Questões de Concurso Para fisioterapeuta

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Q2160545 Português
Os idiotas da objetividade

    Sou da imprensa anterior ao copy desk. Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.
    Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copy desk não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação.
    Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do copy desk. Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação.
     Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.
    Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.
    Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
    Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: — “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: — o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.
    E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o Diário Carioca o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.
    Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal (segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul). Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.
    O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura.
    Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy.
     Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil. A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre o Jornal do Brasil e a tragédia, entre o Jornal do Brasil e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.
     O Jornal do Brasil, sob o reinado do copy desk, lembra- -me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do Jornal do Brasil tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas.
    E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? Oitenta milhões de impotentes do sentimento. Ontem, falava eu do pânico de um médico famoso. Segundo o clínico, a juventude está desinteressada do amor ou por outra: — esquece antes de amar, sente tédio antes do desejo. Juventude copy desk, talvez. 
    Dirá alguém que o jovem é capaz de um sentimento forte. Tem vida ideológica, ódio político. Não sei se contei que vi, um dia, um rapaz dizer que dava um tiro no Roberto Campos. Mas o ódio político não é um sentimento, uma paixão, nem mesmo ódio. É uma pura, vil, obtusa palavra de ordem.

(RODRIGUES, Nelson. Os idiotas da objetividade. In: __________. A cabra vadia: novas confissões. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. p. 30-33.)
Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda.” (3º§). A relação entre “demônio” e “Príncipe das Trevas” indica a utilização de uma figura semântica denominada:
Alternativas
Q2160544 Português
Os idiotas da objetividade

    Sou da imprensa anterior ao copy desk. Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.
    Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copy desk não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação.
    Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do copy desk. Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação.
     Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.
    Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.
    Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
    Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: — “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: — o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.
    E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o Diário Carioca o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.
    Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal (segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul). Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.
    O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura.
    Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy.
     Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil. A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre o Jornal do Brasil e a tragédia, entre o Jornal do Brasil e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.
     O Jornal do Brasil, sob o reinado do copy desk, lembra- -me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do Jornal do Brasil tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas.
    E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? Oitenta milhões de impotentes do sentimento. Ontem, falava eu do pânico de um médico famoso. Segundo o clínico, a juventude está desinteressada do amor ou por outra: — esquece antes de amar, sente tédio antes do desejo. Juventude copy desk, talvez. 
    Dirá alguém que o jovem é capaz de um sentimento forte. Tem vida ideológica, ódio político. Não sei se contei que vi, um dia, um rapaz dizer que dava um tiro no Roberto Campos. Mas o ódio político não é um sentimento, uma paixão, nem mesmo ódio. É uma pura, vil, obtusa palavra de ordem.

(RODRIGUES, Nelson. Os idiotas da objetividade. In: __________. A cabra vadia: novas confissões. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. p. 30-33.)
É fator responsável pela coerência do texto: 
Alternativas
Q2160543 Português
Os idiotas da objetividade

    Sou da imprensa anterior ao copy desk. Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.
    Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copy desk não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação.
    Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do copy desk. Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação.
     Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.
    Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.
    Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
    Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: — “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: — o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.
    E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o Diário Carioca o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.
    Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal (segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul). Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.
    O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura.
    Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy.
     Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil. A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre o Jornal do Brasil e a tragédia, entre o Jornal do Brasil e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.
     O Jornal do Brasil, sob o reinado do copy desk, lembra- -me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do Jornal do Brasil tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas.
    E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? Oitenta milhões de impotentes do sentimento. Ontem, falava eu do pânico de um médico famoso. Segundo o clínico, a juventude está desinteressada do amor ou por outra: — esquece antes de amar, sente tédio antes do desejo. Juventude copy desk, talvez. 
    Dirá alguém que o jovem é capaz de um sentimento forte. Tem vida ideológica, ódio político. Não sei se contei que vi, um dia, um rapaz dizer que dava um tiro no Roberto Campos. Mas o ódio político não é um sentimento, uma paixão, nem mesmo ódio. É uma pura, vil, obtusa palavra de ordem.

(RODRIGUES, Nelson. Os idiotas da objetividade. In: __________. A cabra vadia: novas confissões. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. p. 30-33.)
“O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto.” (8º§). Ocorre crase pelo mesmo motivo em:
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Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160379 Fisioterapia
A dor na região anterior do joelho muito conhecida como dor patelofemoral tende a ser reproduzida em atividades associadas a reação da articulação patelofemoral. Os músculos que afetam dinamicamente a estabilidade patelar são aqueles que controlam a rotação interna e externa da tíbia. São músculos envolvidos nesse processo:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160378 Fisioterapia
A articulação do ombro permite uma grande amplitude de movimentos. A disposição harmônica das articulações, músculos e ligamentos da cintura escapular é fundamental para o posicionamento da mão no espaço. os desarranjos causados pelo traumatismo da extremidade proximal do úmero e partes moles adjacentes podem levar a limitação funcional importante, gerando dependência e perda da qualidade de vida. Suas fraturas se não tratadas adequadamente, podem resultar em consolidação viciosa, alteração nos eixos mecânicos e braços de alavanca com consequente insuficiência funcional não só do ombro, mas de todo o membro.
Morelli, R.S.S.; Travizanuto, R.E.S.. Fraturas da extremidade proximal do úmero: estudo comparativo entre dois métodos de fixação. Acta ortop. bras. 18 (2) • 2010
Em relação a programas de reabilitação após fraturas no úmero proximal, analise os itens a seguir:
I O programa pode ser dividido de acordo com as fases da cicatrização do tecido ósseo, onde a mobilização do membro dependerá do tipo de fratura e tempo de reparo tecidual, mas não da técnica cirúrgica empregada.
II A fase de cicatrização fibroblástica é geralmente composta pelas três primeiras semanas pós-trauma ou pós cirurgia.
III A segunda fase do programa de reabilitação coincide com o processo de remodelação dos tecidos em cicatrização.
IV Entre a 10º e 12ª semanas, podem ser utilizados, gradualmente, exercícios concêntricos e excêntricos progressivos.
V Na terceira fase, deve-se priorizar o ganho de força, trabalhando em ângulos reduzidos e não trabalhando ainda em amplitude completa do ombro.

Dos itens acima mencionados, estão corretos, apenas:


Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160377 Fisioterapia
A lesão do ligamento cruzado anterior do joelho é uma lesão esportiva comum e grave da articulação do joelho e é uma doença comum no campo da medicina esportiva e de reabilitação. O tratamento inadequado pode levar à instabilidade do joelho, cartilagem articular e lesão do menisco, e até osteoartrite secundária, que afeta seriamente as atividades funcionais do joelho e reduz significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Shu, C.; Han, L.; Yang, H.. Efeito de treinamento de reabilitação em ferimentos no ligamento cruzado. Rev Bras Med Esporte 28 (3) • May-Jun 2022
Recomenda-se que a análise da amplitude de movimento do joelho seja feita conforme preconizado pelo International Knee Documentation Committee, com as avaliações devendo ser executadas nas formas ativa e passiva, e discriminada em A, B e C. Com base nisso, podemos afirmar que:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160376 Fisioterapia
Hipertensão arterial é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia. ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3, Setembro 2016
Com relação à hipertensão arterial:
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Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160375 Fisioterapia
A artrite reumatoide é uma doença autoimune inflamatória, crônica, sistêmica e de etiologia desconhecida, com resposta inflamatória localizada no revestimento das articulações e presença de erosões ósseas, perda muscular, ganho de gordura e aterosclerose acelerada. 
RIEBE, D.; et al. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 10ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
No tocante à correta atuação do fisioterapeuta em paciente com artrite reumatoide, é correto afirmar que

Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160374 Fisioterapia
Leia aos textos abaixo:
Texto 1
A osteoartrite é uma doença articular não inflamatória degenerativa e progressiva que consiste na degradação da cartilagem articular e alterações no osso subcondral. Essa condição afeta o movimento síncrono normal da articulação, resultando em dor, rigidez, déficit de força muscular e instabilidade articular, o que pode reduzir a mobilidade funcional do indivíduo e levar à perda funcional.
Rocha, T.C.; Ramos, P.S.; Dias; A.G.; Martins, E.A. Os efeitos do exercício físico sobre o manejo da dor em pacientes com osteoartrose de joelho: Uma revisão sistemática com meta-análise. Artigo de Revisão, Joelho. Rev. bras. ortop. 55 (5). Sep-Oct 2020

Texto 2

A perda de controle postural nos indivíduos com osteoartrite pode estar associada à fraqueza muscular, à redução dos mecanismos proprioceptivos e à limitação da funcionalidade, consequências estas que destacam a necessidade do envolvimento do tornozelo, do quadril e do treino de marcha no tratamento do equilíbrio postural de indivíduos com osteoartrite, especialmente através de exercícios cinesioterapêuticos ativos.
Knob, R.; Jorge, M.S.G.; Zanin, C.; Vieira, P.R.; de Lima, W.G.; Wibelinger, L.M. Métodos fisioterapêuticos utilizados na reabilitação do equilíbrio postural em indivíduos com osteoartrite: uma revisão sistemática. ABCS Health Sci. 2018; 43(1):55-60
Considerando os textos, é correto o que se afirma em:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160373 Fisioterapia
Os trabalhos de amplitude de movimento (ADM) englobam trabalhos de ADM ativa, ADM passiva e ADM ativoassistida. É correto o que se lê em: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160372 Fisioterapia
Diferentes técnicas de mobilização são utilizadas em pacientes ao longo de diversos tipos de tratamento, estas técnicas são em geral iniciadas de forma passiva e, durante sua evolução, de forma ativa aplicadas em articulações e tecidos moles. Quanto a estas técnicas, assinale a opção correta: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160371 Fisioterapia

Existem variadas técnicas de aplicação da eletroterapia, com o uso de aparelhos específicos, que podem contribuir de maneiras diferentes durante o tratamento de reabilitação. 

É uma opção sobre diferentes tipos de eletroterapia:

Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160370 Fisioterapia
Em pessoas com pneumonia, a função das trocas gasosas dos pulmões diminui em diferentes estágios da doença. Nos estágios iniciais, o processo pneumônico pode estar localizado em apenas um pulmão, com redução da ventilação alveolar, enquanto o fluxo sanguíneo, pelos pulmões, continua normal. Essa condição causa duas anormalidades pulmonares principais: (1) redução da área de superfície total disponível da membrana respiratória; e (2) diminuição da proporção ventilação-perfusão. GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 
Com base no texto acima, os efeitos causados por ambas anormalidades são: 

Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160369 Fisioterapia
Preencha as lacunas do texto abaixo.
Durante o processo lesivo e de recuperação, o ___________ é caracterizado pela formação do colágeno e diminuição da inflamação. O ____________ é onde se apresenta a fase de proteção, devendo-se controlar os efeitos da inflamação. O ___________ apresenta como sinal clínico dor após a resistência do tecido, e como resposta dos tecidos a maturação do tecido conjuntivo.
Os termos que completam de forma adequada o texto são, respectivamente: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160368 Fisioterapia
“Está cientificamente comprovado, sendo algo incorporado ao senso comum, que ser fisicamente ativo contribui para preservar e recuperar a boa saúde do corpo e da mente. Os efeitos favoráveis da reabilitação cardiovascular (RCV) com ênfase nos exercícios físicos têm sido consistentemente documentados, inclusive em meta-análises de estudos clínicos randomizados, que demonstram significativas reduções da morbimortalidade cardiovascular e global, bem como da taxa de hospitalização, com expressivo ganho de qualidade de vida, justificando a sua consensual e enfática recomendação pelas principais sociedades médicas mundiais” 
CARVALHO, Tales de et al. Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular–2020. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 114, p. 943-987, 2020.
Avalie abaixo os benefícios relacionados ao treinamento físico para o paciente cardiopata:

I Aumento do consumo máximo de oxigênio corpóreo, aumenta a eficiência dos músculos esqueléticos durante o exercício devido ao aumento de mitocôndrias, de enzimas oxidativas e neoformação de capilares.
II Aumenta consumo de Oxigênio pelo miocárdio para mesmo nível de esforço e melhora da função ventricular esquerda. 
III Redução da Frequência Cardíaca (FC) de repouso, maior elevação da FC e da pressão arterial em esforços submáximos.
IV Redução de fatores de risco para doença arterial coronariana: redução triglicérides, elevação da tolerância à glicose, redução da ansiedade e depressão, redução do peso corpóreo.

Dos itens acima mencionados, estão corretos, apenas: 

Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160367 Fisioterapia
Em um ambulatório de atendimento, o fisioterapeuta deve realizar a avaliação do seu paciente com bronquiectasia para definição dos seus objetivos e condutas nos próximos atendimentos.
Sobre a avaliação deste paciente, é correto afirmar que
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160366 Fisioterapia
A insuficiência respiratória é uma das indicações mais frequentes de suporte ventilatório. O suporte ventilatório pode ser fornecido de forma parcial ou total. A instituição de via aérea artificial por meio de tubo orotraqueal ou traqueostomia caracteriza a Ventilação Mecânica Invasiva (VMI). Avalie as afirmativas abaixo sobre os princípios e cuidados durante a manutenção da VMI:
I Em modo controlado de ventilação mecânica, como Ventilação Controlada à Pressão (PCV) e Ventilação Controlada à Volume (VCV), o disparo será realizado à tempo, independente da presença de drive respiratório.
II Durante a ventilação mecânica em modo de Pressão de Suporte (PSV), o disparo pode ser ajustado à pressão ou fluxo e a ciclagem ocorre à pressão.
III Em modo de Ventilação Controlada à Volume (VCV), o volume corrente pode variar em função dos componentes de mecânica respiratória e do tempo inspiratório programado no ventilador mecânico.
IV Durante a manutenção da VMI, a PEEP pode ser aplicada para promoção dos efeitos benéficos, geralmente associados ao aumento da Capacidade Residual Funcional (CRF). 
V A presença de AUTO PEEP pode contribuir para o aumento do trabalho respiratório em modo assistido e reduzir a capacidade de gerar força pelos músculos inspiratórios.

É correto o que se afirma, apenas, em:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160365 Fisioterapia
“A ventilação não invasiva (VNI) provê um método alternativo de suporte à respiração do paciente e reduz as complicações relacionadas à intubação. Desde sua introdução na década de 80, o conhecimento e os recursos para utilização da VNI aumentaram substancialmente em pacientes críticos e atualmente, ela é considerada a primeira linha de tratamento da Insuficiência Respiratória Aguda quando não há contraindicações”. 
CRUZ, Mônica R.; ZAMORA, Victor EC. Ventilação mecânica não invasiva. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v. 12, n. 3, 2013.
Em relação aos princípios da Ventilação Não Invasiva (VNI), analise as afirmativas a seguir:
I A instituição bem-sucedida da VNI reduz o risco de infecções hospitalares, o tempo de internação, preserva a musculatura respiratória e aumenta a sobrevida do paciente.
II A VNI pode ser instituída em diferentes modalidades com características específicas: EPAP, CPAP e BIPAP.
III Na presença de hipercapnia e acidose respiratória por hipoventilação, a melhor opção seria a instituição do CPAP para correção mais eficiente do volume minuto do paciente.
IV A VNI deve ser aplicada como auxílio ao desmame se o paciente, após a extubação, apresentar falha com instalação de insuficiência respiratória.
V Necessidade de intubação de emergência e parada cardíaca ou respiratória são contraindicações absolutas a VNI.

Estão corretos, apenas, os itens: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160364 Fisioterapia
Paciente, do sexo masculino, 70 anos, com diagnóstico clínico de enfisema pulmonar evoluindo com quadro de exacerbação há uma semana devido à pneumonia comunitária. Deu entrada na emergência apresentando-se taquipneico, dispneico, com dessaturação progressiva em ar ambiente e depressão do nível de consciência. Foi instituído oxigenoterapia. Avalie as afirmativas abaixo:

I Na presença de acidose respiratória, o aumento da Fração Inspirada de O2 (FiO2) favorece a correção da hipercapnia do paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
II A oxigenoterapia promove aumento da difusão de Oxigênio na membrana alvéolo capilar devido ao aumento da Pressão Alveolar de Oxigênio.
III A instituição da oxigenoterapia de baixo fluxo por meio do cateter nasal teria como vantagem um controle rigoroso da FiO2, independente da ventilação alveolar do paciente.
IV Caso o paciente apresente hipercapnia, o uso de elevada FiO2 pode agravar a acidose respiratória devido à piora da relação V/Q associada à reversão da vasoconstrição hipóxica e efeito Haldane.

Dos itens acima mencionados, estão corretos, apenas:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2023 - UFF - Fisioterapeuta |
Q2160363 Fisioterapia
A ação dos músculos permite a realização de movimento das alavancas do corpo, sustentar postura, e pode contribuir para estabilidade articular. A ativação do músculo permite a geração de tensão, sendo esta propriedade conhecida como contratilidade permitindo a execução das suas funções. Sobre o tecido muscular, é correto afirmar que
Alternativas
Respostas
10341: D
10342: D
10343: B
10344: B
10345: C
10346: A
10347: D
10348: A
10349: E
10350: D
10351: C
10352: B
10353: A
10354: D
10355: B
10356: C
10357: A
10358: D
10359: E
10360: D