Questões de Concurso Para médico infectologista

O herpes-zoster pode apresentar-se como doença benigna ou até mesmo como doença grave, evoluindo para óbito.

Em crianças, a varicela é mais exuberante, com maior potencial para complicações.

A maioria dos casos de varicela não se apresenta com prurido.

A transmissão da varicela ocorre exclusivamente por contato direto.

A varicela caracteriza-se por exantema maculopapular, com evolução para vesículas, ocorrida por meio de distribuição centrífuga.

O tratamento deve ser realizado com antimicrobianos específicos.

A presença de choque se justifica pelo aumento de permeabilidade vascular, seguida de extravasamento plasmático e falência circulatória.

Observa-se elevação da incidência da doença em períodos de inverno, quando as temperaturas caem.

O agravamento do quadro clínico do paciente se dá após a segunda semana de evolução.

A presença de dor abdominal não representa critério de gravidade da doença.

A transmissão pode ocorrer pela ingestão de água ou alimentos contaminados.

O resultado negativo da prova do laço descarta a suspeita de dengue.

A febre nos casos de dengue é geralmente baixa e não ultrapassa a temperatura de 38,5 °C.

O vetor da doença é o mosquito do gênero Lutzomyia.

Trata-se de doença de notificação compulsória.

As bactérias gram-positivas do gênero Salmonella, agentes etiológicos dessa patologia, apresentam tempos de sobrevida diferentes, a depender do meio em que se encontram.

Os sintomas que constituem o quadro clínico do paciente com febre tifoide são febre alta, dor de cabeça, astenia, anorexia, esplenomegalia, sem acometimento do sistema nervoso central.

A complicação mais grave da doença é a desidratação.

O diagnóstico é confirmado por meio de coprocultura, desde que realizada nos primeiros sete dias da doença.

O tratamento deve ser realizado com antimicrobianos, se possível, por via oral.

As lesões na pele podem ser únicas ou múltiplas, mas ambas as formas são indolores.

O tratamento é realizado apenas para alívio dos sintomas, pois não há medicação específica para a cura da doença.

Trata-se de doença contagiosa provocada pelo contato de secreções de vias aéreas.

O período de incubação da doença pode variar de dois a cinco dias.

Uma vez curado da doença, o paciente adquire imunidade para toda a vida.

No período de 2002 a 2011, o Brasil registrou diminuição do número de pacientes em tratamento contra a hepatite C.

O tratamento para hepatite C está indicado a todos os portadores da doença.

A vacinação contra hepatite B no SUS teve ampliação da indicação de cobertura para a faixa etária entre vinte e cinco e vinte e nove anos de idade.

Estima-se, com o tratamento para hepatite C, resposta virológica sustentada em cerca de 95% dos pacientes.

Os casos de hepatite C notificados no Brasil concentram-se em adolescentes e em crianças entre dez e dezoito anos de idade.

A ingesta de bebidas alcoólicas durante a Hepatite C é permitida, desde que o paciente esteja assintomático.

A partir do ano 2000, o Ministério da Saúde tem registrado aumento do coeficiente anual de mortalidade por hepatite C no país.

A transmissão sexual é uma das mais importantes na disseminação dessa doença.

A forma crônica consiste na persistência do vírus C por mais de trinta dias.

Recomenda-se a testagem de todas as pessoas que receberam sangue a partir do ano 2000 para avaliação de positividade para hepatite C.

Uma das formas de transmissão da doença consiste na ingestão de alimentos ou água contaminados.

Trata-se de doença que pode ser assintomática ou sintomática, não existindo, no entanto, formas fulminantes.

A ingestão de álcool para portadores do vírus B não é contraindicada, podendo ser feita a ingesta normalmente durante a doença.

É uma doença viral, causada por um vírus RNA.

Exames para o diagnóstico incluem métodos sorológicos e de biologia molecular.

O Ministério da Saúde tem registrado, nos últimos anos, aumento da incidência de hepatite A no Brasil.

É uma infecção de grande importância epidemiológica, embora pouco prevalente na população em geral.

É imperativo, durante o tratamento de hepatite A, o uso de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos.

A forma fulminante é rara e apresenta letalidade de até 10% dos casos.

Na infecção aguda, o IgM é positivo e geralmente desaparece após três a seis meses.

Medidas de controle para a prevenção de doenças de transmissão hídrica-alimentar incluem melhoria da qualidade da água e destinação adequada de lixos e dejetos.

Apresentam etiologia infecciosa ou não, sendo mais frequentes e importantes as diarreias de origem não infecciosa, por sua maior frequência.

A prorrogação do tempo de aleitamento materno em crianças pequenas com doenças diarreicas não é recomendada.

Consiste em síndrome causada por diferentes agentes etiológicos com aumento do número de evacuações, nunca acompanhadas de sangue ou muco.

Apresentam quadro clínico agudo, autolimitado, com imunidade duradoura.

A cetoacidose diabética constitui o principal fator predisponente da zigomicose.

Poucos são os fungos causadores de infecção adquiridos por inalação ou traumatismo.

Infecções fúngicas são fundamentalmente transmitidas de pessoa a pessoa, pelo contato direto.

Fungos oportunistas são adquiridos por diferentes vias, mas geralmente a porta de entrada é a via entérica.

A infecção pelo HIV consiste em fator de risco para pneumocistose, principalmente se a contagem de linfócitos CD4+ for menor que 500 células/mm³.

O período de transmissibilidade da doença é bastante conhecido e pode chegar a até 30 dias após o início dos sintomas.

Em crianças, é importante a análise do hemograma, que geralmente encontra-se com hematócrito abaixo de 30%.

O diagnóstico laboratorial na fase aguda é muito difícil, pois apenas 5% dos pacientes com SCPH apresentam IgM detectável no sangue.

A contaminação do homem se dá principalmente pela inalação de aerossóis.

O período de incubação da doença pode chegar a 180 dias.

O agente etiológico caracteriza-se pela baixa capacidade de sobrevivência, não resistindo a mais de 24 horas no meio ambiente.

A infecção humana resulta exclusivamente da exposição direta à urina de animais infectados.

A doença confere ao paciente imunidade permanente, independente do agente etiológico.

A fase precoce da doença, também denominada leptospirêmica, apresenta-se, na grande maioria dos casos, com febre, cefaleia, mialgia, vômitos e náuseas.

Apresenta-se como doença infecciosa febril, de pouca importância epidemiológica por apresentar-se com poucos ou inexpressivos sintomas na maioria dos casos.

Ocorre geralmente em regiões de clima temperado e seco, com altas altitudes.

O diagnóstico da toxoplasmose é feito por sorologia e, na mulher grávida, é importante a realização do teste de avidez ou IgM, que definem a data da infecção e o risco de transmissão conforme o período gestacional.

O risco de transmissão congênita de toxoplasmose é maior no início da gravidez.

A transmissão da doença pode ocorrer por via transplacentária, porém esta consiste em um tipo de infecção rara e de pouca importância para a saúde pública.

Apresenta-se com quadro clínico discreto, principalmente em pacientes recém-nascidos e imunocomprometidos.

O empiema pós-trauma geralmente consiste em complicação de bom prognóstico.

Episódios de empiema consequentes de procedimentos cirúrgicos ou traumas são geralmente causados por fungos.

O objetivo do tratamento do empiema pleural consiste na erradicação da infecção, drenagem da coleção e expansão do pulmão.

Empiema causado por anaeróbios pode ser tratado com clindamicina ou metronidazol.

A mortalidade de pacientes em decorrência de empiema é maior em pacientes com infecção hospitalar, no entanto independe da idade ou da apresentação de comorbidades.

É contraindicação formal a associação de aminoglicosídeos para o tratamento de PAV causadas por Pseudomonas.

O tratamento de PAV causadas por Pseudomonas aeruginosa deverá contemplar altas doses dos antimicrobianos definidos, pois, na maioria das vezes, as concentrações inibitórias desse microrganismo são elevadas.

A cobertura antimicrobiana empírica para o tratamento de PAV sempre deverá contemplar anaeróbios, uma vez que infecções causadas por esse tipo de bactérias são muito prevalentes.

Para PAV causadas por Staphylococcus sensíveis à oxacilina, há indicação de tratamento com glicopeptídeos, uma vez que a eficácia do tratamento é maior.

O tratamento de PAV com etiologia definida por MARSA, deverá ser realizado preferencialmente com vancomicina, uma vez que evidências apontam resposta mais efetiva com esse fármaco.

PAVs precoces, que se desenvolvem em menos de quatro dias de internação, apresentam etiologia semelhante às pneumonias adquiridas na comunidade.

Pacientes submetidos à intubação ou traqueostomia deverão receber profilaxia antimicrobiana.

Culturas de secreções respiratórias apresentam alto valor diagnóstico, principalmente na ausência de sinais clínicos e radiológicos de PAV.

Para diagnóstico de imagem em suspeita de PAV, o exame de escolha é a tomografia computadorizada, uma vez que a radiografia de tórax não possui nenhuma utilidade em investigações dessa natureza.

Pacientes em unidades de terapia intensiva com forte suspeita de pneumonia devem ser investigados e o tratamento antimicrobiano iniciado somente após a definição da etiologia da PAV.

O uso de isoniazida está associado à trombocitopenia e nefrite intersticial e, quando diagnosticados estes efeitos adversos, está indicada a suspensão desta droga, sem possibilidade de reintrodução ao esquema de tratamento.

Manifestações de hepatotoxicidade decorrentes do uso dos medicamentos utilizados no tratamento da tuberculose são mais frequentes ao final do tratamento, geralmente após o quinto mês.

Exantema moderado a grave decorrente do tratamento para tuberculose é considerado reação adversa maior e, nestes casos, é indicada a suspensão imediata da medicação com tentativa de reintrodução do esquema terapêutico após a resolução do quadro.

Reações adversas decorrentes do tratamento de tuberculose são muito frequentes e devem ser avaliadas individualmente.

Crises convulsivas geralmente apresentam-se como efeito adverso ao uso de rifampicina, sendo indicado nestes casos a suspensão dessa droga e o reinício do tratamento, sem o uso desta.

A maioria dos pacientes em tratamento para tuberculose deixa de transmitir a doença após duas a três semanas de tratamento com o esquema preconizado.

Os esquemas preconizados para o tratamento da tuberculose no Brasil incluem a administração dos fármacos em duas tomadas diárias.

O tratamento de meningoencefalite tuberculosa não requer internação hospitalar.

A tuberculose apresenta no Brasil índices de cura muito baixos, mesmo que obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa.

O tratamento da tuberculose pulmonar visa à eliminação da doença nos paucibacilíferos, uma vez que estes contribuem para a manutenção da cadeia de transmissão da doença.

Baixas taxas de cura, cerca de 10%, associadas a altas taxas de abandono de tratamento, maior de 70%, constituem as justificativas para implantação do sistema de tratamento diretamente observado no Brasil.

Apesar da forma pulmonar de tuberculose não ser a mais frequente apresentação da doença, esta se constitui como uma forma relevante para a manutenção da cadeia de transmissão da doença.

Estimativas da OMS apontam que 70% da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis e, portanto, sob risco de desenvolver a doença.

São considerados sintomáticos respiratórios, e potencialmente portadores de tuberculose, indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a três semanas.

Mesmo que o tratamento seja realizado de maneira adequada, obedecendo aos princípios básicos da terapia medicamentosa, os índices de cura da tuberculose no Brasil e no mundo são muito baixos.