Questões de Concurso
Para pedagogo
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“Quem escreve um livro cria um castelo, quem o lê mora nele.” Monteiro Lobato
Qual das alternativas apresenta o conjunto de comandos que foram utilizados para efetuar tais formatações?
Considere o fragmento de texto a seguir para a questão:
Fragmento do texto “O conceito de letramento e suas implicações para a alfabetização”, de autoria de Angela B. Kleiman, publicado em 2007
[...]
Um outro aspecto, talvez ainda mais importante, da transformação na concepção do objeto a ser ensinado
envolve um paulatino processo de desnaturalização (desideologização) da leitura e da escrita, em consequência
da renovação contínua da prática pedagógica e dos novos papéis assumidos pelo professor, particularmente, o
de aprendiz potencial de uma nova prática social. Isso introduz o estranhamento/distanciamento necessário
para perceber a dificuldade da atividade e para evitar solicitações que podem não fazer sentido para o aluno.
Por exemplo, nos últimos anos, a receita, o bilhete, o rótulo passaram a frequentar o livro didático e a sala de
aula, sendo frequentemente utilizados para alfabetizar. Entretanto, ensinar a um grupo de crianças a ler ou
escrever uma receita ou um rótulo sem ter construído um contexto que justifique sua leitura ou escrita, em
atividades que poderiam perfeitamente ser feitas com outros textos (não precisamos de um rótulo para procurar
o N de Neston, por exemplo) produz o efeito de uma tarefa desnecessária, sem sentido e, portanto, muito mais
difícil do que aprender a letra N na cartilha, no contexto de muitas sílabas e palavras com essa letra. Efeito
semelhante pode ser produzido quando se solicita ler ou escrever uma receita ou uma instrução quando
poderíamos perfeitamente mostrar como fazer o prato ou como montar um brinquedo. A escritura de textos
como receitas e instruções pode parecer natural para os grupos altamente letrados, mas não são ações que
pertencem à ordem natural das coisas: trata-se de convenções não universais para se registrar uma ação.
[...]
Disponível em: https://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=http%3A%2F%2Fwww.conhecer.org.br%2Fdownload%
2FALFABETIZACAO%2FAnexo3.doc&wdOrigin=BROWSELINK
Considere o fragmento de texto a seguir para a questão:
Fragmento do texto “O conceito de letramento e suas implicações para a alfabetização”, de autoria de Angela B. Kleiman, publicado em 2007
[...]
O letramento tem como objeto de reflexão, de ensino ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita.
Assumir como objetivo o letramento no contexto do ciclo escolar implica adotar na alfabetização uma
concepção social da escrita, em contraste com uma concepção tradicional, que considera a aprendizagem de
leitura e produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais. Essa escolha implica, ainda, que a
pergunta estruturadora/estruturante do planejamento das aulas seja: “quais os textos significativos para o aluno
e para sua comunidade”, em vez de: “qual a sequência mais adequada de apresentação dos conteúdos
(geralmente, as letras para formarem sílabas, as sílabas para formarem palavras e das palavras para formarem
frases)”. [...]
Disponível em: https://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=http%3A%2F%2Fwww.conhecer.org.br%2Fdownload%
2FALFABETIZACAO%2FAnexo3.doc&wdOrigin=BROWSELINK
Enquanto princípio epistemológico, a interdisciplinaridade aproxima campos de conhecimento por eixos temáticos, na busca relacional pelo sentido de unidade e todo; enquanto princípio metodológico, exige o diálogo não somente entre as áreas, mas também entre os professores, ampliando as aprendizagens experienciais. Nesse sentido, como se referem às práticas pedagógicas, tais princípios podem ser aplicados ao planejamento das disciplinas, não sendo possível, entretanto, sua aplicação ao planejamento do currículo da escola.
Transdisciplinar é um conceito que designa abordagens curriculares que não se restringem a disciplinas, mas atravessam os vários campos de conhecimento. Nesse sentido, esse conceito favorece o desenvolvimento, no contexto pedagógico, dos temas transversais, cuja proposta educativa requer tal atravessamento.
A interdisciplinaridade corresponde à busca pela superação da visão fragmentadora na produção dos conhecimentos da humanidade. Nessa perspectiva, a interdisciplinaridade não se alinha à construção de um currículo integrado, porque, mesmo favorecendo uma mesma abordagem temática em diferentes componentes curriculares e áreas de conhecimento, não permite a integração das disciplinas.
A partir de uma concepção curricular que provoque rupturas com modelos transmissivos de conteúdos, a interdisciplinaridade, a contextualização e a flexibilidade caracterizam-se, conectadas entre si, como princípios norteadores de um paradigma curricular que relaciona a educação e o mundo da vida contemporânea.
Na pedagogia histórico-crítica, a apropriação dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade é uma condição para se atingirem os objetivos sociopolíticos pedagógicos da educação. A apropriação dos conhecimentos, entretanto, se dá a partir dos interesses, da visão de mundo e da posição dos indivíduos no quadro social. Desse modo, a superação de um ensino fragmentado, orientado por práticas transmissivas de conteúdos, a partir de uma reorganização curricular-metodológica que abranja o espaço-tempo da escola, pode configurar-se como uma perspectiva de fortalecimento das aprendizagens, porque amplia o interesse dos estudantes, retirando-os de uma posição passiva diante dos conteúdos escolares.
O conceito de avaliação somativa articula-se a tendências pedagógicas críticas, porque rompe com práticas arbitrárias e autoritárias de avaliação, assumindo-as como processo. Assim, incorpora, entre seus diversificados instrumentos avaliativos, a função diagnóstica da avaliação, permitindo que o processo formativo seja reconhecido, a partir de um permanente diagnóstico da situação de aprendizagem; com isso, permite que as aprendizagens sejam demonstradas ao longo de todo o processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação formativa diz respeito a um modelo avaliativo classificatório, focalizado no resultado, no produto, resultando em notas ou conceitos. Essa abordagem assume um caráter de medida, isto é, toma a aprendizagem como quantitativamente mensurável, sendo compatível com tendências pedagógicas tradicionais.
A função classificatória caracteriza a avaliação como instrumento estático, em que os estudantes são classificados em função de seus resultados. A partir de uma abordagem crítica, essa função é percebida como um dispositivo de frenagem, porque estagna a demonstração das aprendizagem com os registros que dela decorrem. Ao contrário de se colocar a serviço da emancipação dos sujeitos, essa função avaliativa reveste-se de caráter discriminatório, ignorando a aprendizagem como processo.
A partir de uma perspectiva crítica, a avaliação diagnóstica é um instrumento de reconhecimento das aprendizagens acumuladas e do caminho percorrido, assim como dos conhecimentos a alcançar e dos caminhos ainda a percorrer. Aplicada ao processo de aprendizagem, a função diagnóstica favorece o desenvolvimento das capacidades dos estudantes, no que se refere ao reconhecimento do estágio atual de apropriação dos conhecimentos historicamente produzidos, configurando-se como instrumento dialético de avanço.
A avaliação para a aprendizagem, a partir de uma abordagem crítica, deve representar, para o estudante, um instrumento de tomada de consciência sobre a aquisição de suas aprendizagens, permitindo que se verifique o que já foi aprendido e que se constituam os meios necessários para continuar avançando, em relação àquilo que ainda não foi aprendido, mas é necessário à sua formação. Do ponto de vista do professor, constitui-se como instrumento aliado à reorganização do trabalho pedagógico, especificamente em relação às suas práticas de ensino, rompendo com processos autoritários e arbitrários e ajustando-as em função das aprendizagens e lacunas demonstradas pelos estudantes, histórica e socialmente referenciadas.
O processo de avaliação institucional da escola perpassa por diferentes dimensões que compõem seu currículo, entre as quais se encontram o diagnóstico da escola, seu clima organizacional, o acompanhamento do desempenho escolar dos estudantes, a avaliação do PPP e a avaliação de desempenho dos professores. Compete aos especialistas da escola e à sua comunidade externa a construção de instrumentos e espaços de avaliação institucional, em função do aprimoramento curricular e da qualidade da formação que se deseja alcançar.
A avaliação institucional é um processo avaliativo interno que busca a compreensão da efetividade das ações educativas sob o enfoque da qualidade. Por não se ocupar com comparações e padronizações, toma a escola como referência, priorizando, nesse processo, o protagonismo do coletivo dos atores da comunidade escolar. No momento da avaliação institucional, acontece o movimento de correlacionar resultados de exames externos com os resultados das avaliações praticadas no interior da escola, de modo que tais análises orientem a reorganização do currículo, expresso no PPP da escola.