Questões de Concurso
Para historiador
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O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.
“Primeira delegada especial para mulheres, Rosmary Corrêa conta que o equipamento foi a primeira política pública direcionada a vítimas de violência no Brasil. ‘A ideia era oferecer um espaço diferenciado para a mulher, que seria atendida por outras mulheres, para que ela ficasse mais à vontade para falar a respeito desse assunto’, lembra. Hoje, existem nove delegacias da mulher somente na capital paulista e 130 em todo o estado. A partir da criação da delegacia, o governo passou a ter ciência e a enxergar a violência sofrida pelas mulheres, tanto agressões físicas quanto discriminações e ofensas. Para atendê‐las integralmente, criou‐se um setor de assistência social, dentro da própria delegacia, além de um abrigo para mulheres que não podiam voltar para casa por medo de serem mortas pelo marido. ‘Tudo começou a aparecer depois que se mostrou a realidade que muitas mulheres viviam dentro de casa’, afirma Rosmary.”
(Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos‐humanos/noticia/2015‐08/ha‐30‐anos‐delegacia‐da‐mulher‐deu‐inicio‐politicas‐de‐ combate.)
“Assim, o (vaqueiro) podia iniciar seu próprio rebanho e sua fazenda criatória que, por ser extremamente simples, requeria pouco capital (...). A sociedade que se organizou nas áreas de pecuária, denominada ‘civilização do couro’ permitiu certa mobilidade social. No século XVIII, a descoberta de ouro nas Minas Gerais levou a pecuária descer o curso do São Francisco, onde ocorreram lutas entre os índios, que tinham roças, e os vaqueiros que viam ali a possibilidade de estábulos naturais para o gado. [...]”
(Botelho, 2001.)
Sabe‐se que o processo de interiorização do Brasil durante o início da colonização esteve intimamente ligado às atividades econômicas que aqui se estabeleceram. Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) A estrutura fundiária colonial acabou por se consolidar também nessa atividade (pecuária).
( ) Ao contrário do que defende uma ampla parcela da historiografia, a interiorização do processo colonizador foi fruto basicamente da pecuária.
( ) Os engenhos de açúcar começaram a surgir em decorrência das necessidades de abastecimento das populações das vilas e cidades que tiveram seu nascimento ligado à mineração.
( ) Nos primórdios da colonização, a facilidade de transporte por via fluvial e naval, sobretudo através dos Rio Amazonas e Prata, estimulou a interiorização da ocupação portuguesa.
( ) Muito importante foi o papel desempenhado pelas missões jesuítas e não menos importante foi a busca pelas drogas do sertão e do ouro, diamantes e esmeraldas.
A sequência está correta em
“Assim sendo, a sensação de superioridade que uniu os brancos ocidentais — ricos, classe média e pobres — não se deveu apenas ao fato de todos eles desfrutarem de privilégios de governante, sobretudo quando efetivamente estavam nas colônias. Em Dacar ou Mombaça, o mais modesto funcionário era um amo e era aceito como gentleman por pessoas que nem teriam notado sua existência em Paris ou Londres...”
(Hobsbawm, 1988.)
“Quando estiverdes entre os chineses”... diz [o Imperador da Alemanha], “lembrai que sois a vanguarda da Cristandade”, diz ele, “e atravessai com vossas baionetas todo odioso infiel de marfim que virdes”, diz ele. “Fazei‐os compreender o que significa a nossa civilização ocidental...”
(Hobsbawm, 1988.)
Ao analisar os dois trechos, tendo em vista o contexto e a ideologia que permeou o processo neocolonialista do século XIX, é possível inferir corretamente que são
“O regime militar foi o período da política brasileira em que militares conduziram o país. Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar. A ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.”
(Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/ditadura/)
Acerca desse período de ditadura no Brasil, analise as afirmativas.
I. O golpe de 1964 foi civil‐militar e articulou os diversos segmentos da burguesia em torno da liderança do grande capital nacional e estrangeiro contra a ofensiva do movimento de massas, dirigida principalmente pelo trabalhismo.
II. O novo sistema introduzido com a Ditadura preconizava no controle da remessa de lucro, na nacionalização de setores estratégicos e promoção da indústria nacional e numa política externa independente, anti‐imperialista, baseada no direito à autodeterminação dos povos.
III. Além do legado da financeirização da economia, o golpe de 1964 deixou marcas iniciadas naquele contexto e que permanecem presentes até hoje: a concentração da propriedade e de renda, a lei de anistia e o monopólio dos meios de comunicação e do ensino superior.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
“O historiador está sendo cada vez mais valorizado, as pesquisas dão conta de objetos cada vez mais amplos, a informática e a internet facilitaram imensamente a parte mecânica do trabalho de investigação, profissionais são chamados para explicar o mundo na mídia. Já há historiadores trabalhando com planejamento urbano, com projetos turísticos, como consultores editoriais e empresariais. Ao mesmo tempo em que isto ocorre, e de maneira contraditória, há um movimento em escolas, principalmente no ensino médio, que, no limite, tende a substituir o ensino de História por uma outra disciplina que eu chamaria de ‘realidade mundial’: muitos professores têm abandonado tudo que aconteceu antes do século XIX, alegando não ser possível ‘dar tudo’, daí terem que se concentrar no passado mais próximo, em detrimento do remoto. Claro que uma parte da responsabilidade disso cabe aos diretores (e, talvez, à própria sociedade), que a partir de um altamente discutível pragmatismo neoliberal diminuíram drasticamente o número de aulas de História. Eu não pouparia, contudo, muitos colegas que, em nome de um ‘ensino crítico’, acabam alienando seus próprios alunos ao não lhes dar oportunidade de adquirir uma visão mais abrangente de História.”
(Disponível em: http://www.jaimepinsky.com.br/site/main.php?page=artigo&artigo_id=10)
A alternativa que mais condiz com a visão preconizada no texto e com a prática salutar e ética do ensino‐aprendizagem
da história é:
“Na passagem do século XVIII para o XIX, o Ocidente foi marcado por duas grandes revoluções que causaram profundo impacto nos seus contemporâneos, não sendo os luso‐brasileiros dos dois lados do Atlântico uma exceção. A Independência dos EUA e a Revolução Francesa. A Independência das Treze Colônias foi classificada pela ‘Gazeta de Lisboa’ como a revolução ‘mais memorável’ do globo, cujas consequências, no dizer do mesmo jornal, ‘teriam grande influência no sistema geral de todas as nações’ [...] Sobre a Revolução Francesa, chegou‐se a dizer que ‘Era um dos sucessos mais extraordinários, não só da história moderna, mas da história antiga’...”
(VILLATA, Luiz Carlos. 1789‐1808; O Império Luso‐Brasileiro e os Brasis”. São Paulo: Companhia das letras, 2000. P. 11‐13.)
À medida que a economia europeia se desenvolvia em decorrência de processos como a Revolução Industrial e o capitalismo se consolidava, o sistema colonial tornava‐se cada vez mais contraditório. As expressões que passaram a permear esse novo contexto diziam respeito à liberdade, no seu sentido mais amplo. O antigo “Pacto Colonial” passou
Observe as imagens.
Por duas vezes Getúlio Vargas ocupou o cargo máximo do executivo no Brasil. O presidente que mais tempo ficou no poder, enfrentou várias crises, tanto internas quanto externas. Tendo em vista os dois governos de Vargas, analise as afirmativas.
I. Nos dois governos, Getúlio adotou uma postura populista, porém ditatorial, o que prejudicou as suas relações e determinou o rompimento com o Congresso Nacional.
II. Em seu primeiro governo, as políticas públicas voltadas para o setor trabalhista fizeram com que Vargas angariasse a simpatia das camadas mais populares.
III. Sua opção pelo nacionalismo, em seus dois governos, prejudicou as relações internacionais do Brasil, causando a ruptura política e econômica com os EUA.
IV. Os contextos de crise econômica e pressão política dos dois períodos de governo de Vargas contribuíram para os desfechos peculiares e dramáticos de ambos.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
No contexto das Invasões Napoleônicas na Europa, está inserida a vinda de D João VI e sua corte para o Brasil. Analise
a charge apresentada anteriormente, tendo em vista as consequências da chegada da família real e as relações
internacionais que se estabeleceram tanto em Portugal, quanto no Brasil a partir de então. A charge refere‐se
especificamente:
“Na mítica cidade do El Dorado, em meio a florestas exuberantes, um cacique mergulhava todos os dias numa lagoa de puro ouro, circundado por seus fiéis súditos. Perto dali, às margens de um imenso rio, cujo nome viraria símbolo da extraordinária beleza e biodiversidade do mundo tropical, mulheres guerreiras – chamadas de ‘Amazonas’ por sua semelhança com as da Antiguidade grega – reuniam‐se longe dos seus parceiros masculinos, com os quais só se encontravam uma vez por ano, para assegurar a reprodução do seu grupo. Essas histórias maravilhosas, originárias do centro do continente, espalharam‐se pelo mundo no século XVI, logo após a chegada dos primeiros viajantes à América do Sul. Na Europa, a imagem que se criou da bacia amazônica era repleta de lendas e fantasia.”
(Disponível em: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/retrato/apropriacao‐indevida)
Os europeus só conheceram a América em fins do século XV. Porém, muito antes disso, as terras desse continente já eram habitadas por pessoas que constituíam grupos sociais com modos de vida diferentes entre si. A chegada dos europeus provocou uma série de mudanças na vida dos povos da América. Muito tempo antes desse período, mitos fantásticos permeavam o imaginário europeu em relação a terras distantes. Sobre a apropriação de terras americanas pelos europeus e as consequências do processo de colonização das comunidades ameríndias, é correto afirmar que:
Trecho I
“Num primeiro momento ensinou‐se a História da Europa Ocidental, apresentada como a verdadeira História da civilização. A história pátria surgia como seu apêndice, sem um corpo autônomo e ocupando um papel extremamente secundário. Relegada aos anos finais do ginásio, com número ínfimo de aulas, sem uma estrutura própria, consistia em um repositório de biografias de homens ilustres, de datas e batalhas."
(Nadai, 1992‐93, p .146.)
Trecho II
“A História do Brasil se iniciou quando os Ibéricos se lançaram ao mar, chegaram às novas terras e plantaram sementes da civilização. Nesse momento, os nativos começaram a sofrer o processo histórico, como elemento passivo, somente como um complemento do real sujeito da história, o conquistado.”
(Abud, 1992‐93, p. 146.)
Tendo em vista os trechos I e II e a evolução do estudo da História no Brasil, assinale a afirmativa correta.
Texto para responder a questão.
Pesquisas atuais demonstram haver a percepção de aumento dos conflitos nas escolas, que, com frequência, enfrentam problemas de convivência, como bullying, violência e indisciplina. Diante dessas situações, muitos docentes se sentem despreparados e inseguros para intervir construtivamente, pois não se acham aptos a mediar conflitos de forma a favorecer o aprendizado de valores e normas de convívio. Estudos também indicam que as desavenças entre os alunos são resolvidas, principalmente, com estratégias submissas – como não interagir e guardar rancor – ou agressivas – usando imposições ou coerções, um nível ainda muito elementar de resolução.
A escola é o local ideal para trabalhar relações de colaboração e cooperação, pois, para aprender a viver em grupo, é preciso ter experiências de vida em comum. O desenvolvimento da autonomia e das relações justas e solidárias faz parte da maioria dos projetos pedagógicos, mas poucas vezes os cursos de formação estudam como a escola pode favorecê‐lo, apesar de atualmente existirem inúmeras pesquisas e vivências nesse campo. A proposta desta coluna é contribuir para divulgá‐las, para que a difícil, mas necessária, Educação socioafetiva torne‐se projeto institucional, deixando de ser uma questão privada de cada docente. Em alguns meses, vou compartilhar textos feitos em conjunto com estudiosos para que as informações sejam consistentes e atuais.
(Telma Vinha. Nova escola, edição 279, fevereiro 2015. Adaptado.)
“O desenvolvimento da autonomia e das relações justas e solidárias faz parte da maioria dos projetos pedagógicos, mas poucas vezes os cursos de formação estudam como a escola pode favorecê‐lo, apesar de atualmente existirem inúmeras pesquisas e vivências nesse campo. A proposta desta coluna é contribuir para divulgá‐las, para que a difícil, mas necessária, Educação socioafetiva torne‐se projeto institucional, deixando de ser uma questão privada de cada docente. Em alguns meses, vou compartilhar textos feitos em conjunto com estudiosos para que as informações sejam consistentes e atuais.” (2º§) Em relação às ideias expressas no trecho destacado, analise as afirmativas a seguir.
I. Há, de forma explícita, a indicação do objetivo textual intencionado pelo sujeito enunciador.
II. A generalização dos projetos pedagógicos coloca todos em igual nível de desenvolvimento no que se refere às relações referidas textualmente.
III. Ainda é insatisfatório o estudo realizado por cursos de formação no que se refere à atuação da escola frente ao desenvolvimento da autônima e de relações solidárias.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
Texto para responder a questão.
Pesquisas atuais demonstram haver a percepção de aumento dos conflitos nas escolas, que, com frequência, enfrentam problemas de convivência, como bullying, violência e indisciplina. Diante dessas situações, muitos docentes se sentem despreparados e inseguros para intervir construtivamente, pois não se acham aptos a mediar conflitos de forma a favorecer o aprendizado de valores e normas de convívio. Estudos também indicam que as desavenças entre os alunos são resolvidas, principalmente, com estratégias submissas – como não interagir e guardar rancor – ou agressivas – usando imposições ou coerções, um nível ainda muito elementar de resolução.
A escola é o local ideal para trabalhar relações de colaboração e cooperação, pois, para aprender a viver em grupo, é preciso ter experiências de vida em comum. O desenvolvimento da autonomia e das relações justas e solidárias faz parte da maioria dos projetos pedagógicos, mas poucas vezes os cursos de formação estudam como a escola pode favorecê‐lo, apesar de atualmente existirem inúmeras pesquisas e vivências nesse campo. A proposta desta coluna é contribuir para divulgá‐las, para que a difícil, mas necessária, Educação socioafetiva torne‐se projeto institucional, deixando de ser uma questão privada de cada docente. Em alguns meses, vou compartilhar textos feitos em conjunto com estudiosos para que as informações sejam consistentes e atuais.
(Telma Vinha. Nova escola, edição 279, fevereiro 2015. Adaptado.)