Questões de Concurso Para médico radioterapeuta

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Q2722833 Direito Administrativo

A Lei n.º 8.112/1990, em algumas hipóteses, concede aos servidores públicos o direito de, temporariamente, abandonarem o exercício de seu cargo, com ou sem remuneração, denominando tais hipóteses de licença ou afastamento. Assinale a alternativa que se apresenta em consonância com a legislação.

Alternativas
Q2722832 Direito Administrativo

A Lei n.º 8.112/1990, que materializa o estatuto dos servidores públicos federais, contém as regras do regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. No tocante ao regime disciplinar, essa lei estatui que a ação disciplinar administrativa prescreverá em

Alternativas
Q2722831 Português

Texto II, para responder às questões 5 e 6.


1 Antigamente, o sonho de se formar em medicina

agregava mais que a vocação de curar: invariavelmente

representava o início de uma carreira sólida, financeiramente

4 próspera e de grande estabilidade.

O tempo passou, e a realidade, agora, surpreende os

médicos contemporâneos com novas exigências que

7 extrapolam o âmbito da saúde. Quem quiser a sonhada

prosperidade precisa entender o mercado, conhecer seu

público-alvo e adotar medidas para obter e fidelizar

10 pacientes. Em resumo, praticar marketing médico.

A manutenção do profissional, de seu consultório ou

clínica é, sim, um negócio. E precisa ser encarada como tal,

13 sem preconceitos ou medos. A palavra negócio não é

sinônimo direto de exploração mercantil, tampouco exclui os

conceitos de ética, dedicação e humanismo. Ao contrário:

16 médicos que entenderam o que é, de fato, o marketing

aplicado à atividade que desenvolvem passaram a dar a seus

pacientes um atendimento melhor.

19 Ampliar o relacionamento com os pacientes, melhorar

a comunicação, oferecer mais e melhores. serviços, adotar

práticas de gestão que agilizem e facilitem'o atendimento são

22 algumas das ações que compreendem o famoso “marketing

médico". Quando isso é feito de forma criteriosa e ética, os

resultados são sempre positivos.

25 Na prática, toda vez que o médico se coloca no lugar

do paciente e dispensa a ele o tratamento que gostaria de

receber, já está trabalhando bem.o seu marketing. Se está

28 disposto a esclarecer diagnósticos e tratamentos, sem usar a

complexa terminologia a que está acostumado; se assume

uma postura de quem está servindo o paciente com seu

31 conhecimento, e não com a arrogância de quem detém o

poder da cura... bem, está aqui alguém que sabe aplicar a

base do marketing médico.

34 As demais medidas surgem como consequência de

quem realmente está disposto a prestar um atendimento

eficaz e marcante. E, aí, vale aplicar ferramentas já

37 consagradas, estudar um pouquinho de marketing e

administração e buscar suporte especializado. Além disso,

usar a criatividade: telefonemas para o paciente atendido nos

40 plantões, buscando informações acerca de possíveis

melhoras da sua saúde durante o tratamento, tirando dúvidas

relativas às medicações indicadas; envio de cartões de

43 aniversário, entre outras. Atitudes simples assim fazem que o

paciente se sinta prestigiado e estabelecem um novo nível no

relacionamento com o médico.

46 Quando o paciente e o médico se comunicam bem, há

mais clareza, mais confiança, melhores resultados no

tratamento e, consequentemente, maior fidelidade e novas

49 indicações.

Afinal, o paciente tem inúmeras opções de

profissionais proporcionadas pelo plano de saúde. Em um

52 primeiro momento, irá buscar aquele que, de alguma forma,

for mais conveniente a ele, seja pela proximidade geográfica

seja por indicação recebida. Mas, se não gostar do

55 atendimento que receber, voltará, sem pestanejar, ao

catálogo até encontrar o médico que, de fato, cativar sua

fidelidade.



Internet: <www.acertomedico.com>. Acesso em 31/3/2011.

Assinale a alternativa que apresenta declaração correta, segundo a norma-padrão, acerca de passagens do texto II.

Alternativas
Q2722830 Português

Texto II, para responder às questões 5 e 6.


1 Antigamente, o sonho de se formar em medicina

agregava mais que a vocação de curar: invariavelmente

representava o início de uma carreira sólida, financeiramente

4 próspera e de grande estabilidade.

O tempo passou, e a realidade, agora, surpreende os

médicos contemporâneos com novas exigências que

7 extrapolam o âmbito da saúde. Quem quiser a sonhada

prosperidade precisa entender o mercado, conhecer seu

público-alvo e adotar medidas para obter e fidelizar

10 pacientes. Em resumo, praticar marketing médico.

A manutenção do profissional, de seu consultório ou

clínica é, sim, um negócio. E precisa ser encarada como tal,

13 sem preconceitos ou medos. A palavra negócio não é

sinônimo direto de exploração mercantil, tampouco exclui os

conceitos de ética, dedicação e humanismo. Ao contrário:

16 médicos que entenderam o que é, de fato, o marketing

aplicado à atividade que desenvolvem passaram a dar a seus

pacientes um atendimento melhor.

19 Ampliar o relacionamento com os pacientes, melhorar

a comunicação, oferecer mais e melhores. serviços, adotar

práticas de gestão que agilizem e facilitem'o atendimento são

22 algumas das ações que compreendem o famoso “marketing

médico". Quando isso é feito de forma criteriosa e ética, os

resultados são sempre positivos.

25 Na prática, toda vez que o médico se coloca no lugar

do paciente e dispensa a ele o tratamento que gostaria de

receber, já está trabalhando bem.o seu marketing. Se está

28 disposto a esclarecer diagnósticos e tratamentos, sem usar a

complexa terminologia a que está acostumado; se assume

uma postura de quem está servindo o paciente com seu

31 conhecimento, e não com a arrogância de quem detém o

poder da cura... bem, está aqui alguém que sabe aplicar a

base do marketing médico.

34 As demais medidas surgem como consequência de

quem realmente está disposto a prestar um atendimento

eficaz e marcante. E, aí, vale aplicar ferramentas já

37 consagradas, estudar um pouquinho de marketing e

administração e buscar suporte especializado. Além disso,

usar a criatividade: telefonemas para o paciente atendido nos

40 plantões, buscando informações acerca de possíveis

melhoras da sua saúde durante o tratamento, tirando dúvidas

relativas às medicações indicadas; envio de cartões de

43 aniversário, entre outras. Atitudes simples assim fazem que o

paciente se sinta prestigiado e estabelecem um novo nível no

relacionamento com o médico.

46 Quando o paciente e o médico se comunicam bem, há

mais clareza, mais confiança, melhores resultados no

tratamento e, consequentemente, maior fidelidade e novas

49 indicações.

Afinal, o paciente tem inúmeras opções de

profissionais proporcionadas pelo plano de saúde. Em um

52 primeiro momento, irá buscar aquele que, de alguma forma,

for mais conveniente a ele, seja pela proximidade geográfica

seja por indicação recebida. Mas, se não gostar do

55 atendimento que receber, voltará, sem pestanejar, ao

catálogo até encontrar o médico que, de fato, cativar sua

fidelidade.



Internet: <www.acertomedico.com>. Acesso em 31/3/2011.

De acordo com o texto II, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2722829 Português

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.


O sabão que aqui lava não lava como lá


1 A tendência de adaptar produtos para atender às

particularidades de um país começou nos anos 1950 com a

indústria automobilística e tornou-se crucial depois da

4 globalização. Hoje, multinacionais do setor de bens de

consumo lideram os investimentos nessa direção. A medida

é estratégica quando se trata de conquistar mercado em

7 países emergentes, onde a classe média ainda alarga suas

fronteiras. No Brasil, nada menos do que 20 milhões de

pessoas foram alçadas à classe C nos últimos três anos,

10 dando novo contorno à sociedade de consumo. Isso é o que

compensa os altos gastos com aquilo que o jargão do

marketing chama de segmentação. O processo pode ser

13 simples, como a adição de açúcar à receita de um biscoito,

ou implicar a completa transformação de um produto. Tudo

para contemplar hábitos ou até condições climáticas que

16 variam de um país para outro. No Brasil, a tarefa é tanto mais

difícil quanto mais necessária. Por sua dimensão continental,

muda quase tudo de uma região para outra.

19 O segmento de bens de consumo abarca alimentos,

bebidas e produtos de higiene e limpeza — basicamente tudo

o que se encontra em um supermercado. Ele é composto,

22 grosso modo, de quinze grandes empresas no mundo.

Apenas duas dessas companhias globais, a Procter &

Gamble e a Unilever, produzem mercadorias tão variadas

25 como sorvete, xampu, detergente, ração para cachorro e

pilha. Ambas estão esparramadas por mais de uma centena

de países e, juntas, faturam algo como 140 bilhões de

28 dólares por ano — quase o mesmo que todo o setor de

eletrônicos.

A Nestlé criou em 2005, um leite em pó

31 exclusivamente para o Nordeste, ao qual adicionou vitaminas

que são deficientes na alimentação local, e ainda o embalou

em saco plástico, para baixar o preço. Com tais ajustes, já

34 vende nessa única região brasileira quantidade de leite em

pó equivalente à que consome a população inteira de um

país como o México.

37 No Brasil, não há algo como um Perfil único do

consumidor brasileiro. Além das disparidades de renda, é

preciso levar em conta os hábitos regionais e a diversidade

40 do clima — coisas que não se acham, por exemplo, em

países menores e culturalmente mais homogêneos. Para

uma empresa como.a L'Oréal, a maior do mundo no setor de

43 produtos de beleza, isso Significa produzir uma variedade

quatro vezes maior de xampus e condicionadores do que em

outros países. Só para cabelos cacheados, há cinco

46 variações. A velha expressão "ao gosto do freguês" nunca

fez tanto sentido no mundo dos negócios.

O exemplo do sabão para lavar roupas ajuda a

49 entender por que uma empresa global como a Unilever

precisa adaptar um mesmo produto para vendê-lo em

diversos países. No Brasil, Omo: em nenhum outro lugar a

52 espuma é tão abundante — um sinal para os brasileiros de

que a roupa será bem lavada. A cor azul, outra

particularidade local, é associada à limpeza, uma vez que,

55 por muito tempo, se usou no país o anil para alvejar as

roupas. Na Argentina, Ala: a ausência de espuma é uma

adaptação ao tipo de máquina de lavar mais comum no país.

58 Como o aparelho tem uma abertura na frente — e não em

cima, como os modelos brasileiros —, a espuma poderia

transbordar e estragar o aparelho. Na China, Omo: produz

61 pouquíssima espuma. A ideia é facilitar o enxágue, uma

verdadeira obsessão para os chineses, que temem que os

resíduos do sabão na roupa causem alergia. Na Inglaterra,

64 Persil: a versão líquida domina o mercado inglês e o de

outros países europeus. Considerada mais simples de usar e

sem deixar pó no chão, adéqua-se bem à realidade de

67 pessoas que costumam lavar a própria roupa. Em El

Salvador, Xtra: quase ninguém tem máquina de lavar, daí o

sabão ser em barra e redondo — feito para deslizar num tipo

70 de tanque horizontal e sem ondulações, o mais comum no

país. Dado o apreço por perfumes na América Central, a

concentração deles no sabão é a mais alta do mundo.



Renata Betti. In: Veja, 24/6/2009, p. 134-8 (com adaptações).

O termo ao qual se refere o “que” ou o “onde”, no texto I, está corretamente determinado em

Alternativas
Q2722828 Português

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.


O sabão que aqui lava não lava como lá


1 A tendência de adaptar produtos para atender às

particularidades de um país começou nos anos 1950 com a

indústria automobilística e tornou-se crucial depois da

4 globalização. Hoje, multinacionais do setor de bens de

consumo lideram os investimentos nessa direção. A medida

é estratégica quando se trata de conquistar mercado em

7 países emergentes, onde a classe média ainda alarga suas

fronteiras. No Brasil, nada menos do que 20 milhões de

pessoas foram alçadas à classe C nos últimos três anos,

10 dando novo contorno à sociedade de consumo. Isso é o que

compensa os altos gastos com aquilo que o jargão do

marketing chama de segmentação. O processo pode ser

13 simples, como a adição de açúcar à receita de um biscoito,

ou implicar a completa transformação de um produto. Tudo

para contemplar hábitos ou até condições climáticas que

16 variam de um país para outro. No Brasil, a tarefa é tanto mais

difícil quanto mais necessária. Por sua dimensão continental,

muda quase tudo de uma região para outra.

19 O segmento de bens de consumo abarca alimentos,

bebidas e produtos de higiene e limpeza — basicamente tudo

o que se encontra em um supermercado. Ele é composto,

22 grosso modo, de quinze grandes empresas no mundo.

Apenas duas dessas companhias globais, a Procter &

Gamble e a Unilever, produzem mercadorias tão variadas

25 como sorvete, xampu, detergente, ração para cachorro e

pilha. Ambas estão esparramadas por mais de uma centena

de países e, juntas, faturam algo como 140 bilhões de

28 dólares por ano — quase o mesmo que todo o setor de

eletrônicos.

A Nestlé criou em 2005, um leite em pó

31 exclusivamente para o Nordeste, ao qual adicionou vitaminas

que são deficientes na alimentação local, e ainda o embalou

em saco plástico, para baixar o preço. Com tais ajustes, já

34 vende nessa única região brasileira quantidade de leite em

pó equivalente à que consome a população inteira de um

país como o México.

37 No Brasil, não há algo como um Perfil único do

consumidor brasileiro. Além das disparidades de renda, é

preciso levar em conta os hábitos regionais e a diversidade

40 do clima — coisas que não se acham, por exemplo, em

países menores e culturalmente mais homogêneos. Para

uma empresa como.a L'Oréal, a maior do mundo no setor de

43 produtos de beleza, isso Significa produzir uma variedade

quatro vezes maior de xampus e condicionadores do que em

outros países. Só para cabelos cacheados, há cinco

46 variações. A velha expressão "ao gosto do freguês" nunca

fez tanto sentido no mundo dos negócios.

O exemplo do sabão para lavar roupas ajuda a

49 entender por que uma empresa global como a Unilever

precisa adaptar um mesmo produto para vendê-lo em

diversos países. No Brasil, Omo: em nenhum outro lugar a

52 espuma é tão abundante — um sinal para os brasileiros de

que a roupa será bem lavada. A cor azul, outra

particularidade local, é associada à limpeza, uma vez que,

55 por muito tempo, se usou no país o anil para alvejar as

roupas. Na Argentina, Ala: a ausência de espuma é uma

adaptação ao tipo de máquina de lavar mais comum no país.

58 Como o aparelho tem uma abertura na frente — e não em

cima, como os modelos brasileiros —, a espuma poderia

transbordar e estragar o aparelho. Na China, Omo: produz

61 pouquíssima espuma. A ideia é facilitar o enxágue, uma

verdadeira obsessão para os chineses, que temem que os

resíduos do sabão na roupa causem alergia. Na Inglaterra,

64 Persil: a versão líquida domina o mercado inglês e o de

outros países europeus. Considerada mais simples de usar e

sem deixar pó no chão, adéqua-se bem à realidade de

67 pessoas que costumam lavar a própria roupa. Em El

Salvador, Xtra: quase ninguém tem máquina de lavar, daí o

sabão ser em barra e redondo — feito para deslizar num tipo

70 de tanque horizontal e sem ondulações, o mais comum no

país. Dado o apreço por perfumes na América Central, a

concentração deles no sabão é a mais alta do mundo.



Renata Betti. In: Veja, 24/6/2009, p. 134-8 (com adaptações).

Assinale a alternativa em que a alteração feita mantém a correção gramatical de passagens do texto I, segundo a linguagem formal.

Alternativas
Q2722827 Português

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.


O sabão que aqui lava não lava como lá


1 A tendência de adaptar produtos para atender às

particularidades de um país começou nos anos 1950 com a

indústria automobilística e tornou-se crucial depois da

4 globalização. Hoje, multinacionais do setor de bens de

consumo lideram os investimentos nessa direção. A medida

é estratégica quando se trata de conquistar mercado em

7 países emergentes, onde a classe média ainda alarga suas

fronteiras. No Brasil, nada menos do que 20 milhões de

pessoas foram alçadas à classe C nos últimos três anos,

10 dando novo contorno à sociedade de consumo. Isso é o que

compensa os altos gastos com aquilo que o jargão do

marketing chama de segmentação. O processo pode ser

13 simples, como a adição de açúcar à receita de um biscoito,

ou implicar a completa transformação de um produto. Tudo

para contemplar hábitos ou até condições climáticas que

16 variam de um país para outro. No Brasil, a tarefa é tanto mais

difícil quanto mais necessária. Por sua dimensão continental,

muda quase tudo de uma região para outra.

19 O segmento de bens de consumo abarca alimentos,

bebidas e produtos de higiene e limpeza — basicamente tudo

o que se encontra em um supermercado. Ele é composto,

22 grosso modo, de quinze grandes empresas no mundo.

Apenas duas dessas companhias globais, a Procter &

Gamble e a Unilever, produzem mercadorias tão variadas

25 como sorvete, xampu, detergente, ração para cachorro e

pilha. Ambas estão esparramadas por mais de uma centena

de países e, juntas, faturam algo como 140 bilhões de

28 dólares por ano — quase o mesmo que todo o setor de

eletrônicos.

A Nestlé criou em 2005, um leite em pó

31 exclusivamente para o Nordeste, ao qual adicionou vitaminas

que são deficientes na alimentação local, e ainda o embalou

em saco plástico, para baixar o preço. Com tais ajustes, já

34 vende nessa única região brasileira quantidade de leite em

pó equivalente à que consome a população inteira de um

país como o México.

37 No Brasil, não há algo como um Perfil único do

consumidor brasileiro. Além das disparidades de renda, é

preciso levar em conta os hábitos regionais e a diversidade

40 do clima — coisas que não se acham, por exemplo, em

países menores e culturalmente mais homogêneos. Para

uma empresa como.a L'Oréal, a maior do mundo no setor de

43 produtos de beleza, isso Significa produzir uma variedade

quatro vezes maior de xampus e condicionadores do que em

outros países. Só para cabelos cacheados, há cinco

46 variações. A velha expressão "ao gosto do freguês" nunca

fez tanto sentido no mundo dos negócios.

O exemplo do sabão para lavar roupas ajuda a

49 entender por que uma empresa global como a Unilever

precisa adaptar um mesmo produto para vendê-lo em

diversos países. No Brasil, Omo: em nenhum outro lugar a

52 espuma é tão abundante — um sinal para os brasileiros de

que a roupa será bem lavada. A cor azul, outra

particularidade local, é associada à limpeza, uma vez que,

55 por muito tempo, se usou no país o anil para alvejar as

roupas. Na Argentina, Ala: a ausência de espuma é uma

adaptação ao tipo de máquina de lavar mais comum no país.

58 Como o aparelho tem uma abertura na frente — e não em

cima, como os modelos brasileiros —, a espuma poderia

transbordar e estragar o aparelho. Na China, Omo: produz

61 pouquíssima espuma. A ideia é facilitar o enxágue, uma

verdadeira obsessão para os chineses, que temem que os

resíduos do sabão na roupa causem alergia. Na Inglaterra,

64 Persil: a versão líquida domina o mercado inglês e o de

outros países europeus. Considerada mais simples de usar e

sem deixar pó no chão, adéqua-se bem à realidade de

67 pessoas que costumam lavar a própria roupa. Em El

Salvador, Xtra: quase ninguém tem máquina de lavar, daí o

sabão ser em barra e redondo — feito para deslizar num tipo

70 de tanque horizontal e sem ondulações, o mais comum no

país. Dado o apreço por perfumes na América Central, a

concentração deles no sabão é a mais alta do mundo.



Renata Betti. In: Veja, 24/6/2009, p. 134-8 (com adaptações).

Assinale a alternativa correta com relação ao texto I.

Alternativas
Q2722820 Português

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.


O sabão que aqui lava não lava como lá


1 A tendência de adaptar produtos para atender às

particularidades de um país começou nos anos 1950 com a

indústria automobilística e tornou-se crucial depois da

4 globalização. Hoje, multinacionais do setor de bens de

consumo lideram os investimentos nessa direção. A medida

é estratégica quando se trata de conquistar mercado em

7 países emergentes, onde a classe média ainda alarga suas

fronteiras. No Brasil, nada menos do que 20 milhões de

pessoas foram alçadas à classe C nos últimos três anos,

10 dando novo contorno à sociedade de consumo. Isso é o que

compensa os altos gastos com aquilo que o jargão do

marketing chama de segmentação. O processo pode ser

13 simples, como a adição de açúcar à receita de um biscoito,

ou implicar a completa transformação de um produto. Tudo

para contemplar hábitos ou até condições climáticas que

16 variam de um país para outro. No Brasil, a tarefa é tanto mais

difícil quanto mais necessária. Por sua dimensão continental,

muda quase tudo de uma região para outra.

19 O segmento de bens de consumo abarca alimentos,

bebidas e produtos de higiene e limpeza — basicamente tudo

o que se encontra em um supermercado. Ele é composto,

22 grosso modo, de quinze grandes empresas no mundo.

Apenas duas dessas companhias globais, a Procter &

Gamble e a Unilever, produzem mercadorias tão variadas

25 como sorvete, xampu, detergente, ração para cachorro e

pilha. Ambas estão esparramadas por mais de uma centena

de países e, juntas, faturam algo como 140 bilhões de

28 dólares por ano — quase o mesmo que todo o setor de

eletrônicos.

A Nestlé criou em 2005, um leite em pó

31 exclusivamente para o Nordeste, ao qual adicionou vitaminas

que são deficientes na alimentação local, e ainda o embalou

em saco plástico, para baixar o preço. Com tais ajustes, já

34 vende nessa única região brasileira quantidade de leite em

pó equivalente à que consome a população inteira de um

país como o México.

37 No Brasil, não há algo como um Perfil único do

consumidor brasileiro. Além das disparidades de renda, é

preciso levar em conta os hábitos regionais e a diversidade

40 do clima — coisas que não se acham, por exemplo, em

países menores e culturalmente mais homogêneos. Para

uma empresa como.a L'Oréal, a maior do mundo no setor de

43 produtos de beleza, isso Significa produzir uma variedade

quatro vezes maior de xampus e condicionadores do que em

outros países. Só para cabelos cacheados, há cinco

46 variações. A velha expressão "ao gosto do freguês" nunca

fez tanto sentido no mundo dos negócios.

O exemplo do sabão para lavar roupas ajuda a

49 entender por que uma empresa global como a Unilever

precisa adaptar um mesmo produto para vendê-lo em

diversos países. No Brasil, Omo: em nenhum outro lugar a

52 espuma é tão abundante — um sinal para os brasileiros de

que a roupa será bem lavada. A cor azul, outra

particularidade local, é associada à limpeza, uma vez que,

55 por muito tempo, se usou no país o anil para alvejar as

roupas. Na Argentina, Ala: a ausência de espuma é uma

adaptação ao tipo de máquina de lavar mais comum no país.

58 Como o aparelho tem uma abertura na frente — e não em

cima, como os modelos brasileiros —, a espuma poderia

transbordar e estragar o aparelho. Na China, Omo: produz

61 pouquíssima espuma. A ideia é facilitar o enxágue, uma

verdadeira obsessão para os chineses, que temem que os

resíduos do sabão na roupa causem alergia. Na Inglaterra,

64 Persil: a versão líquida domina o mercado inglês e o de

outros países europeus. Considerada mais simples de usar e

sem deixar pó no chão, adéqua-se bem à realidade de

67 pessoas que costumam lavar a própria roupa. Em El

Salvador, Xtra: quase ninguém tem máquina de lavar, daí o

sabão ser em barra e redondo — feito para deslizar num tipo

70 de tanque horizontal e sem ondulações, o mais comum no

país. Dado o apreço por perfumes na América Central, a

concentração deles no sabão é a mais alta do mundo.



Renata Betti. In: Veja, 24/6/2009, p. 134-8 (com adaptações).

Assinale a alternativa que interpreta corretamente informações do texto I.

Alternativas
Q2182577 Medicina
Acerca dos mecanismos de faturamento de uma Unidade de Radioterapia e regulamentação do seu funcionamento, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q2182576 Medicina
Acerca do manejo de toxicidades do tratamento oncológico, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q2182575 Medicina
Sobre o tratamento de sarcomas de extremidades, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2182574 Medicina
Paciente de 38 anos, tabagista desde os 14 anos (32 maços-ano), etilista desde os 26 anos, vida sexual ativa e diversificada, procura atendimento médico por odinofagia progressiva e nodulação em região cervical esquerda, medindo aproximadamente 2-3cm, adjacente ao ângulo da mandíbula, aderida. Ao exame, lesão em porção posterior da língua, ulcerada, comprometendo linha média, não sendo possível avaliar limite inferior/posterior da lesão. Nodulação cervical já descrita. Sobre o caso narrado, analise as assertivas abaixo:

I. Investigação complementar com videolaringoscopia e tomografia de crânio deve ser realizada.
II. Caso confirmada suspeita clínica de carcinoma de orofaringe, a estratégia inicial deve ser cirúrgica, excetuando-se os casos de pacientes abaixo de 80 anos e tumores de base de língua, uma vez que estes apresentam baixo risco de complicação pós-operatória.
III. A pesquisa de HPV deve ser realizada, uma vez que impacta diretamente no planejamento cirúrgico do esvaziamento cervical, sendo indicado esvaziamento compreensivo em HPV positivos, níveis II a IV.
IV. As indicações de tratamento quimiorradioterápico advêm de análises de subgrupo de estudos maiores, sugerindo benefício em tumores ressecados com margens positivas ou extensão extranodal.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q2182573 Medicina
Paciente do sexo feminino, 48 anos, diagnosticada previamente com carcinoma de mama cT4cN2, luminal B, submetida à quimioterapia neoadjuvante, seguida de mastectomia com preservação do complexo aréolo-mamilar, bem como esvaziamento axilar nível I e II e radioterapia adjuvante de parede costal e drenagens axilares, incluindo fossa supraclavicular. Em uso de tamoxifeno, apresentou, 6 meses após terminado o tratamento primário, quadro de convulsão e desmaio em casa, sendo levada ao pronto-socorro. Na avaliação, evoluiu com perda de força de membro superior direito. Realizou TC de crânio contrastada, que evidenciou lesão única em lobo parietal esquerdo, com edema associado. Sobre o quadro clínico apresentado, analise as assertivas abaixo:

I. A conduta inicial é prescrição de dexametasona 10mg, EV, e manutenção com dexametasona 4mg de 6 em 6 horas.
II. O contexto clínico e os exames já realizados permitem prescindir de biópsia da lesão, podendo seguir com o planejamento para radiocirurgia.
III. A avaliação com RM de crânio é mandatória para a escolha da terapêutica adequada, uma vez que TC de crânio com contraste apresenta baixa sensibilidade para lesões subcentimétricas comparativamente.
IV. No caso de lesão acima de 2cm, sem efeito de massa ou edema de grande volume, o tratamento radiocirúrgico é uma opção, idealmente fracionado, podendo-se utilizar doses como 27Gy em 3 frações, diárias.

Quais estão INCORRETAS?
Alternativas
Q2182572 Medicina
Sobre o uso de radioterapia para tratamento paliativo, analise as assertivas abaixo:

I. Dose única de 8Gy apresenta taxas semelhantes de controle álgico e mesma taxa de controle após 12 semanas do que outros fracionamentos, como 20Gy em 5 frações ou 30Gy em 10 frações, apresentando iguais taxas de retratamento.
II. Pacientes com persistência da dor após 4 semanas do tratamento não devem ser submetidos a retratamento, uma vez que a resposta tardia é comum, sendo indicado retratamento após 12 semanas somente.
III. Radioterapia é um tratamento eficaz para sangramento gástrico, devendo sempre ser realizada na dose de 30Gy em 10 frações, objetivando melhor controle local e menor necessidade de retratamento.
IV. O volume de reirradiação paliativa de cabeça e pescoço deve ser GTV + 1-2cm, uma vez que o principal sítio de recorrência após reirradiação é na topografia irradiada.

Quais estão corretas? 
Alternativas
Q2182570 Medicina
Sobre radioterapia em linfomas, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q2182569 Medicina
Sobre o volume alvo no tratamento radioterápico do linfoma de Hodgkin, analise as assertivas abaixo:

I. Involved-field (IFRT) inclui somente o volume de tratamento pré-quimioterapia e pós-quimioterapia no volume alvo de tratamento.
II. Involved-node (INRT) inclui somente os linfonodos PET-captantes pré-quimioterapia e linfonodos alterados pós-quimioterapia, com margem de PTV. Essa técnica exige a realização de PET-CT na posição do tratamento radioterápico previamente à realização de quimioterapia.
III. Involved-site (ISRT) inclui as regiões nas quais havia doença previamente à quimioterapia somente.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q2182568 Medicina
Em relação ao uso de radioterapia estereotáxica ablativa para carcinoma de pulmão, analise as assertivas abaixo:

I. Apresenta excelente taxas de controle local, usualmente acima de 90%.
II. O fracionamento mais usual é de 50Gy em 5 frações, em dias alternados, objetivando melhor perfil de toxicidade, embora o RTOG 0813, que estudou escalonamento de dose, tenha comprovado superioridade nos desfechos oncológicos para as doses de 11.5 e 12Gy por fração.
III. O fracionamento de 60Gy em 8 frações se apresentou possível e adequado para o tratamento de lesões ultracentrais (“no fly zone”), priorizando os OARs em detrimento da cobertura, mesmo naquelas lesões onde o PTV engloba os órgãos de risco (OARs).
IV. A SBRT de lesões iniciais, ECI, não deve ser oferecida como opção a pacientes com indicação cirúrgica, uma vez que não há estudo evidenciando a segurança dessa conduta.

Quais estão INCORRETAS?
Alternativas
Q2182566 Medicina
Paciente masculino, 64 anos, tabagista ativo, carga tabágica 60 maços-ano, procura atendimento médico em pronto-socorro por quadro de tosse com hemoptise. Ao exame, MV diminuído difusamente. TC de tórax sem contraste evidencia lesão em lobo médio, medindo 6cm, não evidenciando linfonodomegalias hilares, ou mediastinais, suspeita para neoplasia pulmonar primária. Sobre o caso apresentado, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2182565 Medicina
Criança, 7 anos, queixa-se de tonturas recorrentes, apresentando quedas e dificuldade para pegar seus brinquedos, por vezes errando o local exato ao esticar as mãos. Evolui após 2 meses de duração dos sintomas para quadro de irritação e choro seguido de desmaio. Atendido em pronto-socorro, se evidencia aumento da pressão intracraniana e, em RM, lesão em fossa posterior medindo 5cm no maior diâmetro sugestiva de neoplasia primária. Sobre o caso apresentado, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q2182564 Medicina
Analise as assertivas abaixo acerca do tratamento das neoplasias de pele:

I. O Lentigo Maligno, ou melanoma in situ, desenvolve-se em áreas de exposição solar crônica, tendo como tratamento primário preferencial o uso tópico de fluoracil ou imiquimod.
II. Os carcinomas epidermoides de pele da região do “H facial”, ou lesões maiores que 4cm de diâmetro, 6mm de espessura ou invasão linfovascular apresentam alto risco de recidiva, devendo receber radioterapia adjuvante, segundo o NCCN.
III. O tratamento primário para lesões basocelulares pequenas, com espessura menor do que 2cm, é a radioterapia superficial com ortovoltagem.
IV. Radioterapia deve ser indicada para melanomas com Breslow >4mm, invasão angiolinfática ou perineural, ou satelitose, a despeito do acesso a tratamentos com imunoterapia.

Quais estão corretas?
Alternativas
Respostas
41: A
42: E
43: B
44: D
45: C
46: E
47: A
48: B
49: B
50: A
51: B
52: D
53: A
54: B
55: C
56: A
57: B
58: C
59: E
60: A