Questões de Concurso Para professor - filosofia

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Q1970760 Filosofia
Leia os dois trechos a seguir:
“Essa responsabilidade vicária por coisas que não fizemos, esse assumir as consequências por atos de que somos inteiramente inocentes, é o preço que pagamos pelo fato de levarmos a nossa vida não conosco mesmos, mas entre nossos semelhantes, e de que a faculdade política par excellence, só pode ser tornada real numa das muitas e múltiplas formas de comunidade humana.” (ARENDT, Hannah. Responsabilidade e Julgamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 225).
“Já existe na moral tradicional um caso de responsabilidade e obrigação elementar não recíproca (que comove profundamente o simples espectador) e que é reconhecido e praticado espontaneamente: a responsabilidade para com os filhos, que sucumbiriam se a procriação não prosseguisse por meio da precaução e da assistência.” (JONAS, Hans. O Princípio Responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006, p. 89).
A responsabilidade, segundo esses dois filósofos, deve ser tomada como princípio básico para nossas ações, cujo caráter é moral e político. Arendt e Jonas compartilham qual o entendimento sobre a responsabilidade?
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Q1970759 Filosofia
Kant distingue “sublime” de “belo” em sua reflexão sobre a estética e a arte. O sublime indica um tipo de juízo provindo de algum objeto ou evento grandioso. Por sua vez, o belo baseia-se naquelas experiências estéticas cujo juízo é fruto da reflexão, isto é, a apreciação está condicionada à nossa mente e espírito. Ambos, porém, são agradáveis por si mesmos. Sobre essa diferenciação entre “belo” e “sublime”, na estética kantiana, é FALSO dizer que:
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Q1970758 Filosofia
A ideia de Justiça é cara às sociedades contemporâneas ocidentais. Sua abordagem pode ser feita com ênfase nas reflexões sobre o indivíduo, ou priorizar o papel da comunidade. Assim, coloca-se em debate em que medida a Justiça pode se expressar na preservação da liberdade individual ou na construção de uma vida social bem sucedida. Este é um dos pontos que permeiam as discussões entre liberais e comunitaristas.
(SOUZA, P. B. O pensamento comunitarista e sua visão crítica ao liberalismo político. Disponível em: www.publicadireito. com.br/artigos/?cod=fb6e7c396949fea1. Acesso: em 01 jul 2022.)
No campo do debate contemporâneo entre liberalismo e comunitarismo, o que se apresenta como crítica dos comunitaristas ao liberalismo?
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Q1970757 Filosofia
John Locke, no Segundo tratado sobre o governo civil (1690), apresenta sua tese quanto ao que considera como autoridade e governo legítimos a partir de dois elementos principais, a lei natural e o consentimento dos indivíduos. Segundo o filósofo, a autoridade e o governo legítimos
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Q1970756 Filosofia
O homem nasceu, como já foi provado, com um direito à liberdade perfeita e em pleno gozo de todos os direitos e privilégios da lei da natureza, assim como qualquer outro homem ou grupo de homens na terra; a natureza lhe proporciona, então, não somente o poder de preservar aquilo que lhe pertence – ou seja, sua vida, sua liberdade, seus bens – contra as depredações e as tentativas de outros homens, mas de julgar e punir as infrações daquela lei em outros, quando ele está convencido que a ofensa merece, e até com a morte, em crimes em que ele considera que a atrocidade a justifica.
(LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil: ensaio sobre a origem, os limites e os fins verdadeiros do governo civil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994, p. 132).
John Locke, em sua teoria do contrato social, formula a concepção do Estado liberal, de tal modo que este parece, desde o princípio, ser justo e legítimo, uma vez que ______________. Complete a assertiva.
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Q1970755 Filosofia
Ao apresentar a figura do Soberano, Thomas Hobbes (1588-1679) assim o diz:
É nele que consiste a essência do Estado, a qual pode ser assim definida: uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum. Aquele que é portador dessa pessoa se chama Soberano, e dele se diz que possui poder soberano. Todos os restantes são súditos.
(HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural p.106. Coleção Os pensadores)
A figura do poder em Thomas Hobbes é, sobretudo, uma alusão à força do Estado, assim posto pelo filósofo como consequência de sua concepção da natureza humana. Sobre isso, assinale o item CORRETO.
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Q1970754 Filosofia
Deve-se compreender [..] que [..] aquilo que generaliza a vontade é o interesse comum que os une, pois nessa instituição cada um necessariamente se submete às condições que impõe aos outros: admirável acordo entre o interesse e a justiça, que dá às deliberações comuns um caráter de equidade que vimos desaparecer na discussão de qualquer negócio particular, pela falta de um interesse comum que una e identifique a regra do juiz à da parte. [...] Que será, pois, um ato de soberania? Não é uma convenção entre o superior e o inferior, mas uma convenção do corpo com cada um de seus membros: convenção legítima por ter como base o contrato social, equitativa por ser comum a todos, útil por não poder ter outro objetivo que não o bem geral e sólida por ter como garantia a força pública e o poder supremo.
(ROUSSEAU, J-J. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 56. Coleção Os Pensadores)
Nome recorrente entre os contratualistas, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), porém, difere de outros dois nomes consagrados nessa corrente de filósofos. Assinale o item no qual essa distinção é CORRETAMENTE indicada. 
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Q1970753 Filosofia
Comecemos, pois, por frisar que está na natureza dessas coisas o serem destruídas pela falta e pelo excesso, como se observa no referente à força e à saúde [...]. Tanto a deficiência como o excesso de exercício destroem a força; e, da mesma forma, o alimento ou a bebida que ultrapassem determinados limites, tanto para mais como para menos, destroem a saúde ao passo que, sendo tomadas nas devidas proporções, a produzem, aumentam e preservam.
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1991, p.68. Coleção Os Pensadores)
No trecho, o filósofo inicia – pelo recurso da analogia com o que se percebe quanto à saúde e à força – assinale a apresentação de um dos aspectos relevantes na caracterização da virtude:
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Q1970752 Filosofia
É reconhecidamente na religião que o ethos encontra sua expressão cultural mais antiga e mais universal. De fato, o mito e a crença aparecem como “a linguagem mais antiga da consciência moral” [...] É sabido, por outro lado, que a esfera do ethos, na sua linguagem e na sua expressão conceptual, tende historicamente a se distinguir da esfera do religioso e do sagrado, não obstante a “motivação religiosa permanecer”, talvez, a mais universal das motivações que alimentam o agir ético.
(VAZ, H. C. de L. Ética e cultura. São Paulo: Edições Loyola, 2013, p.40 e 41)
Entre os gregos antigos, desde quando o pensamento filosófico emergiu frente às narrativas e à mentalidade mitológica, observam-se algumas mudanças fundamentais. Qual mudança se deu no campo da ética? Assinale a alternativa que representa CORRETAMENTE essa mudança.
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Q1970751 Filosofia
Atomismo é a doutrina filosófica elaborada por Leucipo e desenvolvida por Demócrito e Epicuro, retomada depois pelo poeta latino Lucrécio, segundo a qual a matéria é composta de átomos, isto é, partículas elementares indivisíveis [...] eternos e possuem todos a mesma natureza, embora difiram por sua forma.
(JAPIASSU, H.; MARCODES, D. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990, p.28)
Sobre o atomismo em Demócrito (c.460-c.370 a.C.), é CORRETO afirmar que:
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Q1970750 Filosofia
No último parágrafo de sua obra Anarquia, Estado e Utopia, o filósofo estadunidense Robert Nozick (1938-2002) afirma:
O Estado mínimo trata-nos como indivíduos invioláveis, que não podem ser usados de certas maneiras por outros como meios, ferramentas, instrumentos ou recursos. Trata-nos como pessoas que têm direitos individuais, com a dignidade que isso pressupõe. Trata-nos com respeito ao acatar nossos direitos, ele nos permite, individualmente ou em conjunto com aqueles que escolhemos, determinar nosso tipo de vida, atingir nossos fins e nossas concepções de nós mesmos, na medida em que sejamos capazes disso, auxiliados pela cooperação voluntária de outros indivíduos possuidores da mesma dignidade. Como ousaria qualquer Estado ou grupo de indivíduos fazer mais, ou menos?
(NOZICK, R. Anarquia, Estado e Utopia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991, p.357 e 358)
Robert Nozick é um dos mais conhecidos filósofos liberais do século XX e sua defesa em favor de certo modelo de Estado está em harmonia com a tese liberal, particularmente da corrente libertarianista, conforme indicado no item: 
Alternativas
Q1970749 Filosofia
Desde o final do século XIX e ao longo do século XX, tanto o prestígio – social e acadêmico – da ciência quanto os problemas pertinentes ao trabalho científico – sua natureza, seus limites e método – fi zeram crescer o interessa dos filósofos pela ciência. Despontaram, assim, diferentes abordagens naquilo que chamamos filosofia da ciência, cada uma com seu arcabouço conceitual. Dentre os conceitos que se consagraram na filosofia da ciência, temos os de ciência normal e ciência extraordinária. É CORRETO afirmar que os termos em destaque integram:
Alternativas
Q1970748 Filosofia
Locke, em sua teoria do conhecimento, elabora uma classificação dos tipos de ideias que nossos sentidos produzem. Entre elas, o filósofo distingue ideias em simples e compostas (ou complexas). Dentre as ideias compostas, encontramos as ideias de substâncias. Marque a alternativa que traz a CORRETA relação entre ideias simples e complexas a partir do exemplo das ideias de substâncias. 
Alternativas
Q1970747 Filosofia
As falácias são erros presente em argumentos que comprometem, por exemplo, a validade de uma discussão. São vários os tipos de falácias e algumas são inclusive classificadas do ponto de vista linguístico como figuras de linguagem. Com base no texto: “Leo vem de uma antiga e muito tradicional família de pintores. Logo, quando crescer ele deverá ser um dos pintores mais conhecidos no mundo”. Assinale a alternativa CORRETA que apresenta essa falácia.
Alternativas
Q1970746 Filosofia
Texto 1:
Neste ensaio, “ciência normal” significa uma pesquisa estavelmente fundada sobre um ou mais resultados alcançados pela ciência do passado, aos quais uma comunidade científica particular, por certo período de tempo, reconhece a capacidade de constituir o fundamento de sua práxis posterior.
Texto 2:
Essas transformações dos paradigmas da óptica e da física constituem revoluções científicas, e a passagem sucessiva de um paradigma para outro, por meio da revolução, forma o esquema habitual de desenvolvimento de uma ciência madura. 
Qual o pensador cujas ideias são representadas pelos dois fragmentos acima é?
Alternativas
Q1970745 Filosofia
O surgimento da filosofia ocidental nas colônias do mundo grego é marcado principalmente por uma preocupação cosmológica, uma busca por compreender a origem da natureza numa perspectiva que não dependa de explicações meramente mitológicas.
No contexto do surgimento da filosofia, julgue as afirmativas abaixo e marque a alternativa CORRETA:
I - Tales havia privilegiado a água, Anaxímenes o ar, Xenófanes a terra e Heráclito o fogo. Para Empédocles, todas essas quatro substâncias mantinham-se em iguais condições como ingredientes fundamentais, ou "raízes", como ele dizia, do universo.
II - Os átomos, acreditava Diógenes, são muito pequenos para serem detectados pelos sentidos. Eles são infinitos em quantidade e aparecem sem cessar em infinitas variedades, além de terem existido desde sempre. Ao contrário dos eleatas, ele afirmava que não havia contradição em admitir a existência de um vácuo: havia um vazio, e nesse infinito espaço os átomos estavam em constante movimento, assim como os grãos de pó sob os raios de sol.
III - A descoberta dos pitagóricos de que havia uma relação entre os intervalos musicais e as razões numéricas resultou na crença de que o estudo da matemática era a chave para o entendimento da estrutura e da ordem do universo.
IV - Melisso de Samos sistematizou a doutrina eleática e caracterizou o ser como eterno, infinito, uno, igual, imutável, imóvel e incorpóreo.
V - Diógenes de Apolônia combina as teses de Tales e Anaxágoras afirmando que o princípio seja água-inteligência, de natureza infinita. 
Alternativas
Q1970744 Pedagogia
O texto abaixo apresenta uma posição do professor e filósofo Sílvio Gallo sobre o ensino de filosofia: “
(...) me parece que o desafio que está posto para nós, ao ensinar filosofia, é ensinar filosofia como um convite para que cada um dos nossos estudantes façam eles próprios no seu pensamento a sua experiência de pensamento, mas, uma experiência de pensamento que eles jamais poderiam fazer sozinhos. Eles só vão poder fazer se tiverem a oportunidade de uma ou duas horas por semana, em sala de aula, na escola, estar com um professor filósofo e que, portanto, experimenta a filosofia como atividade e que convide os estudantes a fazerem essa atividade com ele. Vejam que o que eu estou falando aqui não se trata de uma filosofia que pode ser aprendida exclusivamente nos livros, mas é uma filosofia que só pode ser aprendida por essa frequentação e é essa filosofia que do meu ponto de vista faz sentido estar na sala de aula, não como uma filosofia que simplesmente indique fórmulas que vão ser memorizadas pelos alunos, mas, uma filosofia que convide a pensar junto, que convide a fazer junto. E repito, esse pensar junto e esse fazer junto, pode ter como intervenção fundamental o texto de filosofia através do qual nós podemos acompanhar o movimento dos pensamentos dos filósofos e, ao acompanhar esse movimento, fazer o nosso próprio movimento de pensamento no nosso pensamento, com criatividade, com competência e com qualidade”.
(GALLO, Sílvio. O ensino de filosofia. Revista Trilhas Filosóficas. Ano 9. Nº 2. Jul-dez. Caicó, 2016. p. 28.)
Analisando o que apresenta Sílvio Gallo, no trecho acima, podemos AFIRMAR que:
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Q1970743 Filosofia
Marx afirma, no pósfacio da 2ª edição alemã do Capital, que:
“Meu método dialético, em seus fundamentos, não é apenas diferente do método hegeliano, mas exatamente seu oposto. Para Hegel, o processo de pensamento, que ele, sob o nome de Ideia, chega mesmo a transformar num sujeito autônomo, é o demiurgo do processo efetivo, o qual constitui apenas a manifestação externa do primeiro. Para mim, ao contrário, o ideal não é mais do que o material, transposto e traduzido na cabeça do homem. (...)
(...) A mistificação que a dialética sofre nas mãos de Hegel não impede em absoluto que ele tenha sido o primeiro a expor, de modo amplo e consciente, suas formas gerais de movimento. Nele, ela se encontra de cabeça para baixo. É preciso desvirá-la, a fim de descobrir o cerne racional dentro do invólucro místico.”
(MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro I. Tradução Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013. p.78-79)
Ao delimitar uma diferença entre sua dialética e a dialética hegeliana, Marx transporta sua dialética das ideias para a realidade social em contradição. Refletindo sobre a dialética em Marx, podemos AFIRMAR que: 
Alternativas
Q1970742 Filosofia
A dialética deixa de ser apenas método, argumentação, para ser a própria expressão do movimento do real em Hegel. Neste sentido, sobre a dialética hegeliana, podemos considerar CORRETO:  
Alternativas
Q1970741 Filosofia
“Frege hoje é tido como aquele que refez ou procurou refazer o diálogo tradicional no Ocidente (que remonta a Platão) entre filosofia e matemática nos tempos modernos. [...]
[...] Frege achou a linguagem natural incapaz de exprimir as estruturas lógicas com a precisão necessária. [...]”
OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. A reviravolta lingüístico-pragmática na Filosofia Contemporânea. São Paulo: Edições Loyola, 2006. p. 58-59.
O trabalho de Gottlob Frege marca um movimento na filosofia que desenvolve a lógica simbólica ou lógica matemática, na qual se articulou a tentativa de construção de uma linguagem artificial que pudesse exprimir com exatidão todas as formas linguísticas. Autores como Rudolf Carnap e o primeiro Wittgenstein seguiram esse propósito.
Analise as afirmações abaixo sobre lógica simbólica ou matemática e o pensamento dos autores mencionados acima e marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Respostas
1681: B
1682: C
1683: E
1684: A
1685: C
1686: D
1687: B
1688: A
1689: D
1690: E
1691: E
1692: B
1693: A
1694: C
1695: A
1696: E
1697: D
1698: B
1699: E
1700: E