Questões de Concurso
Para pedreiro
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Eu desconfiava: todas as histórias em quadrinhos são iguais. Todos os filmes norte-americanos são iguais. Todos os filmes de todos os países são iguais. Todos os best-sellers são iguais. Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais. Todos os partidos políticos são iguais. Todas as mulheres que andam na moda são iguais. Todas as experiências de sexo são iguais. Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais. E todos, todos os poemas em versos livres são enfadonhamente iguais.
Todas as guerras do mundo são iguais. Todas as fomes são iguais. Todos os amores iguais, iguais, iguais. Iguais todos os rompimentos. A morte é igualíssima. Todas as criações da natureza são iguais. Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais. Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.
Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.
A paixão medida (1980). 8 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 77-78. Carlos Drummod de Andrade © Graña Drummond www.carlosdrummond.com.br
Das afirmações seguintes:
I. É possível afirmar que o poema encontra-se dividido basicamente em quatro partes
II. O vocábulo “contudo” é responsável por introduzir a segunda parte do poema.
III. A frase “Todo ser humano é um estranho ímpar” equivale a “cada um dos seres humanos é diferente dos demais”.
Quando um bebê nasce, a primeira coisa que todo mundo quer saber é o sexo. Nos primeiros dias de vida a diferença parece mais anatômica, mas, à medida que vai crescendo, o bebê começa a se comportar como menino ou menina. Um problema controvertido é saber até que ponto esse comportamento tem base biológica ou é uma questão de aprendizado. Algumas feministas insistem em dizer que todas as diferenças comportamentais são ensinadas e que, deixando-se de lado as discrepâncias biológicas evidentes, a mulher é igual ao homem. Outros dizem que homem é homem e que mulher é mulher e é por razões biológicas que os dois sexos se comportam e até mesmo se movimentam de modo diferente. Os entendidos em cinética têm levantado um certo número de provas que reforçam os argumentos das feministas.
Desde o nascimento, parece que dizemos ao bebê, centenas de vezes por dia, que ele é um menino ou uma menina, mas de maneira sutil e não-verbal. A maioria das pessoas, na verdade, segura o menino e a menina de jeito diferente. Parece que, em nossa sociedade, os meninos, mesmo novinhos, costumam ser cuidados de modo meio abrutalhado. Toda vez que um garoto age de acordo com nossa visão de comportamento masculino, nós lhe damos reforço. Esse reforço pode ser tão delicado como um tom de voz aprovativo, uma ligeira expressão facial de conivência ou até mesmo uma expressão concreta, dita com tolerância, do tipo “não parece um hominho!?”. E é lógico que as meninas são recompensadas por demonstrarem traços femininos. Podemos não repreender os meninos por desejarem brincar com boneca, mas também é raro animá-los a isso. Talvez a ausência total de qualquer reação de nossa parte – a falta de vibrações positivas – diga a ele que anda fazendo coisa que menino não faz.
Não há dúvida que em certo nível subliminar nós também recompensamos ou deixamos de recompensar comportamentos bem mais sutis, pois em certo estágio de desenvolvimento os meninos começam a se movimentar e a se comportar como homens, e as meninas como mulheres. O modo de se movimentar é muito mais aprendido do que inato, variando de cultura para cultura. Para usar apenas um exemplo: o gesto de munheca mole, que nos parece feminino ou efeminado quando em homem, em algumas partes do Oriente Médio é tido como jeito natural de movimentar as mãos tanto para um sexo quanto para o outro.
(Flora Davis, A comunicação não-verbal. São Paulo: Summus,1979)
De acordo com o texto, assinale a alternativa que apresenta a tese defendida pela autora: