Questões de Concurso
Para técnico em agropecuária
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A aplicação de herbicidas na cultura de soja deve ser realizada em ambiente com umidade relativa do ar inferior a 60%. Por esse motivo, deve ser evitada a aplicação de herbicidas pós-emergentes na ocorrência de grande quantidade de orvalho ou imediatamente após chuva.
Duas aplicações sequenciais de herbicidas, com intervalos de cinco a quinze dias e com o parcelamento da dose total, podem trazer benefícios em casos específicos, melhorando o desempenho dos produtos pós-emergentes, além de poder, em certas situações, reduzir custos.
O aumento da velocidade de semeadura do milho de 5 km/h para 10 km/h pode implicar perdas no rendimento da safra. Com plantadoras a disco, predominantes no mercado brasileiro, é possível realizar uma boa operação de plantio com velocidades de até 10 km/h, desde que as condições de topografia do terreno, umidade e textura do solo permitam operar nessa velocidade.
Para facilitar a mistura do herbicida trifluralin com o solo e evitar perdas por volatização e fotodecomposição, o solo deve estar livre de torrões e, preferencialmente, com umidade alta.
Ao realizar-se, na entressafra, o manejo de plantas invasoras como o capim-amargoso e o capim-brachiaria, deve-se optar pela utilização de glyphosate. É recomendado, porém, que seja primeiramente efetuada a remoção mecânica da folhagem velha, forçando, assim, a rebrota intensa das plantas invasoras, que devem ter pelo menos 30 cm de altura no momento da utilização dos herbicidas.
I - Necessita de pequenas áreas, é de ciclo curto, exige pequenos valores de capital inicial e de recursos para custeio.
II - O aumento da população nas colmeias racionais é diretamente proporcional à produtividade no apiário no ciclo inteiro de uma rainha.
III - A utilização de uma colmeia Langstroth permite um melhor manejo ao apicultor, ainda que as abelhas não tenham conforto e segurança.
IV - Vestimenta é o mais importante equipamento do apicultor, que deve ser nas cores escuras, pois diminuem a defensibilidade das abelhas.
Está(Estão) correto(s) o(s) item(itens)
( ) Superfície de solo exposta que forma um ângulo com a superfície horizontal. ( ) Inclinação vertical do eixo da estrada, formando os aclives e declives ajustados por uma curva de concordância vertical. ( ) Demarcação no terreno da linha-mestra da futura estrada. ( ) Diferença de altura entre dois pontos, expressa em porcentagem. Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.
( ) Os primórdios da inflorescência masculina ocorrem entre os estágios V5 e V7 (na escala de Ritchie).
( ) Os milhos híbridos prolíficos são aqueles que produzem mais de uma espiga produtiva no colmo principal.
( ) A primeira flor a se diferenciar no milho é a feminina.
( ) A calagem do solo tem pouca influência sobre a produtividade.
( ) O número de fileiras de grãos no milho é sempre de forma pareada.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
1. Depois de instalados sistemas de irrigação, torna-se necessário avaliar e calibrar os equipamentos, para garantir boa eficiência do sistema.
2. Sistemas de irrigação por aspersão utilizam mangueiras de gotejamento, para aumentar sua eficiência.
3. A drenagem de terras agrícolas pode ser dividida em duas grandes classes: drenagem superficial e drenagem do solo, também chamada de “drenagem propriamente dita”.
4. A drenagem de terras agrícolas pode ser definida como o processo de remoção do excesso de água dos solos, de modo que lhes dê condições de aeração, estruturação e resistência, a fim de torná-los viáveis à exploração agrícola.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Este ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo exige que prestemos alguma atenção à natureza – essa natureza que não presta atenção em nós. Abrindo a janela matinal, o cronista reparou no firmamento, que seria de uma safira impecável se não houvesse a longa barra de névoa a toldar a linha entre céu e chão – névoa baixa e seca, hostil aos aviões. Pousou a vista, depois, nas árvores que algum remoto prefeito deu à rua, e que ainda ninguém se lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições mais urgentes. Estavam todas verdes menos uma. Uma que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, companheira mais chegada de um homem e sua vida, espécie de anjo vegetal proposto ao seu destino.
Essa árvore de certo modo incorporada aos bens pessoais, alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, sem que a molestem, e a luz crua do projetor, a dois passos, a impediria talvez de dormir, se ela fosse mais nova. Às terças, pela manhã, o feirante nela encosta sua barraca, e, ao entardecer, cada dia, garotos procuram subir-lhe o tronco. Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore madura e magra, que já viu muita chuva, muito cortejo de casamento, muitos enterros, e serve há longos anos à necessidade de sombra que têm os amantes de rua, e mesmo a outras precisões mais humildes de cãezinhos transeuntes.
Todas estavam ainda verdes, mas essa ostentava algumas folhas amarelas e outras já estriadas de vermelho, numa gradação fantasista que chegava mesmo até o marrom – cor final de decomposição, depois da qual as folhas caem. Pequenas amêndoas atestavam o seu esforço, e também elas se preparavam para ganhar coloração dourada e, por sua vez, completado o ciclo, tombar sobre o meio-fio, se não as colhe algum moleque apreciador do seu azedinho. E como o cronista lhe perguntasse – fala, amendoeira – por que fugia ao rito de suas irmãs, adotando vestes assim particulares, a árvore pareceu explicar-lhe:
– Não vês? Começo a outonear. É 21 de março, data em que as folhinhas assinalam o equinócio do outono. Cumpro meu dever de árvore, embora minhas irmãs não respeitem as estações.
– E vais outoneando sozinha?
– Na medida do possível. Anda tudo muito desorganizado, e, como deves notar, trago comigo um resto de verão, uma antecipação de primavera e mesmo, se reparares bem neste ventinho que me fustiga pela madrugada, uma suspeita de inverno.
– Somos todos assim.
– Os homens, não. Em ti, por exemplo, o outono é manifesto e exclusivo. Acho-te bem outonal, meu filho, e teu trabalho é exatamente o que os autores chamam de outonada: são frutos colhidos numa hora da vida que já não é clara, mas ainda não se dilui em treva. Repara que o outono é mais estação da alma que da natureza.
– Não me entristeças.
– Não, querido, sou tua árvore da guarda e simbolizo teu outono pessoal. Quero apenas que te outonizes com paciência e doçura. O dardo de luz fere menos, a chuva dá às frutas seu definitivo sabor. As folhas caem, é certo, e os cabelos também, mas há alguma coisa de gracioso em tudo isso: parábolas, ritmos, tons suaves... Outoniza-te com dignidade, meu velho.
(Carlos Drummond de Andrade)
Na última frase do texto, o verbo foi empregado no:
Este ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo exige que prestemos alguma atenção à natureza – essa natureza que não presta atenção em nós. Abrindo a janela matinal, o cronista reparou no firmamento, que seria de uma safira impecável se não houvesse a longa barra de névoa a toldar a linha entre céu e chão – névoa baixa e seca, hostil aos aviões. Pousou a vista, depois, nas árvores que algum remoto prefeito deu à rua, e que ainda ninguém se lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições mais urgentes. Estavam todas verdes menos uma. Uma que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, companheira mais chegada de um homem e sua vida, espécie de anjo vegetal proposto ao seu destino.
Essa árvore de certo modo incorporada aos bens pessoais, alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, sem que a molestem, e a luz crua do projetor, a dois passos, a impediria talvez de dormir, se ela fosse mais nova. Às terças, pela manhã, o feirante nela encosta sua barraca, e, ao entardecer, cada dia, garotos procuram subir-lhe o tronco. Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore madura e magra, que já viu muita chuva, muito cortejo de casamento, muitos enterros, e serve há longos anos à necessidade de sombra que têm os amantes de rua, e mesmo a outras precisões mais humildes de cãezinhos transeuntes.
Todas estavam ainda verdes, mas essa ostentava algumas folhas amarelas e outras já estriadas de vermelho, numa gradação fantasista que chegava mesmo até o marrom – cor final de decomposição, depois da qual as folhas caem. Pequenas amêndoas atestavam o seu esforço, e também elas se preparavam para ganhar coloração dourada e, por sua vez, completado o ciclo, tombar sobre o meio-fio, se não as colhe algum moleque apreciador do seu azedinho. E como o cronista lhe perguntasse – fala, amendoeira – por que fugia ao rito de suas irmãs, adotando vestes assim particulares, a árvore pareceu explicar-lhe:
– Não vês? Começo a outonear. É 21 de março, data em que as folhinhas assinalam o equinócio do outono. Cumpro meu dever de árvore, embora minhas irmãs não respeitem as estações.
– E vais outoneando sozinha?
– Na medida do possível. Anda tudo muito desorganizado, e, como deves notar, trago comigo um resto de verão, uma antecipação de primavera e mesmo, se reparares bem neste ventinho que me fustiga pela madrugada, uma suspeita de inverno.
– Somos todos assim.
– Os homens, não. Em ti, por exemplo, o outono é manifesto e exclusivo. Acho-te bem outonal, meu filho, e teu trabalho é exatamente o que os autores chamam de outonada: são frutos colhidos numa hora da vida que já não é clara, mas ainda não se dilui em treva. Repara que o outono é mais estação da alma que da natureza.
– Não me entristeças.
– Não, querido, sou tua árvore da guarda e simbolizo teu outono pessoal. Quero apenas que te outonizes com paciência e doçura. O dardo de luz fere menos, a chuva dá às frutas seu definitivo sabor. As folhas caem, é certo, e os cabelos também, mas há alguma coisa de gracioso em tudo isso: parábolas, ritmos, tons suaves... Outoniza-te com dignidade, meu velho.
(Carlos Drummond de Andrade)
Por que o “outono é mais estação da alma que da natureza”?