Questões de Concurso Para prefeitura de iúna - es

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Q2529172 Matemática
Maria e João estão brincando com blocos de construção. Maria constrói uma torre com 5 blocos, enquanto João constrói uma torre com 8 blocos. Eles decidem unir suas torres para fazer uma torre maior. Quando juntam as torres, as peças se sobrepõem, formando uma única torre. Sabendo-se que cada bloco possui 0,15 m, qual a altura da torre unida pelas crianças?
Alternativas
Q2529171 Raciocínio Lógico
Cinco amigos – Alice, Beto, Cássio, Diana e Eduardo, estão sentados em uma fila para assistir a um filme no cinema. Cada um deles está usando uma camiseta de uma cor diferente: vermelho, azul, verde, amarelo e rosa, não necessariamente nessa ordem. Dadas as seguintes informações:

• Alice está sentada ao lado de Cássio e não está usando uma camiseta vermelha;
• Beto está usando uma camiseta azul e está sentado ao lado de Diana; 
• Eduardo está na extremidade da fila e está usando uma camiseta vermelha; 
• Cássio não está usando uma camiseta amarela e nem uma camiseta rosa.
Qual é a cor da camiseta de cada amigo? 
Alternativas
Q2529170 Matemática
Maria tem mais gatos do que cachorros. Sabe-se de ela tem três vezes mais gatos do que cachorros. Se ela tem um total de 12 animais de estimação, quantos gatos e quantos cachorros ela possui? 
Alternativas
Q2529169 Raciocínio Lógico
Ana, Bruno, Carlos e Diego estão participando de uma competição de natação. Cada um deles nadará uma distância diferente (50 m, 100 m, 200 m e 400 m). Sobre a competição são conhecidas as seguintes informações:

• Ana nadará mais que Bruno;
• Carlos nadará 100 m;
• Diego nadará mais que Ana.
Com base nas informações apresentadas, quem irá nadar os 50 metros?
Alternativas
Q2529168 Raciocínio Lógico
Quatro amigos – Ana, Bruno, Caio e Diana, foram a uma feira e compraram frutas. Cada um comprou uma quantidade diferente de frutas. Sabe-se que:

• Bruno comprou menos frutas do que Ana;
• Ana comprou mais frutas do que Caio;
• Caio comprou mais frutas do que Bruno;
• Bruno entre os amigos não é quem comprou a menor quantidade;
• Diana comprou menos frutas do que Caio.


Dadas essas condições, quem comprou a menor quantidade de frutas? 

Alternativas
Q2529167 Matemática
Pedro irá fazer aniversário na quinta-feira e seu primo Afonso fará aniversário 200 dias depois. Qual dia da semana será o aniversário de Afonso?
Alternativas
Q2529166 Matemática
Um jogo de campeonato amador de futebolsegue as mesmas regras de um jogo oficial, sendo os tempos normais de 45 minutos e um intervalo entre os tempos de 15 minutos. O árbitro desta partida deu 3 minutos de acréscimo no primeiro tempo e mais 2 minutos de acréscimo no segundo tempo. Os times na hora do intervalo atrasaram 2 minutos para voltar ao campo. Sabendo-se que o jogo iniciou com 5 minutos de atraso do horário oficial – 17 horas e 30 minutos, em qual horário o jogo recebeu o apito final?
Alternativas
Q2529165 Matemática
Certo caracol percorre, por hora, uma distância de 175 cm; em 3 dias ele irá percorrer quantos metros? 
Alternativas
Q2529164 Matemática
Paula fez uma consulta de rotina a seu médico, para saber da continuidade do tratamento medicamentoso. O médico solicitou que ela suspendesse o tratamento com os medicamentos e voltasse a tomá-los depois de 50 dias. Se Paula suspendeu o tratamento em uma terça-feira, ela irá retomar o tratamento em qual dia da semana? 
Alternativas
Q2529163 Português
Amores virtuais 

     Chegou a conclusão de que a única forma de encontrar o seu príncipe encantado era por meio de sites de relacionamentos, especializados em unir pessoas com características semelhantes. Moça tímida, recatada, criada sob o rigor de um pai severo, nunca fora de sair, fazer amigos, paquerar. Encontrar um namorado, dentro de casa, assistindo novela das 6, das 7 e das 8 seria humanamente impossível. Mas chegando perto dos 40 anos, chegou a conclusão de que precisava mudar. E a solução seria acreditar em amores virtuais.
     Acessou o site. O primeiro campo a ser preenchido era “Apelido”. Um apelido, meu Deus! Mas que apelido? O apelido de criança? Nem pensar. “Miss Pança” estava fora de cogitação. Assustaria qualquer pretendente. Ela precisava de algo mais quente, mais sugestivo, mas sem ser extravagante demais. Que tal “Donzela em Erupção”!? Não era o exemplo perfeito de criatividade, mas não deixava de ser sincero. Se não fosse sincera agora, o que dizer depois de iniciar um relacionamento?
     Mas na hora de preencher campos como Idade, Altura e Peso, hesitou. Sinceridade demais desgasta a relação, pensou, como uma especialista em relações amorosas. Por isso, diminuiu idade e peso, e aumentou a altura. No campo Cantor(a) Preferido(a), achou que Xuxa passaria uma imagem ruim. Melhor Elis Regina. Homens gostam de mulheres cultas. Livros? Na vida, ela só tinha lido Dale Carnegie. Por isso, arriscou um Patrick Sufind – embora ela tentasse se referir a Patrick Suskind – que fora citado em alguma nota da Cláudia, mês passado. No campo Sonho, chegou a conclusão de que se colocasse a verdade (aquela verdade que cultivava ternamente desde seus 12 anos) de que queria casar e ter uma ninhada de 3 ou 4 filhos, ah, aí sim ninguém se interessaria por ela.
     No final das contas, havia mudado tantas características, tantas referências, tantas especialidades que a “Donzela em Erupção” poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos ela.
     Ficou deprimida ao perceber que, se ela agia dessa maneira, ocultando suas características e inventando outras qualidades, outros fariam o mesmo. Em outras palavras: se recebesse o e-mail dum jovem de vinte e poucos anos, atlético, olhos claros, nominado Poeta Coruscante, deveria entender: coroa desorientado, barrigudo, consumidor assíduo de espetinho e ovo cozido no Bar do Joca, e torcedor fanático do Grêmio Maringá.
     Pensou melhor. Bem melhor, por sinal. Fechou o navegador sem salvar seu cadastro e foi assistir, emocionada, a mais uma eliminatória de um reality.

(MARTINZ, Juliano. Tempo. Corrosiva – crônicas corrosivas e gestos de amor, 2010. Adaptado.)
Assinale a alternativa a seguir em que há ERRO de grafia. 
Alternativas
Q2529162 Português
Amores virtuais 

     Chegou a conclusão de que a única forma de encontrar o seu príncipe encantado era por meio de sites de relacionamentos, especializados em unir pessoas com características semelhantes. Moça tímida, recatada, criada sob o rigor de um pai severo, nunca fora de sair, fazer amigos, paquerar. Encontrar um namorado, dentro de casa, assistindo novela das 6, das 7 e das 8 seria humanamente impossível. Mas chegando perto dos 40 anos, chegou a conclusão de que precisava mudar. E a solução seria acreditar em amores virtuais.
     Acessou o site. O primeiro campo a ser preenchido era “Apelido”. Um apelido, meu Deus! Mas que apelido? O apelido de criança? Nem pensar. “Miss Pança” estava fora de cogitação. Assustaria qualquer pretendente. Ela precisava de algo mais quente, mais sugestivo, mas sem ser extravagante demais. Que tal “Donzela em Erupção”!? Não era o exemplo perfeito de criatividade, mas não deixava de ser sincero. Se não fosse sincera agora, o que dizer depois de iniciar um relacionamento?
     Mas na hora de preencher campos como Idade, Altura e Peso, hesitou. Sinceridade demais desgasta a relação, pensou, como uma especialista em relações amorosas. Por isso, diminuiu idade e peso, e aumentou a altura. No campo Cantor(a) Preferido(a), achou que Xuxa passaria uma imagem ruim. Melhor Elis Regina. Homens gostam de mulheres cultas. Livros? Na vida, ela só tinha lido Dale Carnegie. Por isso, arriscou um Patrick Sufind – embora ela tentasse se referir a Patrick Suskind – que fora citado em alguma nota da Cláudia, mês passado. No campo Sonho, chegou a conclusão de que se colocasse a verdade (aquela verdade que cultivava ternamente desde seus 12 anos) de que queria casar e ter uma ninhada de 3 ou 4 filhos, ah, aí sim ninguém se interessaria por ela.
     No final das contas, havia mudado tantas características, tantas referências, tantas especialidades que a “Donzela em Erupção” poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos ela.
     Ficou deprimida ao perceber que, se ela agia dessa maneira, ocultando suas características e inventando outras qualidades, outros fariam o mesmo. Em outras palavras: se recebesse o e-mail dum jovem de vinte e poucos anos, atlético, olhos claros, nominado Poeta Coruscante, deveria entender: coroa desorientado, barrigudo, consumidor assíduo de espetinho e ovo cozido no Bar do Joca, e torcedor fanático do Grêmio Maringá.
     Pensou melhor. Bem melhor, por sinal. Fechou o navegador sem salvar seu cadastro e foi assistir, emocionada, a mais uma eliminatória de um reality.

(MARTINZ, Juliano. Tempo. Corrosiva – crônicas corrosivas e gestos de amor, 2010. Adaptado.)
Após a leitura do texto, é possível afirmar que o gênero textual crônica evidencia: 
Alternativas
Q2529161 Português
Amores virtuais 

     Chegou a conclusão de que a única forma de encontrar o seu príncipe encantado era por meio de sites de relacionamentos, especializados em unir pessoas com características semelhantes. Moça tímida, recatada, criada sob o rigor de um pai severo, nunca fora de sair, fazer amigos, paquerar. Encontrar um namorado, dentro de casa, assistindo novela das 6, das 7 e das 8 seria humanamente impossível. Mas chegando perto dos 40 anos, chegou a conclusão de que precisava mudar. E a solução seria acreditar em amores virtuais.
     Acessou o site. O primeiro campo a ser preenchido era “Apelido”. Um apelido, meu Deus! Mas que apelido? O apelido de criança? Nem pensar. “Miss Pança” estava fora de cogitação. Assustaria qualquer pretendente. Ela precisava de algo mais quente, mais sugestivo, mas sem ser extravagante demais. Que tal “Donzela em Erupção”!? Não era o exemplo perfeito de criatividade, mas não deixava de ser sincero. Se não fosse sincera agora, o que dizer depois de iniciar um relacionamento?
     Mas na hora de preencher campos como Idade, Altura e Peso, hesitou. Sinceridade demais desgasta a relação, pensou, como uma especialista em relações amorosas. Por isso, diminuiu idade e peso, e aumentou a altura. No campo Cantor(a) Preferido(a), achou que Xuxa passaria uma imagem ruim. Melhor Elis Regina. Homens gostam de mulheres cultas. Livros? Na vida, ela só tinha lido Dale Carnegie. Por isso, arriscou um Patrick Sufind – embora ela tentasse se referir a Patrick Suskind – que fora citado em alguma nota da Cláudia, mês passado. No campo Sonho, chegou a conclusão de que se colocasse a verdade (aquela verdade que cultivava ternamente desde seus 12 anos) de que queria casar e ter uma ninhada de 3 ou 4 filhos, ah, aí sim ninguém se interessaria por ela.
     No final das contas, havia mudado tantas características, tantas referências, tantas especialidades que a “Donzela em Erupção” poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos ela.
     Ficou deprimida ao perceber que, se ela agia dessa maneira, ocultando suas características e inventando outras qualidades, outros fariam o mesmo. Em outras palavras: se recebesse o e-mail dum jovem de vinte e poucos anos, atlético, olhos claros, nominado Poeta Coruscante, deveria entender: coroa desorientado, barrigudo, consumidor assíduo de espetinho e ovo cozido no Bar do Joca, e torcedor fanático do Grêmio Maringá.
     Pensou melhor. Bem melhor, por sinal. Fechou o navegador sem salvar seu cadastro e foi assistir, emocionada, a mais uma eliminatória de um reality.

(MARTINZ, Juliano. Tempo. Corrosiva – crônicas corrosivas e gestos de amor, 2010. Adaptado.)
O trecho “Um apelido, meu Deus! Mas que apelido?” (2º§) apresenta dois sinais de pontuação: ponto de exclamação e ponto de interrogação correspondentes, respectivamente, a
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Q2529160 Português
Amores virtuais 

     Chegou a conclusão de que a única forma de encontrar o seu príncipe encantado era por meio de sites de relacionamentos, especializados em unir pessoas com características semelhantes. Moça tímida, recatada, criada sob o rigor de um pai severo, nunca fora de sair, fazer amigos, paquerar. Encontrar um namorado, dentro de casa, assistindo novela das 6, das 7 e das 8 seria humanamente impossível. Mas chegando perto dos 40 anos, chegou a conclusão de que precisava mudar. E a solução seria acreditar em amores virtuais.
     Acessou o site. O primeiro campo a ser preenchido era “Apelido”. Um apelido, meu Deus! Mas que apelido? O apelido de criança? Nem pensar. “Miss Pança” estava fora de cogitação. Assustaria qualquer pretendente. Ela precisava de algo mais quente, mais sugestivo, mas sem ser extravagante demais. Que tal “Donzela em Erupção”!? Não era o exemplo perfeito de criatividade, mas não deixava de ser sincero. Se não fosse sincera agora, o que dizer depois de iniciar um relacionamento?
     Mas na hora de preencher campos como Idade, Altura e Peso, hesitou. Sinceridade demais desgasta a relação, pensou, como uma especialista em relações amorosas. Por isso, diminuiu idade e peso, e aumentou a altura. No campo Cantor(a) Preferido(a), achou que Xuxa passaria uma imagem ruim. Melhor Elis Regina. Homens gostam de mulheres cultas. Livros? Na vida, ela só tinha lido Dale Carnegie. Por isso, arriscou um Patrick Sufind – embora ela tentasse se referir a Patrick Suskind – que fora citado em alguma nota da Cláudia, mês passado. No campo Sonho, chegou a conclusão de que se colocasse a verdade (aquela verdade que cultivava ternamente desde seus 12 anos) de que queria casar e ter uma ninhada de 3 ou 4 filhos, ah, aí sim ninguém se interessaria por ela.
     No final das contas, havia mudado tantas características, tantas referências, tantas especialidades que a “Donzela em Erupção” poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos ela.
     Ficou deprimida ao perceber que, se ela agia dessa maneira, ocultando suas características e inventando outras qualidades, outros fariam o mesmo. Em outras palavras: se recebesse o e-mail dum jovem de vinte e poucos anos, atlético, olhos claros, nominado Poeta Coruscante, deveria entender: coroa desorientado, barrigudo, consumidor assíduo de espetinho e ovo cozido no Bar do Joca, e torcedor fanático do Grêmio Maringá.
     Pensou melhor. Bem melhor, por sinal. Fechou o navegador sem salvar seu cadastro e foi assistir, emocionada, a mais uma eliminatória de um reality.

(MARTINZ, Juliano. Tempo. Corrosiva – crônicas corrosivas e gestos de amor, 2010. Adaptado.)
As palavras a seguir foram retiradas da crônica; assinale a que se diferencia das demais. 
Alternativas
Q2529159 Português
Amores virtuais 

     Chegou a conclusão de que a única forma de encontrar o seu príncipe encantado era por meio de sites de relacionamentos, especializados em unir pessoas com características semelhantes. Moça tímida, recatada, criada sob o rigor de um pai severo, nunca fora de sair, fazer amigos, paquerar. Encontrar um namorado, dentro de casa, assistindo novela das 6, das 7 e das 8 seria humanamente impossível. Mas chegando perto dos 40 anos, chegou a conclusão de que precisava mudar. E a solução seria acreditar em amores virtuais.
     Acessou o site. O primeiro campo a ser preenchido era “Apelido”. Um apelido, meu Deus! Mas que apelido? O apelido de criança? Nem pensar. “Miss Pança” estava fora de cogitação. Assustaria qualquer pretendente. Ela precisava de algo mais quente, mais sugestivo, mas sem ser extravagante demais. Que tal “Donzela em Erupção”!? Não era o exemplo perfeito de criatividade, mas não deixava de ser sincero. Se não fosse sincera agora, o que dizer depois de iniciar um relacionamento?
     Mas na hora de preencher campos como Idade, Altura e Peso, hesitou. Sinceridade demais desgasta a relação, pensou, como uma especialista em relações amorosas. Por isso, diminuiu idade e peso, e aumentou a altura. No campo Cantor(a) Preferido(a), achou que Xuxa passaria uma imagem ruim. Melhor Elis Regina. Homens gostam de mulheres cultas. Livros? Na vida, ela só tinha lido Dale Carnegie. Por isso, arriscou um Patrick Sufind – embora ela tentasse se referir a Patrick Suskind – que fora citado em alguma nota da Cláudia, mês passado. No campo Sonho, chegou a conclusão de que se colocasse a verdade (aquela verdade que cultivava ternamente desde seus 12 anos) de que queria casar e ter uma ninhada de 3 ou 4 filhos, ah, aí sim ninguém se interessaria por ela.
     No final das contas, havia mudado tantas características, tantas referências, tantas especialidades que a “Donzela em Erupção” poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos ela.
     Ficou deprimida ao perceber que, se ela agia dessa maneira, ocultando suas características e inventando outras qualidades, outros fariam o mesmo. Em outras palavras: se recebesse o e-mail dum jovem de vinte e poucos anos, atlético, olhos claros, nominado Poeta Coruscante, deveria entender: coroa desorientado, barrigudo, consumidor assíduo de espetinho e ovo cozido no Bar do Joca, e torcedor fanático do Grêmio Maringá.
     Pensou melhor. Bem melhor, por sinal. Fechou o navegador sem salvar seu cadastro e foi assistir, emocionada, a mais uma eliminatória de um reality.

(MARTINZ, Juliano. Tempo. Corrosiva – crônicas corrosivas e gestos de amor, 2010. Adaptado.)
Os trechos a seguir foram retirados do texto; assinale o sinônimo correto da palavra em destaque. 
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Q2529158 Português
Amores virtuais 

     Chegou a conclusão de que a única forma de encontrar o seu príncipe encantado era por meio de sites de relacionamentos, especializados em unir pessoas com características semelhantes. Moça tímida, recatada, criada sob o rigor de um pai severo, nunca fora de sair, fazer amigos, paquerar. Encontrar um namorado, dentro de casa, assistindo novela das 6, das 7 e das 8 seria humanamente impossível. Mas chegando perto dos 40 anos, chegou a conclusão de que precisava mudar. E a solução seria acreditar em amores virtuais.
     Acessou o site. O primeiro campo a ser preenchido era “Apelido”. Um apelido, meu Deus! Mas que apelido? O apelido de criança? Nem pensar. “Miss Pança” estava fora de cogitação. Assustaria qualquer pretendente. Ela precisava de algo mais quente, mais sugestivo, mas sem ser extravagante demais. Que tal “Donzela em Erupção”!? Não era o exemplo perfeito de criatividade, mas não deixava de ser sincero. Se não fosse sincera agora, o que dizer depois de iniciar um relacionamento?
     Mas na hora de preencher campos como Idade, Altura e Peso, hesitou. Sinceridade demais desgasta a relação, pensou, como uma especialista em relações amorosas. Por isso, diminuiu idade e peso, e aumentou a altura. No campo Cantor(a) Preferido(a), achou que Xuxa passaria uma imagem ruim. Melhor Elis Regina. Homens gostam de mulheres cultas. Livros? Na vida, ela só tinha lido Dale Carnegie. Por isso, arriscou um Patrick Sufind – embora ela tentasse se referir a Patrick Suskind – que fora citado em alguma nota da Cláudia, mês passado. No campo Sonho, chegou a conclusão de que se colocasse a verdade (aquela verdade que cultivava ternamente desde seus 12 anos) de que queria casar e ter uma ninhada de 3 ou 4 filhos, ah, aí sim ninguém se interessaria por ela.
     No final das contas, havia mudado tantas características, tantas referências, tantas especialidades que a “Donzela em Erupção” poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos ela.
     Ficou deprimida ao perceber que, se ela agia dessa maneira, ocultando suas características e inventando outras qualidades, outros fariam o mesmo. Em outras palavras: se recebesse o e-mail dum jovem de vinte e poucos anos, atlético, olhos claros, nominado Poeta Coruscante, deveria entender: coroa desorientado, barrigudo, consumidor assíduo de espetinho e ovo cozido no Bar do Joca, e torcedor fanático do Grêmio Maringá.
     Pensou melhor. Bem melhor, por sinal. Fechou o navegador sem salvar seu cadastro e foi assistir, emocionada, a mais uma eliminatória de um reality.

(MARTINZ, Juliano. Tempo. Corrosiva – crônicas corrosivas e gestos de amor, 2010. Adaptado.)
As palavras a seguir possuem a mesma classificação quanto à acentuação; no entanto, apenas uma se diferencia; assinale-a. 
Alternativas
Q2529157 Português
Amores virtuais 

     Chegou a conclusão de que a única forma de encontrar o seu príncipe encantado era por meio de sites de relacionamentos, especializados em unir pessoas com características semelhantes. Moça tímida, recatada, criada sob o rigor de um pai severo, nunca fora de sair, fazer amigos, paquerar. Encontrar um namorado, dentro de casa, assistindo novela das 6, das 7 e das 8 seria humanamente impossível. Mas chegando perto dos 40 anos, chegou a conclusão de que precisava mudar. E a solução seria acreditar em amores virtuais.
     Acessou o site. O primeiro campo a ser preenchido era “Apelido”. Um apelido, meu Deus! Mas que apelido? O apelido de criança? Nem pensar. “Miss Pança” estava fora de cogitação. Assustaria qualquer pretendente. Ela precisava de algo mais quente, mais sugestivo, mas sem ser extravagante demais. Que tal “Donzela em Erupção”!? Não era o exemplo perfeito de criatividade, mas não deixava de ser sincero. Se não fosse sincera agora, o que dizer depois de iniciar um relacionamento?
     Mas na hora de preencher campos como Idade, Altura e Peso, hesitou. Sinceridade demais desgasta a relação, pensou, como uma especialista em relações amorosas. Por isso, diminuiu idade e peso, e aumentou a altura. No campo Cantor(a) Preferido(a), achou que Xuxa passaria uma imagem ruim. Melhor Elis Regina. Homens gostam de mulheres cultas. Livros? Na vida, ela só tinha lido Dale Carnegie. Por isso, arriscou um Patrick Sufind – embora ela tentasse se referir a Patrick Suskind – que fora citado em alguma nota da Cláudia, mês passado. No campo Sonho, chegou a conclusão de que se colocasse a verdade (aquela verdade que cultivava ternamente desde seus 12 anos) de que queria casar e ter uma ninhada de 3 ou 4 filhos, ah, aí sim ninguém se interessaria por ela.
     No final das contas, havia mudado tantas características, tantas referências, tantas especialidades que a “Donzela em Erupção” poderia ser qualquer pessoa do mundo, menos ela.
     Ficou deprimida ao perceber que, se ela agia dessa maneira, ocultando suas características e inventando outras qualidades, outros fariam o mesmo. Em outras palavras: se recebesse o e-mail dum jovem de vinte e poucos anos, atlético, olhos claros, nominado Poeta Coruscante, deveria entender: coroa desorientado, barrigudo, consumidor assíduo de espetinho e ovo cozido no Bar do Joca, e torcedor fanático do Grêmio Maringá.
     Pensou melhor. Bem melhor, por sinal. Fechou o navegador sem salvar seu cadastro e foi assistir, emocionada, a mais uma eliminatória de um reality.

(MARTINZ, Juliano. Tempo. Corrosiva – crônicas corrosivas e gestos de amor, 2010. Adaptado.)
Em relação ao texto, é possível afirmar que: 
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Q2529156 Português
O gesso 


      Talvez um dia eu mande passar para o bronze; mas me afeiçoei a essa cabeça de gesso encardido que é a única lembrança material que tenho daquela que partiu.
      Seus olhos brancos parecem fitar um mundo estranho, contemplar alguma coisa além das coisas deste mundo. O ar é severo, quase triste. Mas sei como fazer vibrar essa imobilidade; minha arma é a luz. É com a luz que devagar e ternamente vou passeando os olhos pela face, a testa, a orelha delicada, os cabelos presos atrás por um laço. Então é como se os músculos ainda vivessem e os cabelos ainda tivessem o brilho macio, os lábios ainda pudessem se comprimir levemente, como se ela tivesse alguma palavra a dizer e não quisesse dizê-la.
      O escultor não se deixou encantar pela sua beleza; trabalhou com dura honestidade, com lenta obstinação, menos preocupado em fazer uma obra de arte em si mesma que em retratar a mulher.
      Quantas vezes vi esses olhos se rindo em plena luz ou brilhando suavemente na penumbra, olhando os meus. Agora olham por cima de mim ou através de mim, brancos, regressados com ela à sua substância de deusa.
      Agora ninguém mais a poderá ferir; e todos nós, desta cidade, que a conhecemos um dia e, mais que todos, aquele que mais obstinado, mais angustiosamente soube amá-la, aquele que hoje a contempla assim, prisioneira do imóvel gesso, mas libertada de toda a dor, toda a paixão tumultuária da vida – todos nós morremos um pouco na sua ausência.
      Muitas vezes encontro sua lembrança em alguma esquina da cidade; subitamente me sinto viver uma tarde antiga, como se a vida tivesse voltado um instante – ouço aquela voz dizer o meu nome, o bater de seus saltos na calçada, ao meu lado. Mas são lembranças vivas, carregadas de prazer e de angústia. Doem-me. Paro um momento na rua, como se fosse para deixar a tarde antiga passar pelos meus ombros, levada pela brisa; paro um momento e regresso ao dia de hoje, com todos os jogos do destino já idos e jogados.
      Mas à noite quando volto para casa, a cabeça de gesso me espera – imemorial, neutra, severa, apenas quase triste. E minha ternura é toda sossego e pureza.

(BRAGA, Rubem. Desculpem tocar no assunto. Crônicas Escolhidas. Tinta da China. Lisboa. MMXXIII.)
Talvez um dia eu mande passar para o bronze; mas me afeiçoei a essa cabeça de gesso encardido que é a única lembrança material que tenho daquela que partiu.” (1º§) As palavras grifadas expressam ideias, respectivamente, de
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Q2529155 Português
O gesso 


      Talvez um dia eu mande passar para o bronze; mas me afeiçoei a essa cabeça de gesso encardido que é a única lembrança material que tenho daquela que partiu.
      Seus olhos brancos parecem fitar um mundo estranho, contemplar alguma coisa além das coisas deste mundo. O ar é severo, quase triste. Mas sei como fazer vibrar essa imobilidade; minha arma é a luz. É com a luz que devagar e ternamente vou passeando os olhos pela face, a testa, a orelha delicada, os cabelos presos atrás por um laço. Então é como se os músculos ainda vivessem e os cabelos ainda tivessem o brilho macio, os lábios ainda pudessem se comprimir levemente, como se ela tivesse alguma palavra a dizer e não quisesse dizê-la.
      O escultor não se deixou encantar pela sua beleza; trabalhou com dura honestidade, com lenta obstinação, menos preocupado em fazer uma obra de arte em si mesma que em retratar a mulher.
      Quantas vezes vi esses olhos se rindo em plena luz ou brilhando suavemente na penumbra, olhando os meus. Agora olham por cima de mim ou através de mim, brancos, regressados com ela à sua substância de deusa.
      Agora ninguém mais a poderá ferir; e todos nós, desta cidade, que a conhecemos um dia e, mais que todos, aquele que mais obstinado, mais angustiosamente soube amá-la, aquele que hoje a contempla assim, prisioneira do imóvel gesso, mas libertada de toda a dor, toda a paixão tumultuária da vida – todos nós morremos um pouco na sua ausência.
      Muitas vezes encontro sua lembrança em alguma esquina da cidade; subitamente me sinto viver uma tarde antiga, como se a vida tivesse voltado um instante – ouço aquela voz dizer o meu nome, o bater de seus saltos na calçada, ao meu lado. Mas são lembranças vivas, carregadas de prazer e de angústia. Doem-me. Paro um momento na rua, como se fosse para deixar a tarde antiga passar pelos meus ombros, levada pela brisa; paro um momento e regresso ao dia de hoje, com todos os jogos do destino já idos e jogados.
      Mas à noite quando volto para casa, a cabeça de gesso me espera – imemorial, neutra, severa, apenas quase triste. E minha ternura é toda sossego e pureza.

(BRAGA, Rubem. Desculpem tocar no assunto. Crônicas Escolhidas. Tinta da China. Lisboa. MMXXIII.)
Cegalla apresenta três finalidades para os sinais de pontuação: “assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na leitura; separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas; e, esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade”. Considere o trecho a seguir: “Mas à noite quando volto para casa, a cabeça de gesso me espera – imemorial, neutra, severa, apenas quase triste.” (7º§) É correto afirmar que o travessão tem como finalidade: 
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Q2529153 Português
O gesso 


      Talvez um dia eu mande passar para o bronze; mas me afeiçoei a essa cabeça de gesso encardido que é a única lembrança material que tenho daquela que partiu.
      Seus olhos brancos parecem fitar um mundo estranho, contemplar alguma coisa além das coisas deste mundo. O ar é severo, quase triste. Mas sei como fazer vibrar essa imobilidade; minha arma é a luz. É com a luz que devagar e ternamente vou passeando os olhos pela face, a testa, a orelha delicada, os cabelos presos atrás por um laço. Então é como se os músculos ainda vivessem e os cabelos ainda tivessem o brilho macio, os lábios ainda pudessem se comprimir levemente, como se ela tivesse alguma palavra a dizer e não quisesse dizê-la.
      O escultor não se deixou encantar pela sua beleza; trabalhou com dura honestidade, com lenta obstinação, menos preocupado em fazer uma obra de arte em si mesma que em retratar a mulher.
      Quantas vezes vi esses olhos se rindo em plena luz ou brilhando suavemente na penumbra, olhando os meus. Agora olham por cima de mim ou através de mim, brancos, regressados com ela à sua substância de deusa.
      Agora ninguém mais a poderá ferir; e todos nós, desta cidade, que a conhecemos um dia e, mais que todos, aquele que mais obstinado, mais angustiosamente soube amá-la, aquele que hoje a contempla assim, prisioneira do imóvel gesso, mas libertada de toda a dor, toda a paixão tumultuária da vida – todos nós morremos um pouco na sua ausência.
      Muitas vezes encontro sua lembrança em alguma esquina da cidade; subitamente me sinto viver uma tarde antiga, como se a vida tivesse voltado um instante – ouço aquela voz dizer o meu nome, o bater de seus saltos na calçada, ao meu lado. Mas são lembranças vivas, carregadas de prazer e de angústia. Doem-me. Paro um momento na rua, como se fosse para deixar a tarde antiga passar pelos meus ombros, levada pela brisa; paro um momento e regresso ao dia de hoje, com todos os jogos do destino já idos e jogados.
      Mas à noite quando volto para casa, a cabeça de gesso me espera – imemorial, neutra, severa, apenas quase triste. E minha ternura é toda sossego e pureza.

(BRAGA, Rubem. Desculpem tocar no assunto. Crônicas Escolhidas. Tinta da China. Lisboa. MMXXIII.)
“Agora olham por cima de mim ou através de mim, brancos, regressados com ela à sua substância de deusa.” (4º§) A expressão destacada se refere à:
Alternativas
Q2529152 Português
O gesso 


      Talvez um dia eu mande passar para o bronze; mas me afeiçoei a essa cabeça de gesso encardido que é a única lembrança material que tenho daquela que partiu.
      Seus olhos brancos parecem fitar um mundo estranho, contemplar alguma coisa além das coisas deste mundo. O ar é severo, quase triste. Mas sei como fazer vibrar essa imobilidade; minha arma é a luz. É com a luz que devagar e ternamente vou passeando os olhos pela face, a testa, a orelha delicada, os cabelos presos atrás por um laço. Então é como se os músculos ainda vivessem e os cabelos ainda tivessem o brilho macio, os lábios ainda pudessem se comprimir levemente, como se ela tivesse alguma palavra a dizer e não quisesse dizê-la.
      O escultor não se deixou encantar pela sua beleza; trabalhou com dura honestidade, com lenta obstinação, menos preocupado em fazer uma obra de arte em si mesma que em retratar a mulher.
      Quantas vezes vi esses olhos se rindo em plena luz ou brilhando suavemente na penumbra, olhando os meus. Agora olham por cima de mim ou através de mim, brancos, regressados com ela à sua substância de deusa.
      Agora ninguém mais a poderá ferir; e todos nós, desta cidade, que a conhecemos um dia e, mais que todos, aquele que mais obstinado, mais angustiosamente soube amá-la, aquele que hoje a contempla assim, prisioneira do imóvel gesso, mas libertada de toda a dor, toda a paixão tumultuária da vida – todos nós morremos um pouco na sua ausência.
      Muitas vezes encontro sua lembrança em alguma esquina da cidade; subitamente me sinto viver uma tarde antiga, como se a vida tivesse voltado um instante – ouço aquela voz dizer o meu nome, o bater de seus saltos na calçada, ao meu lado. Mas são lembranças vivas, carregadas de prazer e de angústia. Doem-me. Paro um momento na rua, como se fosse para deixar a tarde antiga passar pelos meus ombros, levada pela brisa; paro um momento e regresso ao dia de hoje, com todos os jogos do destino já idos e jogados.
      Mas à noite quando volto para casa, a cabeça de gesso me espera – imemorial, neutra, severa, apenas quase triste. E minha ternura é toda sossego e pureza.

(BRAGA, Rubem. Desculpem tocar no assunto. Crônicas Escolhidas. Tinta da China. Lisboa. MMXXIII.)
As figuras de linguagem são formas de expressão que destoam da linguagem comum ou denotativa. Elas dão ao texto um significado que vai além do sentido literal; logo, permitem uma plurissignificação do enunciado. Levando-se em consideração que antítese é uma figura de linguagem que expressa uma contradição, assinale, a seguir, um exemplo de tal expressividade. 
Alternativas
Respostas
241: C
242: A
243: D
244: C
245: D
246: A
247: D
248: C
249: B
250: B
251: C
252: B
253: D
254: B
255: C
256: B
257: A
258: A
259: B
260: A