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Q2927201 Português

TEXTO 2:

“As crianças têm de brincar mais”

Mais velho de três irmãos, o americano Howard Chudacoff começou a trabalhar aos 12 anos, na empresa de um tio. Ainda que temporária, a privação de brincadeiras deixou lembranças úteis para seu trabalho como professor de História. Chudacoff estudou o hábito de brincar nos últimos 500 anos.

Época – O conceito de “brincadeira infantil” é recente?
Chudacoff
– A urbanização e a redução do papel das crianças na economia doméstica ajudaram a criar a infância como um período separado da vida. Quando as crianças eram necessárias para a economia, trabalhando nos campos ou nas fábricas, era difícil vê-las como diferentes dos adultos. Depois da industrialização surgiu o conceito de infância, um período especial da vida, isolado, protegido dos perigos e das responsabilidades da idade adulta, um tempo para educação e diversão (...).

Época – O que mudou nas brincadeiras das crianças do século XVI para cá?
Chudacoff
– A primeira grande alteração foi no espaço onde acontecem as brincadeiras. Com a industrialização as crianças passaram a usar menos os espaços abertos e a natureza para brincar. Em vez de ir para o campo ou para o mato, ficam nas ruas ou dentro de casa. (...)

Época – Qual é o papel dos pais nas brincadeiras dos filhos?
Chudacoff
– Providenciar esse tipo de ambiente seguro e independente de brincadeira sem serem muito protetores. As crianças aprendem a cuidar de si mesmas e não se machucam com tanta freqüência quanto pensam os pais. (...) Os pais se sentem muito culpados quando não brincam com seus filhos, mas se esquecem de perguntar se os filhos querem brincar com eles. Às vezes, os filhos querem criar o próprio jogo e construir sua autonomia.

Época – Qual é o melhor brinquedo para uma criança?
Chudacoff
– O melhor brinquedo é um pedaço de pau. Pode ser chocante, mas, se você pensar, um bastão, uma bola ou uma caixa vazia são o tipo de brinquedo com que todo mundo brinca. Você pode fazer várias coisas com eles, usar sua imaginação e criar. Na maioria das vezes, as crianças enjoam dos brinquedos industrializados muito rapidamente.

Época – O senhor afirma que as crianças brincam cada vez mais tempo sozinhas. Isso é necessariamente ruim?
Chudacoff
– Com um jogo, um computador, um videogame ou mesmo assistindo à televisão, as crianças não brincam com os vizinhos, não correm pelas redondezas. Certamente uma criança que brinca sozinha várias horas por dia vai ter um tipo diferente de personalidade que o de alguém que interage com outras crianças. Tendemos a olhar mais para o lado negativo desses novos hábitos, que é mais evidente, mas as crianças de hoje têm de usar sua imaginação da mesma forma que seus antepassados. Elas não estão se tornando zumbis ou robôs.

Época – As crianças brincam o suficiente?
Chudacoff
– Tempo é liberdade quando se fala em brincar. E os pais estão tão preocupados em dar experiências enriquecedoras a seus filhos que acabam tomando conta do tempo de brincar. Eles as inscrevem em ligas de futebol, em aulas de ginástica. Além de tentar educá-las, eles tentam evitar que as crianças saiam de casa e façam algo perigoso. O tempo livre para brincadeiras, infelizmente, tem sido reduzido.

(CHUDACOFF, Howard. As crianças têm de brincar mais. In: Revista Época, 10 de março de 2008, edição 512, p.104-106.)

O verbo assistir pode assumir mais de uma significação dependendo do contexto e da regência que o acompanha. Logo, no período “com um jogo, um computador, um vídeo game ou mesmo assistindo à televisão” (5.ª fala), a alternativa em que esse verbo apresenta regência e sentido idênticos ao do fragmento é:

Alternativas
Q2927194 Português

TEXTO 2:

“As crianças têm de brincar mais”

Mais velho de três irmãos, o americano Howard Chudacoff começou a trabalhar aos 12 anos, na empresa de um tio. Ainda que temporária, a privação de brincadeiras deixou lembranças úteis para seu trabalho como professor de História. Chudacoff estudou o hábito de brincar nos últimos 500 anos.

Época – O conceito de “brincadeira infantil” é recente?
Chudacoff
– A urbanização e a redução do papel das crianças na economia doméstica ajudaram a criar a infância como um período separado da vida. Quando as crianças eram necessárias para a economia, trabalhando nos campos ou nas fábricas, era difícil vê-las como diferentes dos adultos. Depois da industrialização surgiu o conceito de infância, um período especial da vida, isolado, protegido dos perigos e das responsabilidades da idade adulta, um tempo para educação e diversão (...).

Época – O que mudou nas brincadeiras das crianças do século XVI para cá?
Chudacoff
– A primeira grande alteração foi no espaço onde acontecem as brincadeiras. Com a industrialização as crianças passaram a usar menos os espaços abertos e a natureza para brincar. Em vez de ir para o campo ou para o mato, ficam nas ruas ou dentro de casa. (...)

Época – Qual é o papel dos pais nas brincadeiras dos filhos?
Chudacoff
– Providenciar esse tipo de ambiente seguro e independente de brincadeira sem serem muito protetores. As crianças aprendem a cuidar de si mesmas e não se machucam com tanta freqüência quanto pensam os pais. (...) Os pais se sentem muito culpados quando não brincam com seus filhos, mas se esquecem de perguntar se os filhos querem brincar com eles. Às vezes, os filhos querem criar o próprio jogo e construir sua autonomia.

Época – Qual é o melhor brinquedo para uma criança?
Chudacoff
– O melhor brinquedo é um pedaço de pau. Pode ser chocante, mas, se você pensar, um bastão, uma bola ou uma caixa vazia são o tipo de brinquedo com que todo mundo brinca. Você pode fazer várias coisas com eles, usar sua imaginação e criar. Na maioria das vezes, as crianças enjoam dos brinquedos industrializados muito rapidamente.

Época – O senhor afirma que as crianças brincam cada vez mais tempo sozinhas. Isso é necessariamente ruim?
Chudacoff
– Com um jogo, um computador, um videogame ou mesmo assistindo à televisão, as crianças não brincam com os vizinhos, não correm pelas redondezas. Certamente uma criança que brinca sozinha várias horas por dia vai ter um tipo diferente de personalidade que o de alguém que interage com outras crianças. Tendemos a olhar mais para o lado negativo desses novos hábitos, que é mais evidente, mas as crianças de hoje têm de usar sua imaginação da mesma forma que seus antepassados. Elas não estão se tornando zumbis ou robôs.

Época – As crianças brincam o suficiente?
Chudacoff
– Tempo é liberdade quando se fala em brincar. E os pais estão tão preocupados em dar experiências enriquecedoras a seus filhos que acabam tomando conta do tempo de brincar. Eles as inscrevem em ligas de futebol, em aulas de ginástica. Além de tentar educá-las, eles tentam evitar que as crianças saiam de casa e façam algo perigoso. O tempo livre para brincadeiras, infelizmente, tem sido reduzido.

(CHUDACOFF, Howard. As crianças têm de brincar mais. In: Revista Época, 10 de março de 2008, edição 512, p.104-106.)

“Os pais se sentem muito culpados”, “O melhor brinquedo é um pedaço de pau”, “as crianças não brincam com os vizinhos”.

Pela ordem, os predicados das orações acima se classificam como

Alternativas
Q2927191 Português

TEXTO 2:

“As crianças têm de brincar mais”

Mais velho de três irmãos, o americano Howard Chudacoff começou a trabalhar aos 12 anos, na empresa de um tio. Ainda que temporária, a privação de brincadeiras deixou lembranças úteis para seu trabalho como professor de História. Chudacoff estudou o hábito de brincar nos últimos 500 anos.

Época – O conceito de “brincadeira infantil” é recente?
Chudacoff
– A urbanização e a redução do papel das crianças na economia doméstica ajudaram a criar a infância como um período separado da vida. Quando as crianças eram necessárias para a economia, trabalhando nos campos ou nas fábricas, era difícil vê-las como diferentes dos adultos. Depois da industrialização surgiu o conceito de infância, um período especial da vida, isolado, protegido dos perigos e das responsabilidades da idade adulta, um tempo para educação e diversão (...).

Época – O que mudou nas brincadeiras das crianças do século XVI para cá?
Chudacoff
– A primeira grande alteração foi no espaço onde acontecem as brincadeiras. Com a industrialização as crianças passaram a usar menos os espaços abertos e a natureza para brincar. Em vez de ir para o campo ou para o mato, ficam nas ruas ou dentro de casa. (...)

Época – Qual é o papel dos pais nas brincadeiras dos filhos?
Chudacoff
– Providenciar esse tipo de ambiente seguro e independente de brincadeira sem serem muito protetores. As crianças aprendem a cuidar de si mesmas e não se machucam com tanta freqüência quanto pensam os pais. (...) Os pais se sentem muito culpados quando não brincam com seus filhos, mas se esquecem de perguntar se os filhos querem brincar com eles. Às vezes, os filhos querem criar o próprio jogo e construir sua autonomia.

Época – Qual é o melhor brinquedo para uma criança?
Chudacoff
– O melhor brinquedo é um pedaço de pau. Pode ser chocante, mas, se você pensar, um bastão, uma bola ou uma caixa vazia são o tipo de brinquedo com que todo mundo brinca. Você pode fazer várias coisas com eles, usar sua imaginação e criar. Na maioria das vezes, as crianças enjoam dos brinquedos industrializados muito rapidamente.

Época – O senhor afirma que as crianças brincam cada vez mais tempo sozinhas. Isso é necessariamente ruim?
Chudacoff
– Com um jogo, um computador, um videogame ou mesmo assistindo à televisão, as crianças não brincam com os vizinhos, não correm pelas redondezas. Certamente uma criança que brinca sozinha várias horas por dia vai ter um tipo diferente de personalidade que o de alguém que interage com outras crianças. Tendemos a olhar mais para o lado negativo desses novos hábitos, que é mais evidente, mas as crianças de hoje têm de usar sua imaginação da mesma forma que seus antepassados. Elas não estão se tornando zumbis ou robôs.

Época – As crianças brincam o suficiente?
Chudacoff
– Tempo é liberdade quando se fala em brincar. E os pais estão tão preocupados em dar experiências enriquecedoras a seus filhos que acabam tomando conta do tempo de brincar. Eles as inscrevem em ligas de futebol, em aulas de ginástica. Além de tentar educá-las, eles tentam evitar que as crianças saiam de casa e façam algo perigoso. O tempo livre para brincadeiras, infelizmente, tem sido reduzido.

(CHUDACOFF, Howard. As crianças têm de brincar mais. In: Revista Época, 10 de março de 2008, edição 512, p.104-106.)

Na entrevista, Howard Chudacoff, quando fala das mudanças ocorridas no hábito de brincar nos últimos anos, destaca uma característica da criança que, mesmo depois da industrialização, não se perdeu. Esta se define pela capacidade que a criança tem de

Alternativas
Q2927187 Português

TEXTO I:

O Risadinha (I)

Seria melhor dizer que ele não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores, armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.

Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os recursos da fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.

Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor: era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei castigar-nos com o bastão, era desafiar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por um, sem pressa e com ódio.

- Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre! Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-trói-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...

Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:

- Vagabundo, não, professor.

Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.

- Por que o senhorr não está na forma? – perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da Inquisição, diante de um herege horripilante.

- É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.

- E por que senhorr não está mancando?

Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:

- Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.

(CAMPOS, Paulo Mendes. O Risadinha (I). In: Para gostar e ler – Volume 2 – Crônicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ática, p. 62-63.)

“Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral da Colônia (...)"- 7.°§

A forma verbal composta correspondente à destacada na passagem é

Alternativas
Q2927184 Português

TEXTO I:

O Risadinha (I)

Seria melhor dizer que ele não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores, armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.

Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os recursos da fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.

Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor: era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei castigar-nos com o bastão, era desafiar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por um, sem pressa e com ódio.

- Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre! Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-trói-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...

Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:

- Vagabundo, não, professor.

Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.

- Por que o senhorr não está na forma? – perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da Inquisição, diante de um herege horripilante.

- É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.

- E por que senhorr não está mancando?

Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:

- Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.

(CAMPOS, Paulo Mendes. O Risadinha (I). In: Para gostar e ler – Volume 2 – Crônicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ática, p. 62-63.)

“Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha.” (3.°§)

O ponto-e-vírgula pode ser substituído, sem causar prejuízo ao sentido original da frase, pela conjunção

Alternativas
Respostas
46: C
47: B
48: D
49: E
50: B