Questões de Concurso Para fisioterapeuta

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Q2695218 Português

094 paisagem com remédios


Na Baixada do Glicério um prédio inacabado

foi conquistado por sofás velhos, encerados puídos,

cachorros e pessoas vira-latas. Muito perto,

o entreposto do Inamps bafeja uma fumaça de remédios

vencidos. Filas e filas de receitas médicas

encardidas, empunhadas as orações. Gosmentos de

vergonha das suas sujeiras, os engenheiros cobrem

o Tamanduateí com placas de concreto. Deixarão

correr uma autoestrada moderníssima por cima. Os

meninos vão rachar a cabeça nessas pistas lisinhas.

Quem viver verá na TV.


(São Paulo - Brasil - 1993)

(Fernando Bonassi. Passaporte. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. p. 94.)

Assim como em ‘autoestrada’, não se emprega mais o hífen em:

Alternativas
Q2694413 Noções de Informática

As memórias de um computador são dispositivos que armazenam temporária ou permanentemente informações. Pelo fato de o processador do computador ter uma velocidade muito maior que a memória principal, haverá um tempo de espera por parte do processador, sempre que ele fizer uma solicitação à essa memória principal. Para reduzir esse tempo de espera foi criado:

Alternativas
Q2694330 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

No texto,

Alternativas
Q2694329 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

Exerce a mesma função de “de classes” (L.12) a expressão

Alternativas
Q2694328 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

O período cuja sintaxe de concordância está incoerente é

Alternativas
Q2694327 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

A alternativa cuja oração transcrita o verbo tem concordância facultativa é

Alternativas
Q2694326 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

Sobre os elementos linguísticos do texto, a única informação incorreta é a que diz respeito ao termo transcrito na alternativa

Alternativas
Q2694325 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

A base primitiva da qual procedem as palavras “meramente” (L.3) “ e “desigualdade” (L.15) é

Alternativas
Q2694324 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

Sobre os elementos linguísticos usados no texto, é verdadeiro o que se afirma em

Alternativas
Q2694323 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

No texto, a alternativa cujo termo transcrito funciona como agente da ação verbal é

Alternativas
Q2694322 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

O uso dos dois-pontos (L.53) tem como objetivo

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Q2694321 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

O verbo “discernir” (L.37), no texto está empregado como intransitivo, tem sentido de

Alternativas
Q2694320 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


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O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

De referência ao texto, pode-se afirmar

Alternativas
Q2694319 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

A alternativa em que os termos transcrito têm a mesma função sintática é


Alternativas
Q2694318 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

Ocorre predicado verbal em

Alternativas
Q2694317 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

Quanto ao aspecto tipológico, é correto afirmar que esse texto é predominantemente

Alternativas
Q2694241 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


O termo affluenza - uma contração de afluência e influenza, definida como uma “condição dolorosa e contagiosa

2 de sobrecarga, dívida, ansiedade e desperdício, resultante da busca incessante por mais” – costuma ser considerado

3 meramente uma palavra da moda, criada para expressar nosso desdém pelo consumismo. Apesar de usado em tom de

4 brincadeira, o termo pode conter mais verdades que muitos de nós gostaríamos de acreditar.

5 A palavra foi até mesmo usada na defesa de um motorista embriagado no Texas, no ano passado. O réu, um

6 garoto de 16 anos, afirmava que a riqueza de sua família deveria eximi-lo da morte de quatro pessoas. O rapaz foi condenado

7 a dez anos de liberdade vigiada e terapia (paga por sua família), enfurecendo muitos por causa de uma suposta leniência da

8 lei.

9 O psicólogo G. Dick Miller, um dos especialistas que testemunharam no julgamento, argumentou que o jovem

10 sofria de affluenza, o que pode tê-lo impedido de compreender as consequências de seus atos.

11 “Me arrependi de usar o termo”, disse Miller, mais tarde, à CNN. “Todo mundo parece ter se concentrado nisso.”

12 A affluenza pode ser real ou imaginária, mas o dinheiro de fato muda tudo – e aqueles de classes sociais mais

13 altas tendem a se enxergar de maneira diferente. A riqueza (a busca dela) já foi ligada a comportamentos imorais – e não

14 só em filmes como O Lobo de Wall Street.

15 Psicólogos que estudam o impacto da riqueza e da desigualdade no comportamento humano descobriram que o

16 dinheiro tem uma influência poderosa em nossos pensamentos e ações, muitas vezes sem que percebamos e

17 independentemente das nossas circunstâncias econômicas. Apesar de riqueza ser um conceito subjetivo, a maioria das

18 pesquisas atuais mede a riqueza em escalas de renda, status do emprego ou circunstâncias socioeconômicas, como nível

19 educacional e riqueza passada de geração para geração.

20 Vários estudos apontam que a riqueza pode não combinar com a empatia e a compaixão. Uma pesquisa publicada

21 na revista Psychological Science indicou que pessoas de menor renda conseguem ler melhor as expressões faciais dos outros

22 - um indicador importante de empatia – do que as mais ricas.

23 “Muito do que vemos é uma orientação básica das classes mais baixas a serem mais empáticas que as classes

24 mais altas”, disse à Time Michael Kraus, co-autor do estudo. “Os indivíduos que possuem renda mais baixa têm de

25 responder cronicamente a inúmeras vulnerabilidades e ameaças sociais. Você precisa confiar nos outros para que eles te

26 digam se existe uma ameaça social ou uma oportunidade, e isso faz de você uma pessoa mais apta a perceber emoções.”

27 Apesar de a falta de recursos levar a uma maior inteligência emocional, ter mais recursos pode levar a maus

28 comportamentos. Pesquisadores da Universidade de Berkeley apontaram que até mesmo dinheiro de mentira pode levar as

29 pessoas a agir com menos consideração em relação aos outros. Os pesquisadores observaram que, quando dois estudantes

30 jogam Banco Imobiliário e um deles recebe muito mais dinheiro que o outro, o jogador mais rico demonstra certo

31 desconforto inicial, mas depois passa a agir agressivamente, ocupando mais espaço, movimentando suas peças

32 ruidosamente e provocando o jogador com menos dinheiro.

33 Não é surpresa neste mundo descobrir que a riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”

34 Um estudo feito por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah constatou que só de pensar em dinheiro,

35 algumas pessoas adotam comportamentos antiéticos. Depois de serem expostos a palavras relacionadas a dinheiro, os

36 participantes se mostraram mais propensos a mentir e a se comportar imoralmente.

37 “Mesmo se formos todos bem intencionados, e mesmo que acreditemos poder discernir entre o certo e o errado,

38 há fatores que influenciam nossas decisões além de nossa percepção”, disse Kristin Smith-Crowe, professora-associada de

39 administração da Universidade de Utah e uma das co-autoras do estudo, ao MarketWatch.

40 O dinheiro pode não causar vício ou abuso de substâncias, mas a riqueza já foi ligada a uma maior

41 susceptibilidade a problemas de vício. Vários estudos apontam que crianças ricas são mais vulneráveis a problemas de

42 abuso de substâncias, potencialmente por causa da pressão para ser bem-sucedidas e do isolamento dos pais. Estudos

43 também indicam que filhos de pais ricos não estão necessariamente livres de problemas de adequação – na verdade, há

44 pesquisas que mostram que, em várias medidas de inadequação, adolescentes de alto status socioeconômico têm índices

45 mais altos que colegas pobres. Os pesquisadores acreditam que essas crianças têm maiores chances de internalizar o

46 problema, o que pode estar relacionado a abuso de substâncias.

47 A busca da riqueza pode se tornar um comportamento compulsivo. Como explica a psicóloga Tian Dayton, a

48 necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida

49 como vício processual, ou “vício comportamental”, que é diferente do abuso de substâncias:

50 [...]

51 Não há correlação direta entre renda e felicidade. Após um certo nível de renda, suficiente para atender

52 necessidades básicas, a riqueza não faz tanta diferença no bem-estar geral e na felicidade. Pelo contrário, ela pode até ser

53 prejudicial: pessoas extremamente ricas sofrem mais de depressão. Alguns dados sugerem que o dinheiro em si não causa

54 insatisfação – mas a busca incessante por riqueza e bens materiais pode levar à infelicidade. Valores materialistas já foram

55 ligados à baixa satisfação nos relacionamentos.


DISPONÍVEL EM: https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/16/a-influencia-que-o-dinheiro-exerce-sobre-o-nossopensamento-e-co_a_21668240/

De acordo com o texto, é verdadeiro o que se afirma em

Alternativas
Q2693529 Direito Sanitário

Os indicadores de saúde são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde,


Por exemplo, o número absoluto de casos novos confirmados de sarampo (código B05 da CID-10), na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado, é a:

Alternativas
Q2693497 Português

Pesquisa revela que maioria dos brasileiros se automedica


A automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros, segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Quase metade da população, ou seja, 47% faz uso de medicamentos sem prescrição médica ao menos uma vez por mês e 25% o faz todos os dias ou pelo menos uma vez por semana.


O estudo aponta que as mulheres são a parcela da população que mais usa medicamento por conta própria, com registro de 53%. Familiares e amigos são os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição e representam cerca de 25%.


O uso de medicamentos sem a avaliação de um profissional de saúde pode trazer consequências, como sensibilização do organismo, surgimento de alergias e irritações, desordens fisiológicas metabólicas e hormonais e redução do efeito de fármacos importantes como antibióticos, criando a resistência bacteriana.


De acordo com o farmacêutico Rafael Ferreira, a automedicação pode ainda retardar ou mascarar a detecção de patologias mais severas. “Ao aliviar sintomas como a dor, o usuário pode camuflar uma doença mais séria. As dores no corpo ou na cabeça, irritações na pele, acidez estomacal, constipação ou até mesmo intestino solto podem ser alguns dos sintomas iniciais de muitas doenças graves. Ao camuflar os primeiros sinais, a pessoa faz com que a patologia seja diagnosticada tardiamente e em estados mais severos”, alerta.


O hábito de usar diversos medicamentos ao mesmo tempo e sem prescrição também pode fazer com que o tratamento não tenha o resultado esperado. “Misturar medicamentos faz com que eles interajam entre si, podendo causar alteração no seu efeito protetor, ou seja, um antibiótico pode ser neutralizado e não conseguir combater as bactérias e com isso levar a um agravo da doença”, explica o farmacêutico. “O uso de fármacos de forma inapropriada também pode comprometer algumas intervenções clínicas, por exemplo, o uso errôneo de ácido acetilsalicílico, um analgésico muito comum, pode favorecer processos de sangramentos e atrapalhar intervenções invasivas”, acrescenta.


Segundo Ferreira, o hábito que os brasileiros têm de se automedicar é antigo e também pode ser explicado pelas propagandas, que elevam o consumo. “Antigamente, existia uma problemática com o atendimento médico, que era muito demorado e a medicação era escassa, então esse costume vem de outras gerações, que procuravam por soluções imediatas para os problemas”, afirma. “A evolução populacional e o conhecimento medicamentoso fizeram desnecessário esse tipo de hábito, que deve cair no abandono para o bem da população. Por isso é importante conscientizar as pessoas que medicamentos são somente indicados para tratamento de doenças e não para banalidades, pois o tratamento errado de hoje e sem orientação pode se transformar na doença de amanhã”, pondera.

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Assinale a alternativa que está de acordo com a norma culta.

Alternativas
Q2693495 Português

Pesquisa revela que maioria dos brasileiros se automedica


A automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros, segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Quase metade da população, ou seja, 47% faz uso de medicamentos sem prescrição médica ao menos uma vez por mês e 25% o faz todos os dias ou pelo menos uma vez por semana.


O estudo aponta que as mulheres são a parcela da população que mais usa medicamento por conta própria, com registro de 53%. Familiares e amigos são os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição e representam cerca de 25%.


O uso de medicamentos sem a avaliação de um profissional de saúde pode trazer consequências, como sensibilização do organismo, surgimento de alergias e irritações, desordens fisiológicas metabólicas e hormonais e redução do efeito de fármacos importantes como antibióticos, criando a resistência bacteriana.


De acordo com o farmacêutico Rafael Ferreira, a automedicação pode ainda retardar ou mascarar a detecção de patologias mais severas. “Ao aliviar sintomas como a dor, o usuário pode camuflar uma doença mais séria. As dores no corpo ou na cabeça, irritações na pele, acidez estomacal, constipação ou até mesmo intestino solto podem ser alguns dos sintomas iniciais de muitas doenças graves. Ao camuflar os primeiros sinais, a pessoa faz com que a patologia seja diagnosticada tardiamente e em estados mais severos”, alerta.


O hábito de usar diversos medicamentos ao mesmo tempo e sem prescrição também pode fazer com que o tratamento não tenha o resultado esperado. “Misturar medicamentos faz com que eles interajam entre si, podendo causar alteração no seu efeito protetor, ou seja, um antibiótico pode ser neutralizado e não conseguir combater as bactérias e com isso levar a um agravo da doença”, explica o farmacêutico. “O uso de fármacos de forma inapropriada também pode comprometer algumas intervenções clínicas, por exemplo, o uso errôneo de ácido acetilsalicílico, um analgésico muito comum, pode favorecer processos de sangramentos e atrapalhar intervenções invasivas”, acrescenta.


Segundo Ferreira, o hábito que os brasileiros têm de se automedicar é antigo e também pode ser explicado pelas propagandas, que elevam o consumo. “Antigamente, existia uma problemática com o atendimento médico, que era muito demorado e a medicação era escassa, então esse costume vem de outras gerações, que procuravam por soluções imediatas para os problemas”, afirma. “A evolução populacional e o conhecimento medicamentoso fizeram desnecessário esse tipo de hábito, que deve cair no abandono para o bem da população. Por isso é importante conscientizar as pessoas que medicamentos são somente indicados para tratamento de doenças e não para banalidades, pois o tratamento errado de hoje e sem orientação pode se transformar na doença de amanhã”, pondera.

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Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Respostas
2541: B
2542: D
2543: A
2544: C
2545: B
2546: A
2547: C
2548: D
2549: B
2550: A
2551: A
2552: B
2553: C
2554: D
2555: A
2556: D
2557: C
2558: A
2559: A
2560: C