Questões de Concurso Para técnico em eletrônica

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Q495049 Português
                                   Repolhos iguais

     Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos: ser diferente, sobretudo ser original, é defeito. Parece perigoso. E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido).

     Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo: meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor.

     Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível… iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70. Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa.

     Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio.

     Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias da vida atual. [...]

    Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais.

                                                                                ( LUFT, Lya. Revista Veja - 07 de maio de 2014.)

Assinale a alternativa que remete a um conceito implícito na sociedade patriarcal.
Alternativas
Q495048 Português
                                   Repolhos iguais

     Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos: ser diferente, sobretudo ser original, é defeito. Parece perigoso. E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido).

     Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo: meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor.

     Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível… iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70. Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa.

     Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio.

     Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias da vida atual. [...]

    Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais.

                                                                                ( LUFT, Lya. Revista Veja - 07 de maio de 2014.)

Observe: trejeito – estorvar – aturdido. 

A sequência que substitui as palavras sem perda semântica é
Alternativas
Q404456 Eletrônica
Com relação ao sinal de saída de um amplificador classe A, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q404455 Eletrônica
Existem três eletrodos em um transistor FET, que são
Alternativas
Q404454 Eletrônica
imagem-051.jpg

Os símbolos apresentados são, respectivamente,
Alternativas
Q404453 Eletrônica
imagem-050.jpg

Acerca do circuito apresentado e considerando uma frequência de corte em radianos, de 12.500 rd/s, o valor de L no filtro RL é igual a
Alternativas
Q404452 Eletrônica
imagem-049.jpg

Com base no circuito apresentado, é correto afirmar que a frequência de corte para o filtro RC é igual a
Alternativas
Q404451 Eletrônica
Uma associação em série de cinco baterias de 12 V, 45 A, cada uma, resultam no valor final de
Alternativas
Q404450 Eletrônica
imagem-048.jpg

A respeito do circuito apresentado, é correto afirmar que o valor de Rx na ponte de Wheastone é igual a
Alternativas
Q404449 Eletrônica
O transistor apresentado no circuito 3 é do tipo
Alternativas
Q404448 Eletrônica
Considerando o transistor do circuito 3 como ideal, a corrente de coletor é igual a
Alternativas
Q404447 Eletrônica
Uma associação em série contém 10 capacitores de 100 µF cada, submetidos a uma tensão de 10 V. Calculando-se a capacitância equivalente e a tensão total, obtêm-se, respectivamente,
Alternativas
Q404446 Eletrônica
Nesse circuito, considerando valores ideais, as tensões nos pontos A e B são, aproximadamente,
Alternativas
Q404445 Eletricidade
No circuito apresentado, a relação de espiras do transformador T1 é igual a
Alternativas
Q404444 Eletrônica
Os diodos D1, D2, D3 e D4, nesse circuito, atuam como retificadores de tensão. Assim, ao acionar CH 1, quais diodos conduzirão os semiciclos positivos?
Alternativas
Q404443 Eletrônica
imagem-046.jpg

De acordo com os valores apresentados no gráfico, o valor da tensão eficaz é
Alternativas
Q404442 Eletrônica
imagem-045.jpg

O gráfico apresentado indica uma senoide com valores de amplitude e período. Considerando esses valores, a frequência é igual a
Alternativas
Q404441 Eletrônica
Assinale a alternativa que apresenta a unidade e o símbolo das seguintes grandezas elétricas, respectivamente: carga elétrica, condutância elétrica, indutância elétrica, fluxo magnético e densidade de fluxo magnético.
Alternativas
Q404440 Eletrônica
Um amplificador operacional AO apresenta, em sua estrutura físico/elétrica, basicamente,
Alternativas
Q404439 Eletrônica
Acionada a chave Ch1, uma corrente fluirá no circuito apresentado. Considerando a bateria como ideal, o valor da corrente no R2 será de
Alternativas
Respostas
881: D
882: B
883: E
884: C
885: B
886: A
887: E
888: D
889: E
890: D
891: C
892: A
893: B
894: A
895: E
896: B
897: C
898: B
899: D
900: E