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Para sesau-al
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As terapias antituberculose e antirretroviral combinadas (TARVc) simultâneas para tratamento de tuberculose em pacientes infectados com HIV devem ser evitadas devido ao risco de síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI), pois a recuperação da resposta imune do hospedeiro após TARVc pode levar a um agravamento paradoxal da inflamação intraocular, acompanhada por sequelas que ameaçam a visão.
Tuberculose ocular é uma forma rara de doença extrapulmonar e as manifestações de tuberculose ocular em pacientes infectados pelo HIV respondem bem ao tratamento, desaparecendo rapidamente no início do regime de tratamento de quatro medicamentos, envolvendo isoniazida, rifampicina, etambutol e pirazinamida.
A concentração de proteínas no líquor é um parâmetro mais sensível do que a contagem de células para avaliar a eficácia do tratamento, uma vez que a sua normalização é mais provável em comparação com a pleocitose liquórica e com a reatividade do VDRL. Se a concentração de proteínas não diminuir após seis meses nem normalizar após dois anos, os pacientes devem ser tratados novamente.
O prognóstico da acuidade visual em pacientes HIV+ com manifestações da sífilis ocular é desfavorável mesmo após tratamento adequado, e as recorrências são frequentes, apesar do uso da TARVc, que não demonstrou melhorar o resultado visual em pacientes com HIV coinfectados com sífilis.
A avaliação sorológica dos títulos dos testes não treponêmicos não deve ser realizada para avaliar a resposta ao tratamento em pacientes com HIV, visto que indivíduos tratados com a terapia padrão não atingem o declínio do título não treponêmico, mesmo após o tratamento, e sua persistência não indica falha terapêutica.
Os corticosteroides sistêmicos são benéficos na neurossífilis e seu papel na sífilis ocular está bem estabelecido, porém devem ser evitados no tratamento de complicações que ameaçam a visão, como edema macular, devido ao risco de reação de Jarisch-Harxheimer, que pode piorar o prognóstico visual.
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) danifica o sistema imunológico dos infectados, tornando-os suscetíveis a infecções oportunistas. Embora o advento da terapia antirretroviral combinada (TARVc) tenha resultado em declínio na incidência de algumas infecções intraoculares, como retinite por citomegalovírus (CMV), a incidência de sífilis ocular permanece alta. Em relação à coinfecção HIV e sífilis, julgue o item que se segue.
A uveíte sifilítica pode estar associada à neurossífilis e, uma
vez que suas características clínicas ativas são consideradas
uma expressão da sífilis secundária ou neurológica, as
manifestações devem ser tratadas de acordo com os mesmos
regimes de neurossífilis dos pacientes não infectados pelo
HIV.
Os adesivos não biológicos (cianoacrilatos) também são bacteriostáticos, particularmente contra organismos gram-positivos, incluindo Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Streptococcus do grupo A, um efeito que é possivelmente devido à ausência de uma cápsula de lipopolissacarídeo entre esses patógenos.
A epiceratoplastia tectônica tem se tornado cada vez mais popular devido à menor taxa de rejeição do enxerto em comparação à ceratoplastia penetrante. É um procedimento superior ao da ceratoplastia penetrante nas perfurações corneanas, desde que as córneas de doadores tenham contagem rica de células endoteliais ao serem usadas para esse fim.
A cola de fibrina é biodegradável e induz mínima inflamação estromal ou necrose tecidual; a fibrina catalisa a conversão de fibrinogênio em trombina na via de coagulação, o que resulta na formação de um tampão que forma um selante eficaz e, quando usado para defeitos de até 2 mm, é tão eficaz quanto o cianoacrilato.
Uma vantagem do uso de cianoacrilato é sua baixa toxicidade estromal, podendo entrar em contato direto com a córnea ou o cristalino sem causar aumento da pressão intraocular, possivelmente por ser inerte e não afetar a rede trabecular.
Adesivos teciduais podem ser usados para tratar pequenas perfurações da córnea, sendo mais adequados para perfurações menores de 3 mm de diâmetro, côncavas em perfil e localizadas longe do limbo, devido à má adesão entre a cola e o tecido conjuntivo.
A acuidade visual não é um guia útil para distinguir OACR completa da incompleta, pois a visão central pode estar gravemente prejudicada na isquemia retiniana sem infarto, assim como a visão central pode estar presente com OACR completa e infarto retiniano se uma artéria ciliorretiniana perfunde e poupa a mácula central.
O conteúdo de oxigênio arterial pode ser aumentado com o uso de câmara hiperbárica e pode ser útil para OACR incompleta como uma medida para auxiliar a sobrevivência da retina interna isquêmica, mas não tem valor na OACR completa, da mesma forma que a oxigenioterapia hiperbárica não é um tratamento geralmente aceito para acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio.
Os vasodilatadores sistêmicos ou por injeção retrobulbar, assim como o ato de respirar níveis elevados de dióxido de carbono, podem aumentar a pressão de perfusão na artéria central da retina e ajudar o trombo ou êmbolo a se mover distalmente; portanto, manobras terapêuticas adicionais dessa natureza provavelmente serão úteis.
Os agentes hipotensores oculares orais e tópicos têm efeito muito mais lento e menos profundo do que a paracentese da câmara anterior, mas podem ser úteis mantendo a pressão intraocular baixa por alguns dias.
Apesar de eficácia não comprovada e dos riscos de complicações, que incluem catarata traumática, hifema e endoftalmite, a paracentese da câmara anterior produz um aumento imediato na pressão de perfusão da artéria central da retina, especialmente quando comparada à intervenção farmacológica, que ainda é amplamente defendida para os casos de OACR.
As células ganglionares que expressam melanopsina são incapazes de respostas intrínsecas à luz; elas dependem dos fotorreceptores para fornecer sinais que definem a fase do ritmo circadiano e para auxiliar na condução do reflexo pupilar à luz que envolve projeções para o pretectum.
Como o número de tipos de fotorreceptores espectralmente distintos prediz a dimensionalidade da visão de cores, as interações entre a rodopsina dos bastonetes, a melanopsina das células ganglionares da retina e os pigmentos dos cones, todos diferentes em sensibilidade espectral, podem produzir visão tetra ou pentacromática genuína em humanos.
Os sinais mediados pela melanopsina, identificados como substrato para definir os ritmos circadianos, não influenciam a percepção das cores.