Questões de Concurso Para câmara municipal de caratinga - mg

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Q2847911 Português
No restaurante

    — Quero lasanha.
    Aquele anteprojeto de mulher — quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia — entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
    O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
    — Meu bem, venha cá.
    — Quero lasanha.
    — Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
    — Não, já escolhi. Lasanha. Que parada — lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
    — Vou querer lasanha.
    — Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
    — Gosto, mas quero lasanha.
    — Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
    — Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
    — Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
    — Você come camarão e eu como lasanha.
    O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
    — Quero uma lasanha.
    O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
    — Moço, tem lasanha?
    — Perfeitamente, senhorita.
    O pai, no contra-ataque:
    — O senhor providenciou a fritada?
    — Já, sim, doutor.
    — De camarões bem grandes?
    — Daqueles legais, doutor.
    — Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
    — Uma lasanha.
    — Traz um suco de laranja pra ela.
    Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
    — Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. —Sábado que vem, a gente repete… Combinado?
    — Agora a lasanha, não é, papai?
    — Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
    — Eu e você, tá?
    — Meu amor, eu…
    — Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
    O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. No restaurante: para aprender a gostar de ler; São Paulo: Ática, 2002.) 
O termo em destaque em “Sábado que vem, a gente repete… Combinado?” (29º§) é acentuado pelo mesmo sentido que as palavras a seguir, EXCETO: 
Alternativas
Q2847910 Português
No restaurante

    — Quero lasanha.
    Aquele anteprojeto de mulher — quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia — entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
    O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
    — Meu bem, venha cá.
    — Quero lasanha.
    — Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
    — Não, já escolhi. Lasanha. Que parada — lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
    — Vou querer lasanha.
    — Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
    — Gosto, mas quero lasanha.
    — Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
    — Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
    — Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
    — Você come camarão e eu como lasanha.
    O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
    — Quero uma lasanha.
    O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
    — Moço, tem lasanha?
    — Perfeitamente, senhorita.
    O pai, no contra-ataque:
    — O senhor providenciou a fritada?
    — Já, sim, doutor.
    — De camarões bem grandes?
    — Daqueles legais, doutor.
    — Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
    — Uma lasanha.
    — Traz um suco de laranja pra ela.
    Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
    — Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. —Sábado que vem, a gente repete… Combinado?
    — Agora a lasanha, não é, papai?
    — Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
    — Eu e você, tá?
    — Meu amor, eu…
    — Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
    O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. No restaurante: para aprender a gostar de ler; São Paulo: Ática, 2002.) 
Assinale a alternativa que possui a correta significação da palavra em destaque.
Alternativas
Q2847909 Português
No restaurante

    — Quero lasanha.
    Aquele anteprojeto de mulher — quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia — entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
    O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
    — Meu bem, venha cá.
    — Quero lasanha.
    — Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
    — Não, já escolhi. Lasanha. Que parada — lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
    — Vou querer lasanha.
    — Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
    — Gosto, mas quero lasanha.
    — Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
    — Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
    — Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
    — Você come camarão e eu como lasanha.
    O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
    — Quero uma lasanha.
    O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
    — Moço, tem lasanha?
    — Perfeitamente, senhorita.
    O pai, no contra-ataque:
    — O senhor providenciou a fritada?
    — Já, sim, doutor.
    — De camarões bem grandes?
    — Daqueles legais, doutor.
    — Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
    — Uma lasanha.
    — Traz um suco de laranja pra ela.
    Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
    — Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. —Sábado que vem, a gente repete… Combinado?
    — Agora a lasanha, não é, papai?
    — Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
    — Eu e você, tá?
    — Meu amor, eu…
    — Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
    O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. No restaurante: para aprender a gostar de ler; São Paulo: Ática, 2002.) 
O travessão, sinal gráfico de pontuação empregado no início das falas das personagens, também possui como função:
Alternativas
Q2847908 Português
No restaurante

    — Quero lasanha.
    Aquele anteprojeto de mulher — quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia — entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
    O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
    — Meu bem, venha cá.
    — Quero lasanha.
    — Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
    — Não, já escolhi. Lasanha. Que parada — lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
    — Vou querer lasanha.
    — Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
    — Gosto, mas quero lasanha.
    — Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
    — Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
    — Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
    — Você come camarão e eu como lasanha.
    O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
    — Quero uma lasanha.
    O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
    — Moço, tem lasanha?
    — Perfeitamente, senhorita.
    O pai, no contra-ataque:
    — O senhor providenciou a fritada?
    — Já, sim, doutor.
    — De camarões bem grandes?
    — Daqueles legais, doutor.
    — Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
    — Uma lasanha.
    — Traz um suco de laranja pra ela.
    Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
    — Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. —Sábado que vem, a gente repete… Combinado?
    — Agora a lasanha, não é, papai?
    — Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
    — Eu e você, tá?
    — Meu amor, eu…
    — Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
    O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. No restaurante: para aprender a gostar de ler; São Paulo: Ática, 2002.) 
Em relação à garotinha do texto, é correto inferir que ela
Alternativas
Q2847907 Português
No restaurante

    — Quero lasanha.
    Aquele anteprojeto de mulher — quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia — entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
    O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
    — Meu bem, venha cá.
    — Quero lasanha.
    — Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
    — Não, já escolhi. Lasanha. Que parada — lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
    — Vou querer lasanha.
    — Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
    — Gosto, mas quero lasanha.
    — Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
    — Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
    — Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
    — Você come camarão e eu como lasanha.
    O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
    — Quero uma lasanha.
    O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
    — Moço, tem lasanha?
    — Perfeitamente, senhorita.
    O pai, no contra-ataque:
    — O senhor providenciou a fritada?
    — Já, sim, doutor.
    — De camarões bem grandes?
    — Daqueles legais, doutor.
    — Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
    — Uma lasanha.
    — Traz um suco de laranja pra ela.
    Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
    — Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. —Sábado que vem, a gente repete… Combinado?
    — Agora a lasanha, não é, papai?
    — Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
    — Eu e você, tá?
    — Meu amor, eu…
    — Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
    O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. No restaurante: para aprender a gostar de ler; São Paulo: Ática, 2002.) 
Em “O senhor providenciou a fritada?” (21º§), a frase foi encerrada com o ponto de interrogação. Tal sinal de pontuação foi empregado para: 
Alternativas
Q2847906 Português
No restaurante

    — Quero lasanha.
    Aquele anteprojeto de mulher — quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia — entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
    O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
    — Meu bem, venha cá.
    — Quero lasanha.
    — Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
    — Não, já escolhi. Lasanha. Que parada — lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
    — Vou querer lasanha.
    — Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
    — Gosto, mas quero lasanha.
    — Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
    — Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
    — Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
    — Você come camarão e eu como lasanha.
    O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
    — Quero uma lasanha.
    O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
    — Moço, tem lasanha?
    — Perfeitamente, senhorita.
    O pai, no contra-ataque:
    — O senhor providenciou a fritada?
    — Já, sim, doutor.
    — De camarões bem grandes?
    — Daqueles legais, doutor.
    — Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
    — Uma lasanha.
    — Traz um suco de laranja pra ela.
    Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
    — Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. —Sábado que vem, a gente repete… Combinado?
    — Agora a lasanha, não é, papai?
    — Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
    — Eu e você, tá?
    — Meu amor, eu…
    — Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
    O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. No restaurante: para aprender a gostar de ler; São Paulo: Ática, 2002.) 
No trecho “[…] não foi recusada pela senhorita.” (28º§), a palavra sublinhada corresponde ao antônimo correto de: 
Alternativas
Q2847905 Português
No restaurante

    — Quero lasanha.
    Aquele anteprojeto de mulher — quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia — entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
    O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
    — Meu bem, venha cá.
    — Quero lasanha.
    — Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
    — Não, já escolhi. Lasanha. Que parada — lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
    — Vou querer lasanha.
    — Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
    — Gosto, mas quero lasanha.
    — Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
    — Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
    — Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
    — Você come camarão e eu como lasanha.
    O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
    — Quero uma lasanha.
    O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
    — Moço, tem lasanha?
    — Perfeitamente, senhorita.
    O pai, no contra-ataque:
    — O senhor providenciou a fritada?
    — Já, sim, doutor.
    — De camarões bem grandes?
    — Daqueles legais, doutor.
    — Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
    — Uma lasanha.
    — Traz um suco de laranja pra ela.
    Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
    — Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. —Sábado que vem, a gente repete… Combinado?
    — Agora a lasanha, não é, papai?
    — Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
    — Eu e você, tá?
    — Meu amor, eu…
    — Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
    O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. No restaurante: para aprender a gostar de ler; São Paulo: Ática, 2002.) 
Ao realizar a leitura do texto, é possível afirmar que:  
Alternativas
Q2847759 Redes de Computadores
Um servidor proxy pode armazenar cópias de páginas da Web frequentemente acessadas para acelerar o acesso a elas. Em relação a esse tipo de proxy, é conhecido como proxy:
Alternativas
Q2847758 Redes de Computadores
Um servidor proxy, também conhecido como proxy, é um servidor que atua como intermediário entre os dispositivos dos clientes, como computadores ou dispositivos móveis, e a Internet. Ele recebe solicitações de conexão dos clientes e as encaminha para os servidores de destino na Internet. Após receber as respostas dos servidores de destino, o servidor proxy as encaminha de volta aos clientes. Sobre a configuração de proxy em um navegador, assinale a alternativa correta que define um proxy transparente. 
Alternativas
Q2847757 Programação
No Sistema Operacional Linux existem vários comandos para realizar tarefas específicas, permitindo ao usuário interagir com o sistema operacional. Assinale, a seguir, o comando usado para mostrar o diretório atual no Shell:
Alternativas
Q2847756 Noções de Informática
As diferenças entre os Sistemas Operacionais Windows 8, 10 e 11 estão relacionadas às melhorias de recursos, interface do usuário e suporte a hardware. Considere as características dessas versões do Sistema Operacional Windows e marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Windows 8: introduziu o suporte nativo para telas sensíveis ao toque, visando dispositivos híbridos e tablets. ) Windows 10: introduziu recursos como a assistente virtual Cortana, o navegador Microsoft Edge e a integração com a Xbox Live. ( ) Windows 11: introduziu novos recursos como o Snap Layouts para organizar janelas, o Microsoft Teams integrado, melhorias na experiência de jogos e suporte a aplicativos Android.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2847755 Sistemas Operacionais
O Linux Ubuntu23.10 é a versão mais atual deste sistema operacional, sendo lançado em 23 de outubro de 2023. Sobre o Linux Ubuntu 23.10.Oarquivo de configuração usado para definir as configurações de rede estática é:
Alternativas
Q2847754 Sistemas Operacionais
Bash é um interpretador de comandos e um ambiente de shell interativo utilizado nos Sistemas Operacionais Linux, tal como o Linux Ubuntu 23.10. Em relação ao Linux Ubuntu 23.10, o arquivo de configuração principal do Bash é: 
Alternativas
Q2847753 Noções de Informática
Usuários no Ubuntu podem esquecer a senha de acesso para logar no sistema operacional, sendo necessário um usuário com permissão ou administrador para trocar a senha de acesso. O comando do Ubuntu para trocar a senha de acesso de usuário é:
Alternativas
Q2847752 Sistemas Operacionais
As imagens de disco do Sistema Operacional Linux Ubuntu podem ser gravadas em DVDs e pendrives para realizar a instalação do sistema operacional. Corresponde ao formato do arquivo da imagem de disco do Ubuntu
Alternativas
Q2847751 Sistemas Operacionais
No Sistema Operacional Linux existem várias maneiras de instalar um programa. Refere-se ao gerenciador de pacotes do Ubuntu 23.10 responsável pela instalação de programas via terminal: 
Alternativas
Q2847750 Sistemas Operacionais
Ubuntu é um sistema operacional baseado no Linux, gratuito e de código aberto com um ciclo de lançamento regular, com versões de suporte de longo prazo a cada dois anos e versões intermediárias a cada seis meses, garantindo acesso a atualizações regulares e suporte de longo prazo para usuários e organizações. Sobre a instalação desse sistema operacional, corresponde ao diretório onde ficam armazenados os arquivos pessoais dos usuários que não são administradores: 
Alternativas
Q2847749 Direito Administrativo
Nos termos da Lei nº 14.133/2021, a modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a Administração vise a contratar objeto que envolva 
Alternativas
Q2847748 Direito Administrativo
Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos Lei nº 9.784/1999. Terão prioridade na tramitação processual em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figurem, como parte ou interessado, as pessoas que se enquadrem nas situações a seguir, EXCEÇÃO de uma; assinale-a.
Alternativas
Q2847747 Direito Administrativo
Sobre as Sociedade de Economia Mista, à luz dos entendimentos das Cortes Superiores e das doutrinas que norteiam o tema, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Respostas
21: A
22: A
23: B
24: C
25: C
26: A
27: D
28: C
29: D
30: D
31: D
32: D
33: A
34: B
35: A
36: B
37: D
38: A
39: D
40: B