Questões de Concurso Para professor - sociologia

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Q2094724 Português
Leia o texto a seguir e responda a questão.

Em termos gerais, parece haver dois métodos para reunir forças de combate – para convencer ou obrigar com sucesso coleções de homens a se envolverem no empreendimento violento, profano, sacrificial, incerto, masoquista e essencialmente absurdo conhecido como guerra. Os dois métodos levam a modos de guerrear distintos, e a distinção pode ser importante.

Intuitivamente, poderia parecer que o método mais fácil (e mais barato) para recrutar combatentes é alistar indivíduos que se deleitam com violência e a adotam rotineiramente, ou que a empregam para se enriquecerem ou as duas coisas. Na vida civil, temos um nome para essas pessoas – criminosos... Os conflitos violentos em que pessoas desse tipo são maioria podem ser chamados de guerras criminais, uma forma em que os combatentes são induzidos a causar violência primeiramente pelo divertimento e pelo proveito material que tiram da experiência.

Os exércitos de criminosos parecem surgir por dois processos. Às vezes, os criminosos – assaltantes, bandidos, aventureiros, sequestradores de cargas, vândalos, arruaceiros, salteadores, piratas, gangsters, indivíduos fora da lei – se organizam ou se juntam em gangues, bando ou máfias. Quando essas organizações se tornam suficientemente grandes, podem ficar parecidas com verdadeiros exércitos e agir praticamente da mesma forma como estes o fariam.

Alternativamente, os exércitos criminosos podem ser formados quando um governante precisa de combatentes para levar a termo uma guerra e conclui que empregar ou recrutar criminosos e bandidos é o método mais eficaz para conseguir isso. Neste caso, os criminosos e bandidos agem essencialmente como mercenários. 

Acontece, porém, que criminosos e bandidos tendem a ser guerreiros indesejáveis. Para começar, são frequentemente difíceis de controlar. São desordeiros, indisciplinados, desobedientes e rebeldes, cometendo frequentemente, em serviço ou fora dele, crimes não autorizados que podem ser prejudiciais ou mesmo deletérios para a ação militar.

O mais importante é que criminosos tendem a ser pouco dispostos a resistir e combater quando as situações se tornam perigosas, e muitas vezes simplesmente desertam, quando há uma oportunidade que coincide com seus caprichos. O crime comum, afinal de contas, faz vítimas entre os fracos – velhinhas e não atletas sarados – e criminosos com frequência mostram ser executores prontos e eficientes de pessoas indefesas. Mas quando aparecem os guardas, estão sempre prontos para fugir. O lema para o criminoso, afinal, não é uma variante de “Sempre fiéis”, “Um por todos e todos por um”, “Dever, honra, pátria”, “Banzai” ou “Lembrem-se de Pearl Harbour”, mas “Pega a grana e dá no pé” ...

Esses problemas com o emprego de criminosos como combatentes levaram a esforços para recrutar pessoas comuns – pessoas que, à diferença dos criminosos e bandidos, não cometem violências em nenhum outro momento da vida.

O resultado tem sido o desenvolvimento de um guerrear disciplinado, no qual os homens se infligem a violência em geral não por diversão e interesse, mas porque seu treinamento e doutrinação incutiram neles a necessidade de obedecer ordens; de observar um código de honra coerentemente orientado e cuidadosamente restritivo; de buscar a glória e a reputação em combate; de amar, honrar ou temer seus oficiais; de acreditar numa causa; de temer a vergonha, humilhação e custos da rendição; ou, em particular, de ser leal a e merecer a lealdade de seus companheiros de armas.

(MUELLER, John. Os remanescentes da guerra. In: PINKER, Steven. Guia de escrita: como conceber um texto com clareza, precisão e elegância. São Paulo: Contexto, 2018, p. 233-234).
Sobre o texto acima, é incorreto afirmar:
Alternativas
Q2064672 Sociologia
“O cidadão era um cara, na época dos meus pais, muito bom de grana. É verdade. O cidadão era o chique, era o rico. Ele era o dono do comércio, o dono de uma firma... O trabalhador não era cidadão não. Isso não existia. O trabalhador era um peão. Peão, peão, peão toda a vida. Meu pai veio para São Paulo como um simples agricultor e morreu como um servente de obra. Mas ele cumpriu suas obrigações, cumpriu todos os seus deveres. E, quando ia a algum lugar e precisava de algum direito, ninguém tratava como cidadão. Eles tratavam como um marginal, como se fosse um lixo. Eu vi isso e vivi isso também. A injustiça me deixava com muita raiva”. [morador da periferia de São Paulo, falando sobre seu pai e a cidadania no Brasil entre os anos de 1930 a 1970].
HOLSTON, James. Cidadania insurgente: disjunções da democracia e da modernidade no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
Considerando a narrativa sobre a cidadania, avalie as seguintes afirmações:
I. A cidadania, no Brasil, é um fenômeno que percorre a formação de uma república democrática e evidencia a dignidade do trabalhador como sujeito de direito.
II. O trabalhador brasileiro nem sempre encontrou reconhecimento social e garantias que retratam a sua dignidade como sujeito de direito.
III. Historicamente, o reconhecimento do trabalhador como cidadão, no Brasil, funciona como meio de demarcar as pessoas que são dignas ou não de ter acesso a direitos.
É correto o que se afirma em
Alternativas
Q2064671 Sociologia
“Em sua expressão social, a ideologia da mestiçagem é aristocrática, romantiza as desigualdades, banalizando-as. Não há, contudo, uma justificativa moral para as desigualdades que esteja apoiada na crença em alguma hierarquia natural/biológica entre os diferentes membros da nação, como se se acreditasse que os miseráveis fossem feitos de um “barro diferente”, conforme a imagem de Souza (2000). Para que se transforme numa questão moral, a igualdade social precisa ser politicamente construída e individualmente internalizada como um valor, o que simplesmente não se deu na história brasileira. A justiça social não é um bem natural, é um valor político que determinada sociedade pode construir – ou não”.
COSTA, Sérgio. A construção sociológica da raça no Brasil. Estudos afro-asiáticos, v. 24, n. 1, p. 35-61, 2002.
A partir da análise do texto de Sérgio Costa a respeito da ideologia da mestiçagem, avalie as seguintes afirmações:
I. O conceito de mestiçagem possibilita a criação de parâmetros analíticos para se refletir a respeito da heterogeneidade dos grupos que constituem a sociedade brasileira.
II. Os problemas raciais que possibilitam o fenômeno da desigualdade social envolvem o caráter cultural de uma sociedade que enfrenta dificuldades quanto a sua identidade.
III. Os valores de uma sociedade constituída por múltiplas etnias e diferenças são elaborados no contexto de suas lutas políticas e históricas.
É correto o que se afirma somente em
Alternativas
Q2064670 Sociologia
“Pensar as redes de serviços exige, nas palavras de Telma Maria Gonçalves Menicucci, “colocar o foco sobre o cidadão tomando sua integralidade”. Aplicado aos casos de violência doméstica e familiar significa que o foco deve ser direcionado às mulheres, mas significa também superar uma visão fragmentada e tradicional de atendimento, problematizando o significado de denominações tais como “usuárias”, “pacientes”, “vítimas”, “assistidas”, empregadas pelas/os diferentes profissionais e setores ao se referirem ao seu público-usuário, devendo, na lógica da rede e do planejamento intersetorial, considerar essas mulheres como sujeitos políticos e capazes de transformar a situação em que se encontram a partir do acesso aos direitos que são universais, inalienáveis e indivisíveis”.
PASINATO, Wânia. Oito anos de lei Maria da Penha. Entre avanços, obstáculos e desafios. Revista Estudos Feministas, v. 23, n. 2, p. 533-545, 2015.
Considerando o texto de Wânia Pasinato, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas.
I. Garantir a cidadania de mulheres em situação de violência exige o reconhecimento de que elas são vítimas inábeis para atuar contra situações de violação de direitos impostas por homens.
PORQUE
II. O Estado precisa oferecer condições adequadas para que mulheres em situação de violência sejam atendidas como cidadãs de direito capazes fazer sua própria história.
A respeito dessas asserções, é correto afirmar que 
Alternativas
Q2064669 Sociologia
“Os argumentos para a inclusão da sociologia são os mais variados, mas dependem muito das concepções dominantes sobre educação, sociedade, estado e ensino. Pode-se observar que dessas concepções depreendem-se modelos de currículos muito distintos ao longo da história e o papel da sociologia vai se alterando no interior desses modelos em disputa”.
SILVA, Ileizi Fiorelli. A sociologia no ensino médio: os desafios institucionais e epistemológicos para a consolidação da disciplina. Revista Cronos, v. 8, n. 2, 2012.
Considerando o problema da inserção da Sociologia nos currículos de ensino médio brasileiro, relacione, corretamente, as maneiras de funcionamento dos conteúdos de Sociologia aos tipos de currículo implementados no Brasil, numerando a Coluna II de acordo som a Coluna I.
Coluna I 1. Disciplina para aspirantes ao ensino superior. 2. Conteúdos variados em outras disciplinas e módulos. 3. Disciplina científica. 4. Conteúdos diluídos em disciplinas de estudos sociais, moral e cívica e OSPB.
Coluna II  ( ) Currículo Clássico Científico ( ) Currículo Regionalizado Tecnicista ( ) Currículo Regionalizado Competências ( ) Currículo Científico
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
Alternativas
Respostas
501: A
502: B
503: A
504: D
505: C