Questões de Concurso Para médico generalista

Foram encontradas 623 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q1115071 Saúde Pública
“Processo de regionalização do SUS, unidade operacional e administrativa mínima do sistema de saúde, definida com critérios geográficos, populacionais, epidemiológicos, gerenciais e políticos e possui os recursos de saúde capazes de resolver a maior quantidade possível dos problemas de saúde da população.” Trata-se de:
Alternativas
Q1115070 Saúde Pública
“Os indicadores de saúde refletem a situação sanitária da população e servem para a vigilância das condições de saúde. A taxa de mortalidade infantil faz parte do conjunto de indicadores de mortalidade e é conceituada como o número de óbitos de menores com ______________ de vida, por cem mil nascidos vivos na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
Alternativas
Q1115069 Saúde Pública
A participação social no SUS foi assegurada a partir da Constituição Federal de 1988 e na legislação do Sistema Único de Saúde (SUS). Na saúde, as duas formas principais de participação social são através
Alternativas
Q1115068 Saúde Pública
Acerca do acesso igualitário de todos os cidadãos às ações e aos serviços de saúde, é correto afirmar que
Alternativas
Q1115067 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




Pode-se afirmar que a mensagem veiculada no texto III, em relação às ideias apresentadas nos textos I e II, é
Alternativas
Q1115066 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




O humor da charge é provocado pela quebra de expectativa em relação ao fato de
Alternativas
Q1115065 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




A referenciação faz parte do processo de organização global de um texto, pois se trata de um importante mecanismo de coesão textual, que pode se dar, por exemplo, por meio da anáfora, recurso utilizado para resgatar termos que foram previamente explicitados em um texto. Considerando essas informações, assinale a alternativa em que o elemento anafórico destacado retoma adequadamente o termo entre parênteses.
Alternativas
Q1115064 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




As figuras de linguagem constituem um importante recurso para a construção de sentidos nos textos e não são exclusivas dos gêneros literários, tais como os poemas, por exemplo. Assinale a alternativa que apresenta a adequada classificação da figura de linguagem presente no fragmento transcrito.
Alternativas
Q1115063 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




Observe este fragmento do texto I “‘Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo’, disse um aluno.” (12º§) A ideia defendida pelo aluno pode ser corroborada por qual dos fragmentos do texto II a seguir?
Alternativas
Q1115062 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




O título do texto II é uma pergunta retórica que tem por objetivo promover um interlocução com o leitor, a fim de fazê-lo refletir sobre a temática posta em discussão no texto. A partir da leitura global do texto, é possível responder à pergunta “Uma ameaça à Língua Portuguesa?”:
Alternativas
Q1115061 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




No excerto “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares...’” (5º§), os elementos destacados podem ser substituídos, sem alteração de sentido, respectivamente, pelos termos:
Alternativas
Q1115060 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




Atente para a passagem a seguir: “Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o ‘internetês’, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito” (4º§). No fragmento, é possível perceber que há termos ou expressões que se relacionam pelo sentido. Esses termos fazem parte do mesmo campo semântico, que é formado pelas possibilidades de significação que uma mesma palavra pode assumir, dependendo de como for empregada e do contexto em que estará inserida. Com base nessas informações e no fragmento apresentado, assinale a alternativa cujo vocábulo NÃO integra o mesmo campo semântico dos demais.
Alternativas
Q1115059 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




Leia o fragmento: “A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.” (7º§) O termo “belê” foi formado pelo mesmo processo que deu origem à palavra
Alternativas
Q1115058 Português

Texto I

Linguagem diferente

      Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.

      De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado.

      Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.

       Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o “internetês”, dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito.

        “Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil”, disse um jovem. “Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas”, disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos.

       O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula.

      Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. “Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do ‘beleza’, que virou ‘belê’, então isso é da internet.

      A pesquisa virou uma tese de mestrado. “Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adianta, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato.”

     No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês.

      Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. “É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso”, disse Paulo Couto.

       Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. “Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável”, disse a professora Soraia Carvalho. 

“Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo”, disse um aluno.

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=42. Acesso em: 03/10/2016.)


Texto II

Uma ameaça à Língua Portuguesa?

Professores e linguistas defendem que escolas tenham abertura

para acatar as novas modalidades da linguagem virtual.

    A professora de Língua Portuguesa Juzelly Fernandes Barreto Moreira concorda que há influência da linguagem virtual no ambiente externo à rede, porém, não enxerga isso como uma questão preocupante.

     De acordo com ela, os alunos que mais se deixam influenciar são aqueles que normalmente já demonstrariam uma falta de comprometimento natural em relação ao aprendizado da língua escrita.

   “Hoje, o whatsApp tira a atenção deles, mas ontem, poderia ser o futebol. É um mal da contemporaneidade. Os alunos mais comprometidos sabem separar a forma como escrevem na Internet e tendem a ser mais atenciosos com as redações na escola.”

     Juzelly Barreto afirma que, sob orientação do professor, os estudantes tendem a se corrigir e passam a se policiar mais com o tempo.

    “Apesar de eles saberem que a Gramática não autoriza essa linguagem, acabam esquecendo de selecionar os ambientes corretos para utilizá-la porque estão mais ligados à rede do que a outros ‘lugares’”, explica.

    Ela orienta que não adianta pais e professores taxarem a Internet de culpada ou “malvada”. “Seria como lutar contra o inevitável”, diz.

   O que responsáveis pela educação dos jovens devem fazer é tentar ir se adaptando às necessidades, conforme elas vão aparecendo.

     O que deve ficar bem claro é que aquela linguagem deve ser restrita ao ambiente para o qual foi criada e que transferi-la para outros pode acarretar prejuízos de sociabilidade a longo prazo, principalmente, para se adaptar ao ambiente acadêmico e ao mercado de trabalho.

    Doutora em Linguística Aplicada e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Maria Bernadete Fernandes destaca que esse fator coloca novos desafios para a escola e para os professores.

   “De meu ponto de vista, que é o de uma tendência da Linguística Aplicada, considero que a escola deve estar atenta a essas novas modalidades, pois não podemos ignorar os impactos das inovações tecnológicas na vida dos seres humanos em sociedade”, pontua.

    Assim como a professora Juzelly Barreto, ela defende que a escola tenha abertura para acatar essas novas modalidades da língua escrita desde que adequadas às condições e situações de produções textuais escritas referentes.

    Para ela, as novas modalidades de escrita virtual devem ser aceitas, por exemplo, quando a escola solicita aos alunos a redação de um bilhete para um amigo.

     Ou ainda, algo que não ultrapasse o limite do plano da comunicação pessoal/informal, como a reprodução de um diálogo entre amigos pelo whatsApp, Facebook ou qualquer desses sistemas similares.

    “Por outro lado, a escola tem de ter a clareza e devida competência para explicar aos alunos que, em outras situações, podem e devem ser exigidas outras maneiras de dizer/escrever.” 

(Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=6. Acesso em: 03/10/2016. Adaptado.)




“É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português formal nosso.” (10º§) O enunciado anterior contém um uso que costuma ser condenado pela gramática tradicional. Assinale a alternativa que descreve adequadamente esse “equívoco”.
Alternativas
Q95436 Medicina
Procedimentos cirúrgicos eletivos com potencial risco de significativa perda sanguínea, capaz , inclusive, de demandar terapêutica transfusional, podem permitir o planejamento de alternativas ao modelo tradicional de reposição de sangue. A transfusão de sangue autólogo, uma opção possível, NÃO deverá ser aventada na presença de
Alternativas
Q95435 Medicina
O uso de antibióticos no tratamento da leptospirose é controvertido, pois se acredita que pode reduzir a duração da eliminação urinária da leptospira. Na quimioprofilaxia desta enfermidade, a(s) droga(s) a ser(em) prescrita(s), dentre as citadas a seguir, é(são)
Alternativas
Q95434 Medicina
Na investigação inicial de hemorragia digestiva baixa aguda, evoluindo com instabilidade hemodinâmica, a conduta inicial indicada é
Alternativas
Q95433 Medicina
Qual o índice diagnóstico mais indicativo de disfunção pré- renal nas retenções azotadas agudas?
Alternativas
Q95432 Medicina
Uma grávida, no curso do 8º mês de gestação, desenvolve quadro diarreico cuja investigação aponta o diagnóstico de giardíase. Nesta situação, a conduta terapêutica indicada é
Alternativas
Q95431 Medicina
Qual, dentre as vacinas a seguir, pode ser ministrada em mulher grávida?
Alternativas
Respostas
561: C
562: A
563: D
564: A
565: D
566: C
567: B
568: D
569: C
570: A
571: A
572: B
573: C
574: C
575: C
576: A
577: C
578: E
579: D
580: E