Questões de Concurso Para revisor de texto

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Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791666 Português

Texto 3 para responder as questões de 36 a 41.



1 Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, várias
questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos
votos trouxesse a menor alteração aos espíritos. A casa ficava
4 no morro de Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a
velas, cuja luz fundia-se misteriosamente com o luar que vinha
de fora. Entre a cidade, com as suas agitações e aventuras, e o
7 céu, em que as estrelas pestanejavam, através de uma
atmosfera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou
cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo
10 amigavelmente os mais árduos problemas do universo.
Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram quatro os
que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto
13 personagem, calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no
debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação.
Esse homem tinha a mesma idade dos companheiros, entre 45
16 anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não sem
instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico. Não discutia
nunca; e defendia-se da abstenção com um paradoxo, dizendo
19 que a discussão é a forma polida do instinto batalhador, que jaz
no homem, como uma herança bestial; e acrescentava que os
serafins e os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a
22 perfeição espiritual e eterna.


ASSIS, Machado de. O espelho, esboço de uma nova teoria da alma humana. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento), com adaptações.

Considerando os elementos semânticos do texto, é correto afirmar que, no contexto apresentado, o termo “espórtula” (linha 13) equivale ao vocábulo

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791665 Português

Texto 3 para responder as questões de 36 a 41.



1 Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, várias
questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos
votos trouxesse a menor alteração aos espíritos. A casa ficava
4 no morro de Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a
velas, cuja luz fundia-se misteriosamente com o luar que vinha
de fora. Entre a cidade, com as suas agitações e aventuras, e o
7 céu, em que as estrelas pestanejavam, através de uma
atmosfera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou
cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo
10 amigavelmente os mais árduos problemas do universo.
Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram quatro os
que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto
13 personagem, calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no
debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação.
Esse homem tinha a mesma idade dos companheiros, entre 45
16 anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não sem
instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico. Não discutia
nunca; e defendia-se da abstenção com um paradoxo, dizendo
19 que a discussão é a forma polida do instinto batalhador, que jaz
no homem, como uma herança bestial; e acrescentava que os
serafins e os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a
22 perfeição espiritual e eterna.


ASSIS, Machado de. O espelho, esboço de uma nova teoria da alma humana. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento), com adaptações.

Quanto ao emprego das classes gramaticais no texto, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, substantivo, adjetivo, conjunção e advérbio.

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791664 Português

Texto 3 para responder as questões de 36 a 41.



1 Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, várias
questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos
votos trouxesse a menor alteração aos espíritos. A casa ficava
4 no morro de Santa Teresa, a sala era pequena, alumiada a
velas, cuja luz fundia-se misteriosamente com o luar que vinha
de fora. Entre a cidade, com as suas agitações e aventuras, e o
7 céu, em que as estrelas pestanejavam, através de uma
atmosfera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou
cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo
10 amigavelmente os mais árduos problemas do universo.
Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram quatro os
que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto
13 personagem, calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no
debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação.
Esse homem tinha a mesma idade dos companheiros, entre 45
16 anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não sem
instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico. Não discutia
nunca; e defendia-se da abstenção com um paradoxo, dizendo
19 que a discussão é a forma polida do instinto batalhador, que jaz
no homem, como uma herança bestial; e acrescentava que os
serafins e os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a
22 perfeição espiritual e eterna.


ASSIS, Machado de. O espelho, esboço de uma nova teoria da alma humana. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento), com adaptações.

Mediante a leitura desse fragmento do conto de Machado de Assis, infere-se que

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791663 Português

Texto 2 para responder as questões de 33 a 35.



1 A literatura mineira se desenvolveu ainda no século
18, quando Vila Rica, atual Ouro Preto, tornou-se centro
econômico e político da então Colônia Portuguesa,
4 formando a primeira geração literária brasileira. Na época
do ouro, os poetas árcades, como Tomás Antônio Gonzaga,
Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa, se
7 inspiravam na paisagem local e em ideais bucólicos. Mas
alguns deles acabaram se envolvendo na questão política da
região que eclodiu na Inconfidência Mineira, no fim do
10 século.
Já no século 19, no Romantismo e, depois, no
Simbolismo, surgem expoentes mineiros como Bernardo
13 Guimarães e Alphonsus de Guimaraens, respectivamente.
O século 20, desde seu início, é marcado pela volta de
Minas ao cenário literário nacional com grande projeção.
16 Um dos grandes marcos é a produção literária de Carlos
Drummond de Andrade, nascido em Itabira, no ano de
1902. Formado em farmácia - por insistência da família - o
19 escritor se uniu a outros autores, entre eles Emílio Moura, e
fundou A Revista para divulgar o Modernismo no Brasil.
Uma das principais temáticas do autor é sua terra natal. Só
22 mineiros sabem. E não dizem nem a si mesmos o
23 irrevelável segredo chamado Minas.


Disponível em: < https://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/ governomg/conheca-minas/5658- literatura/5146/5044 >. Acesso em: 30 ago. 2015, com adaptações.

Assinale a alternativa cujo termo sublinhado representa adjunto adnominal da oração.

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791662 Português

Texto 2 para responder as questões de 33 a 35.



1 A literatura mineira se desenvolveu ainda no século
18, quando Vila Rica, atual Ouro Preto, tornou-se centro
econômico e político da então Colônia Portuguesa,
4 formando a primeira geração literária brasileira. Na época
do ouro, os poetas árcades, como Tomás Antônio Gonzaga,
Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa, se
7 inspiravam na paisagem local e em ideais bucólicos. Mas
alguns deles acabaram se envolvendo na questão política da
região que eclodiu na Inconfidência Mineira, no fim do
10 século.
Já no século 19, no Romantismo e, depois, no
Simbolismo, surgem expoentes mineiros como Bernardo
13 Guimarães e Alphonsus de Guimaraens, respectivamente.
O século 20, desde seu início, é marcado pela volta de
Minas ao cenário literário nacional com grande projeção.
16 Um dos grandes marcos é a produção literária de Carlos
Drummond de Andrade, nascido em Itabira, no ano de
1902. Formado em farmácia - por insistência da família - o
19 escritor se uniu a outros autores, entre eles Emílio Moura, e
fundou A Revista para divulgar o Modernismo no Brasil.
Uma das principais temáticas do autor é sua terra natal. Só
22 mineiros sabem. E não dizem nem a si mesmos o
23 irrevelável segredo chamado Minas.


Disponível em: < https://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/ governomg/conheca-minas/5658- literatura/5146/5044 >. Acesso em: 30 ago. 2015, com adaptações.

No trecho “Já no século 19, no Romantismo e, depois, no Simbolismo, surgem expoentes mineiros como Bernardo Guimarães e Alphonsus de Guimaraens, respectivamente.” (linhas de 11 a 13), o sujeito é

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791661 Português

Texto 2 para responder as questões de 33 a 35.



1 A literatura mineira se desenvolveu ainda no século
18, quando Vila Rica, atual Ouro Preto, tornou-se centro
econômico e político da então Colônia Portuguesa,
4 formando a primeira geração literária brasileira. Na época
do ouro, os poetas árcades, como Tomás Antônio Gonzaga,
Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa, se
7 inspiravam na paisagem local e em ideais bucólicos. Mas
alguns deles acabaram se envolvendo na questão política da
região que eclodiu na Inconfidência Mineira, no fim do
10 século.
Já no século 19, no Romantismo e, depois, no
Simbolismo, surgem expoentes mineiros como Bernardo
13 Guimarães e Alphonsus de Guimaraens, respectivamente.
O século 20, desde seu início, é marcado pela volta de
Minas ao cenário literário nacional com grande projeção.
16 Um dos grandes marcos é a produção literária de Carlos
Drummond de Andrade, nascido em Itabira, no ano de
1902. Formado em farmácia - por insistência da família - o
19 escritor se uniu a outros autores, entre eles Emílio Moura, e
fundou A Revista para divulgar o Modernismo no Brasil.
Uma das principais temáticas do autor é sua terra natal. Só
22 mineiros sabem. E não dizem nem a si mesmos o
23 irrevelável segredo chamado Minas.


Disponível em: < https://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/ governomg/conheca-minas/5658- literatura/5146/5044 >. Acesso em: 30 ago. 2015, com adaptações.

Com relação à pontuação de orações do texto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791660 Português

Texto 1 para responder as questões de 31 a 32.   


       Saber Viver 

1   Não sei... Se a vida é curta 
     Ou longa demais pra nós, 
     Mas sei que nada do que vivemos 
4   Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. 

5   Muitas vezes basta ser: 
     Colo que acolhe, 
     Braço que envolve, 
8   Palavra que conforta, 
     Silêncio que respeita, 
     Alegria que contagia, 
11 Lágrima que corre, 
     Olhar que acaricia, 
     Desejo que sacia, 
14 Amor que promove. 

15 E isso não é coisa de outro mundo, 
     É o que dá sentido à vida. 
     É o que faz com que ela 
18 Não seja nem curta, 
     Nem longa demais, 
     Mas que seja intensa, 
21 Verdadeira, pura... Enquanto durar. 


CORALINA, Cora. Disponível em: < http://www.luso-poemas.net/ >. Acesso em: 29 set. 2015.

Com relação à estrutura do texto, na segunda estrofe do poema, o vocábulo “que”, em todas as ocorrências, exerce a função de

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791659 Português

Texto 1 para responder as questões de 31 a 32.   


       Saber Viver 

1   Não sei... Se a vida é curta 
     Ou longa demais pra nós, 
     Mas sei que nada do que vivemos 
4   Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. 

5   Muitas vezes basta ser: 
     Colo que acolhe, 
     Braço que envolve, 
8   Palavra que conforta, 
     Silêncio que respeita, 
     Alegria que contagia, 
11 Lágrima que corre, 
     Olhar que acaricia, 
     Desejo que sacia, 
14 Amor que promove. 

15 E isso não é coisa de outro mundo, 
     É o que dá sentido à vida. 
     É o que faz com que ela 
18 Não seja nem curta, 
     Nem longa demais, 
     Mas que seja intensa, 
21 Verdadeira, pura... Enquanto durar. 


CORALINA, Cora. Disponível em: < http://www.luso-poemas.net/ >. Acesso em: 29 set. 2015.

Com base na leitura do poema, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791614 Matemática

Quilates (K) é a unidade de medida da proporção de ouro em uma liga de metal. Como o 24 quilates é de 99,9% de ouro, sua composição é a mais próxima do ouro puro. Ouro 24 quilates é macio, mas resistente, nunca manchará e é hipoalergênico. Ouro 18 quilates, ou 75%, é combinado com outros metais, sendo assim mais forte que ouro de 24 quilates. No entanto, isso pode fazer com que a liga se manche e cause reações alérgicas em uma pele sensível. Ouro 18 quilates é quase sempre de valor inferior ao de 24 quilates, já que os preços são fundamentados na pureza do metal.


Disponível em: < www.ehow.com.br/diferenca-precos-ouro-18-quilates-24- quilates-sobre_264101/ >. Acesso em: 26 ago. 2015, com adaptações.


Para facilitar a tabela de preços, um joalheiro estipulou os preços das joias em valores diretamente proporcionais à porcentagem de ouro. Nessa situação hipotética, uma peça fabricada em ouro 24 quilates é vendida por R$ 3.000,00, então, se fabricada em ouro 18 quilates, deverá ser vendida por

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Revisor |
Q2791612 Matemática

Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: < www.google.com.br/maps >. Acesso em: 26 ago. 2015.


Com o objetivo de representar a trajetória de um avião ultraleve entre as cidades de Ribeirão das Neves e Nova Lima, o piloto traçou o segmento de reta sobre o desenho do mapa. Sabendo que a escala utilizada foi 1: 500 000 e o comprimento desse segmento é 8 cm, é correto afirmar que a distância, em linha reta, em quilômetros (Km), entre as duas cidades é

Alternativas
Q2779296 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 54 a 59.

O paulista Monteiro Lobato (1882-1948) não foi apenas um grande escritor, foi também um editor pioneiro no Brasil com a Cia. Editora Nacional, portanto, uma autoridade em matéria de livros, dominando desde a concepção do texto até o produto acabado na prateleira. Invoco sua figura para falar da coisa mais banal e nem por isso menos dramática quando se trata de escrever e publicar: o erro de revisão. Duas semanas atrás quase perdi o sono ao deixar sair aqui uma crônica com quatro sacis gritantes − quatro erros de digitação que o paginador Fábio Oliveira, assim que solicitado, me fez o imenso favor de eliminar. Falando certa vez a respeito dessa tragédia também conhecida como gralha ou pastel e que, no seu tempo, ainda se chamava erro tipográfico, Lobato assim se manifestou: “A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar”.

Se é assim com o livro, produto de elaboração demorada que comumente é lido e relido muitas vezes e por muitos olhos antes de ser impresso, o que dizer do texto jornalístico, que hoje se escreve e se publica quase simultaneamente no meio digital? Embora em geral curto, o texto de jornal nem por isso está menos sujeito ao acúmulo de gralhas. Algum tempo atrás, ao falar da obrigação de rever a própria escrita em sua coluna em O Globo, Elio Gaspari empregou o advérbio perfeito ao dizer que lera e relera aquele trabalho “piedosamente” antes de autorizar sua publicação. O termo supõe a ideia de penitência, daí sua exatidão, porque se o trabalho de escrever pode ser penoso ou gratificante, rever o próprio texto é sempre uma penitência. E uma penitência cada vez mais inevitável, já que a figura do revisor parece fadada a desaparecer das redações, se é que já não desapareceu.

E não é somente grande pena que esse animal indispensável esteja em risco de extinção, o seu fim seria também a consumação de uma eterna injustiça, porque injustiçado ele tem sido desde sempre. Falo com a autoridade de quem já reviu muito texto alheio durante muito tempo. O revisor é aquele profissional que acerta milhões de vezes, sem merecer um único elogio, mas no dia em que deixa passar um só erro ele é prontamente chamado de incompetente.

Deve ser por isso que José Saramago, certamente um bom conhecedor das agruras da profissão, criou a figura impagável daquele revisor chamado Raimundo Silva no romance História do Cerco de Lisboa. Tendo passado uma vida inteira num trabalho apagado e obscuro, um belo dia Raimundo Silva resolve acrescentar uma simples palavra − “não” − ao texto que está a revisar, e com isso muda completamente os rumos de toda uma história. Bem feito.

(MOREIRA, Eliezer. “Revisão de texto, uma penitência”, O Mirante, 13/06/2016)

As frases abaixo foram adaptadas do romance História do Cerco de Lisboa, de José Saramago. Está correta a redação do que se encontra em:

Alternativas
Q2779295 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 54 a 59.

O paulista Monteiro Lobato (1882-1948) não foi apenas um grande escritor, foi também um editor pioneiro no Brasil com a Cia. Editora Nacional, portanto, uma autoridade em matéria de livros, dominando desde a concepção do texto até o produto acabado na prateleira. Invoco sua figura para falar da coisa mais banal e nem por isso menos dramática quando se trata de escrever e publicar: o erro de revisão. Duas semanas atrás quase perdi o sono ao deixar sair aqui uma crônica com quatro sacis gritantes − quatro erros de digitação que o paginador Fábio Oliveira, assim que solicitado, me fez o imenso favor de eliminar. Falando certa vez a respeito dessa tragédia também conhecida como gralha ou pastel e que, no seu tempo, ainda se chamava erro tipográfico, Lobato assim se manifestou: “A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar”.

Se é assim com o livro, produto de elaboração demorada que comumente é lido e relido muitas vezes e por muitos olhos antes de ser impresso, o que dizer do texto jornalístico, que hoje se escreve e se publica quase simultaneamente no meio digital? Embora em geral curto, o texto de jornal nem por isso está menos sujeito ao acúmulo de gralhas. Algum tempo atrás, ao falar da obrigação de rever a própria escrita em sua coluna em O Globo, Elio Gaspari empregou o advérbio perfeito ao dizer que lera e relera aquele trabalho “piedosamente” antes de autorizar sua publicação. O termo supõe a ideia de penitência, daí sua exatidão, porque se o trabalho de escrever pode ser penoso ou gratificante, rever o próprio texto é sempre uma penitência. E uma penitência cada vez mais inevitável, já que a figura do revisor parece fadada a desaparecer das redações, se é que já não desapareceu.

E não é somente grande pena que esse animal indispensável esteja em risco de extinção, o seu fim seria também a consumação de uma eterna injustiça, porque injustiçado ele tem sido desde sempre. Falo com a autoridade de quem já reviu muito texto alheio durante muito tempo. O revisor é aquele profissional que acerta milhões de vezes, sem merecer um único elogio, mas no dia em que deixa passar um só erro ele é prontamente chamado de incompetente.

Deve ser por isso que José Saramago, certamente um bom conhecedor das agruras da profissão, criou a figura impagável daquele revisor chamado Raimundo Silva no romance História do Cerco de Lisboa. Tendo passado uma vida inteira num trabalho apagado e obscuro, um belo dia Raimundo Silva resolve acrescentar uma simples palavra − “não” − ao texto que está a revisar, e com isso muda completamente os rumos de toda uma história. Bem feito.

(MOREIRA, Eliezer. “Revisão de texto, uma penitência”, O Mirante, 13/06/2016)

Com a frase Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar, Monteiro Lobato,

Alternativas
Q2779294 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 54 a 59.

O paulista Monteiro Lobato (1882-1948) não foi apenas um grande escritor, foi também um editor pioneiro no Brasil com a Cia. Editora Nacional, portanto, uma autoridade em matéria de livros, dominando desde a concepção do texto até o produto acabado na prateleira. Invoco sua figura para falar da coisa mais banal e nem por isso menos dramática quando se trata de escrever e publicar: o erro de revisão. Duas semanas atrás quase perdi o sono ao deixar sair aqui uma crônica com quatro sacis gritantes − quatro erros de digitação que o paginador Fábio Oliveira, assim que solicitado, me fez o imenso favor de eliminar. Falando certa vez a respeito dessa tragédia também conhecida como gralha ou pastel e que, no seu tempo, ainda se chamava erro tipográfico, Lobato assim se manifestou: “A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar”.

Se é assim com o livro, produto de elaboração demorada que comumente é lido e relido muitas vezes e por muitos olhos antes de ser impresso, o que dizer do texto jornalístico, que hoje se escreve e se publica quase simultaneamente no meio digital? Embora em geral curto, o texto de jornal nem por isso está menos sujeito ao acúmulo de gralhas. Algum tempo atrás, ao falar da obrigação de rever a própria escrita em sua coluna em O Globo, Elio Gaspari empregou o advérbio perfeito ao dizer que lera e relera aquele trabalho “piedosamente” antes de autorizar sua publicação. O termo supõe a ideia de penitência, daí sua exatidão, porque se o trabalho de escrever pode ser penoso ou gratificante, rever o próprio texto é sempre uma penitência. E uma penitência cada vez mais inevitável, já que a figura do revisor parece fadada a desaparecer das redações, se é que já não desapareceu.

E não é somente grande pena que esse animal indispensável esteja em risco de extinção, o seu fim seria também a consumação de uma eterna injustiça, porque injustiçado ele tem sido desde sempre. Falo com a autoridade de quem já reviu muito texto alheio durante muito tempo. O revisor é aquele profissional que acerta milhões de vezes, sem merecer um único elogio, mas no dia em que deixa passar um só erro ele é prontamente chamado de incompetente.

Deve ser por isso que José Saramago, certamente um bom conhecedor das agruras da profissão, criou a figura impagável daquele revisor chamado Raimundo Silva no romance História do Cerco de Lisboa. Tendo passado uma vida inteira num trabalho apagado e obscuro, um belo dia Raimundo Silva resolve acrescentar uma simples palavra − “não” − ao texto que está a revisar, e com isso muda completamente os rumos de toda uma história. Bem feito.

(MOREIRA, Eliezer. “Revisão de texto, uma penitência”, O Mirante, 13/06/2016)

A respeito do segmento sublinhado, em E uma penitência cada vez mais inevitável, já que a figura do revisor parece fadada a desaparecer das redações, se é que já não desapareceu, é correto afirmar que é oração

Alternativas
Q2779293 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 54 a 59.

O paulista Monteiro Lobato (1882-1948) não foi apenas um grande escritor, foi também um editor pioneiro no Brasil com a Cia. Editora Nacional, portanto, uma autoridade em matéria de livros, dominando desde a concepção do texto até o produto acabado na prateleira. Invoco sua figura para falar da coisa mais banal e nem por isso menos dramática quando se trata de escrever e publicar: o erro de revisão. Duas semanas atrás quase perdi o sono ao deixar sair aqui uma crônica com quatro sacis gritantes − quatro erros de digitação que o paginador Fábio Oliveira, assim que solicitado, me fez o imenso favor de eliminar. Falando certa vez a respeito dessa tragédia também conhecida como gralha ou pastel e que, no seu tempo, ainda se chamava erro tipográfico, Lobato assim se manifestou: “A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar”.

Se é assim com o livro, produto de elaboração demorada que comumente é lido e relido muitas vezes e por muitos olhos antes de ser impresso, o que dizer do texto jornalístico, que hoje se escreve e se publica quase simultaneamente no meio digital? Embora em geral curto, o texto de jornal nem por isso está menos sujeito ao acúmulo de gralhas. Algum tempo atrás, ao falar da obrigação de rever a própria escrita em sua coluna em O Globo, Elio Gaspari empregou o advérbio perfeito ao dizer que lera e relera aquele trabalho “piedosamente” antes de autorizar sua publicação. O termo supõe a ideia de penitência, daí sua exatidão, porque se o trabalho de escrever pode ser penoso ou gratificante, rever o próprio texto é sempre uma penitência. E uma penitência cada vez mais inevitável, já que a figura do revisor parece fadada a desaparecer das redações, se é que já não desapareceu.

E não é somente grande pena que esse animal indispensável esteja em risco de extinção, o seu fim seria também a consumação de uma eterna injustiça, porque injustiçado ele tem sido desde sempre. Falo com a autoridade de quem já reviu muito texto alheio durante muito tempo. O revisor é aquele profissional que acerta milhões de vezes, sem merecer um único elogio, mas no dia em que deixa passar um só erro ele é prontamente chamado de incompetente.

Deve ser por isso que José Saramago, certamente um bom conhecedor das agruras da profissão, criou a figura impagável daquele revisor chamado Raimundo Silva no romance História do Cerco de Lisboa. Tendo passado uma vida inteira num trabalho apagado e obscuro, um belo dia Raimundo Silva resolve acrescentar uma simples palavra − “não” − ao texto que está a revisar, e com isso muda completamente os rumos de toda uma história. Bem feito.

(MOREIRA, Eliezer. “Revisão de texto, uma penitência”, O Mirante, 13/06/2016)

O segmento sublinhado que expressa ideia de consequência encontra-se em:

Alternativas
Q2779291 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 54 a 59.

O paulista Monteiro Lobato (1882-1948) não foi apenas um grande escritor, foi também um editor pioneiro no Brasil com a Cia. Editora Nacional, portanto, uma autoridade em matéria de livros, dominando desde a concepção do texto até o produto acabado na prateleira. Invoco sua figura para falar da coisa mais banal e nem por isso menos dramática quando se trata de escrever e publicar: o erro de revisão. Duas semanas atrás quase perdi o sono ao deixar sair aqui uma crônica com quatro sacis gritantes − quatro erros de digitação que o paginador Fábio Oliveira, assim que solicitado, me fez o imenso favor de eliminar. Falando certa vez a respeito dessa tragédia também conhecida como gralha ou pastel e que, no seu tempo, ainda se chamava erro tipográfico, Lobato assim se manifestou: “A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar”.

Se é assim com o livro, produto de elaboração demorada que comumente é lido e relido muitas vezes e por muitos olhos antes de ser impresso, o que dizer do texto jornalístico, que hoje se escreve e se publica quase simultaneamente no meio digital? Embora em geral curto, o texto de jornal nem por isso está menos sujeito ao acúmulo de gralhas. Algum tempo atrás, ao falar da obrigação de rever a própria escrita em sua coluna em O Globo, Elio Gaspari empregou o advérbio perfeito ao dizer que lera e relera aquele trabalho “piedosamente” antes de autorizar sua publicação. O termo supõe a ideia de penitência, daí sua exatidão, porque se o trabalho de escrever pode ser penoso ou gratificante, rever o próprio texto é sempre uma penitência. E uma penitência cada vez mais inevitável, já que a figura do revisor parece fadada a desaparecer das redações, se é que já não desapareceu.

E não é somente grande pena que esse animal indispensável esteja em risco de extinção, o seu fim seria também a consumação de uma eterna injustiça, porque injustiçado ele tem sido desde sempre. Falo com a autoridade de quem já reviu muito texto alheio durante muito tempo. O revisor é aquele profissional que acerta milhões de vezes, sem merecer um único elogio, mas no dia em que deixa passar um só erro ele é prontamente chamado de incompetente.

Deve ser por isso que José Saramago, certamente um bom conhecedor das agruras da profissão, criou a figura impagável daquele revisor chamado Raimundo Silva no romance História do Cerco de Lisboa. Tendo passado uma vida inteira num trabalho apagado e obscuro, um belo dia Raimundo Silva resolve acrescentar uma simples palavra − “não” − ao texto que está a revisar, e com isso muda completamente os rumos de toda uma história. Bem feito.

(MOREIRA, Eliezer. “Revisão de texto, uma penitência”, O Mirante, 13/06/2016)

Na frase Se é assim com o livro, produto de elaboração demorada que comumente é lido e relido muitas vezes e por muitos olhos antes de ser impresso, o que dizer do texto jornalístico, que hoje se escreve e se publica quase simultaneamente no meio digital?, o termo sublinhado,

Alternativas
Q2779290 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 54 a 59.

O paulista Monteiro Lobato (1882-1948) não foi apenas um grande escritor, foi também um editor pioneiro no Brasil com a Cia. Editora Nacional, portanto, uma autoridade em matéria de livros, dominando desde a concepção do texto até o produto acabado na prateleira. Invoco sua figura para falar da coisa mais banal e nem por isso menos dramática quando se trata de escrever e publicar: o erro de revisão. Duas semanas atrás quase perdi o sono ao deixar sair aqui uma crônica com quatro sacis gritantes − quatro erros de digitação que o paginador Fábio Oliveira, assim que solicitado, me fez o imenso favor de eliminar. Falando certa vez a respeito dessa tragédia também conhecida como gralha ou pastel e que, no seu tempo, ainda se chamava erro tipográfico, Lobato assim se manifestou: “A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar”.

Se é assim com o livro, produto de elaboração demorada que comumente é lido e relido muitas vezes e por muitos olhos antes de ser impresso, o que dizer do texto jornalístico, que hoje se escreve e se publica quase simultaneamente no meio digital? Embora em geral curto, o texto de jornal nem por isso está menos sujeito ao acúmulo de gralhas. Algum tempo atrás, ao falar da obrigação de rever a própria escrita em sua coluna em O Globo, Elio Gaspari empregou o advérbio perfeito ao dizer que lera e relera aquele trabalho “piedosamente” antes de autorizar sua publicação. O termo supõe a ideia de penitência, daí sua exatidão, porque se o trabalho de escrever pode ser penoso ou gratificante, rever o próprio texto é sempre uma penitência. E uma penitência cada vez mais inevitável, já que a figura do revisor parece fadada a desaparecer das redações, se é que já não desapareceu.

E não é somente grande pena que esse animal indispensável esteja em risco de extinção, o seu fim seria também a consumação de uma eterna injustiça, porque injustiçado ele tem sido desde sempre. Falo com a autoridade de quem já reviu muito texto alheio durante muito tempo. O revisor é aquele profissional que acerta milhões de vezes, sem merecer um único elogio, mas no dia em que deixa passar um só erro ele é prontamente chamado de incompetente.

Deve ser por isso que José Saramago, certamente um bom conhecedor das agruras da profissão, criou a figura impagável daquele revisor chamado Raimundo Silva no romance História do Cerco de Lisboa. Tendo passado uma vida inteira num trabalho apagado e obscuro, um belo dia Raimundo Silva resolve acrescentar uma simples palavra − “não” − ao texto que está a revisar, e com isso muda completamente os rumos de toda uma história. Bem feito.

(MOREIRA, Eliezer. “Revisão de texto, uma penitência”, O Mirante, 13/06/2016)

De acordo com o texto,

Alternativas
Q2779289 Português

Em relação ao discurso político:

Alternativas
Q2779287 Redação Oficial

A respeito da redação parlamentar:

Alternativas
Q2779286 Português

Sobre os processos de revisão e normalização de textos, é correto afirmar:

Alternativas
Q2779285 Português

Considerando a teoria a respeito da elaboração de resenhas:

Alternativas
Respostas
41: D
42: A
43: B
44: E
45: A
46: E
47: D
48: C
49: E
50: D
51: D
52: B
53: A
54: B
55: C
56: D
57: E
58: A
59: D
60: E