Questões de Concurso Para professor

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Q3168006 Português
Há erro de ortografia apenas em:
Alternativas
Q3168005 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão. 

A tarde 

    Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar, com seu ímpeto de espumas e de cavalos empinados, mas ele amainou antes do fim da tarde, e a tarde de repente ficou mansa. Tão mansa que as pessoas mais distraídas que iam pelas ruas tiveram a impressão de ouvir, no meio de todos os ruídos urbanos, um pequeno silêncio – que era um sinal de sossego. 

     As nuvens começaram a se mover devagar, e eram leves e brancas, e era como se a tarde tivesse pena da cidade e de sua aflição e quisesse dizer aos homens: “eu sou vossa mãe e vossa irmã e estou aqui; tende calma”. Então me deu uma grande calma, porque eu ouvi essa mansa voz da tarde; ouvi e obedeci. 

     Passaram dois homens discutindo, um gesticulava, o outro tinha a cara vermelha; também a mim me acontece andar com outro homem na rua, e discutir; entretanto, eles me pareceram absurdos, e tive tanta pena porque estavam nervosos que pensei em lhes dizer: “Desculpe interrompê-los, cavalheiros”. 

    Um deles deteria o gesto que fazia com a mão que tinha um jornal; o outro me olharia por sobre os óculos; e então me sentiria tímido para dar o meu recado, e talvez dissesse: “desculpem, eu me enganei”. Mas quando eles fossem se afastando e o de jornal começasse a dizer ao outro: “olhe só uma coisa…” é possível que eu tomasse coragem, e dissesse: “Por favor, eu queria lhes dar uma informação…”. 

    Então, o de óculos, tendo ouvido mal, talvez me perguntasse um pouco irritado: “qual é a informação que o senhor deseja?”; e eu diria que não queria ter, mas sim dar uma informação. “Dar uma informação?”, perguntaria quase asperamente ou, quem sabe, asperamente, o de jornal na mão. E eu então diria baixo: “a tarde chegou”. 

   – “Quem chegou?” – perguntaria o de óculos, pensando talvez em Ademar (de Barros?), talvez em Carmem (Miranda). 

     – A tarde

     Eles me olhariam estupefatos. Mas, olhando suas caras, eu veria que nelas próprias já ia se refletindo a mansa luz da tarde pálida; e naquele instante em que as caras ficassem imóveis me olhando, a tarde, mãe de todos, faria um pequeno carinho com sua mão de luz pálida e de leve brisa, uma carícia de mãe e de irmã. Vendo isso eu sorriria um instante; e, muito embaraçado, me afastaria depressa. Eles me olhariam e começariam a rir de mim, mas depois de rir se sentiriam mais mansos e quase amigos e quase felizes, na doçura da tarde.


BRAGA, R. A tarde. Correio da Manhã. Disponível em 

<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/10109/a- tarde>. 


Em “Passaram dois homens discutindo”, o verbo que concorda com o sujeito está anteposto a ele. A concordância verbal se estabelece exatamente da mesma forma em: 
Alternativas
Q3168004 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão. 

A tarde 

    Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar, com seu ímpeto de espumas e de cavalos empinados, mas ele amainou antes do fim da tarde, e a tarde de repente ficou mansa. Tão mansa que as pessoas mais distraídas que iam pelas ruas tiveram a impressão de ouvir, no meio de todos os ruídos urbanos, um pequeno silêncio – que era um sinal de sossego. 

     As nuvens começaram a se mover devagar, e eram leves e brancas, e era como se a tarde tivesse pena da cidade e de sua aflição e quisesse dizer aos homens: “eu sou vossa mãe e vossa irmã e estou aqui; tende calma”. Então me deu uma grande calma, porque eu ouvi essa mansa voz da tarde; ouvi e obedeci. 

     Passaram dois homens discutindo, um gesticulava, o outro tinha a cara vermelha; também a mim me acontece andar com outro homem na rua, e discutir; entretanto, eles me pareceram absurdos, e tive tanta pena porque estavam nervosos que pensei em lhes dizer: “Desculpe interrompê-los, cavalheiros”. 

    Um deles deteria o gesto que fazia com a mão que tinha um jornal; o outro me olharia por sobre os óculos; e então me sentiria tímido para dar o meu recado, e talvez dissesse: “desculpem, eu me enganei”. Mas quando eles fossem se afastando e o de jornal começasse a dizer ao outro: “olhe só uma coisa…” é possível que eu tomasse coragem, e dissesse: “Por favor, eu queria lhes dar uma informação…”. 

    Então, o de óculos, tendo ouvido mal, talvez me perguntasse um pouco irritado: “qual é a informação que o senhor deseja?”; e eu diria que não queria ter, mas sim dar uma informação. “Dar uma informação?”, perguntaria quase asperamente ou, quem sabe, asperamente, o de jornal na mão. E eu então diria baixo: “a tarde chegou”. 

   – “Quem chegou?” – perguntaria o de óculos, pensando talvez em Ademar (de Barros?), talvez em Carmem (Miranda). 

     – A tarde

     Eles me olhariam estupefatos. Mas, olhando suas caras, eu veria que nelas próprias já ia se refletindo a mansa luz da tarde pálida; e naquele instante em que as caras ficassem imóveis me olhando, a tarde, mãe de todos, faria um pequeno carinho com sua mão de luz pálida e de leve brisa, uma carícia de mãe e de irmã. Vendo isso eu sorriria um instante; e, muito embaraçado, me afastaria depressa. Eles me olhariam e começariam a rir de mim, mas depois de rir se sentiriam mais mansos e quase amigos e quase felizes, na doçura da tarde.


BRAGA, R. A tarde. Correio da Manhã. Disponível em 

<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/10109/a- tarde>. 


A mesma regência do verbo “dar” em “Por favor, eu queria lhes dar uma informação…” também ocorre no excerto: 
Alternativas
Q3168003 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão. 

A tarde 

    Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar, com seu ímpeto de espumas e de cavalos empinados, mas ele amainou antes do fim da tarde, e a tarde de repente ficou mansa. Tão mansa que as pessoas mais distraídas que iam pelas ruas tiveram a impressão de ouvir, no meio de todos os ruídos urbanos, um pequeno silêncio – que era um sinal de sossego. 

     As nuvens começaram a se mover devagar, e eram leves e brancas, e era como se a tarde tivesse pena da cidade e de sua aflição e quisesse dizer aos homens: “eu sou vossa mãe e vossa irmã e estou aqui; tende calma”. Então me deu uma grande calma, porque eu ouvi essa mansa voz da tarde; ouvi e obedeci. 

     Passaram dois homens discutindo, um gesticulava, o outro tinha a cara vermelha; também a mim me acontece andar com outro homem na rua, e discutir; entretanto, eles me pareceram absurdos, e tive tanta pena porque estavam nervosos que pensei em lhes dizer: “Desculpe interrompê-los, cavalheiros”. 

    Um deles deteria o gesto que fazia com a mão que tinha um jornal; o outro me olharia por sobre os óculos; e então me sentiria tímido para dar o meu recado, e talvez dissesse: “desculpem, eu me enganei”. Mas quando eles fossem se afastando e o de jornal começasse a dizer ao outro: “olhe só uma coisa…” é possível que eu tomasse coragem, e dissesse: “Por favor, eu queria lhes dar uma informação…”. 

    Então, o de óculos, tendo ouvido mal, talvez me perguntasse um pouco irritado: “qual é a informação que o senhor deseja?”; e eu diria que não queria ter, mas sim dar uma informação. “Dar uma informação?”, perguntaria quase asperamente ou, quem sabe, asperamente, o de jornal na mão. E eu então diria baixo: “a tarde chegou”. 

   – “Quem chegou?” – perguntaria o de óculos, pensando talvez em Ademar (de Barros?), talvez em Carmem (Miranda). 

     – A tarde

     Eles me olhariam estupefatos. Mas, olhando suas caras, eu veria que nelas próprias já ia se refletindo a mansa luz da tarde pálida; e naquele instante em que as caras ficassem imóveis me olhando, a tarde, mãe de todos, faria um pequeno carinho com sua mão de luz pálida e de leve brisa, uma carícia de mãe e de irmã. Vendo isso eu sorriria um instante; e, muito embaraçado, me afastaria depressa. Eles me olhariam e começariam a rir de mim, mas depois de rir se sentiriam mais mansos e quase amigos e quase felizes, na doçura da tarde.


BRAGA, R. A tarde. Correio da Manhã. Disponível em 

<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/10109/a- tarde>. 


A pessoa gramatical indicada no verbo “ter” em “‘eu sou vossa mãe e vossa irmã e estou aqui; tende calma’” corresponde à: 
Alternativas
Q3168002 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão. 

A tarde 

    Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar, com seu ímpeto de espumas e de cavalos empinados, mas ele amainou antes do fim da tarde, e a tarde de repente ficou mansa. Tão mansa que as pessoas mais distraídas que iam pelas ruas tiveram a impressão de ouvir, no meio de todos os ruídos urbanos, um pequeno silêncio – que era um sinal de sossego. 

     As nuvens começaram a se mover devagar, e eram leves e brancas, e era como se a tarde tivesse pena da cidade e de sua aflição e quisesse dizer aos homens: “eu sou vossa mãe e vossa irmã e estou aqui; tende calma”. Então me deu uma grande calma, porque eu ouvi essa mansa voz da tarde; ouvi e obedeci. 

     Passaram dois homens discutindo, um gesticulava, o outro tinha a cara vermelha; também a mim me acontece andar com outro homem na rua, e discutir; entretanto, eles me pareceram absurdos, e tive tanta pena porque estavam nervosos que pensei em lhes dizer: “Desculpe interrompê-los, cavalheiros”. 

    Um deles deteria o gesto que fazia com a mão que tinha um jornal; o outro me olharia por sobre os óculos; e então me sentiria tímido para dar o meu recado, e talvez dissesse: “desculpem, eu me enganei”. Mas quando eles fossem se afastando e o de jornal começasse a dizer ao outro: “olhe só uma coisa…” é possível que eu tomasse coragem, e dissesse: “Por favor, eu queria lhes dar uma informação…”. 

    Então, o de óculos, tendo ouvido mal, talvez me perguntasse um pouco irritado: “qual é a informação que o senhor deseja?”; e eu diria que não queria ter, mas sim dar uma informação. “Dar uma informação?”, perguntaria quase asperamente ou, quem sabe, asperamente, o de jornal na mão. E eu então diria baixo: “a tarde chegou”. 

   – “Quem chegou?” – perguntaria o de óculos, pensando talvez em Ademar (de Barros?), talvez em Carmem (Miranda). 

     – A tarde

     Eles me olhariam estupefatos. Mas, olhando suas caras, eu veria que nelas próprias já ia se refletindo a mansa luz da tarde pálida; e naquele instante em que as caras ficassem imóveis me olhando, a tarde, mãe de todos, faria um pequeno carinho com sua mão de luz pálida e de leve brisa, uma carícia de mãe e de irmã. Vendo isso eu sorriria um instante; e, muito embaraçado, me afastaria depressa. Eles me olhariam e começariam a rir de mim, mas depois de rir se sentiriam mais mansos e quase amigos e quase felizes, na doçura da tarde.


BRAGA, R. A tarde. Correio da Manhã. Disponível em 

<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/10109/a- tarde>. 


Analise os excertos a seguir quanto às funções desempenhadas pelo vocábulo “o”: 

I.  “Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar” 
II. “Um deles deteria o gesto que fazia com a mão que tinha um jornal” 
III. “– ‘Quem chegou?’ – perguntaria o de óculos”  
O vocábulo desempenha a função de pronome demonstrativo apenas em: 
Alternativas
Q3168001 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão. 

A tarde 

    Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar, com seu ímpeto de espumas e de cavalos empinados, mas ele amainou antes do fim da tarde, e a tarde de repente ficou mansa. Tão mansa que as pessoas mais distraídas que iam pelas ruas tiveram a impressão de ouvir, no meio de todos os ruídos urbanos, um pequeno silêncio – que era um sinal de sossego. 

     As nuvens começaram a se mover devagar, e eram leves e brancas, e era como se a tarde tivesse pena da cidade e de sua aflição e quisesse dizer aos homens: “eu sou vossa mãe e vossa irmã e estou aqui; tende calma”. Então me deu uma grande calma, porque eu ouvi essa mansa voz da tarde; ouvi e obedeci. 

     Passaram dois homens discutindo, um gesticulava, o outro tinha a cara vermelha; também a mim me acontece andar com outro homem na rua, e discutir; entretanto, eles me pareceram absurdos, e tive tanta pena porque estavam nervosos que pensei em lhes dizer: “Desculpe interrompê-los, cavalheiros”. 

    Um deles deteria o gesto que fazia com a mão que tinha um jornal; o outro me olharia por sobre os óculos; e então me sentiria tímido para dar o meu recado, e talvez dissesse: “desculpem, eu me enganei”. Mas quando eles fossem se afastando e o de jornal começasse a dizer ao outro: “olhe só uma coisa…” é possível que eu tomasse coragem, e dissesse: “Por favor, eu queria lhes dar uma informação…”. 

    Então, o de óculos, tendo ouvido mal, talvez me perguntasse um pouco irritado: “qual é a informação que o senhor deseja?”; e eu diria que não queria ter, mas sim dar uma informação. “Dar uma informação?”, perguntaria quase asperamente ou, quem sabe, asperamente, o de jornal na mão. E eu então diria baixo: “a tarde chegou”. 

   – “Quem chegou?” – perguntaria o de óculos, pensando talvez em Ademar (de Barros?), talvez em Carmem (Miranda). 

     – A tarde

     Eles me olhariam estupefatos. Mas, olhando suas caras, eu veria que nelas próprias já ia se refletindo a mansa luz da tarde pálida; e naquele instante em que as caras ficassem imóveis me olhando, a tarde, mãe de todos, faria um pequeno carinho com sua mão de luz pálida e de leve brisa, uma carícia de mãe e de irmã. Vendo isso eu sorriria um instante; e, muito embaraçado, me afastaria depressa. Eles me olhariam e começariam a rir de mim, mas depois de rir se sentiriam mais mansos e quase amigos e quase felizes, na doçura da tarde.


BRAGA, R. A tarde. Correio da Manhã. Disponível em 

<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/10109/a- tarde>. 


Analise o sentido dos termos em destaque no seguinte excerto: 

“Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar, com seu Ímpeto de espumas e de cavalos empinados, mas ele amainou antes do fim da tarde”.

Esses termos têm, respectivamente, o mesmo significado que: 
Alternativas
Q3168000 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão. 

A tarde 

    Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar, com seu ímpeto de espumas e de cavalos empinados, mas ele amainou antes do fim da tarde, e a tarde de repente ficou mansa. Tão mansa que as pessoas mais distraídas que iam pelas ruas tiveram a impressão de ouvir, no meio de todos os ruídos urbanos, um pequeno silêncio – que era um sinal de sossego. 

     As nuvens começaram a se mover devagar, e eram leves e brancas, e era como se a tarde tivesse pena da cidade e de sua aflição e quisesse dizer aos homens: “eu sou vossa mãe e vossa irmã e estou aqui; tende calma”. Então me deu uma grande calma, porque eu ouvi essa mansa voz da tarde; ouvi e obedeci. 

     Passaram dois homens discutindo, um gesticulava, o outro tinha a cara vermelha; também a mim me acontece andar com outro homem na rua, e discutir; entretanto, eles me pareceram absurdos, e tive tanta pena porque estavam nervosos que pensei em lhes dizer: “Desculpe interrompê-los, cavalheiros”. 

    Um deles deteria o gesto que fazia com a mão que tinha um jornal; o outro me olharia por sobre os óculos; e então me sentiria tímido para dar o meu recado, e talvez dissesse: “desculpem, eu me enganei”. Mas quando eles fossem se afastando e o de jornal começasse a dizer ao outro: “olhe só uma coisa…” é possível que eu tomasse coragem, e dissesse: “Por favor, eu queria lhes dar uma informação…”. 

    Então, o de óculos, tendo ouvido mal, talvez me perguntasse um pouco irritado: “qual é a informação que o senhor deseja?”; e eu diria que não queria ter, mas sim dar uma informação. “Dar uma informação?”, perguntaria quase asperamente ou, quem sabe, asperamente, o de jornal na mão. E eu então diria baixo: “a tarde chegou”. 

   – “Quem chegou?” – perguntaria o de óculos, pensando talvez em Ademar (de Barros?), talvez em Carmem (Miranda). 

     – A tarde

     Eles me olhariam estupefatos. Mas, olhando suas caras, eu veria que nelas próprias já ia se refletindo a mansa luz da tarde pálida; e naquele instante em que as caras ficassem imóveis me olhando, a tarde, mãe de todos, faria um pequeno carinho com sua mão de luz pálida e de leve brisa, uma carícia de mãe e de irmã. Vendo isso eu sorriria um instante; e, muito embaraçado, me afastaria depressa. Eles me olhariam e começariam a rir de mim, mas depois de rir se sentiriam mais mansos e quase amigos e quase felizes, na doçura da tarde.


BRAGA, R. A tarde. Correio da Manhã. Disponível em 

<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/10109/a- tarde>. 


Verbos conjugados no pretérito imperfeito do modo subjuntivo e no futuro do pretérito do modo indicativo em algumas partes do texto, como em “é possível que eu tomasse coragem” e “Eles me olhariam e começariam a rir de mim”, são empregados para: 
Alternativas
Q3167999 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão. 

A tarde 

    Desde cedo soprara tão forte o noroeste com seu cheiro de mar, com seu ímpeto de espumas e de cavalos empinados, mas ele amainou antes do fim da tarde, e a tarde de repente ficou mansa. Tão mansa que as pessoas mais distraídas que iam pelas ruas tiveram a impressão de ouvir, no meio de todos os ruídos urbanos, um pequeno silêncio – que era um sinal de sossego. 

     As nuvens começaram a se mover devagar, e eram leves e brancas, e era como se a tarde tivesse pena da cidade e de sua aflição e quisesse dizer aos homens: “eu sou vossa mãe e vossa irmã e estou aqui; tende calma”. Então me deu uma grande calma, porque eu ouvi essa mansa voz da tarde; ouvi e obedeci. 

     Passaram dois homens discutindo, um gesticulava, o outro tinha a cara vermelha; também a mim me acontece andar com outro homem na rua, e discutir; entretanto, eles me pareceram absurdos, e tive tanta pena porque estavam nervosos que pensei em lhes dizer: “Desculpe interrompê-los, cavalheiros”. 

    Um deles deteria o gesto que fazia com a mão que tinha um jornal; o outro me olharia por sobre os óculos; e então me sentiria tímido para dar o meu recado, e talvez dissesse: “desculpem, eu me enganei”. Mas quando eles fossem se afastando e o de jornal começasse a dizer ao outro: “olhe só uma coisa…” é possível que eu tomasse coragem, e dissesse: “Por favor, eu queria lhes dar uma informação…”. 

    Então, o de óculos, tendo ouvido mal, talvez me perguntasse um pouco irritado: “qual é a informação que o senhor deseja?”; e eu diria que não queria ter, mas sim dar uma informação. “Dar uma informação?”, perguntaria quase asperamente ou, quem sabe, asperamente, o de jornal na mão. E eu então diria baixo: “a tarde chegou”. 

   – “Quem chegou?” – perguntaria o de óculos, pensando talvez em Ademar (de Barros?), talvez em Carmem (Miranda). 

     – A tarde

     Eles me olhariam estupefatos. Mas, olhando suas caras, eu veria que nelas próprias já ia se refletindo a mansa luz da tarde pálida; e naquele instante em que as caras ficassem imóveis me olhando, a tarde, mãe de todos, faria um pequeno carinho com sua mão de luz pálida e de leve brisa, uma carícia de mãe e de irmã. Vendo isso eu sorriria um instante; e, muito embaraçado, me afastaria depressa. Eles me olhariam e começariam a rir de mim, mas depois de rir se sentiriam mais mansos e quase amigos e quase felizes, na doçura da tarde.


BRAGA, R. A tarde. Correio da Manhã. Disponível em 

<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/10109/a- tarde>. 


Na concepção do narrador, a tarde: 
Alternativas
Q3167998 Pedagogia
Segundo Vygotsky (2007), a Zona de Desenvolvimento__________ refere-se ao “nível de desenvolvimento das funções mentais da criança que se estabelecem como resultado de certos ciclos de desenvolvimento já completados”. Completa corretamente a lacuna: 
Alternativas
Q3167997 Pedagogia
Ao afirmar que a aprendizagem está presente desde o nascimento até o fechamento de nosso ciclo vital. Aprendemos de maneiras diferentes, de acordo com nossa faixa etária, nível de desenvolvimento, contexto em que estamos inseridos, sejam estes formais ou informais, descrevemos a aprendizagem como um processo:
Alternativas
Q3167996 Pedagogia
Para Jean Piaget, o conhecimento: 
Alternativas
Q3167995 Pedagogia
Quando uma criança apresenta dificuldade para aprender, uma das primeiras tarefas do professor é:
I- Resgate da autoestima do educando, pois ninguém consegue aprender se não conseguir investir na própria aprendizagem, se não tiver o desejo de aprender e acreditar nas suas possibilidades.
II- Oferecer aos seus alunos oportunidades de acertos, experiências positivas que conduzam ao desejo de continuar aprendendo para continuar acertando.
III- O aluno não recebe o fracasso escolar como um desafio a ser superado, afinal, isso requer uma maturidade que a criança não possui. Será necessário que o professor presenteie seu aluno com um recurso valioso: o elogio, que é altamente reforçador do sucesso.
IV- Convocar os pais e comunicar o Conselho Tutelar sobre as dificuldades da Criança.
São corretas:
Alternativas
Q3167994 Pedagogia
Complete a lacuna: “Segundo Piaget, aproximadamente, até os _______ anos, todas as emoções e sentimentos do bebê são gerados em seu contato com a mãe e centrados no corpo da criança, e assim na medida que o corpo infantil se separa do corpo das outras pessoas a vida afetiva do bebê vai se descentralizando e se transferindo para os outros.”
Alternativas
Q3167993 Pedagogia
A história da educação no Brasil teve início:
Alternativas
Q3167992 Pedagogia
Preencha a lacuna: O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou sem vetos a Lei Nº 14.934/24, que prorroga, até ____, a vigência do atual Plano Nacional de Educação (PNE).
Alternativas
Q3167991 Pedagogia
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de sua parte, reafirma no Artigo 5 que: O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o_____, acionar o Poder Público para exigi-lo. 
Alternativas
Q3167988 Pedagogia
Constitui objetivo na educação da matemática de crianças de quatro a seis anos, dentre outros:
I. reconhecer e valorizar os números, as operações numéricas, as contagens orais e as noções espaciais como ferramentas necessárias no seu cotidiano.
II. comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática.
III. ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos prévios.
São corretas as afirmativas:
Alternativas
Q3167987 Pedagogia
A aprendizagem da linguagem escrita é concebida como:
Alternativas
Q3167986 Pedagogia
De acordo com o Referencial curricular nacional para a educação infantil, volume 2: “No que se refere à avaliação __________, deve-se ter em conta que não se trata de avaliar a criança, mas sim as situações de aprendizagem que foram oferecidas. Isso significa dizer que a expectativa em relação à aprendizagem da criança deve estar sempre vinculada às oportunidades e experiências que foram oferecidas a ela.” Preenche corretamente a lacuna:
Alternativas
Q3167985 Pedagogia
Julgue as seguintes afirmativas:
I. A observação é uma das capacidades humanas que auxiliam as crianças a construírem um processo de diferenciação dos outros e consequentemente sua identidade.
II. A imitação é resultado da capacidade de a criança observar e aprender com os outros e de seu desejo de se identificar com eles, ser aceita e de diferenciar-se.
III. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.
São corretas as afirmativas:
Alternativas
Respostas
301: A
302: E
303: B
304: E
305: C
306: D
307: B
308: A
309: A
310: B
311: D
312: C
313: A
314: A
315: B
316: A
317: D
318: C
319: A
320: D