conduz, energia da fonte de entrada é transferida ao capacitor C1, e quando Q1 abre, a energia da entrada é transferida ao indutor L1.
III. A corrente de carga no indutor é não-linear, dado pela equação VL(t) = L di(t)/dt
IV. A corrente no capacitor C1 é tal que a tensão sobre C1 tende a permanece relativamente constante, dado por ic(t) = C dv/dt
Assinale a alternativa correta: