Questões de Concurso Para if sul rio-grandense

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Q2006218 Literatura

Soneto à maneira de Camões


Esperança e desespero de alimento

Me servem neste dia em que te espero

E já não sei se quero ou se não quero

Tão longe de razões é meu tormento.


Mas como usar amor de entendimento?

Daquilo que te peço desespero

Ainda que mo dês - pois o que eu quero

Ninguém o dá senão por um momento.


Mas como és belo, amor, de não durares,

De ser tão breve e fundo o teu engano,

E de eu te possuir sem tu te dares.


Amor perfeito dado a um ser humano:

Também morre o florir de mil pomares

E se quebram as ondas no oceano.



ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Soneto à maneira de Camões. In: COSTA E SILVA, Alberto da;

BUENO, Alexei. Antologia da poesia portuguesa contemporânea: um panorama. Rio de Janeiro:

Lacerda, 1999.

No que se refere a recursos métricos e retóricos empregados no poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, bem como à sua relação com o contexto histórico da produção camoniana, indicado por Saraiva e Lopes (2004), leia as afirmações abaixo e marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas.
( ) A escolha por compor estrofes isométricas em decassílabo heroico está associada ao petrarquismo que marcou o século XVI português, homenageando a introdução da medida nova realizada por Camões. ( ) A disposição das ideias nas estrofes assemelha-se à estruturação em tese e antítese, seguidas de conclusão e desfecho, empreendendo um exercício de engenho similar ao da poesia camoniana. ( ) O uso de figuras de linguagem como a antítese e o paradoxo em mais de uma estrofe do poema é compatível com uma feição estilística própria do Maneirismo, tendência da qual Camões é um poeta representativo.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q2006217 Português

Soneto à maneira de Camões


Esperança e desespero de alimento

Me servem neste dia em que te espero

E já não sei se quero ou se não quero

Tão longe de razões é meu tormento.


Mas como usar amor de entendimento?

Daquilo que te peço desespero

Ainda que mo dês - pois o que eu quero

Ninguém o dá senão por um momento.


Mas como és belo, amor, de não durares,

De ser tão breve e fundo o teu engano,

E de eu te possuir sem tu te dares.


Amor perfeito dado a um ser humano:

Também morre o florir de mil pomares

E se quebram as ondas no oceano.



ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Soneto à maneira de Camões. In: COSTA E SILVA, Alberto da;

BUENO, Alexei. Antologia da poesia portuguesa contemporânea: um panorama. Rio de Janeiro:

Lacerda, 1999.

Publicado originalmente em Coral, o soneto acima presta uma homenagem a Camões, a cuja dicção Sophia de Mello Breyner Andresen manifesta declarada admiração. Para tanto, a escritora não só imita o estilo da lírica camoniana, lançando mão de recursos formais e retóricos nela verificáveis, mas também explora alguns dos temas e tensões que a singularizam.


Sobre esse último aspecto, considere as afirmações a seguir, elaboradas a partir das ponderações feitas por António José Saraiva e Óscar Lopes (2004).


I. A primeira estrofe representa a natureza contraditória do sentimento vivido pelo eu lírico, indicando uma situação de dúvida e instabilidade que foge ao controle da razão.

II. No segundo quarteto, resgata-se o pendor neoplatônico da lírica camoniana, uma vez que o sujeito poético se conforma com a impossibilidade de realização plena do desejo, abraçando o ideal de amor desinteressado.

III. Os tercetos apontam para a busca de uma síntese, mesmo que apenas entrevista, entre “um ansiado absoluto e suas possibilidades viventes” (SARAIVA; LOPES, 2004), dada a constatação da essencialidade do sentimento em sua própria natureza transitória.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Q2006216 Português
O “Quarto de despejo” e o spread literário

Luiz Maurício Azevedo 

texto_1 1.png (723×364)

texto_1 2.png (720×528)
texto_1 3.png (723×651)









AZEVEDO, Luiz Maurício. O “Quarto de despejo” e o spread literário. Correio do Povo,
Porto Alegre, 3 out. 2020.

De acordo com Celso Cunha e Lindley Cintra (2016), os sinais de pontuação são utilizados para compensar recursos rítmicos e melódicos próprios da elocução oral, os quais se perdem na modalidade escrita. No que se refere especificamente ao conjunto de sinais cuja função é marcar pausas (vírgula, ponto, ponto e vírgula, por exemplo), há casos em que se admite certa flexibilidade de uso, uma vez que não ferem as convenções gramaticais normatizadas ao longo do tempo. 


Nos excertos abaixo, retirados do artigo de Luiz Maurício Azevedo, a opção pelo emprego ou pela ausência de sinais de pontuação ocorre de maneira adequada EXCETO em:

Alternativas
Q2006215 Português
O “Quarto de despejo” e o spread literário

Luiz Maurício Azevedo 

texto_1 1.png (723×364)

texto_1 2.png (720×528)
texto_1 3.png (723×651)









AZEVEDO, Luiz Maurício. O “Quarto de despejo” e o spread literário. Correio do Povo,
Porto Alegre, 3 out. 2020.

Em Ler e escrever: estratégias de produção textual, Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias (2012) apresentam um conjunto de recursos que contribuem para a progressão sequencial, possibilitando o avanço do texto, além de contribuir para a construção de seu sentido.


Considerando-se apenas os mecanismos associados à chamada progressão tema-rema, o subtipo que predomina no segundo parágrafo (linhas 7-18) do artigo é

Alternativas
Q2006214 Português
O “Quarto de despejo” e o spread literário

Luiz Maurício Azevedo 

texto_1 1.png (723×364)

texto_1 2.png (720×528)
texto_1 3.png (723×651)









AZEVEDO, Luiz Maurício. O “Quarto de despejo” e o spread literário. Correio do Povo,
Porto Alegre, 3 out. 2020.
A partir dos mecanismos de coesão textual adotados por Luiz Maurício Azevedo, com base nos estudos de Koch (2008), analise as seguintes afirmativas:
I. O pronome sua, na expressão “sorte sua” (linha 47), refere-se a Carolina de Jesus (linha 43), constituindo-se um caso de referência endofórica. II. A expressão “nesse tabuleiro” (linha 7) refere-se a crítica literária (linha 6), constituindo-se uma forma remissiva gramatical. III. A expressão “drosófilas do pensamento” (linha 21), ao mesmo tempo em que alude a críticos literários, agrega sentido ao texto.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
Alternativas
Respostas
226: B
227: C
228: B
229: D
230: D