Questões de Concurso
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Com base nas ideias desenvolvidas no texto anterior, julgue (C ou E) o item seguinte.
A frase “Tivemos damas das camélias em segunda mão”
(R. 13 e 14) expressa, em linguagem figurada, o que Graciliano
denomina “contrafação de literaturas estranhas” (R.34) e, como
indica o emprego da expressão “em segunda mão”, o
desapreço do autor à produção literária que revelava tal
influência.
Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, julgue (C ou E) o próximo item.
Os elementos semântico-sintáticos do fragmento de texto
apresentado são insuficientes para se depreender a referência
da expressão “mestre das Lições de Português” (R.7).
Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, julgue (C ou E) o próximo item.
O emprego da expressão explicativa “Ou seja” (R.3) no início
de período revela que, em 1995, ano de publicação do texto, já
estava em curso essa variante sintática — substituição da
vírgula que deveria isolar essa expressão por ponto final —, a
qual só recentemente foi abonada nas gramáticas normativas,
desde que, no período assim construído, esteja explícita a
oração principal.
Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, julgue (C ou E) o próximo item.
Em razão do arranjo sintático na expressão “na geração
anterior à nossa” (R.2), torna-se obrigatório o emprego do sinal
indicativo de crase, apesar de esta preceder um pronome
possessivo.
Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, julgue (C ou E) o próximo item.
Na oração ‘como lhes aprouver’ (R.20), foi empregada uma
forma flexionada do verbo aprazer, cujo radical é o mesmo
que o do adjetivo aprazível, de uso corrente na atualidade.
Com base nas ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) o item que se segue.
No texto, não há qualquer evidência de que o narrador,
possivelmente mais idoso que as demais pessoas que o
acompanham, seja usuário do produto descrito.
Com base nas ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) o item que se segue.
O texto evoca o estranhamento do narrador em relação
a jovens que não teriam qualquer razão perceptível para
usar Kelene, bem como ao fato de que nenhum dos jovens
ofereceu-lhe o anestesiante.
Com base nas ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) o item que se segue.
O narrador informa que o produto Kelene raramente é utilizado
em tratamento psiquiátrico.
Com base nas ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) o item que se segue.
Ao mencionar que o produto Kelene provoca “toda uma
melodia secreta de delírios fúnebres” (R. 16 e 17) e “alvorecer
em êxtase” (R.17), o narrador salienta sensações paradoxais
relacionadas à morte e à vida, respectivamente.
Em setembro de 1916, Fernando Pessoa pensava que o n.º 3 da revista Orpheu ainda poderia vir à luz. E, de fato, chega a entrar no prelo, imprimindo-se apenas algumas folhas. No sumário, como se depreende da carta a Cortes Rodrigues de 4 desse mês, deveriam figurar poemas ingleses do profeta do “supra-Camões” e “colaboração variada” do seu “velho e infeliz amigo Álvaro de Campos”. Vale a pena reparar nos adjetivos deploradores que o poeta junta, nessa data, ao nome do seu heterônimo dileto. Parece-me ser-nos lícito pensar que nesta altura já Álvaro de Campos dá indícios de “velhice” e “infelicidade”, ou seja, que Álvaro de Campos começa a despir a pele que lhe vestiram e, pelo menos como poeta, a tomar consciência de que a mistificação “sensacionisto-futurista” lhe não assenta bem. Daí que ao Fernando Pessoa não de todo desenganado dos “ismos” e ao mesmo Álvaro de Campos doutrinário, o Álvaro de Campos poeta se lhes entremostre “velho” e “infeliz”.
Seja como for, o certo é que em setembro de 1916, Pessoa, que se tem por “reconstruído” nessa altura, parece decidido a “fazer uma grande alteração na (sua) vida” como confidencia ao amigo micaelense: “vou tirar o acento circunflexo do meu apelido”. Realmente, “Pessôa” aparecera sempre, até então, ortografado com acento circunflexo. Grande alteração na vida: “Pessoa” iria passar a ser ortografado sem esse inútil apêndice! Sempre à beira do paradoxo e da boutade, Fernando Pessoa não perde a ocasião de ir além de si mesmo — de se mistificar a si próprio. Era então o momento de tomar tão grave medida. Com efeito, tendo apenas publicado com o seu verdadeiro nome, a esta data, além das Impressões do Crepúsculo, uns versos mais, o fato de ir publicar agora na Orpheu dois poemas ingleses — “muito indecentes, e, portanto, impublicáveis em Inglaterra” — levava-o a achar melhor “desadaptar-se” de uma partícula que lhe prejudicava a projeção cosmopolita do nome.
Como a Orpheu 3 não chega, porém, a vir à luz, Fernando Pessoa sem circunflexo tem de esperar pela publicação da revista Centauro, lançada em fins de 1916 (Outubro–Novembro–Dezembro), para aparecer, de fato, como autor dos Passos da Cruz.
Pormenor chistoso, boutade do incansável mistificador Fernando Pessoa, esta “desadaptação” ao circunflexo corresponde, todavia, a qualquer coisa mais importante do que parece. O poeta de Gládio atinge por esta altura a sua maioridade poética.
João Gaspar Simões. Vida e obra de Fernando Pessoa. Lisboa:
Livraria Bertrand, 1981, 5.ª edição, p. 393-4 (com adaptações).
A respeito das ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) o item subsecutivo.
Segundo o autor do texto, durante todo o tempo em que
utilizou o acento circunflexo no sobrenome, o poeta português
estava sendo paradoxal e querendo provocar humor por conta
daquele erro de acentuação.
Em setembro de 1916, Fernando Pessoa pensava que o n.º 3 da revista Orpheu ainda poderia vir à luz. E, de fato, chega a entrar no prelo, imprimindo-se apenas algumas folhas. No sumário, como se depreende da carta a Cortes Rodrigues de 4 desse mês, deveriam figurar poemas ingleses do profeta do “supra-Camões” e “colaboração variada” do seu “velho e infeliz amigo Álvaro de Campos”. Vale a pena reparar nos adjetivos deploradores que o poeta junta, nessa data, ao nome do seu heterônimo dileto. Parece-me ser-nos lícito pensar que nesta altura já Álvaro de Campos dá indícios de “velhice” e “infelicidade”, ou seja, que Álvaro de Campos começa a despir a pele que lhe vestiram e, pelo menos como poeta, a tomar consciência de que a mistificação “sensacionisto-futurista” lhe não assenta bem. Daí que ao Fernando Pessoa não de todo desenganado dos “ismos” e ao mesmo Álvaro de Campos doutrinário, o Álvaro de Campos poeta se lhes entremostre “velho” e “infeliz”.
Seja como for, o certo é que em setembro de 1916, Pessoa, que se tem por “reconstruído” nessa altura, parece decidido a “fazer uma grande alteração na (sua) vida” como confidencia ao amigo micaelense: “vou tirar o acento circunflexo do meu apelido”. Realmente, “Pessôa” aparecera sempre, até então, ortografado com acento circunflexo. Grande alteração na vida: “Pessoa” iria passar a ser ortografado sem esse inútil apêndice! Sempre à beira do paradoxo e da boutade, Fernando Pessoa não perde a ocasião de ir além de si mesmo — de se mistificar a si próprio. Era então o momento de tomar tão grave medida. Com efeito, tendo apenas publicado com o seu verdadeiro nome, a esta data, além das Impressões do Crepúsculo, uns versos mais, o fato de ir publicar agora na Orpheu dois poemas ingleses — “muito indecentes, e, portanto, impublicáveis em Inglaterra” — levava-o a achar melhor “desadaptar-se” de uma partícula que lhe prejudicava a projeção cosmopolita do nome.
Como a Orpheu 3 não chega, porém, a vir à luz, Fernando Pessoa sem circunflexo tem de esperar pela publicação da revista Centauro, lançada em fins de 1916 (Outubro–Novembro–Dezembro), para aparecer, de fato, como autor dos Passos da Cruz.
Pormenor chistoso, boutade do incansável mistificador Fernando Pessoa, esta “desadaptação” ao circunflexo corresponde, todavia, a qualquer coisa mais importante do que parece. O poeta de Gládio atinge por esta altura a sua maioridade poética.
João Gaspar Simões. Vida e obra de Fernando Pessoa. Lisboa:
Livraria Bertrand, 1981, 5.ª edição, p. 393-4 (com adaptações).
A respeito das ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) o item subsecutivo.
Do texto, cujo autor afirma que Fernando Pessoa não
conseguiu ver impressos os seus poemas no número 3 da
revista Orpheu, mesmo porque aquela edição acabou não
sendo publicada, não se pode inferir o motivo da não
publicação da revista.
Em setembro de 1916, Fernando Pessoa pensava que o n.º 3 da revista Orpheu ainda poderia vir à luz. E, de fato, chega a entrar no prelo, imprimindo-se apenas algumas folhas. No sumário, como se depreende da carta a Cortes Rodrigues de 4 desse mês, deveriam figurar poemas ingleses do profeta do “supra-Camões” e “colaboração variada” do seu “velho e infeliz amigo Álvaro de Campos”. Vale a pena reparar nos adjetivos deploradores que o poeta junta, nessa data, ao nome do seu heterônimo dileto. Parece-me ser-nos lícito pensar que nesta altura já Álvaro de Campos dá indícios de “velhice” e “infelicidade”, ou seja, que Álvaro de Campos começa a despir a pele que lhe vestiram e, pelo menos como poeta, a tomar consciência de que a mistificação “sensacionisto-futurista” lhe não assenta bem. Daí que ao Fernando Pessoa não de todo desenganado dos “ismos” e ao mesmo Álvaro de Campos doutrinário, o Álvaro de Campos poeta se lhes entremostre “velho” e “infeliz”.
Seja como for, o certo é que em setembro de 1916, Pessoa, que se tem por “reconstruído” nessa altura, parece decidido a “fazer uma grande alteração na (sua) vida” como confidencia ao amigo micaelense: “vou tirar o acento circunflexo do meu apelido”. Realmente, “Pessôa” aparecera sempre, até então, ortografado com acento circunflexo. Grande alteração na vida: “Pessoa” iria passar a ser ortografado sem esse inútil apêndice! Sempre à beira do paradoxo e da boutade, Fernando Pessoa não perde a ocasião de ir além de si mesmo — de se mistificar a si próprio. Era então o momento de tomar tão grave medida. Com efeito, tendo apenas publicado com o seu verdadeiro nome, a esta data, além das Impressões do Crepúsculo, uns versos mais, o fato de ir publicar agora na Orpheu dois poemas ingleses — “muito indecentes, e, portanto, impublicáveis em Inglaterra” — levava-o a achar melhor “desadaptar-se” de uma partícula que lhe prejudicava a projeção cosmopolita do nome.
Como a Orpheu 3 não chega, porém, a vir à luz, Fernando Pessoa sem circunflexo tem de esperar pela publicação da revista Centauro, lançada em fins de 1916 (Outubro–Novembro–Dezembro), para aparecer, de fato, como autor dos Passos da Cruz.
Pormenor chistoso, boutade do incansável mistificador Fernando Pessoa, esta “desadaptação” ao circunflexo corresponde, todavia, a qualquer coisa mais importante do que parece. O poeta de Gládio atinge por esta altura a sua maioridade poética.
João Gaspar Simões. Vida e obra de Fernando Pessoa. Lisboa:
Livraria Bertrand, 1981, 5.ª edição, p. 393-4 (com adaptações).
A respeito das ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) o item subsecutivo.
Fernando Pessoa escreveu poemas que não poderiam jamais
ser traduzidos para a língua inglesa, uma vez que na Inglaterra
aqueles mesmos poemas seriam considerados muito
indecentes.
Em setembro de 1916, Fernando Pessoa pensava que o n.º 3 da revista Orpheu ainda poderia vir à luz. E, de fato, chega a entrar no prelo, imprimindo-se apenas algumas folhas. No sumário, como se depreende da carta a Cortes Rodrigues de 4 desse mês, deveriam figurar poemas ingleses do profeta do “supra-Camões” e “colaboração variada” do seu “velho e infeliz amigo Álvaro de Campos”. Vale a pena reparar nos adjetivos deploradores que o poeta junta, nessa data, ao nome do seu heterônimo dileto. Parece-me ser-nos lícito pensar que nesta altura já Álvaro de Campos dá indícios de “velhice” e “infelicidade”, ou seja, que Álvaro de Campos começa a despir a pele que lhe vestiram e, pelo menos como poeta, a tomar consciência de que a mistificação “sensacionisto-futurista” lhe não assenta bem. Daí que ao Fernando Pessoa não de todo desenganado dos “ismos” e ao mesmo Álvaro de Campos doutrinário, o Álvaro de Campos poeta se lhes entremostre “velho” e “infeliz”.
Seja como for, o certo é que em setembro de 1916, Pessoa, que se tem por “reconstruído” nessa altura, parece decidido a “fazer uma grande alteração na (sua) vida” como confidencia ao amigo micaelense: “vou tirar o acento circunflexo do meu apelido”. Realmente, “Pessôa” aparecera sempre, até então, ortografado com acento circunflexo. Grande alteração na vida: “Pessoa” iria passar a ser ortografado sem esse inútil apêndice! Sempre à beira do paradoxo e da boutade, Fernando Pessoa não perde a ocasião de ir além de si mesmo — de se mistificar a si próprio. Era então o momento de tomar tão grave medida. Com efeito, tendo apenas publicado com o seu verdadeiro nome, a esta data, além das Impressões do Crepúsculo, uns versos mais, o fato de ir publicar agora na Orpheu dois poemas ingleses — “muito indecentes, e, portanto, impublicáveis em Inglaterra” — levava-o a achar melhor “desadaptar-se” de uma partícula que lhe prejudicava a projeção cosmopolita do nome.
Como a Orpheu 3 não chega, porém, a vir à luz, Fernando Pessoa sem circunflexo tem de esperar pela publicação da revista Centauro, lançada em fins de 1916 (Outubro–Novembro–Dezembro), para aparecer, de fato, como autor dos Passos da Cruz.
Pormenor chistoso, boutade do incansável mistificador Fernando Pessoa, esta “desadaptação” ao circunflexo corresponde, todavia, a qualquer coisa mais importante do que parece. O poeta de Gládio atinge por esta altura a sua maioridade poética.
João Gaspar Simões. Vida e obra de Fernando Pessoa. Lisboa:
Livraria Bertrand, 1981, 5.ª edição, p. 393-4 (com adaptações).
A respeito das ideias desenvolvidas no texto acima, julgue (C ou E) o item subsecutivo.
No texto, o autor informa que o abandono do acento
circunflexo no sobrenome representou, para o poeta
português, uma revolução estética considerável, que faria
do autor de Passos da Cruz um escritor muito mais
vanguardista do que antes.
Com relação aos sentidos e ao emprego de palavras e expressões no texto de Silviano Santiago, julgue (C ou E) o item seguinte.
O verbo circunscrever foi empregado no primeiro período
do segundo parágrafo com o sentido de originar, ser a causa
de, derivar.
Com relação aos sentidos e ao emprego de palavras e expressões no texto de Silviano Santiago, julgue (C ou E) o item seguinte.
A expressão “concepção triádica” (R. 18 e 19),
extratextualmente, poderia também ser utilizada para
representar a Santíssima Trindade, doutrina acolhida pela
maioria das igrejas cristãs.
Com relação aos sentidos e ao emprego de palavras e expressões no texto de Silviano Santiago, julgue (C ou E) o item seguinte.
As expressões latinas “in corpore” (R.31) e “in absentia” (R.32)
são utilizadas, no texto, com sentido antitético.
Com relação aos sentidos e ao emprego de palavras e expressões no texto de Silviano Santiago, julgue (C ou E) o item seguinte.
Dados os sentidos do texto e o sentido de oni-, a expressão
“a onipresença da imagem” (R.22) deve ser interpretada, no
texto, como a presença da imagem em todos os lugares e
dimensões.
Com relação às ideias desenvolvidas no texto anterior, julgue (C ou E) o item subsequente.
O autor do texto comenta que teóricos modernos da
pós-modernidade valorizam a noção de simulacro. Esses
mesmos teóricos passam a dirigir críticas à noção de
espetáculo (que ocorre, por exemplo, em museus).
Com relação às ideias desenvolvidas no texto anterior, julgue (C ou E) o item subsequente.
O Brasil, segundo o autor do texto, é um dos países que poderá
resolver a oposição entre espetáculo e simulacro, uma vez que
“já tem a sua história” (R. 60 e 61).
Com relação às ideias desenvolvidas no texto anterior, julgue (C ou E) o item subsequente.
Ao comentar a distinção entre espetáculo e simulacro, o autor
demonstra, com base em analistas do tema, como a
pós-modernidade se manifesta de modo evidente por meio de
uma cultura de espetáculo a ser usufruída pela sociedade.