Questões de Concurso Para procurador municipal

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Q2221785 Noções de Informática
Considerando que o símbolo ‘+’ significa combinação de teclas, enquanto se escreve um e-mail no Gmail, as combinações de teclas utilizadas para selecionar todo o texto e sublinhá-lo, respectivamente, são:
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Q2221784 Noções de Informática
Navegadores são ferramentas essenciais para a execução do trabalho do servidor público. Eles permitem ao servidor navegar na internet e realizar diversas ações. Na barra superior, ao digitar uma URL, o que o navegador faz?
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Q2221783 Noções de Informática
Operar computadores com fluência é importante para a entrega de um serviço público de qualidade. Em computadores com o sistema operacional Windows instalado, é muito comum haver demandas para o uso do Painel de Controle. Dentro do Painel de Controle, o software “Programas e Recursos” permite
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Q2221781 Noções de Informática
Considerando que o símbolo ‘+’ significa combinação de teclas, nos sistemas Windows, o recurso de captura de tela é frequentemente útil para auxiliar, por exemplo, na solução de problemas de software. Para ter acesso a esse recurso, pode-se utilizar o seguinte atalho de teclado:
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Q2221780 Noções de Informática
Processadores de texto são sistemas de software que permitem ao usuário compor textos com alguma ou nenhuma formatação e salvá-los em formatos de arquivo específicos. O par que contém o nome do software e a respectiva extensão correta para arquivos viáveis salvos a partir dele é:
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Q2221779 Matemática
Segundo uma notícia do site Imazon, o desmatamento na Amazônia tem o pior fevereiro em 16 anos. O gráfico a seguir apresenta a série histórica do desmatamento na Amazônia durante os meses de fevereiro de 2008 a 2023.  Imagem associada para resolução da questão
De acordo com esses dados, o valor mediano da área desmatada vale
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Q2221778 Matemática
Todas as letras da palavra MORRINHOS foram marcadas em bolas do mesmo peso e tamanho e foram colocadas em uma urna. Duas bolas serão retiradas consecutivamente e sem reposição. Qual a probabilidade de obter uma letra O na primeira extração e uma letra R na segunda?
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Q2221777 Matemática
Uma descarga ecológica consiste em um mecanismo de descarga que libera quantidades diferentes de água conforme o tipo de dejeto, sólido ou líquido. Uma determinada marca afirma que suas descargas ecológicas liberam três litros de água para dejetos líquidos e seis para dejetos sólidos. As descargas convencionais liberam seis litros de água, independente do tipo de dejeto. Uma família faz o acionamento do mecanismo 12 vezes ao dia, sendo quatro acionamentos que liberam seis litros e oito acionamentos que liberam três litros. Qual a economia de água obtida durante um ano de 365 dias, quando comparamos o mecanismo convencional e o ecológico?
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Q2221776 Matemática
Seja f uma função definida no domínio D. Os pontos x de D para os quais f(x)=x são chamados pontos fixos de f, caso existam. Quais são os pontos fixos da função quadrática f(x)=x2-5x+8?
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Q2221775 Matemática

A precipitação, em milímetros, durante os doze meses do ano em Morrinhos, de acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), é dada na tabela a seguir.


Imagem associada para resolução da questão

De acordo com esses dados, a precipitação média anual em Morrinhos, de março a agosto, é de aproximadamente  

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Q2221773 Matemática
Uma fazendeira decidiu iniciar uma plantação de alface e, para isso, iniciou a compra de sementes para o plantio de forma semanal e em progressão geométrica. Sabendo que na quarta semana ela comprou 9kg de sementes e que na sexta semana ela comprou 16kg de sementes, quantos quilogramas de sementes ela comprou na primeira semana?
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Q2221772 Matemática
Sabendo que a parte real e imaginária do número (2 + 3i)4 determinam a abcissa e a ordenada de um ponto p do plano cartesiano, qual é o módulo da diferença entre as coordenadas do ponto p?
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Q2221771 Matemática
Uma mãe levou seu filho em uma loja de brinquedos para que ele pudesse escolher 2 carrinhos. Na prateleira havia 9 carrinhos vermelhos, 12 brancos e 17 pretos. Qual é a probabilidade desse garoto escolher ao acaso 2 carrinhos de cores distintas?
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Q2221770 Matemática Financeira
Uma mulher recebe um salário de R$ 5.500,00 por mês, e resolveu fazer aportes mensais de 24% do seu salário em um fundo de investimento que possui um rendimento a juros compostos com taxa de 5,5% ao mês. Após 3 meses, qual será o valor aproximado que ela terá nesse investimento?
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Q2221769 Português
Texto 3

Recordação


      “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”, ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia hora pra percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico silêncio. Aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma longa conversa, solta essa: “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”.

         Meu espanto não durou muito, pois ele logo emendou: “Nunca vou esquecer: 1° de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho lá em Santos e dali pra frente nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás… Fazer o quê, né? Se Deus quis assim…”.

        Houve um breve silêncio, enquanto ultrapassávamos um caminhão de lixo, e consegui encaixar um “Sinto muito”. “Brigado. No começo foi complicado, agora tô me acostumando. Mas sabe que que é mais difícil? Não ter foto dela.” “Cê não tem nenhuma?” “Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Tipo: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano mesmo. A pessoa, olha só, a pessoa trabalha todo dia numa firma, vamos dizer, todo dia ela vai lá e nunca tira uma foto da portaria, do bebedor, do banheiro, desses lugares que ela fica o tempo inteiro. Aí, num fim de semana ela vai pra uma praia qualquer, leva a câmera, o celular e tchuf, tchuf, tchuf. Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não? Tá acompanhando? Não tenho uma foto da minha esposa no sofá, assistindo novela, mas tem uma dela no jet ski do meu cunhado, lá na represa de Guarapiranga. Entro aqui na Joaquim?” “Isso.” [...].


PRATA, Antônio. Recordação. In: Trinta e poucos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 12-14.
Considerando a linguagem utilizada na crônica, há a recorrência da variação linguística do tipo
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Q2221768 Português
Texto 3

Recordação


      “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”, ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia hora pra percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico silêncio. Aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma longa conversa, solta essa: “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”.

         Meu espanto não durou muito, pois ele logo emendou: “Nunca vou esquecer: 1° de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho lá em Santos e dali pra frente nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás… Fazer o quê, né? Se Deus quis assim…”.

        Houve um breve silêncio, enquanto ultrapassávamos um caminhão de lixo, e consegui encaixar um “Sinto muito”. “Brigado. No começo foi complicado, agora tô me acostumando. Mas sabe que que é mais difícil? Não ter foto dela.” “Cê não tem nenhuma?” “Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Tipo: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano mesmo. A pessoa, olha só, a pessoa trabalha todo dia numa firma, vamos dizer, todo dia ela vai lá e nunca tira uma foto da portaria, do bebedor, do banheiro, desses lugares que ela fica o tempo inteiro. Aí, num fim de semana ela vai pra uma praia qualquer, leva a câmera, o celular e tchuf, tchuf, tchuf. Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não? Tá acompanhando? Não tenho uma foto da minha esposa no sofá, assistindo novela, mas tem uma dela no jet ski do meu cunhado, lá na represa de Guarapiranga. Entro aqui na Joaquim?” “Isso.” [...].


PRATA, Antônio. Recordação. In: Trinta e poucos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 12-14.
A expressão “tchuf, tchuf, tchuf” refere-se ao emprego da
Alternativas
Q2221767 Português
Texto 3

Recordação


      “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”, ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia hora pra percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico silêncio. Aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma longa conversa, solta essa: “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”.

         Meu espanto não durou muito, pois ele logo emendou: “Nunca vou esquecer: 1° de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho lá em Santos e dali pra frente nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás… Fazer o quê, né? Se Deus quis assim…”.

        Houve um breve silêncio, enquanto ultrapassávamos um caminhão de lixo, e consegui encaixar um “Sinto muito”. “Brigado. No começo foi complicado, agora tô me acostumando. Mas sabe que que é mais difícil? Não ter foto dela.” “Cê não tem nenhuma?” “Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Tipo: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano mesmo. A pessoa, olha só, a pessoa trabalha todo dia numa firma, vamos dizer, todo dia ela vai lá e nunca tira uma foto da portaria, do bebedor, do banheiro, desses lugares que ela fica o tempo inteiro. Aí, num fim de semana ela vai pra uma praia qualquer, leva a câmera, o celular e tchuf, tchuf, tchuf. Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não? Tá acompanhando? Não tenho uma foto da minha esposa no sofá, assistindo novela, mas tem uma dela no jet ski do meu cunhado, lá na represa de Guarapiranga. Entro aqui na Joaquim?” “Isso.” [...].


PRATA, Antônio. Recordação. In: Trinta e poucos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 12-14.
A linguagem utilizada nessa crônica é do tipo  
Alternativas
Q2221766 Português
Texto 3

Recordação


      “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”, ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia hora pra percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico silêncio. Aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma longa conversa, solta essa: “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”.

         Meu espanto não durou muito, pois ele logo emendou: “Nunca vou esquecer: 1° de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho lá em Santos e dali pra frente nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás… Fazer o quê, né? Se Deus quis assim…”.

        Houve um breve silêncio, enquanto ultrapassávamos um caminhão de lixo, e consegui encaixar um “Sinto muito”. “Brigado. No começo foi complicado, agora tô me acostumando. Mas sabe que que é mais difícil? Não ter foto dela.” “Cê não tem nenhuma?” “Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Tipo: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano mesmo. A pessoa, olha só, a pessoa trabalha todo dia numa firma, vamos dizer, todo dia ela vai lá e nunca tira uma foto da portaria, do bebedor, do banheiro, desses lugares que ela fica o tempo inteiro. Aí, num fim de semana ela vai pra uma praia qualquer, leva a câmera, o celular e tchuf, tchuf, tchuf. Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não? Tá acompanhando? Não tenho uma foto da minha esposa no sofá, assistindo novela, mas tem uma dela no jet ski do meu cunhado, lá na represa de Guarapiranga. Entro aqui na Joaquim?” “Isso.” [...].


PRATA, Antônio. Recordação. In: Trinta e poucos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 12-14.
O Texto 3 se caracteriza como uma crônica  
Alternativas
Q2221765 Português

Texto 2


Os desafios para reinserir um milhão de crianças e adolescentes nas escolas

Ana Luiza Basilio


        As escolas brasileiras começam o ano letivo de 2023 com uma ausência injustificável: ao menos um milhão de crianças e adolescentes não estão presentes nas aulas por terem deixado de fazer parte dos sistemas de ensino. Dados do Censo Escolar da Educação Básica 2022 apontam que 1,04 milhão de estudantes dos 4 aos 17 anos estavam fora da escola.

       Os maiores níveis de exclusão escolar se concentram entre crianças de 4 anos: 399.290. Entre as faixas de 5 e 6, o total chega a 151.985. Também são expressivas as taxas de evasão entre os adolescentes de 17 anos: 241.641 deixaram a escola antes de completar o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio. Dos 14 aos 16 anos, a soma dos que deixaram a escola nas mesmas condições é de 250.497. [...].

      Além de uma questão de oferta, no entanto, a exclusão escolar é determinada por outros marcadores sociais que atravessam as famílias brasileiras, sobretudo as mais vulneráveis, e impedem que crianças e adolescentes finalizem a jornada no sistema de ensino.

    Um dos principais obstáculos é a pobreza. Dados da pesquisa do Unicef – “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil” – divulgados em fevereiro mostram que, em 2019, ao menos 32 milhões de meninos e meninas (63% do total) viviam a pobreza em suas múltiplas dimensões, a englobar renda, educação, trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação. [...].

       “Não há como assegurar o direito à educação sem garantirmos o direito ao transporte, à saúde, à moradia e à renda. Uma coisa não funciona sem a outra”, observa a doutora em Ciências Sociais Julia Ventura, gestora estratégica da ONG Cidade Escola Aprendiz. “Você não consegue garantir que uma criança permaneça na escola se a mãe não tiver dinheiro para pegar um ônibus e levála ou se essa família enfrenta outras necessidades básicas, como falta de alimentos” [...].



Disponível em:<https://www.cartacapital.com.br/educacao/os-desafiospara-reinserir-um-milhao-de-criancas-e-adolescentes-nas-escolas/> . Acesso em: 18 abr. 2023. [Adaptado].
Os índices de exclusão escolar no Brasil evidenciam  
Alternativas
Q2221764 Português

Texto 2


Os desafios para reinserir um milhão de crianças e adolescentes nas escolas

Ana Luiza Basilio


        As escolas brasileiras começam o ano letivo de 2023 com uma ausência injustificável: ao menos um milhão de crianças e adolescentes não estão presentes nas aulas por terem deixado de fazer parte dos sistemas de ensino. Dados do Censo Escolar da Educação Básica 2022 apontam que 1,04 milhão de estudantes dos 4 aos 17 anos estavam fora da escola.

       Os maiores níveis de exclusão escolar se concentram entre crianças de 4 anos: 399.290. Entre as faixas de 5 e 6, o total chega a 151.985. Também são expressivas as taxas de evasão entre os adolescentes de 17 anos: 241.641 deixaram a escola antes de completar o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio. Dos 14 aos 16 anos, a soma dos que deixaram a escola nas mesmas condições é de 250.497. [...].

      Além de uma questão de oferta, no entanto, a exclusão escolar é determinada por outros marcadores sociais que atravessam as famílias brasileiras, sobretudo as mais vulneráveis, e impedem que crianças e adolescentes finalizem a jornada no sistema de ensino.

    Um dos principais obstáculos é a pobreza. Dados da pesquisa do Unicef – “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil” – divulgados em fevereiro mostram que, em 2019, ao menos 32 milhões de meninos e meninas (63% do total) viviam a pobreza em suas múltiplas dimensões, a englobar renda, educação, trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação. [...].

       “Não há como assegurar o direito à educação sem garantirmos o direito ao transporte, à saúde, à moradia e à renda. Uma coisa não funciona sem a outra”, observa a doutora em Ciências Sociais Julia Ventura, gestora estratégica da ONG Cidade Escola Aprendiz. “Você não consegue garantir que uma criança permaneça na escola se a mãe não tiver dinheiro para pegar um ônibus e levála ou se essa família enfrenta outras necessidades básicas, como falta de alimentos” [...].



Disponível em:<https://www.cartacapital.com.br/educacao/os-desafiospara-reinserir-um-milhao-de-criancas-e-adolescentes-nas-escolas/> . Acesso em: 18 abr. 2023. [Adaptado].
A autora utiliza como estratégia de organização discursiva o predomínio do tipo textual
Alternativas
Respostas
1781: A
1782: C
1783: B
1784: B
1785: D
1786: D
1787: B
1788: C
1789: D
1790: B
1791: C
1792: A
1793: D
1794: C
1795: A
1796: B
1797: C
1798: D
1799: A
1800: B